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Aula 41 Direito Constitucional Aula 07

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – ANALISTA DO BANCO CENTRAL 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 07 
7. Processo legislativo.
I. PROCESSO LEGISLATIVOͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ3
II. O PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 12
III. LEI ORDINÁRIA (LO) E LEI COMPLEMENTAR (LC)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 50
IV. EMENDA CONSTITUCIONAL (EC) ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 67
V. LEI DELEGADA (LDel)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 89
VI. DECRETO LEGISLATIVO (DecLeg) ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ93
VII. RESOLUÇÕES (Res)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 94
VIII.DECRETO AUTÔNOMO (Dec Aut)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 95
IX. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAISͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 96
X. MEDIDA PROVISÓRIA (MP) ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 101
XI. CONTROLE JUDICIAL DO PROCESSO LEGISLATIVO ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 122
XII. QUESTÕES DA AULAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 141
XIII.GABARITO ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 156
XIV. BIBLIOGRAFIA CONSULTADAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ 158
Olá futuros Analistas do Banco Central! 
Prontos para o SEU salário de R$ 12.960,77 e para ocupar um dos 
cargos mais desejados da Administração Pública?
Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 7. Processo 
legislativo.
Juntamente com o controle de constitucionalidade, essa talvez seja uma das 
maiores matérias dentro do direito constitucional. Justamente por isso, nossa 
aula de hoje ficou bastante extensa (dê uma olhada no número de páginas). 
Mas fique tranquilo porque a leitura do material flui com bastante 
tranquilidade. Além disso, fiz questão de colocar, como sempre, uma 
linguagem bem simples e também vários esquemas e desenhos, o que faz com 
que o número de páginas aumente, mas também faz com que a velocidade da 
leitura seja bem maior do que a de um texto corrido no padrão culto.
Como não há muitos exercícios da cesgranrio sobre esse tema, como sempre, 
coloquei exercícios de outras bancas e alguns da sua banca ao final.
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Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a 
matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, 
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. 
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. 
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula! 
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I. PROCESSO LEGISLATIVO 
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS 
Meu caro amigo e futuro Analista do Banco Central, o processo legislativo é a 
sequência de atos que devem ser cumpridos para a devida formação das 
normas jurídicas, ou seja, é o passo a passo para a “fabricação” de uma lei. O 
processo legislativo nos diz qual é a “receita de bolo” para que possamos 
fazer/fabricar uma norma jurídica. 
“Mas quais normas jurídicas?” As normas jurídicas primárias, ou seja, aquelas 
normas que derivam diretamente da Constituição (as normas previstas 
pela própria CF). As normas jurídicas primárias compreendidas pelo Processo 
Legislativo são as seguintes:
x Emenda Constitucional (EC) 
x Lei Ordinária (LO)
x Lei Complementar (LC)
x Lei Delegada (LDel) 
x Medida Provisória (MP) 
x Decreto Legislativo (Dec Leg) 
x Resoluções (Res) 
As normas primárias inovam o direito e possuem igual hierarquia, salvo a 
Emenda Constitucional, que está acima de todas as demais, pois tem status
de Constituição. Traduzindo: “uma medida provisória tem o mesmo valor de 
um decreto legislativo, que tem o mesmo valor de uma lei ordinária, que tem o 
mesmo valor de uma Lei Complementar e assim por diante, SALVO A 
EMENDA CONSTITUCIONAL, QUE É SUPERIOR A TODAS AS DEMAIS”.
“Roberto, se elas possuem o mesmo valor, como eu sei quando e qual espécie 
normativa deve ser usada?” Cada uma dessas espécies possui seu campo 
específico de atuação (princípio da especialidade), ou seja, a própria CF88 
delimitou matérias específicas que devem ser tratadas por Lei Complementar, 
ouras que devem ser tratadas por Decreto Legislativo, outras por Resoluções, 
e etc.
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Existem ainda dois outros tipos de normas primárias, ou seja, espécies 
normativas que derivam diretamente da Constituição, mas que não são 
objeto do processo legislativo: os Decretos Autônomos (DecAut) e as 
Resoluções dos Tribunais do Judiciário. 
A pirâmide normativa no Brasil
A pirâmide normativa é um conceito introduzido por Hans Kelsen que nos 
mostra quais são as espécies normativas no ordenamento jurídico de um país 
e sua ordem de importância e hierarquia. O ordenamento jurídico brasileiro 
funciona da seguinte forma: 
x No topo, está a Constituição Federal, juntamente com as Emendas à 
Constituição e os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos 
aprovados pelo procedimento especial. 
x No segundo degrau, estão os Tratados Internacionais sobre Direitos 
Humanos aprovados pelo procedimento comum, que possuem status 
supralegal.
x No terceiro degrau, estão as Leis Ordinárias, Leis Complementares, 
Leis Delegadas, Decretos Legislativos, Resoluções, Medidas Provisórias, 
Decretos Autônomos, as Resoluções editadas pelos Tribunais e os 
Tratados Internacionais que não versam sobre Direitos Humanos e que 
foram aprovados pelo procedimento comum. 
x No quarto degrau, estão as normas infralegais, ou seja, que estão 
abaixo (infra) da lei (legais). Entre essas normas, podemos citar os 
decretos regulamentares, portarias, instruções normativas, dentre 
outras.
Observe a pirâmide normativa brasileira, sem se preocupar, por enquanto, 
com o que é e como funciona cada uma dessas normas, pois é exatamente 
isso que estudaremos daqui em diante. 
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Hierarquia entre as normas 
Observe que HÁ hierarquia entre CONSTITUIÇÃO Federal, Constituição 
Estadual e Lei Orgânica Municipal. Dessa forma, as constituições estaduais, 
quando forem elaboradas, devem sempre obedecer à constituição federal. Do 
mesmo modo, as leis orgânicas municipais, quando forem elaboradas, devem 
sempre obedecer à CF88 e às constituições estaduais. Veja: 
CF
CE
LO Mun
Por outro lado, em regra, NÃO há hierarquia entre leis Federais, 
Estaduais e Municipais, assim, os conflitos entre essas normas são 
solucionados através do chamado conflito de competência. Dessa forma, a 
Constituição dividiu as competências, de modo que um ente não pode entrar 
nas atribuições dos outros. Portanto, em regra, a União não pode legislar sobre 
as competências dos municípios ou dos estados. Igualmente, os estados não 
podem legislarsobre assuntos de competência da União e dos municípios e 
assim por diante. 
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Excepcionalmente, existe uma previsão constitucional onde uma lei federal 
pode suspender leis estaduais ou municipais. O art. 24 da CF prevê, ao 
estabelecer a competência CONCORRENTE, que “art. 24, § 4º - A 
superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário.”
Lei Fed Lei Est Lei Mun
Demais observações
É importante saber que as espécies normativas não são cláusulas 
pétreas, dessa forma, elas podem ser alteradas por meio de uma Emenda 
Constitucional. Assim, se o Poder Constituinte Derivado quiser criar uma nova 
espécie normativa ou alterar alguma já existente, isso pode ser feito, por meio 
de emenda à constituição. Por exemplo, a Emenda Constitucional número 
32/2001 alterou várias regras da Medida Provisória. 
Outra observação importante, é que as regras do processo legislativo 
constitucional são normas de reprodução obrigatória, no que couber. 
Portanto, os Estados, quando forem elaborar suas constituições estaduais e 
demais leis estaduais, e os municípios, quando forem elaborar suas leis 
orgânicas e demais leis municipais, devem obedecer às regras do processo 
legislativo e também reproduzi-las, sempre que possível (ADI 1.254/RJ-MC). 
Lei em sentido amplo e Lei em sentido estrito
Em Direito, a palavra “lei” pode possuir sentidos diferentes. O primeiro deles é 
o sentido estrito, que diz que a lei é a “norma legal devidamente produzida 
pelo processo legislativo”, ou seja, as leis complementares e ordinárias.
Já o sentido amplo da palavra lei se refere a qualquer norma jurídica, 
compreendidas as normas primárias e também as normas infralegais, por 
exemplo, um decreto regulamentar. 
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E como eu sei qual dos dois conceitos a questão está usando? Vá pelo 
contexto. Geralmente, quando se fala em lei, utiliza-se o sentido estrito.
Princípio da reserva legal 
O princípio da reserva legal ocorre quando a Constituição Federal deixa a 
regulamentação de algum tema para a lei. Ela pode ser compreendida em dois 
subconceitos:
ƒ Reserva legal Absoluta: quando a disciplina de determinada matéria é 
reservada, pela Constituição, à LEI EM SENTIDO ESTRITO. Assim, exclui-
se qualquer outra fonte infralegal (infra=abaixo; legal=da lei); 
ƒ Reserva legal Relativa: quando Constituição também exige a edição de 
uma lei para sua regulamentação, mas permite que ela apenas fixe os 
parâmetros de atuação a serem complementados por ato infralegal. 
Dessa forma, a disciplina de determinada matéria é, em parte, 
admissível a outra fonte diversa da lei (ex: decreto regulamentar, 
portarias, instruções normativas, etc.). 
Esquematizando:
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ESPÉCIES NORMATIVAS
- Emenda Constitucional (EC) 
- Lei Ordinária (LO) 
- Lei Complementar (LC) 
Espécies Normativas - Lei Delegada (LDel) 
- Medida Provisória (MP) 
- Decreto Legislativo (Dec Leg) 
- Resoluções (Res) 
- DECRETO AUTÔNOMO (Dec Aut)*** 
- RESOLUÇÕES DOS TRIBUNAIS*** 
São normas primárias,
mas não são tratadas
no processo legislativo.
x Não há hierarquia entre as espécies normativas EXCETO Emenda Constitucional 
x Há hierarquia entre CONSTITUIÇÃO Federal, Constituição Estadual e Lei Orgânica 
Municipal
x Não há hierarquia entre leis Federais, Estaduais e Municipais existe conflito de 
competência 
PROCESSO LEGISLATIVO
Observações Gerais 
x Conceito: É a sequência de atos que devem ser cumpridos para a devida formação de normas 
jurídicas.
x Normas primárias - Derivam diretamente da CF
- Inovam o direito 
- Possuem igual hierarquia, salvo EC
- Cada uma tem um campo de atuação específico (princípio da 
especialidade)
x As espécies legislativas NÃO são cláusulas pétreas
a) Podem ser modificados por EC 
b) Ex: EC n.º 32/01 - alterou regras das MPs. 
x Todos os procedimentos do processo legislativo são normas de reprodução obrigatória nos 
Estados e Municípios, no que couber 
o (ADI 1.254/RJ-MC) 
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2. CLASSIFICAÇÕES E CONCEITOS DO PROCESSO LEGISLATIVO 
O processo legislativo, ou seja, o passo a passo para a fabricação de uma lei, 
pode ter várias classificações. Vamos às principais: 
2.1. Quanto à participação popular: 
a. Autocrático: é aquele realizado pelo monarca ou ditador, sem a 
participação de um órgão composto de representantes do povo. 
b. Direto: é aquele em que a lei é feita diretamente pelo povo, em 
assembleias públicas. 
c. Indireto/Representativo: a lei é produzida por um órgão composto de 
representantes do povo, sendo o adotado pelo Brasil.
d. Semidireto: quando a lei é elaborada por um órgão formado de 
representantes do povo, mas que somente se aperfeiçoa depois de uma 
aprovação popular posterior, por meio de referendo.
ATENÇÃO: Não confundir as classificações do processo legislativo
com a classificação da democracia, que é muito parecida. Vamos 
revisar:
x Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou 
seja, o próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de 
democracia é típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje 
(imagine só 180 milhões de brasileiros mandando emails para se 
discutir como será a atuação do governo na saúde).
x Democracia Indireta: onde o povo elege os representantes e 
estes elaboram as políticas públicas. 
x Democracia Semidireta ou participativa: é um misto da 
democracia direta e da indireta. Nela, o povo elege os 
representantes e estes elaboram as políticas públicas. 
Complementarmente, existem mecanismos para que o povo 
também participe dessa elaboração. Assim, a regra é 
participação indireta, combinada com alguns meios de exercício 
direto do povo. Esse é o modelo adotado pelo Brasil. Confira 
o art. 1º parágrafo único da CF: “Todo o poder emana do povo, 
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que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição”. 
Portanto, lembre-se:
x Democracia no Brasil: semidireta ou participativa
x Processo Legislativo no Brasil: indireto ou representativo.
2.2. Quanto à compreensão do conceito 
a. Conceito Jurídico: o processo legislativo é o conjunto coordenado de 
disposições que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos 
competentes na produção das leis e atos normativos primários 
(Alexandre de Moraes). 
b. Conceito Sociológico: o processo legislativo reflete os fatores reais de 
poder. Assim, as leis de um determinado país serão reflexo dos jogos 
internos de poder do mesmo.
2.3. Quanto aos ritos e prazos 
a. Ordinário ou comum: em regra, não existem prazos rígidos para que o 
Poder Legislativo produza uma norma. Assim, pode ocorrer de um 
determinado Projeto de Lei ficar anos tramitando pelo Congresso 
Nacional sem que isso traga consequência nenhuma. Como exemplo, 
temos as leis ordinárias, que, em regra, não possuem prazo para serem 
elaboradas.
b. Sumário ou abreviado: segue o mesmo procedimento do processo 
legislativo comum, mas existem prazos rígidos para sua conclusão. Como 
exemplo, temos os projetos de lei sob regime de urgência constitucional, 
estudadosadiante. 
c. Especial: segue um rito diferente do ordinário. Como exemplo, temos a 
elaboração de Emenda Constitucional (EC), Medida Provisória (MP), Lei 
Delegada (LDel), Lei de Orçamento Anual (LOA), Decreto Legislativo 
(Dec Leg), Resolução (Res) e códigos. 
Esquematizando:
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- Autocrático o soberano elabora as leis.
- Direto o povo elabora as leis 
- Indireto/Representativo o povo elege os representantes e estes (os 
representantes) elaboram as leis (Brasil)
- Semidireto os representantes elaboram as leis e o povo as aprova por 
meio do referendo
- Jurídico conjunto coordenado de disposições que disciplinam o 
procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção 
das leis e atos normativos primários (Alexandre de Moraes) 
- Sociológico o processo legislativo reflete os fatores reais de poder 
 - Ordinário ou comum inexistência de prazos rígidos
- Ex: LO 
- Sumário ou abreviado segue o mesmo procedimento do comum, mas 
existem prazos rígidos
- Ex: urgência constitucional (45+45+10) 
- Especial segue um rito diferente do ordinário 
Quanto à 
compreensão 
do conceito
Quanto aos 
ritos e prazos
Quanto à
participação
popular
C
la
ss
ifi
ca
çõ
es
 d
o 
Pr
oc
es
so
 le
gi
sla
tiv
o
OBS: Não confundir com
Democracia Ͳ Direta/Clássica
Ͳ Indireta/Representativa
Ͳ Semidireta/Participativa (BR)
- Ex: elaboração de EC, MP, LDel, LOA, Dec Leg, Res e códigos 
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II. O PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO 
Meu caro Analista do Banco Central, a primeira das espécies a ser estudada 
será a Lei Ordinária (LO). Em direito, “ordinário” significa comum. Assim, a LO 
é a “lei comum”, aquela mais corriqueira.
O procedimento de formação de uma Lei Ordinária possui três estágios. O 
primeiro é a fase de iniciativa, o segundo é a fase constitutiva e o terceiro é 
a fase complementar. Observe atentamente o esquema a seguir. Ele 
demonstra o que iremos estudar daqui em diante. 
- Parlamentar ou Extraparlamentar 
- Geral 
- Restrita 
- Concorrente 
1 – Iniciativa - Conjunta 
- Popular 
- Vinculada / Obrigatória 
- Da maioria absoluta dos membros da Casa (p/ repetir) 
- Privativa / Reservada / Exclusiva 
- Deliberação Parlamentar - Discussão 
2 – Constitutiva - Votação 
Fases do
Processo
Legislativo
Ordinário
- Deliberação Executiva - Sanção 
- Veto 
3 – Complementar - Promulgação 
 - Publicação
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1. FASE DE INICIATIVA 
A fase de iniciativa inicia/deflagra/começa o processo de fabricação de uma lei, 
ou seja, um legitimado apresenta um projeto de lei (PL) ao Congresso Nacional 
para que este delibere sobre o assunto. 
O artigo 61 da Constituição estabelece que a iniciativa das leis 
complementares e ordinárias cabe a: 
x Qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal ou do Congresso Nacional, 
x Presidente da República, 
x Supremo Tribunal Federal, 
x Tribunais Superiores,
x Procurador-Geral da República 
x Cidadãos
x Tribunal de Contas da União (art. 73 + 96, II) 
A depender de quem o inicia, o processo legislativo pode ter diferentes tipos de 
iniciativa. E atenção: as diferentes iniciativas NÃO são autoexcludentes.
Vamos estudá-las: 
1.1. Iniciativa Parlamentar e Extraparlamentar 
A iniciativa parlamentar é aquela onde quem inicia o processo legislativo são 
os parlamentares (bem fácil, não acha?), ou seja, os deputados e senadores. 
Já a iniciativa extraparlamentar é aquela onde quem inicia o processo 
legislativo são agentes diferentes dos deputados e senadores. Por exemplo: 
Presidente da República, STF, PGR, iniciativa popular etc. 
1.2. Iniciativa geral 
É a regra geral de iniciativa de leis, segundo a qual o Presidente da República, 
Deputados, Senadores, membros ou Comissão de qualquer das Casas 
Legislativas, bem como a iniciativa popular podem propor leis sobre diversas 
matérias, salvo matérias de iniciativa privativa.
Observe que, no Brasil, não existe a chamada iniciativa geral plena, ou 
seja, ninguém pode propor lei sobre “qualquer matéria” sem limitações. Assim, 
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não existe uma figura que está legitimada a propor um projeto de lei sobre 
qualquer matéria irrestritamente, devendo-se, sempre, observar as iniciativas 
privativas, estudadas mais a frente. 
1.3. Iniciativa restrita 
A iniciativa restrita ocorre quando o titular somente pode propor leis para 
matérias específicas. Cuidado para não confundir iniciativa restrita com 
iniciativa privativa, ok? 
Exemplo: os Tribunais do Poder Judiciário somente podem propor Projetos de 
Lei sobre as suas remunerações, estatuto da magistratura e sobre as matérias 
do artigo 96, II. Outro exemplo é a iniciativa do PGR, restrita às matérias dos 
artigos 127 § 2º e 128, § 5º. 
1.4. Iniciativa concorrente 
A iniciativa concorrente ocorre quando mais de uma pessoa pode propor lei 
sobre uma mesma matéria. Por exemplo: existem quatro legitimados a 
propor uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC): 1/3 da Câmara dos 
Deputados, 1/3 do Senado Federal, Presidente da República e mais da metade 
das assembleias legislativas estaduais, manifestando-se cada uma delas pela 
maioria relativa de seus membros. 
Outro exemplo é a propositura de lei sobre normas gerais de organização do 
MPU, que é concorrente entre o Presidente da República e o Procurador-Geral 
da República. 
1.5. Iniciativa conjunta 
A iniciativa será conjunta quando precisar de duas ou mais pessoas para 
iniciar o procedimento legislativo de uma lei. Assim, os legitimados (dois 
ou mais) devem iniciar juntos o processo legislativo. 
A iniciativa conjunta não existe mais no Brasil. O seu último exemplo de 
ocorrência no ordenamento pátrio foi a iniciativa de lei para fixar o subsídio 
dos Ministros do STF, que ERA conjunta entre os Presidentes da República, da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do STF.
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1.6. Iniciativa popular 
Por expressa disposição do art. 14, III, a iniciativa popular é um instrumento 
de exercício da SOBERANIA popular, ou seja, é uma das formas através das 
quais o povo exerce o seu poder. 
A iniciativa popular de lei ocorre quando um projeto de lei é iniciado 
diretamente pelo próprio povo, e não por intermédio de seus representantes, 
como é a regra. Ela apenas inicia o procedimento legislativo, devendo, o 
projeto de lei, após iniciado, seguir o trâmite normal das demais proposições 
legislativas.
Somente podem ser propostas, pela iniciativa popular, as Leis ORDINÁRIAS
e as COMPLEMENTARES. Assim, não cabe iniciativa popular em medida 
provisória, Decretos Legislativos etc. Além disso, não cabe iniciativa popular 
em matérias de iniciativa reservada.
Importante saber também que não cabe iniciativa popular em Proposta de 
Emenda à Constituição FEDERAL (somente LO e LC). No entanto, 
curiosamente, pode haver iniciativa popular em PEC ESTADUAL.
Outro ponto importante a ser ressaltado é que somente o cidadão pode 
propor uma lei por iniciativa popular. E guarde essa informação: cidadão é 
quem tem a capacidade eleitoral ativa, ou seja,a capacidade de votar. 
Um projeto de lei (PL) iniciado pela iniciativa popular deve ter sua tramitação
iniciada na Câmara dos Deputados, uma vez que essa Casa representa o 
povo. Como dito, a iniciativa popular apenas inicia o procedimento legislativo, 
devendo, o projeto de lei, seguir o trâmite normal das demais proposições 
legislativas. Assim, o legislativo pode emendar e até mesmo rejeitar o PL
iniciado pela iniciativa popular.
ATENÇÃO: a iniciativa popular apenas INICIA a tramitação de 
um projeto de lei. 
Um PL de iniciativa popular pode versar somente sobre um único assunto
e, apesar de passar pelos trâmites normais, tem uma pequena “ajuda” da CF: 
ele não pode ser rejeitado por vício de forma, devendo a Câmara dos 
Deputados corrigir eventuais erros formais. Ora, isso ocorre porque o povo não 
necessariamente tem os conhecimentos sobre a técnica legislativa, sendo 
desarrazoada sua rejeição logo de pronto por vício formal.
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A Constituição prevê diferentes requisitos da iniciativa popular para a União, 
estados e municípios. Vamos ver quais são eles: 
a)UNIÃO: Art. 61, § 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela 
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, 
no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo 
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles. 
b)ESTADOS e DF: Art. 27, § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular 
no processo legislativo estadual. 
c) MUNICÍPIOS: Art. 29, XIII - iniciativa popular de projetos de lei de 
interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de 
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
1.7. Iniciativa vinculada / obrigatória 
A iniciativa vinculada é aquela obrigatória, onde o seu detentor é obrigado a 
apresentar o projeto de lei nas datas estabelecidas. Exemplos deste tipo de 
iniciativa são o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
e a Lei de Orçamento Anual (LOA), nas quais o Presidente da República é 
obrigado a iniciar seu procedimento legislativo nos prazos previstos pela 
Constituição. 
1.8. Iniciativa por proposta da maioria absoluta (MA) dos membros de 
qualquer das Casas do Congresso Nacional 
Antes de adentrarmos no estudo desse tipo de iniciativa, devemos entender o 
conceito de sessão legislativa. O art. 57 da CF estabelece que “O Congresso 
Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro”. Assim, temos três 
conceitos:
ƒ Sessão Legislativa Ordinária (SLO): período onde o Congresso 
Nacional exerce ordinariamente seus trabalhos, que vai de 2 de 
fevereiro a 22 de dezembro
ƒ 1º período da SLO: período que vai de 2 de fevereiro a 17 de julho
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ƒ 2º período da SLO: período que vai de 1º de agosto a 22 de 
dezembro
Uma vez entendidos esses conceitos, vamos agora à iniciativa por proposta da 
maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional: 
Em regra, se um projeto de lei for rejeitado na fase de discussão e votação, 
sua matéria não poderá ser objeto de novo PL na mesma SLO (2 de fevereiro a 
22 de dezembro). 
Excepcionalmente, caso haja a aprovação da maioria absoluta dos 
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional, pode haver um novo 
PL, na mesma sessão legislativa, com a matéria do PL rejeitado. 
Observe o art. 67 da CF: “A matéria constante de projeto de lei rejeitado
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão 
legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer 
das Casas do Congresso Nacional.” 
No caso dos Projetos de Lei de iniciativa de outros órgãos, os detentores da 
iniciativa podem até reapresentar os PLs na mesma SLO, no entanto, para que 
os mesmos tramitem, deve haver a aprovação da maioria absoluta dos 
membros da Casa (art. 110 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados). 
ATENÇÃO: a possibilidade de se repetir um PL rejeitado na mesma 
sessão legislativa NÃO EXISTE PARA PEC OU MP, por expressa 
determinação constitucional (arts. 60, §5º e 62, §10º). 
1.9. Iniciativa privativa, reservada ou exclusiva 
Meus caros Analistas do Banco Central, ao estudarmos sobre a organização do 
Estado brasileiro, nos artigos 21 e 22 da CF, aprendemos que existem 
competências EXCLUSIVAS da União (que não podem ser delegadas) e 
PRIVATIVAS da União (que podem ser delegadas). Atenção: esses 
conceitos não valem para processo legislativo. Assim, em processo 
legislativo, competência “privativa”, “exclusiva” e “reservada” são 
SINÔNIMOS, ok?
A iniciativa privativa (ou reservada ou exclusiva) ocorre quando um PL pode 
ser proposto apenas por uma pessoa e sua iniciativa não pode ser delegada 
a mais ninguém. Além disso, nem o poder Legislativo e nem o Judiciário 
podem obrigar ou fixar prazo para que o detentor da iniciativa reservada 
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exerça sua prerrogativa. Isso feriria a separação dos poderes. Dessa forma, 
caso algum detentor de iniciativa exclusiva não encaminhe o PL ao Legislativo, 
ninguém pode obrigá-lo a fazer isso, salvo a própria Constituição.
Um exemplo para ficar mais claro: as leis sobre criação de cargos públicos no 
poder executivo federal são de iniciativa privativa do Presidente da República. 
Dessa forma, caso o PR não inicie a lei, ninguém poderá obrigá-lo ou fixar 
prazo para que o Projeto de Lei seja enviado ao Legislativo. 
Ainda sobre esse tema, o poder judiciário pode declarar a mora
(impontualidade no cumprimento de uma obrigação) do legitimado em enviar o 
projeto de lei ao Legislativo, mas não pode obrigá-lo a fazer isso. 
Um ponto importante é que nem mesmo as constituições estaduais 
podem fixar o prazo para que um detentor de iniciativa privativa a exerça. 
Assim, deve-se obedecer rigorosamente o texto da Constituição Federal e, se 
esta não fixou o prazo, as Constituições estaduais não podem fazê-lo. 
Naturalmente, uma Emenda à Constituição FEDERAL pode fixar prazo ou 
criar obrigação a um legitimado em iniciar uma Lei. 
Outra observação bastante recorrente em provas é que a Proposta de 
Emenda à Constituição não possui iniciativa privativa. Dessa feita, 
qualquer um dos legitimados pode propor PEC sobre qualquer tema. 
As normas de iniciativa privativa são normas de reprodução obrigatória.
Assim, se uma determinada matéria é reservada ao chefe do executivo federal, 
a mesma matéria, no que for cabível, também deverá ser destinada ao chefe 
do executivo estadual e municipal. Por exemplo: são de iniciativa privativa do 
Presidente da República as leis orçamentárias federais. Assim, as leis 
orçamentárias estaduais e municipais também são de iniciativa exclusiva dos 
chefes do executivo estadual e municipal, respectivamente. 
Emendas a projetos de lei de iniciativa privativa 
O Supremo entende ser possível emendas parlamentares a projetos de lei de 
iniciativa privativa de outros poderes. Assim, uma vez que os Projetos de Lei 
de iniciativa exclusiva do Executivo e do Judiciário foram iniciados, o 
Legislativo pode emendar/alterá-los porque a exclusividade se refere 
unicamente à iniciativa da lei e não à sua tramitação. No entanto, as referidas 
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emendas parlamentares devemter pertinência temática com a proposição 
legislativa original e não podem aumentar despesa:
x nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, salvo
orçamento, onde pode haver aumento de despesa, desde que 
obedecidos os demais requisitos constitucionais;
x nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério 
Público 
Sanção e vício de iniciativa 
Suponhamos que um parlamentar ou qualquer outra figura tenha iniciado uma 
lei de iniciativa privativa do Presidente da República. Essa lei sofreria de 
inconstitucionalidade formal, ou seja, não obedeceria aos procedimentos 
estabelecidos pela Constituição Federal para sua devida formação, uma vez 
que foi iniciada por pessoa diferente do que a Constituição prevê. 
Mas suponha também que ninguém percebeu o vício e o projeto de lei tramitou 
pelo Congresso Nacional e foi aprovado. Após sua aprovação, o PL foi para 
sanção ou veto do Presidente da República (e até aqui ninguém havia 
percebido o vício). 
Chegando ao Presidente da República para sanção ou veto, o chefe do 
executivo gosta muito da lei e está plenamente de acordo com seu conteúdo, e 
ainda pensa consigo mesmo: “nem mesmo eu teria feito um PL tão bom”.
Assim, o Presidente da República sanciona a lei.
Pergunta: essa lei é válida? NÃO! Pois a sanção não 
supre/convalida/conserta o vício de iniciativa. Dessa forma, se a lei tinha 
um vício desde seu nascimento, a sanção do Presidente da República não 
“conserta” esse vício (mesmo que fosse o próprio Presidente quem devesse ter 
iniciado a lei). Da mesma forma, caso haja algum vício de emenda 
parlamentar, a sanção do Presidente da República também não o convalidará. 
Exemplos de iniciativa privativa 
x Iniciativa privativa do STF 
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a) Estatuto da Magistratura, que deve ser feito por meio de Lei 
Complementar.
b) Fixação do subsídio dos Ministros do STF (lei ordinária com sanção 
presidencial).
x Iniciativa privativa do STF, Tribunais Superiores e Tribunais de 
Justiça Estaduais (art. 96, II) 
a) Matérias de seu interesse exclusivo; 
b) Criação e extinção de cargos e remuneração; 
c) Lei sobre alteração de número de membros dos tribunais 
inferiores;
d) Fixação dos subsídios de seus membros e juízes. 
x Iniciativa privativa da Câmara dos Deputados e Senado Federal
a) Lei para a remuneração de seus cargos. 
b) OBS: via de regra, na administração pública, a criação de 
cargos e sua remuneração é feita por uma LEI. No entanto, 
para a Câmara dos Deputados e Senado Federal a regra é um 
pouco diferente: a criação de cargos é feita por RESOLUÇÃO
enquanto o aumento da remuneração é feita por LEI. Assim, 
esses órgãos podem criar seus cargos por resolução, e detêm a 
INICIATIVA privativa de lei para aumento da sua remuneração. 
x Iniciativa privativa do Presidente da República (art. 61, § 1º + art. 
84, XXIII) 
São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que fixem 
ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas ou que disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração 
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; 
Observe que os poderes Judiciário e Legislativo não estão incluídos. 
Assim, caso se queira aumentar a remuneração ou criar cargos no 
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poder Judiciário, isso deve ser feito por meio de lei de iniciativa do 
Judiciário, ocorrendo o mesmo para o Legislativo (com a ressalva 
da criação de cargos na Câmara e no Senado, que podem se dar 
por meio de Resolução). 
b) enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual (PPA), o projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e as propostas de 
orçamento (LOA) previstos na Constituição (art. 84, XXIII); 
c) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e 
orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos 
Territórios; 
Obs. sobre a matéria tributária: Somente a matéria tributária
DOS TERRITÓRIOS é de iniciativa exclusiva do Presidente da 
República. Se a lei for sobre matéria tributária da União, 
estados e municípios, a iniciativa será concorrente entre o 
executivo, o legislativo e a iniciativa popular.
d) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, 
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração 
pública, observado o decreto autônomo; 
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de 
cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e 
transferência para a reserva. 
g) Organização da Defensoria Pública da União e normas gerais 
para a Defensoria Pública dos estados, DF e Territórios. 
h) Organização do Ministério Público da União e normas gerais 
para o Ministério Público dos estados, DF e Territórios. 
ƒ Apesar de a Constituição Federal estabelecer no art. 61 que a 
iniciativa de lei sobre a organização do Ministério Público da 
União é privativa do Presidente da República, a doutrina 
entende que a iniciativa de lei de normas gerais para a 
organização do MPU é CONCORRENTE ENTRE O 
PRESIDENTE DA REPÚBLICA E O PGR.
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ƒ Já a iniciativa de lei sobre normas específicas para o MP 
da União, é de iniciativa privativa do PGR.
ƒ Para o MP estadual, funciona assim: iniciativa de lei sobre 
normas gerais é de iniciativa privativa do Presidente da 
República (art. 61) enquanto a iniciativa de leis sobre 
normas específicas é concorrente entre o governador e 
o Procurador-Geral de Justiça (PGJ – o chefe do MP 
estadual).
ƒ O Ministério Público do DF (MPDFT) é um braço do MPU e a 
competência para sua organização é concorrente do 
Presidente da República com o PGR (assim como todo o 
MPU). 
ƒ O Ministério Público que atua junto aos Tribunais de 
Contas é parte integrante desses Tribunais, assim, sua 
organização fica a cargo das próprias Cortes de Contas. 
Por ser de extrema importância, colocarei os três artigos correspondentes da 
Constituição. Atenção para o seu texto!
Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis 
que: II - disponham sobre: d) organização do Ministério Público e da Defensoria 
Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério 
Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios;
Art. 127, § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder 
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-
os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política 
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e 
funcionamento.
Art. 128, § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é 
facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as 
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a 
seus membros: (...) 
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Colocarei agora as mesmas informações, porém organizadas de uma forma 
diferente, ok? 
x MPU • Normas gerais: é organizado por Lei Complementar de 
iniciativa concorrente entre o Presidente da República e 
o PGR (art.61, § 1º, II, “d” + art. 128, § 5º). 
• Normas específicas: Lei de criação e extinção de cargos e 
serviços auxiliares do Ministério Público, a política 
remuneratória e os planos de carreira: iniciativa é privativa 
do PGR (CF, art. 127, § 2º). 
x MPE • Normas gerais: Lei federal de normas gerais para a 
organização do MP dos Estados: iniciativa é privativa do 
Presidente da República (CF, art. 61, § 1º, II, “d”). 
• Normas específicas: Lei Complementar estadual de 
organização do MP do Estado: iniciativa concorrente entre o 
Governador e o PGJ (art. 61, § 1º, II, “d” + 128, § 5º). 
• Lei sobre a organização do MPDFT: concorrente 
entre o Presidente da República e o PGR. (O 
MPDFT integra o MPU e é organizado e mantido pela 
União).
x MPjTC: Lei de organização do MP especial que atua junto à Corte de 
Contas: iniciativa privativa do Tribunal de Contas.
Esquematizando:
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1. FASE DE INICIATIVA 
x Deflagra / inicia o procedimento legislativo 
- Deputados / Senadores (dep/sen) 
- Câmara dos Deputados (CD) 
- Comissão da - Senado Federal (SF) 
- Congresso Nacional (CN) 
- Presidente da República (PR) 
 - STF 
 - Tribunais Superiores (TS) 
 - PGR 
 - Cidadãos 
- TCU (73+96,II) 
Podem propor LO e LC
(Art. 61)
x As diferentes iniciativas NÃO são autoexcludentes 
1.1) Iniciativa Parlamentar e Extraparlamentar 
o Parlamentar: Dep e Sen
o Extraparlamentar: PR, TS, STF, PGR, iniciativa popular (...)
1.2) Iniciativa Geral - Dep/Sen
- Câmara dos Deputados (CD) 
- Comissão da - Senado Federal (SF) 
- Congresso Nacional (CN) 
- Presidente da República (PR) 
- Iniciativa popular 
o Podem propor leis sobre qualquer coisa, salvo iniciativa privativa
o OBS: no BR não existe iniciativa geral plena Ninguém pode propor qualquer lei sobre 
qualquer assunto sem exceções. 
1.3) Iniciativa Restrita 
o Não confundir com iniciativa privativa 
o O titular só pode propor lei para matérias específicas 
- Judiciário - STF, TS e STJ podem propor leis específicas (96, II) 
- $ dos Min STF - iniciativa do STF (48,XV)
- Estatuto da Magistratura (93)
- PGR: Criação, extinção de cargos, plano de carreira e $ (127, §20 e 128, §50)
- TCU (73, 75 e 96, II) Ex
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1.4) Iniciativa Concorrente 
o Mais de uma pessoa pode propor lei sobre a mesma matéria 
Ex: - PEC 
- Organização do MPU PR + PGR 
1.5) Iniciativa Conjunta 
o Quando precisa de 2 ou + pessoas, JUNTAS, para iniciar lei. 
o Não existe mais no BR 
ƒ Último exemplo no BR: $ dos MinSTF ERA conjunta entre PR + PCD + PSF + 
PSTF
- Sufrágio Universal 
- Voto direto, secreto e igualitário 
- Plebiscito 
- Referendo 
- Iniciativa Popular de lei
1.6) Iniciativa Popular 
o É instrumento da soberania popular
o Somente para o CIDADÃO
o Forma direta o povo propõe a lei sem o intermédio dos representantes 
o Apenas inicia o procedimento legislativo 
ƒ No resto, segue o mesmo procedimento das LO 
o O Parlamento pode rejeitar ou emendar o PL proposto por iniciativa popular 
o Apresenta à CD
o PL deve ter somente 1 assunto 
o Não pode ser rejeitado por vício de forma, devendo a CD corrigi-lo 
o Somente cabe iniciativa popular em LO e LC (o resto não) 
o Não cabe iniciativa popular em -PEC (federal) 
-Matéria reservada 
OBS: cabe iniciativa 
popular em PEC 
estadual, mas não 
cabe em PEC federal
Ɣ União: Mín 1% do - Mín 5 Estados
eleitorado nacional - Mín 0,3% eleitores de cada Estado 
ƔMun 5% do ELEITORADO do Mun 
Requisitos da 
Iniciativa popular
(61, §20 + 27, §40
+ 29, XIII)
ƔEst e DF lei disporá 
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1.7) Iniciativa por proposta da Maioria Asoluta (MA) dos membros de qualquer das 
Casas do CN 
o Se o PL for rejeitado na fase de discussão e votação: 
ƒ Regra: não pode novo projeto sobre o mesmo tema na mesma sessão legislativa 
ordinária SLO (2/fev a 22/dez)
ƒ Exceção: pode novo projeto sobre o mesmo tema na mesma SLO pela aprovação 
da MA dos membros de qualquer das Casas
x PL de iniciativa de outros órgãos: pode reapresentar (ex: PR, Trib, MP, etc)
x Mas a tramitação do novo PL também depende da aprovação da MA de 
qualquer das Casas do CN 
x Art. 110 RICD 
ƒ MP e PEC não pode repetir de jeito nenhum
1.8) Iniciativa Vinculada 
o Obrigatória
o Ex: leis orçamentárias: PPA, LDO e LOA 
ƒ O PR é obrigado a apresentar os projetos de leis orçamentárias 
1.9) Iniciativa Privativa / Reservada /Exclusiva 
o Não confundir com COMPETÊNCIA privativa/exclusiva da União (arts. 21 e 22)
ƒ No Processo Legislativo, iniciativa privativa reservada exclusiva 
ƒ Nas competências: privativa  de exclusiva 
o Ocorre quando o PL pode ser proposto somente por uma pessoa 
o Não pode ser delegada 
o Legislativo e Judiciário não podem fixar prazo (obrigar) para que o titular exerça a 
iniciativa reservada 
ƒ Separação dos poderes 
ƒ Ninguém pode obrigar o dono da iniciativa privativa a iniciar a lei Salvo a CF
ƒ O Judiciário pode declarar a mora (mandado de injunção ou ADO) 
ƒ Nem a Constituição Estadual (CE) pode fixar o prazo (se a CF não o fixar 
também) 
x OBS: EC (da CF) pode alterar ou criar prazo 
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Pode aumentar despesa, desde que
cumpridos os demais requisitos
- Pertinência temática
- Não pode despesa - Iniciativa exclusiva do PR salvo orçamento
Pode haver emendas 
em PL de iniciativa 
privativa de outros 
Poderes (art. 63) nos Projetos de - Organização da - CD 
- SF 
- Tribunais Federais 
- MP 
o OBS: a sanção NÃO convalida (supre) - Vício formal de iniciativa 
- Vício de emenda parlamentar 
o PEC não possui iniciativa privativa somente PL 
o São normas de reprodução obrigatória 
o Ex: Iniciativa Privativa do STF - Estatuto da Magistratura (LC)
- Fixação da $ dos Min STF (lei com sanção do PR) 
o Ex: Iniciativa Privativa do STF, TS, TJEst (96,II) matérias de seu interesse exclusivo
ƒ Ex - Criação e extinção de cargos e remuneração 
- Fixação dos subsídios de seus membros e juízes 
- Iniciativa de lei sobre alteração de n0 de membros dos tribunais inferiores 
o Ex: Iniciativa Privativa da CD e SF: leis para $ de seus cargos
o Organização, criação de cargos, funções etc RESOLUÇÃO 
x OBS: para - Aumento de $ - INICIATIVA de LEI
- Criação de cargos Resolução 
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- Criação de cargos públicos e $ da administração - Direta
x Não inclui Legislativo e Judiciário - Autárquica
 - PPA/LDO/LOA 
 - Administrativa 
- Judiciária 
- Organização - Orçamentária dos TERRITÓRIOS
- Tributária 
- Serviços públicos 
- Pessoal 
x PL sobre matéria TRIBUTÁRIA: Se for da U, E e Mun será 
concorrente entre Executivo + Legislativo + povo
o PL sobre matéria TRIBUTÁRIA NÃO é de 
iniciativa privativa do PR 
- Servidores Públicos da U e Territ e seu Regime Jurídico
x Criação de cargos e $ no Judiciário e Legislativo NÃO é do 
PR
- Criação e extinção de ministérios e órgãos 
x Observado o Decreto Autônomo 
- Militares das Forças Armadas 
- Organização da DPU + normas Gerais para DP E, DF e Territ 
- Organização do MPU + normas Geraispara MP E, DF e Territ
E
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Organização do MP 
MP Normas Gerais Normas Específicas 
União 
PR + PGR 
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º) 
PGR (127, § 2º) 
DFT 
PR + PGR 
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º) 
PGR (127, § 2º) 
Estados PR (61, § 1º, II, d) 
Gov + PGJ 
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º + ADI 852) 
MPjTC TC TC
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2. FASE CONSTITUTIVA 
Após a fase de iniciativa, ou seja, após iniciado um Projeto de Lei, entramos na 
segunda fase do processo legislativo ordinário: a fase constitutiva, onde 
ocorre a deliberação do poder legislativo (deliberação parlamentar), que é a 
discussão e votação do PL no Congresso Nacional, e a deliberação do poder 
executivo (deliberação executiva), que é a sanção ou veto do Presidente da 
República.
- Deliberação Parlamentar - Discussão 
2 – Fase Constitutiva - Votação 
- Deliberação Executiva - Sanção 
- Veto 
2.1. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR – DISCUSSÃO E VOTAÇÃO 
Na fase de deliberação parlamentar ocorre a apreciação do projeto de lei pelas 
duas Casas do Congresso Nacional: a Casa Iniciadora, ou seja, a Casa onde 
o PL se inicia e a Casa Revisora, ou seja, a segunda Casa por onde o PL 
tramita.
O Senado Federal será a Casa Iniciadora em apenas três casos: 
a) PL de iniciativa de senador; 
b) PL de iniciativa das Comissões do Senado Federal; 
c) PL proposto por Comissão Mista alternadamente entre Câmara dos 
Deputados e Senado Federal. 
Em todos os demais casos a Câmara dos Deputados é a Casa Iniciadora: 
d) PL de iniciativa do Presidente da República, STF e Tribunais Superiores; 
e) PL de iniciativa de deputados e comissões da Câmara dos Deputados; 
f) PL de iniciativa do PGR; 
g) PL de iniciativa popular; 
h) PL de iniciativa de Comissão mista alternadamente entre Câmara dos 
Deputados e Senado Federal. 
Esquematizando:
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2. Fase Constitutiva 
o Deliberação do - Legislativo (Deliberação Parlamentar) discussão e votação no CN 
- Executivo (Deliberação Executiva) sanção ou veto 
2.1) Deliberação Parlamentar – Discussão e votação 
o Apreciação das duas Casas - Iniciadora 
 - Revisora 
o O Senado Federal é casa - PL de iniciativa de senador
iniciadora em 3 casos - PL de iniciativa das Comissões do SF 
- PL proposto por Comissão Mista
 
Alternadamente 
entre CD e SF
o Em todos os demais casos a Câmara - Presidente da República
dos Deputados é a Casa Iniciadora - STF 
- Tribunais Superiores 
- Deputados 
- Comissões da Câmara dos Deputados 
- PGR 
- Iniciativa popular 
- Comissão mista
Alternadamente 
entre CD e SF
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2.1.1. Da Casa Iniciadora 
Meus queridos Analistas do Banco Central, para facilitar o seu estudo, colocarei 
sempre um desenho do procedimento que será estudado. À medida que você 
for lendo, volte ao desenho do procedimento e visualize exatamente 
onde você está. Isso facilitará bastante o seu estudo além de fornecer uma 
visão melhor do todo. Vamos à primeira parte: 
CASA INICIADORA 
Votação nas Comissões
Plenário
(Discussão
e Votação)
Comissão 1
emite
parecer
Comissão 2
emite
parecer
Comissão X
emite
parecer
Aprova vai para
a Casa Revisora
Rejeita arquiva+
Irrepetibilidade
Iniciativa
Tramitação nas comissões 
Iniciado o processo legislativo, o PL tramita nas comissões da Casa Iniciadora 
(ele tramitará nas comissões da Casa Revisora também, em um momento 
posterior).
Essas comissões, que podem fazer emendas ao PL, podem ser temáticas (ex. 
Comissão de Educação, Comissão de Assuntos Sociais, etc.) ou Comissões de 
Constituição e Justiça (CCJ). A CCJ, realiza um exame formal do PL e emite 
um parecer de observância obrigatória (terminativo). Já as comissões 
temáticas realizam um exame material do PL e emitem um parecer não 
obrigatório (opinativo). 
O número de comissões temáticas e por quais comissões o PL passará não é 
estudado na parte constitucional do processo legislativo e sim no Regimento 
Interno de cada Casa legislativa. Assim, não se preocupe com isso, 
combinado?
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Emendas ao Projeto de Lei 
As emendas (alterações ao PL) podem ser feitas tanto nas Comissões quanto 
no Plenário e também podem ser feitas nos projetos de lei de iniciativa 
privativa. Lembre-se que a iniciativa privativa é somente para dar início ao 
andamento do PL, que pode ser alterado pelo Poder Legislativo. 
Além disso, as emendas podem ser propostas tanto pelos congressistas 
(deputados e senadores) quanto pelas Comissões Parlamentares. 
Existe um dispositivo na Constituição que merece maior explicação: 
Art. 166, § 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao 
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se 
refere este artigo (leis orçamentárias – PPA, LDO e LOA) enquanto não 
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é 
proposta.
Observe que quem elabora os projetos do PPA, da LDO e da LOA é o próprio 
Presidente da República, aliás, essas leis são de iniciativa exclusiva dele. 
Depois de elaborados os projetos, o Presidente os encaminha ao Congresso 
Nacional, dando início à fase constitutiva do processo legislativo. 
Ocorre que, por força do art. 166, § 5º, APÓS enviado o projeto de lei para 
o Congresso Nacional, o Presidente da República pode propor emendas, 
desde que não tenha sido iniciada a votação da parte a ser alterada na 
primeira comissão onde esse projeto de lei tramita (a Comissão Mista 
Parlamentar de Orçamento e Finanças - CMPOF). 
Por fim, a Constituição prevê que não será admitido aumento da despesa 
prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, 
ressalvadas as leis orçamentárias, onde poderá haver esse aumento, 
cumpridos os demais requisitos constitucionais. 
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do 
Ministério Público 
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Do Plenário 
Após a discussão e votação dentro da última comissão (lembrando que o PL 
pode passar por várias delas), o Projeto de Lei é enviado a Plenário para 
discussão e votação. O referido Plenário pode: 
1. Aprovar o PL, com ou sem emendas, caso em que o mesmo vai
para a Casa Revisora;
2. Rejeitar o PL, caso em que o mesmo será arquivado e sua matéria 
não pode ser objeto de novo PL na mesma sessão legislativa, salvo 
requerimento da maioria absoluta de qualquer das Casas 
(irrepetibilidade). 
Da delegação interna corporis: votação do PL no âmbito das comissões
Como dito acima, em regra, após tramitarem pelas comissões, os Projetos de 
Lei (PLs) devem ser votados no Plenário de cada Casa. No entanto, a 
Constituição permite que o Regimento Interno de cada Casa delegue algumas 
atribuições do Plenário para se discutir e votar definitivamente os PLs no 
âmbito das comissões. Assim, um Projeto de Lei pode ser aprovado na Câmara 
dos Deputados e no Senado Federal sem jamais ter passado pelo Plenário de 
nenhuma dessas Casas (caso tenha havido adelegação de ambos os 
regimentos internos). Essa delegação se chama delegação interna corporis 
(art. 58, §2º, I). 
No entanto, a CF também regra que, caso haja recurso de 1/10 dos 
membros da Casa, o PL (que seria votado somente nas comissões) deve ser 
levado a Plenário. Essa disposição também protege o direito das minorias 
parlamentares.
Volte agora e revise o desenho do procedimento estudado até aqui. 
Esquematizando:
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o Procedimento
I- Casa Iniciadora 
a) Iniciado o Processo Legislativo: PL tramita nas comissões
Comissões - de Constituição e Justiça (CCJ) - Exame formal 
- Parecer Terminativo (obrigatório) 
Em ambas - Temáticas emitem - Parecer - não obrigatório (opinativo)
 as Casas - Exame material 
(Podem emendar) 
b) Emendas:
ƒ Pode haver emendas - Nas comissões 
- No Plenário 
- Nos PL de iniciativa privativa 
ƒ Podem ser propostas pelos - Congressistas 
- Comissões Parlamentares 
x Quem tem iniciativa privativa PODE apresentar emendas APÓS proposto o 
PL e enquanto não iniciada a votação na primeira Comissão (divergência
doutrinária sobre outros, que não o PR)
Ex: PR nas leis Orçamentárias, enquanto não iniciada a votação na CMPOF 
da parte cuja alteração é proposta. (art. 166, §50)
ƒ Emendas a PL não podem - Iniciativa exclusiva do PR, salvo orçamento
aumentar despesa nos PL de - Organização da - CD
- SF 
- Tribunais Federais 
- MP 
Pode aumentar despesa, desde que
cumpridos os demais requisitos
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c) Após discussão e votação dentro das Comissões, o PL é enviado ao Plenário para 
discussão e votação 
ƒ OBS: Votação do PL no âmbito das comissões 
x As comissões podem aprovar (VOTAR) o PL sem passar pelo Plenário
o (art. 58, §20, I) 
o Para agilizar a atividade legislativa 
o Por delegação interna corporis
o Em casos específicos previstos nos Regimentos Internos 
o Isso pode ocorrer nas duas Casas, ou seja: um PL pode ser aprovado 
(virar lei) sem jamais ter passado pelo PLENÁRIO da CD ou do SF 
o Cabe recurso de 1/10 dos membros da Casa caso em que vai a 
Plenário 
d) Aprovado pela Casa Iniciadora (com ou sem emendas) Segue para a Casa Revisora
e) Rejeitado pela - Arquiva 
Casa Iniciadora + 
- Irrepetibilidade (art. 67): a matéria do PL rejeitado não pode mais 
ser objeto de PL na mesma Sessão Legislativa, salvo MA de 
qualquer das Casas
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2.1.2. Da Casa Revisora 
Colocarei agora a segunda parte do desenho do processo legislativo ordinário. 
Lembre-se de sempre voltar até ele à medida que for lendo a explicação: 
CASA INICIADORA 
 Votação nas Comissões 
Comissão
2 emite
parecer
Aprova vai para
a Casa Revisora
Rejeita arquiva+
Irrepetibilidade
Plenário
(Discussão
e Votação)
Comissão X
emite
parecer
Comissão
1 emite
parecer
Iniciativa
CASA REVISORA 
Votação nas Comissões
Aprova vai para autógrafo
+ Sanção ou veto do PR
Emenda – volta para a Casa
Iniciadora para apreciação
das emendas.
Plenário
(Discussão
e Votação)
Rejeita arquiva+
Irrepetibilidade
Comissão 1, 2, 3,
4, X …
Emitem Parecer
Uma vez aprovado pela Casa Iniciadora, o Projeto de Lei vai para a Casa
Revisora. Tudo o que foi estudado até aqui para a Casa Iniciadora, também 
vale para a Casa Revisora. Ex: o PL também passa pelas comissões (CCJ e 
temáticas), pode haver emendas, delegação interna corporis, etc. Assim, após 
o trâmite nas comissões, o PL vai ao Plenário da Casa Revisora, que pode: 
1. Aprovar o PL sem emendas de mérito, caso em que ele segue 
para autógrafo, que é a reprodução do conteúdo final que o PL terá. 
De lá, o PL segue para a Deliberação executiva (sanção ou veto do 
Presidente da República). 
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2. Rejeitar o PL, caso em que o mesmo será arquivado e ocorrerá a 
irrepetibilidade, ou seja, a matéria do PL rejeitado não pode mais 
ser objeto de projeto de lei na mesma sessão Legislativa, salvo 
proposta da maioria absoluta de qualquer das Casas (art. 67). 
3. Emendar o PL, caso em que ele volta para a Casa Iniciadora para 
apreciação das emendas da Casa Revisora. Observe que, nesse 
estágio, a Casa Iniciadora somente pode apreciar a parte emendada 
pela Casa Revisora, sendo vedada a subemenda (emenda da 
emenda).
Ao apreciar as emendas da Casa Revisora, a Casa Iniciadora pode 
aprová-las ou rejeitá-las. Caso aprove, o PL segue para autógrafo, 
seguido da sanção ou veto do Presidente da República. Caso rejeite, o 
PL segue para a sanção ou veto do Presidente do mesmo jeito, e sem 
as emendas! Portanto, a vontade da Casa iniciadora prevalece 
sobre a da Revisora.
Importantíssimo ressaltar que, apesar de haver predominância da 
Casa Iniciadora sobre a Casa Revisora, não há hierarquia entre 
elas.
Assim, como a Câmara dos Deputados é, geralmente, a Casa 
Iniciadora, ela tem papel preponderante sobre o Senado Federal na 
elaboração das leis (lembre-se de que não há hierarquia entre as 
Casas!).
Volte agora e revise o desenho do procedimento estudado até aqui. 
Esquematizando:
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II- Casa Revisora 
a) Aprovar - Sem emendas de mérito Segue para sanção do PR
- Com emendas de mérito o mesmo que emendar 
b) Rejeitar arquiva + irrepetibilidade (a matéria do PL rejeitado não pode mais ser objeto 
de PL na mesma sessão Legislativa, salvo MA de qualquer das Casas
c) Emendar - PL volta para a Casa Iniciadora, que somente apreciará o que foi 
modificado
- Vedado subemenda (emenda da emenda) 
- A Casa • Aprovar as emendas segue para a sanção do PR 
Iniciadora pode • Rejeitar as emendas segue para a sanção do PR do 
mesmo jeito (e sem as emendas) 
A
pr
ov
ad
o 
pe
la
 C
as
a 
In
ic
ia
do
ra
, v
ai
 
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 a
 C
as
a 
R
ev
is
or
a,
 q
ue
 p
od
e
NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE CASA INICIADORA e
REVISORA, mas há PREDOMINÂNCIA da CASA
INICIADORA sobre a REVISORA
A vontade da Casa 
Iniciadora prevalece 
(E SEM AS EMENDAS) 
ƒ Como a CD é geralmente a Casa Iniciadora, ela tem papel preponderante na 
elaboração normativa 
x Lembrando: a CD não é hierarquicamente superior ao SF 
OBS:
o Na Casa Revisora, o PL também passa pelas comissões 
ƒ Após as Comissões, vai a Plenário (igual na Casa Iniciadora) 
ƒ A Casa Revisora também pode aprovar um PL somente no âmbito das Comissões 
(delegação interna corporis) igual na Casa iniciadora. 
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2.2. DELIBERAÇÃO EXECUTIVA – SANÇÃO OU VETO 
Após aprovado na fase de discussão e votação no Congresso Nacional, o 
projeto de lei é encaminhado ao Presidente da República, que tem 15 dias 
úteis para realizar a sanção ou o veto. 
Da sanção
A sanção completa a fase constitutiva e é a aprovação da lei. Significa que 
o Presidente da República está de acordo com seu conteúdo e faz com que o 
“projeto de lei” se transforme em “LEI”.
A sanção pode ser expressa ou tácita. A sanção expressa ocorre quando o 
Presidente da República “assina o papel”, ou seja, ele assina umato se 
manifestando em favor daquela lei. Repare que a sanção expressa requer uma 
ação presidencial. 
Mas o que ocorre se o Presidente deixar passar os 15 dias úteis e não 
sancionar e nem vetar o PL? Ocorre a sanção tácita. Daí vem aquele ditado 
“quem cala, consente”. Dessa forma, caso o Presidente da República 
permaneça em silêncio, deixando escoar o prazo de sanção ou veto, ele está, 
tacitamente (implicitamente), aprovando a lei. 
Após a sanção, a LEI (lembre-se que a sanção transforma o PL em lei) será 
promulgada e publicada. O prazo para promulgação é de 48 horas e não 
existe prazo constitucional definido para a sua publicação. 
Apenas as leis ordinárias, as leis complementares e as MPs modificadas pelo 
Congresso Nacional (leis de conversão) se submetem à sanção. Assim, não se 
submetem à sanção as Emendas Constitucionais, Leis Delegadas, 
Decretos Legislativos, Resoluções, e Medidas Provisórias não 
modificadas.
Vale observar que, ainda que o Presidente da República sancione uma 
lei, ele pode propor uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 
contra ela, ou seja, não é pelo fato de o Presidente haver sancionado uma lei, 
que ele perderá o direito de contestá-la perante o judiciário. 
Além disso, a sanção não supre o vício de iniciativa ou de emenda 
parlamentar. Portanto, caso o Projeto de Lei contenha algum vício de 
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iniciativa ou vício de emenda, a sanção presidencial não fará com que ele se 
torne válido. 
Somente para lembrar uma informação importantíssima e muito cobrada em 
provas: Não há sanção ou veto presidencial na emenda à Constituição, 
em decretos legislativos, em resoluções, nas leis delegadas e na lei 
resultante da conversão, sem alterações, de medida provisória. 
Esquematizando:
2.2) Deliberação Executiva – Sanção ou Veto 
o Após a fase de discussão e votação, - Sanção - Expressa
o PL vai para o PR para - Tácita
- Veto 
o Sanção - Aprovação da lei. 
- Completa a fase constitutiva 
- Se o PR deixar passar o prazo sem se manifestar sanção tácita 
15 d úteis - Após a sanção, a LEI vai para a fase de promulgação e publicação.
• A sanção faz o PL virar LEI 48h Não tem prazo definido
- Mesmo que o PR tenha sancionado, ele pode entrar com Adin contra a Lei 
- A sanção não supre o vício de iniciativa ou de emenda parlamentar 
- Não há sanção em - Emenda Constitucional 
- Lei Delegada 
- Decreto Legislativo
- Resoluções,
- MP não modificada 
Se for PL de conversão (MP modificada) 
precisa de sanção 
Não há sanção ou veto do PR em - EC 
- DecLeg 
- Res 
- LDel 
- MP aprovada pelo CN sem alterações
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Do veto 
O veto é a rejeição do PL pelo Presidente da República e possui prazo comum 
de 15 dias úteis (é o mesmo prazo, onde o Presidente decide se sanciona ou 
veta uma lei).
Imagine que o Presidente da República apresente um projeto de lei ao 
Congresso Nacional e este o aprove integralmente, sem nenhuma modificação. 
O Presidente, ainda assim, pode vetar esse projeto de lei. O Presidente da 
República pode vetar um texto que ele mesmo apresentou. 
Vamos às características do veto:
x Expresso: o veto só ocorre se houver manifestação expressa do 
Presidente, ou seja, uma ação do chefe do executivo de rejeitar o PL no 
todo ou em parte. Dessa forma, caso o chefe do executivo deixe escoar o 
prazo de 15 dias úteis, haverá a sanção tácita (não existe veto tácito).
x Irretratável: uma vez vetado, o Presidente não pode desistir do veto. 
x Supressivo: o Presidente da República somente pode retirar texto do PL 
e nunca alterá-lo ou acrescentar nada a ele. 
A depender das informações vetadas, o veto pode ser classificado como 
total ou parcial. Ele será total quando ocorrer na íntegra, ou seja, 
quando o presidente vetar TODO o projeto de lei. Por outro lado, será 
parcial quando o Presidente vetar apenas PARTE do projeto de lei.
Uma observação importantíssima é que o Presidente da República, ao 
realizar o veto parcial, somente pode vetar o texto integral de artigo, 
parágrafo, inciso ou alínea e não pode deixar a lei ilógica ou modificar o 
seu “sentido”. Dessa feita, o Presidente da República não poderá vetar 
palavras isoladas no texto da lei. 
x Motivado: Outra característica do veto é que ele deve ser SEMPRE
MOTIVADO. Assim, o Presidente da República deve sempre dizer por 
qual motivo vetou um PL, sendo que, a ausência de motivação implica na 
inexistência do veto. Isso ocorre porque o veto é um ato composto e 
somente se aperfeiçoa com a comunicação dos motivos ao Presidente do 
Senado Federal em 48 horas, caso contrário, tem-se pela inexistência 
do veto.
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x Jurídico ou político: Quanto à motivação, o veto pode ainda ser 
jurídico ou político. Ele será jurídico quando o Presidente vetar um PL 
alegando a inconstitucionalidade do mesmo. Nesse caso, o chefe do 
executivo estará exercendo o controle preventivo de 
constitucionalidade. O veto será ainda político quando o Presidente 
alegar, ao motivá-lo, que o PL é contrário ao interesse público.
x Ato político: atos políticos são aqueles expedidos pelos agentes 
políticos no exercício de sua função estatal, com larga margem de 
independência e liberdade. Não são atos administrativos (ADPF 1/RJ-
QO).
O veto é um ato político, não cabendo, via de regra, controle
judicial de suas razões. É cabível, no entanto, o controle judicial da 
tempestividade ou quando houver abuso por parte do chefe do 
executivo.
x Superável ou relativo: o Congresso Nacional pode derrubar/superar o 
veto presidencial. 
Da derrubada do veto pelo Congresso Nacional 
Como visto, ao vetar um Projeto de Lei, o Presidente da República deve 
comunicar ao Presidente do Senado Federal (PSF) os motivos do veto no 
prazo de 48 horas. Após isso, a parte vetada será apreciada em sessão 
conjunta do Congresso Nacional no prazo de 30 dias.
Caso o Congresso Nacional permaneça inerte e não delibere sobre o veto 
presidencial no prazo de 30 dias, haverá o trancamento da pauta da sessão 
conjunta do Congresso Nacional. Observe que não haverá o trancamento 
da pauta da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, mas sim da sessão
conjunta do CN. Por maioria absoluta e voto secreto, o veto pode ser 
afastado, produzindo os mesmos efeitos da sanção. 
Trancar a pauta significa que o Congresso Nacional (na sessão conjunta) não 
poderá deliberar sobre nenhum outro assunto enquanto não deliberar sobre o 
motivo do trancamento, no caso, a apreciação do veto presidencial. 
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Caso o Congresso Nacional decida pela manutenção do veto, o PL será 
arquivado e sua matéria não poderá ser objeto de novo PL na mesma sessão 
legislativa, salvo requerimento da maioria absoluta dos membros de qualquer 
das Casas (irrepetibilidade). 
Observe que, assim como o veto do Presidente da República pode ser total ou 
parcial, a derrubada do veto também pode ser total ou parcial. Dessa 
forma, o Congresso Nacional pode derrubar apenas parte do veto do 
Presidente (Rp 1385 / SP). Por exemplo, se o Presidente da República veta os 
artigos 1, 2 e 3 de um projeto de lei, o Congresso Nacional pode derrubar 
apenas o veto do artigo 1 e deixar vetados os artigos 2 e 3. 
Uma vez derrubado o veto, a lei segue para que o Presidente da Repúblicaa 
promulgue. Observe que o Presidente deve promulgar a lei, mesmo a tendo 
vetado anteriormente. Se o Presidente da República não a promulgar no prazo 
de 48 horas, o Presidente do Senado Federal (PSF) o faz em igual prazo. 
Caso o Presidente do Senado Federal também não a promulgue, o Vice-
Presidente do Senado Federal (VPSF) deve fazê-lo. Nesse último caso, o 
VPSF é OBRIGADO a promulgar a lei, sendo que a Constituição não prevê um 
prazo específico para tal. 
Esquematizando:
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Pro 
- Rejeição do PL pelo Presidente da República
- Prazo para vetar: 15 d úteis (o mesmo prazo da sanção) 
- PR pode vetar texto que ele mesmo apresentou 
- Expresso: Silêncio: sanção tácita (NÃO EXISTE VETO TÁCITO)
- Irretratável: Não pode desistir do veto 
- Supressivo - Só pode retirar texto. Nunca acrescentar
- Veto - Total Na íntegra 
- Parcial - Só pode vetar texto integral de artigo, parágrafo, 
inciso ou alínea 
- Não pode deixar ilógico ou modificar o “sentido” da lei 
- Motivado • Prazo para comunicar o PSF com os motivos do veto: 48h 
Sempre • Comunicação dos motivos aperfeiçoa o veto (ato composto) 
• Se não motivar: inexistência do veto 
- Veto - Jurídico: Inconstitucionalidade (controle preventivo de constitucionalidade)
- Político: Contrário ao interesse público 
- Ato político - Não cabe controle judicial das RAZÕES do veto 
- Excepcionalmente cabe (abuso) 
- ADPF 1/RJ-QO 
- Superável ou relativo: o Congresso Nacional pode derrubar o veto do Presidente
Veto
- Presidente da República comunica ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto (48h)
- A parte vetada é apreciada em sessão conjunta do CN
- Prazo: 30d
- Se o CN ficar inerte: tranca a pauta da SESSÃO CONJUNTA DO CN 
x Não tranca a pauta da CD ou SF: 
x Só tranca a pauta da sessão conjunta do CN 
- Por MA E VOTO SECRETO, o veto é afastado, produzindo os mesmos efeitos da sanção 
x CN derrubar o veto 
x Derrubada do veto: produz os mesmos efeitos da sanção presidencial
- Mantido o veto: arquiva + irrepetibilidade 
- CN pode derrubar apenas parte do veto do Presidente da República (Rp 1385 / SP)
- Derrubado o veto: segue para o PR promulgar (48h)
x O PR deve promulgar a Lei mesmo sem concordar com ela 
o Se o PR não promulgar - PSF o faz 
- Prazo: 48h 
x Se o PSF não promulgar - VPSF o faz 
- Não tem prazo constitucional definido 
- É OBRIGATÓRIO 
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3. FASE COMPLEMENTAR 
A fase complementar compreende as fases de promulgação e publicação da lei. 
3.1. PROMULGAÇÃO
A promulgação é a declaração de existência da lei e sua inserção no 
ordenamento jurídico. Observe que se promulga a “LEI” e não um “projeto 
de lei”, uma vez que o PL é transformado em lei na sanção do Presidente ou na 
derrubada do veto pelo Congresso Nacional (fases anteriores à promulgação). 
Se o Presidente da República não promulgar a lei no prazo de 48 horas, o 
Presidente do Senado Federal (PSF) o faz em igual prazo. Caso o 
Presidente do Senado Federal também não a promulgue, o Vice-Presidente 
do Senado Federal (VPSF) deve fazê-lo. Nesse último caso, Vice-Presidente 
do Senado Federal é OBRIGADO a promulgar a lei e a Constituição não prevê 
um prazo específico. 
Existem algumas promulgações originárias do poder legislativo, como as 
Emendas Constitucionais, que são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, os Decretos Legislativos, que são 
promulgados pelo Presidente do Senado Federal (que é o Presidente do 
Congresso Nacional) e as Resoluções, que são promulgadas pelos Presidentes 
das Casas que as editarem. 
3.2. PUBLICAÇÃO
A publicação é um pressuposto de eficácia da lei. Assim, a lei só pode ser 
exigida depois de publicada, ou seja, depois que todos tomarem conhecimento 
de sua existência. 
Em regra, a cláusula de vigência da lei vem prevista em seu último artigo 
(clique no link e olhe art. 125 da Lei 8.666). Dessa forma, a própria lei diz 
quando ela entrará em vigor. No entanto, se ela não falar nada quanto ao seu 
prazo de vigência, entrará em vigor no território nacional no prazo de 45 dias 
após sua publicação e em território estrangeiro após 3 meses de sua 
publicação. 
A Constituição Federal não estipula expressamente o prazo para a publicação 
das leis. 
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Esquematizando:
3. Fase Complementar - Promulgação 
- Publicação 
3.1) Promulgação 
o Declaração de existência da lei e sua inserção no ordenamento jurídico 
o Promulga LEI e NÃO Projeto de Lei 
ƒ Já é Lei 
ƒ O PL vira lei com a - Sanção 
- Derrubada do veto 
o Prazo: 48h
o Promulgada pelo Presidente da República 
ƒ Caso haja rejeição do veto e o PR não promulgue - PSF o faz 
- Prazo: 48h
ƒ Se o PSF não promulgar - VPSF o faz 
- Não tem prazo constitucional definido 
- É OBRIGATÓRIO 
o Promulgação originária - Emenda Constitucional promulgada pela mesa CD + mesa SF
do LEGISLATIVO - Decreto Legislativo promulgado pelo PSF (PCN) 
- Resolução promulgada pelo Presidente da Casa que a editar 
3.2) Publicação 
o Não há prazo definido para a publicação 
o Pressuposto de eficácia da lei 
o A lei pode ser exigida (só tem eficácia) depois de publicada 
o Marca o momento em que a legislação passa a ser exigida 
o Regra: cláusula de vigência no último artigo da lei
ƒ Se não falar nada - Território nacional: 45 dias da publicação
 - Estrangeiro: 3meses da publicação 
Observe agora o procedimento legislativo completo das leis ordinárias e 
complementares:
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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – ANALISTA DO BANCO CENTRAL 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 48
4. PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO OU REGIME DE URGÊNCIA 
CONSTITUCIONAL
O Processo legislativo Sumário ou Regime de Urgência constitucional segue o 
mesmo trâmite do processo ordinário, passando pelas comissões, plenário, 
Casa Iniciadoa e Revisora, enfim, possui todas as características do processo 
legislativo estudadas até aqui. No entanto, o regime de urgência constitucional 
possui prazos.
O PL em regime de urgência tem que ser aprovado

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