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PARECER JURIDICO PARTILHA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
KARINA BATISTA DO PRADO 
ATIVIDADE PRATICA SUPERVIVISONADA 
Parecer Jurídico Sobre Partilha 
São Paulo - SP
2017
KARINA BATISTA DO PRADO
ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA 
Parecer jurídico Sobre Partilha
São Paulo, 15 de novembro de 2017.
RELATÓRIO 
A consulta, foi realizada pelos herdeiros da Sra. Sarina e do Sr. Suares Rocha Porto, acerca da divisão a ser realizada no patrimônio do genitor e cônjuge.
Recentemente Sr. Suares foi diagnosticado com a patologia oncológica de proporção gravíssima e que para tanto deverá se submeter a cirurgia que por ventura pode vir a óbito.
Diante disso, sabendo que poderá não resistir a cirurgia decidiu revelar a sua família, que possui um filho menor de idade com 14 anos, o qual foi fruto de um relacionamento extraconjugal, o jovem incapaz reside em outra cidade e sua mãe é falecida.
Desta forma, sabendo que não foi um pai presente, pretende compensar o garoto na divisão dos bens.
 Sr. Suares, é proprietário de uma casa, um carro e um apartamento pequeno, decide que a divisão será feita da seguinte forma: a casa e o carro será partilhado entre Sarina e os filhos maiores de idade e o apartamento pequeno deverá ficar sob posse do menor de idade, pois diante da ausência paterna, Sr. Suares acredita que desta forma estará compensando seu filho menor, entretanto, seus filhos maiores de idade são ficaram convencidos da decisão do pai, motivo qual buscam esclarecimentos. 
FUNDAMENTAÇÃO
Inicialmente vamos analisar o regime de comunhão de bens ao qual o casal estabeleceu a sua união, como não foi mencionado, leva a acreditar que se trata do regime de Comunhão Parcial de Bens.
Tal regime encontra-se fundamentado no artigo 1658 do Código Civil
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Conforme descreve o artigo acima, entende-se que os bens pertencem a ambos os cônjuges, motivo pelo qual deverá ser respeitada a ordem de sucessão legitima e a meação, para ilustrar melhor podemos visualizar o artigo 1829 do código civil :
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721)   (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Diante disso, resta claro que o testador poderá dispor apenas de 50% da parte que cabe a sua cota porte, ademais, conforme o artigo 1789 do Código Civil, relata exatamente isso, pois descreve que na hipótese de haver herdeiros necessário o testador poderá dispor apenas de metade da herança. 
Desta forma, o testador deve respeitar o que lhe corresponde a meação e poderá dispor do que lhe cabe em testamento o montante de 50% (cinquenta por cento) e 25% (vinte e cinco por cento) dos bens de forma livre de modo que apenas metade de sua parte pode ser doada a quem seja de seu desejo.
Ainda assim, caso o filho menor de idade receba por testamento a parte doada de forma espontânea do testador, ainda fara jus a partilha, simplesmente devido ao fato de ser herdeiro necessário. 
Vide o artigo abaixo:
Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima.
Ainda assim, resta consignar que o cônjuge, não perderá sua parte no quinhão, conforme o artigo mencionado abaixo.
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
Diante disso, entendemos que ao testador, pode dispor de 1/5 de sua cota parte, além dos 50% (cinquenta por cento) que ficará a disposição para os herdeiros necessários. 
CONCLUSÃO
Pelo exposto, no que tange a dúvida que pairou aos herdeiros maiores fruto do casamento com Sarina, resta consignar os esclarecimentos abaixo.
 O testador não poderá dispor do apartamento para o herdeiro menor de idade como forma compensatória por ser fora de seu casamento e não ter feito parte de seu convívio, pois desta forma estará desrespeitando os herdeiros necessários.
Pois agindo desta forma, o testador deixa de garantir por meação os 50% (cinquenta por cento),destinados à sua esposa, conforme esta na lei.
Ou seja, de sua parte, caberá a ele apenas dispor de 50%(cinquenta por cento) mais 1/5 de sua herança, de modo que , esta cota parte certamente não cabe única e exclusivamente ao apartamento, o qual o testador desejava deixar apenas ao seu filho menor de idade.
Por fim, o testador deverá respeitar o ordenamento jurídico e não poderá dispor do apartamento para seu filho menor de idade, certo de que, a divisão será feita nos moldes os quais foram descritos nos artigos do código civil, mencionados acima.
 
 São Paulo, 15 de novembro de 2017.
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