Buscar

APOSTILA %3d Os 12 Passos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UMA NOVA PERSPECTIVA 
		Quando chegamos ao NATA, estávamos em péssimo estado em todos os aspectos( emocional, social, etc.).
		Nos sentíamos confusos nos primeiros contatos com o programa dos 12 passos. Surge aí uma nova perspectiva de vida, ascendeu uma lâmpada no fim do túnel.
		
- Adicção não é liberdade.
O dependente químico usa drogas preocupado em encontrar sua liberdade, encontra escravidão quanto mais a doença progredir, mais restrita é a liberdade.
A manipulação de pessoas e situações é o falso controle de minhas ações e estas destroem a espontaneidade que é a característica da liberdade.
Tentei várias vezes manter o controle do uso (sem conseguir), estas tentativas eram baseadas no medo – fracassos e frustrações na vida.
Restou fazer uma escolha significativa – buscar ajuda para estacionar a doença, eliminar o medo – se libertar.
– Adicção não é crescimento pessoal.
Crescimento pessoal é um esforço criativo e comportamento consciente -- a adicção não nos deixa ter essas ações.
Precisamos encarar a vida como ela é. Assumir responsabilidades, descobrir dentro de nó o nosso verdadeiro EU.
– Adicção não é boa vontade.
Vivíamos isolados, obter, usar e descobrir novas maneiras e meios de continuar o processo. Era hostil, ressentido, egocêntrico e egoísta – a doença continuava progredindo.
Vivíamos com medo e insegurança – isolamento.
– Adicção não é uma maneira de viver.
O dependente químico formula uma maneira temporária de viver, formula um mundo doente, interesseiro, egocêntrico e fechado, é um caminho de desespero, destruição e morte. Para me libertar é necessário: liberdade, boa-vontade, ação criativa e crescimento pessoal.
Como liberdade a vida avança e se modifica com sentido, meu eu cresce quando cresce a minha consciência de Deus. 
		Boa vontade = eu + Deus + companheiros de caminhada + grupo de apoio + família, não sou melhor ou pior que ninguém. Se eu me aceito como realmente sou, aceito os outros.
		Crescimento pessoal = liberdade + boa-vontade + outros. Não vivo sozinho – crescimento é interpessoal.
		Equilíbrio – reformulação valores pessoais, sociais, espirituais, e financeiros.
		Na ativa = insanidade, hospitais, cadeias e morte.
		Na recuperação = Deus e 12 passos tudo é possível.
		Ação criativa é a reconstrução de minha personalidade que está em desordem. Passo a tomar decisões fundamentais em princípios que têm um valor real para mim. 
		A fé em Deus nos traz auto-respeito e muita confiança, meu verdadeiro valor está em ser eu mesmo, nem melhor, nem pior que ninguém. Liberdade com responsabilidade, comigo e minhas ações.
		Prática diária = Ação criativa.
		Boa-vontade = princípios de crescimento espiritual.
ORAÇÃO DA SERENIDADE
Concedei-me Senhor
A serenidade necessária 
Para aceitar as coisas que não posso modificar,
Coragem para modificar aquelas que posso,
Sabedoria para distinguir uma das outras.
O QUE É SERENIDADE ?
		O termo é definido de carias maneiras no dicionário: a calma, o sossego, a paz, a tranqüilidade, a paz da mente, o equilíbrio emocional, o estado não perturbado, o sangue frio e o domínio de mim mesmo.
		Contudo, do ponto de vista pratico, talvez a melhor definição seria: a capacidade de viver em paz com os problemas não resolvidos.
		A oração da Serenidade fala em aceitar as coisas que não posso modificar. A aceitação não deve ser confundida com a indiferença. A INDIFERENÇA deixa de distinguir as coisas que podem e as que não podem modificar.
		A INDIFERENÇA paralisa a iniciativa. A ACEITAÇÃO liberta a iniciativa, aliviando-a das cargas impossíveis. A ACEITAÇÃO é um ato de livre arbítrio mas, para ser eficaz requer a coragem moral de se persistir apesar do problema imutável.
		A ACEITAÇÃO liberta o aceitamento, arrebentando-lhe as cadeias de AUTO-PIEDADE. Uma vez aceito o QUE NÃO POSSO MODIFICAR, eu fico livre para empenhar-me em novas atividades.
		Foi dito que uma mente IMATURA procura um mundo IDEALÍSTICO. Queira ou não, preciso encarar o mundo da realidade e aceitar a vida tal qual ela é, com todas as suas crueldades e inconsistências. Talvez em última analise, o inicio da SABEDORIA está na SIMPLES ADMISSÃO de que as coisas nem sempre são como queria que fossem e que eu mesmo sou imperfeito e não tão bondoso e trabalhador quanto gostaria de ser. Liberdade, boa-vontade e ação criativa voltadas para minha recuperação trazer recompensas pessoais e uma nova perspectiva de vida que tanto procuro.
OS DEZ MANDAMENTOS DA SERENIDADE
 (João XXIII)
Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma só vez.
Só por hoje terei o máximo cuidado com o modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém se não a mim.
Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.
Só por hoje me adaptarei às circunstancias, sem pretender que as circunstancias se adaptem a todos os meus desejos.
Só por hoje dedicarei 10 minutos do meu tempo à uma boa leitura lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma.
Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.
Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
Só por hoje farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas, em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de suas calamidades: a pressa e a indecisão.
Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providencia se ocupa de mim, como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrario.
Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar o que é belo e não terei medo de crer na bondade. Durante 12 horas de um dia, posso fazer bem, o que me desanimaria se pensasse que teria que faze-lo durante toda a minha vida.
TERMOS USADOS NA RECUPERAÇÃO
PARA QUE SERVEM?
Assim como você tinha uma linguagem de ativa, terá outra de recuperação.
É uma maneira nova de comunicar-se.
Serve como sinalização.
QUAIS OS TERMOS MAIS USADOS?
Só por hoje( Evite o nunca, jamais, não faça juramentos, evite o futurismo e saudosismo.
Use para adiar o 1º gole, 1ª dose...
Insanidade( não cometa os mesmos erros esperando resultados diferentes. Você já tentou e não deu certo.
Halt( evite, pare com a fome, cansaço, solidão e raiva. Eles estão associados à vontade de usar.
Auto-estima( gostar de si mesmo. Não seja severo nos seus julgamentos.
Recuperação( é mais que parar de usar. É sobriedade.
Mente aberta(é permitir-se, ter boa vontade, ter receptividade para executar outras verdades.
Compulsão( é a repetição manifesta a nível de comportamento observável..
Evite o 1º gole( pode dar inicio à compulsão / obsessão.
T. R. E.( terapia racional emotiva. Use-a quando se sentir desconfortável. Mudar crenças e valores sobre as situações.
Primeiro as primeiras coisas( não usar é a prioridade absoluta. Serve para você se organizar.
Dependência química(dependência de qualquer químico. Doença progressiva, incurável e fatal.
Vá com calma( evite a impulsividade.
Síndrome da abstinência( “mal” de parar de usar...
Viva e deixe viver( não controle a vida dos outros (3º passo).
Obsessão( é a repetição manifesta a nível mental, tenha cuidado!
Entrar em atividade( você precisa de novos hábitos e energia para praticá-los.
Auto-aceitação( aceitar-se como você é.
Oração da serenidade( transforme-a num habito, vivencie-a.
Mecanismo de defesa( protege de desconfortos. O uso excessivo poder ser sinal de recaída.
Recaída( queda na espiritualidade, emocional e física. A mente aberta ajuda a evitar.Assertividade( acertar consigo mesmo. Solte-se e se entregue a Deus – é praticar o 3º passo. Peça ajuda para encontrar as soluções.
Espiritualidade( é sua qualidade de vida.
Humildade( simplicidade, sinceridade.
Orgulho( prepotência, conceito exagerado de si.
FAÇA SEU PRÓPRIO INVENTARIO E TENTE NÃO CRITICAR OS OUTROS.
SÓ POR HOJE
		Ao começarmos a viver a programação entrego minha vida aos cuidados do P.S. (DEUS), alivia a carga passada e do futuro, dádiva do dia de hoje.
		Vivo o dia de hoje realmente ele se apresenta sem manipulação, sem medos, sem devaneios.
		Se eu nego a realidade do hoje, nego minha fé no meu P.S. (Deus) que é conseqüência mais sofrimento.
		O hoje é uma dádiva, com mente aberta passado e futuro são insignificantes, o importante são as minhas ações para viver só por hoje, viver minha realidade hoje, viver minha vida hoje, isto é minha vida.
		Ao acordar surge uma nova realidade e se eu vivo só por hoje o pesadelo das drogas desaparecem, nova realidade limpo.
		Se tenho problemas, partilho com outros adictos em recuperação, se tiver complicado peço para ficar limpo só por este momento. Não preciso ter medo, estou limpo, tenho um DEUS, tenho os companheiros de recuperação.
		Peço a Deus (ao acordar) capacidade para lidar com o dia de hoje. Só por hoje se aplica em todas as áreas de minha vida, não apenas à abstinência do químico.
		Deus espera que eu viva só por hoje, então eu vivo com plenitude o dia de hoje.
		Com Deus me guiando, perco o desejo de usar drogas; perfeição é substituída por crescimento. Ficar um dia limpo já é um milagre, mas só isso não é suficiente, preciso viver o programa, freqüentar reuniões, trabalhar os passos, meditar diariamente, compartilhar espiritualidade saudável.
		Substituo amor e medo pelo amor e segurança de uma nova maneira de viver. Auto-piedade e ressentimento substituo por tolerância e fé.
		Praticando isso recebo liberdade, serenidade e felicidade que tanto procurei. Acontece em um dia coisas positivas e negativas. As positivas eu mantenho, as negativas eu trabalho ou compartilho par melhorar a QUALIDADE DE VIDA.
Só por hoje ( me contentarei na minha recuperação.
Só por hoje ( terei fé.
Só por hoje ( terei um programa.
Só por hoje ( terei perspectiva de vida.
Só por hoje ( não terei medo.
Só por hoje ( estou de cara limpa.
CORAGEM VOCÊ CONSEGUE... SÓ POR HOJE!
1º PASSO
“ADMITIMOS QUE ÉRAMOS IMPOTENTES PERANTE A NOSSA ADCÇÃO, QUE NOSSAS VIDAS TINHAM SE TORNADO INCONTROLÁVEIS”.
		Não importa o que ou quanto nós usávamos. Estar limpo tem que vir em primeiro lugar. Percebemos que não podemos tomar drogas e viver. Quando admitimos nossa impotência e inabilidade para dirigir nossas próprias vidas, abrimos à porta da recuperação. Ninguém conseguia nos convencer de que éramos adictos. Nós mesmos temos que admiti-lo. Quando algum de nós fica em dúvida, ele pergunta: “Posso controlar o uso de substâncias químicas que alterem de alguma forma minha mente ou meu ânimo?”.
		A maioria dos adictos perceberá imediatamente que é impossível controlar. Seja qual for o resultado, descobrimos que não podemos usar de forma controlada por qualquer período de tempo.
		Isto claramente sugeriria que um adicto não tem controle sobre as drogas. Impotência significa nós nos drogarmos contra a nossa vontade. Se não conseguimos parar, como podemos nos iludir dizendo que controlamos? Quando dizemos que “não temos escolha”, mostramos a incapacidade de para de usar, mesmo com a maior força de vontade e o desejo mais sincero. No entanto, nós temos uma escolha quando paramos de justificar nosso uso.
		Não chegamos a um grupo de apoio ou terapêutico, transbordantes de amor, honestidade, boa vontade e mente aberta. Chegamos a um ponto em que não podíamos mais continuar devido à dor física, mental e espiritual. Ao nos sentirmos derrotados, ficamos prontos.
		Nossa incapacidade de controlar o uso de drogas é um sintoma da doença da adicção. Precisamos admiti-lo para nos recuperarmos. A adicção é uma doença física, mental e espiritual que afeta todas as áreas de nossas vidas.
		O aspecto físico da nossa doença é o uso compulsivo de drogas: a incapacidade de pararmos uma vez que tenhamos começado. O aspecto mental é a obsessão ou o desejo incontrolável que nos leva a usar, mesmo destruindo nossas vidas. A parte espiritual da nossa doença é o total egocentrismo. Pensávamos que podíamos para quando quiséssemos, apesar de todas as evidências em contrário. Negação, substituição, racionalização, justificação, desconfiança dos outros, culpa vergonha, desleixo, degradação, isolamento e perda de controle são alguns resultados da nossa doença. Nossa doença é incurável, progressiva e fatal. Para a maioria de nós é um alivio descobrir que temos uma doença, e não uma deficiência moral.
		Muitos de nós já tentamos parar de usar por simples força de vontade, o que resultou numa solução temporária. Vimos que a força de vontade sozinha não funcionava muito tempo. Tentamos inúmeros outros recursos, psiquiatras, hospitais, clínicas diversas, novos romances, novas cidades, novos trabalhos. Tudo o que tentávamos, fracassava. Começamos a perceber que havíamos racionalizado verdadeiros absurdos para justificar a confusão que fizéramos das nossas vidas com drogas.
		Até abrirmos mão de todas as nossas restrições, sejam elas quais forem, estaremos colocando em risco os alicerces da nossa recuperação. As restrições nos privam dos benefícios que este programa tem a oferecer. Livrando-nos de todas as restrições, nós nos rendemos. Só assim podemos ser ajudados na recuperação da doença da adicção. 
		Agora a pergunta é: “Se somos impotentes, como o GRUPO pode ajudar?” começamos por pedir ajuda. O alicerce do nosso programa é a admissão de que nós, por nós mesmos, não temos poder sobre a adcção. Quando podemos aceitar esse fato, completamos a primeira parte do Passo Um.
		Precisamos fazer uma segunda admissão para completarmos nosso alicerce. Se pararmos aqui, saberemos apenas meia verdade. Dizemos por um lado: “Sim, sou impotente perante a minha adcção,” e por outro lado: “Quando acertar minha vida poderei lidar com as drogas”. Tais pensamentos e ações nos levam de volta a adcção ativa. Nunca nos ocorreu perguntar: “Se não podemos controlar a adcção, como podemos controlar nossas vidas?” Nós nos sentíamos péssimos sem as drogas, e nossas vidas estavam inconsoláveis.
		Incapacidade de se empregar, desleixo e destruição são facilmente identificados como característica de uma vida incontrolável. Geralmente nossas famílias estão despontadas, confusas e frustradas com nossas ações e, muitas vezes, desertaram ou nos deserdaram. Nossas vidas não se tornam controláveis por conseguirmos um emprego, sermos aceitáveis socialmente e com o retorno aos familiares. Aceitação social não significa recuperação.
		Descobrimos que não tínhamos escolha: ou mudávamos completamente nossas antigas maneiras de pensar, ou então voltávamos a usar. Quando damos o melhor de nós, o programa funciona para nós como funcionou para outros. Quando não suportávamos mais nossas velhas maneiras de ser, começamos a mudar. A partir deste ponto, começamos a ver que cada dia limpo é um dia bem sucedido, não importa o que aconteça. A rendição significa que não temos mais que lutar. Aceitamos a nossa adcção e a vida como ela é. Estamos dispostos a fazer o que for necessário para ficarmos limpos, até o que não gostamos de fazer.
		Até darmos o PASSO UM, estávamos repletos de medos e dúvidas. Muitos de nós sentiam-se perdidos e confusos. Nós nos sentíamos diferentes. Ao trabalharmos este passo, afirmamos nossa rendição. Somente após a rendição, começamos a superar a alienação da adcção. A ajuda aos adictos só começa quando somos capazes de admitir a completa derrota. Pode ser assustador, mas é o alicerce sobre o qual construímos nossas vidas.
		O PASSO UM significa que não precisamos usar, e isso é uma grande liberdade. Demoroumuito para que alguns de nós percebêssemos que suas vidas tinham se tornado incontrolável. Para outros, o descontrole de suas vidas era a única coisa clara. Sabíamos, no fundo de nossos corações, que as drogas tinham o poder de nos transformar em alguém que não queríamos ser.
		Estando limpos e trabalhando este passo, fomos libertados dos nossos grilhões. Entretanto, nenhum dos passos trabalha por mágica. Não repetimos apenas os dizeres deste passo; apreendemos a vivê-los. Percebemos que o programa tem algo de concreto a nos oferecer.
		Encontramos esperança. Podemos aprender a funcionar no mundo em que vivemos. Podemos encontrar sentido e significado na vida e sermos resgatados da insanidade, degradação e morte.
		Quando admitimos nossa impotência e incapacidade de controlar nossas próprias vidas, abrimos a porta para que um poder maior do que nós nos ajude. Não é onde estávamos que conta, mas para onde estamos indo.
QUESTIONÁRIO DO 1º PASSO
Eu já tentei para de usar álcool/droga? Como? Por quanto tempo?
Eu conseguia usar álcool/drogas controlada mente?
Toda vez que eu usava álcool/droga ficava bêbado/drogado?
Já usei álcool/droga escondido da família?
Já chamaram minha atenção por causa do álcool/droga?
Falavam para mim parar de usar álcool/droga? Eu parei? Por quanto tempo?
Meu filho (a criança da casa) já me desobedeceu ou me respondeu mal quando eu estava bêbado/drogado?
Já deixaram de fazer festinha de aniversário ou outra, com medo que eu estragasse tudo com minha bebedeira/ uso de drogas?
Meus filhos e esposa já deixaram de fazer um passeio comigo, com medo ou vergonha que eu ficasse bêbado/drogado?
Alguns de meus amigos afastaram de mim quando perceberam que estava ficando bêbado/drogado?
Eu já caí bêbado/drogado?
Já vi alguém gozando de mim quando estava bêbado/drogado?
Já fui expulso de algum lugar quando estava muito bêbado/drogado?
Já arranjei briga quando estava bêbado/drogado? Apanhei? Ou bati?
Minha esposa já me deixou dormi na sala (ou quarto) separado quando estava bêbado/drogado?
Meus familiares já se afastaram de mim para evitar que eu bêbado/drogado os aborrecessem?
Já perdi horário de algum compromisso porque estava bêbado/drogado ou de ressaca?
TAREFAS DO 1º PASSO
Relate por escrito, com detalhes, seu último “fundo de poço”, e seus sentimentos antes e agora.
Escreva 5 (cinco) situações em que você sabia que iria sofrer uma perda muito importante se usasse drogas/álcool e mesmo assim usou.
Escreva sobre o que você pode fazer para melhorar a qualidade de seu tratamento.
 Obs.: Seja minucioso e profundo.
 1º PASSO
	... “ADMITIMOS QUE ÉRAMOS IMPOTENTES PERANTE A NOSSA ADCÇÃO, QUE NOSSAS VIDAS TINHAM SE TORNADO INCONTROLÁVEIS”.
O QUE É IMPOTÊNCIA?
Relacionada a limites, impossibilidades somos impotentes diante de várias coisas. Ex.: tempo, comportamento do outro, natureza, etc., mesmo querendo muito, existe coisas que não temos o poder de mudar.
NEGAR; DIFICULTA A ADMISSÃO.
É preciso admitir o quê?
Impotência diante do químico, perda de controle e baixa qualidade de vida.
A admissão começa a partir do reconhecimento claro de como está sendo sua vida com os químicos.
O QUE DIFICULTA A ADMISSÃO?
Negação, vergonha, culpa, isolamento, preconceitos, justificativas, racionalizações, etc.
Lembre-se: O D.Q. è mestre em manipular a verdade. Admitir é considerar-se diante do seu TOTAL FRACASSO e DERROTA DIANTE dos químicos.
Pense nas suas tentativas de , nenhuma deu certo. Você realmente não consegue sozinho! Quando começa não consegue parar. É uma doença progressiva, incurável e fatal.
2ª PARTE
Sua derrota diante do químico é óbvia, ele afetou vários aspectos da sua vida. E agora? 
Basta parar de usar ou é preciso reavaliar todo o seu padrão de vida?
VOCÊ PERDEU O DOMÍNIO DA SUA VIDA. POR QUÊ?
O químico é quem ditava as regras; sua vida funcionava de acordo com a necessidade de usar; não contava mais a sua vontade.
Admitir envolve pensar nas conseqüências, fatos e situações onde o químico predominou, enquanto ACEITAR, envolve o seu pensar e sentir tudo isto.
È aceitar a sua doença e sua impotência diante da mesma, trabalhando os sentimentos que isto envolve.
QUAIS?
Fracasso, vergonha, culpa, medo, tristeza, ansiedade, insegurança, etc.
É importante a compreensão de que você não é responsável pela sua doença, para que estes sentimentos não o(a) paralisem diante da sua responsabilidade na recuperação.
Admissão requer parada!
Aceitação requer ação!
CONSIDERAÇÕES:
É o inicio do pedido de ajuda;
È o passo mais difícil;
Não importa o que, quanto, onde, por que ou com quem usa você é doente e não tem controle sobre os químicos.
Este passo deve ser renovado a cada momento, pois é ele que impulsiona a mudança.
Estar limpo tem que vir em 1º lugar;
Admissão e aceitação devem ocorrer simultaneamente, é preciso parar realmente de usar para realmente se conscientizar.
O 1º passo vai além do reconhecimento de que com os químicos não dá certo: é preciso assumir a condição de DESISTÊNCIA absoluta dos químicos;
Não existem mais as expressões:
Amanhã eu paro!
È só um pouquinho!
Não vai me fazer mal!
É comum...
Perdi o controle, somente disto!
É só esta noite!
Já tem tempo que não uso, agora é diferente!
É exagero o que dizem!
A esperança é o desejo real de mudar, acontece após a rendição, a conscientização do 1º passo. Existe ajuda! Tente!
2º. PASSO: 
“VIEMOS A ACREDITAR QUE UM PODER MAIOR QUE NÓS PODERIA DEVOLVER-NOS A SANIDADE”.
		O SEGUNDO PASSO é necessário se esperamos alcançar uma recuperação continua. O PRIMEIRO PASSO deixa-nos a necessidade de acreditarmos em algo que nos ajude com nossa impotência, inutilidade e desamparo.
		O PRIMEIRO PASSO deixou um vazio em nossas vidas. Precisamos encontrar alguma coisa para preencher esse vazio. Este é o propósito do SEGUNDO PASSO.							Alguns de nós, a principio, não levaram este passo a serio, passamos por ele com pouco interesse, para constatarmos depois que o os passos seguintes não funcionam até que trabalhássemos o SEGUNDO PASSO. Mesmo quando admitiam precisar de ajuda para o seu problema com drogas, muitos de nós não admitiam a necessidade de fé e sanidade.
		Temos uma doença: progressiva, incurável e fatal. De uma maneira ou de outra, fomos lá e compramos a nossa destruição a prestações! Todos nós, do doidão que rouba bolsas na rua à doce velhinha que consegue arrancar receitas de dois ou três médicos, temos uma coisa em comum: buscamos nossa destruição de papel em papel, de comprimido em comprimido, ou de garrafa em garrafa, até a morte. Isto é pelo menos parte da insanidade da adicção. O preço pode parecer maior para o adicto que se prostitui por um pico do que para o adicto que apenas mente para o médico. No fim, ambos pagam pela doença com suas vidas. Insanidade é repetir os mesmos erros, esperando resultados diferentes.
		Quando chegam ao programa, muitos de nós percebem que voltaram a usar inúmeras vezes, mesmo sabendo que estavam destruindo suas vidas. Insanidade é usarmos drogas dia após dia, sabendo que o único resultado é a nossa destruição física e mental. A insanidade mais obvia da doença da adicção é a obsessão de usar drogas.	
		Pergunte a você mesmo: acredito que seria insano pedir a alguém “por favor , me dê um ataque do coração ou um acidente fatal?” se você concordar que isto seria insano, não devera ter qualquer problema com o SEGUNDO PASSO.		
		Neste programa, a primeira coisa que fazemos é parar de usar, neste ponto, começamos a sentir a dor de viver sem drogas ou algo que as substitua. A dor nos força a buscar um Poder maior do que nós, que possa aliviar nossa obsessão de usar. O processo de vir a acreditar é parecido para a maioria dos adictos. Faltava à maioria de nós um relacionamento pratico com um Poder Superior. Começamos a desenvolver este relacionamento simplesmente admitindo a possibilidade de um Poder maior do que nós. A maioria de nós não tem dificuldade deadmitir que a adcção havia se tornado uma força destrutiva em nossas vidas. 
Nossos melhores esforços resultavam em destruição e desespero cada vez maiores. Chegamos a um ponto em que percebemos que precisávamos da ajuda de algum Poder maior do que a nossa adicção. A nossa compreensão de um Poder Superior fica a nosso critério. Ninguém vai decidir por nós. Podemos escolher o grupo, o programa, ou podemos chamá-lo de DEUS. 
A única diretriz sugerida é que este Poder seja amoroso, cuidadoso e maior do que nós. Não precisamos ser religiosos para aceitarmos essa idéia. O importante é abrirmos nossas mentes para acreditar. Podemos ter dificuldades, mais mantendo a mente aberta, mais cedo ou mais tarde, encontramos a ajuda necessária. Falamos e ouvimos os outros. Vimos outras pessoas se recuperando, e elas nos disseram o que estava funcionando para elas. Começamos a ver evidencias de um Poder que não podia ser explicado completamente. Confrontados com esta evidencia, começamos a aceitar a existência de um Poder maior do que nós. Podemos usar este Poder, muito antes de compreendê-lo.	À medida que vemos coincidências e milagres acontecendo em nossas vidas, a aceitação se transforma em confiança. Crescemos a ponto de nos sentirmos à vontade com o nosso Poder Superior como fonte de força. À medida que aprendemos a confiar neste Poder, começamos a superar o nosso medo da vida.
O processo de vir a acreditar devolve-nos à sanidade. A força para agir vem desta crença. Precisamos aceitar este passo para começarmos a trilhar o caminho da recuperação. Quando a nossa crença estiver fortalecida, estaremos preparados para o PASSO TRÊS.
QUESTIONÁRIO PARA O 2º PASSO
Controle de obsessão – As respostas das questões 1, 3, 5, 7, e 8 são pessoais. As respostas das questões 2, 4, 6 e 9 devem estar incluídas as ferramentas da recuperação: Manter sobriedade só por hoje, controlar a obsessão com ajuda do P.S., evitar 1º gole / dose...
1. Tenho um Poder Superior em minha vida ? Explique
2. Para que serve um Poder Superior em minha vida ?
3. Qual é o meu Poder Superior ? Por que?
4. Quais as ajudas que posso receber do meu Poder Superior ?
5. Quando eu fazia uso de álcool/droga eu me lembrava do meu Poder Superior ? Por quê?
6. Agora eu vejo a necessidade de ter um Poder Superior em minha vida ? Como ?
7. Em que coisas / onde eu vejo a presença de meu Poder Superior ?
8. Insanidade é cometer os mesmos erros e esperar resultados diferentes. Dizer exemplos de atitudes insanas em minha vida no uso de álcool / droga .
9. Dar exemplos de atitudes de sanidade que posso ter em minha recuperação .
TAREFAS DO 2º PASSO
Resumir com identificação o 2º passo.
Fale sobre o seu Poder Superior.
Conte X situações onde o seu Poder Superior o(a) ajudou.
De que maneira um Poder Superior pode ajudar na sua recuperação?
Fale com os companheiros sobre o Poder Superior deles e relate a conversa.
O que é “SANIDADE”?
O que é recuperação?
Você acredita que “um químico leva ao outro”? Por quê?
TAREFAS DO 2º PASSO
META: Aceitar um Poder Superior
OBJETIVO: Reformular crenças e valores.
MÉTODO: Descrever quais as crenças e valores negativos que eu cultivei e que contribuíram para minha permanência no uso do químico.
TAREFAS DO 2º PASSO
META: Reconhecer insanidade
OBJETIVO: Controlar a obsessão
MÉTODO: Dizer quais e como utilizar os instrumentos terapêuticos que eu aprendi para não alimentar a minha obsessão.
TAREFAS DO 2º PASSO
META: Atingir espiritualidade
OBJETIVO: viver com autenticidade
MÉTODO: complete de 06 a 10 vezes as frases abaixo:
As vezes dou às pessoas uma falsa impressão do que sinto quando........................
Às vezes torno difícil às pessoas me darem o que quero quando...........................
Se eu me dispusesse a dizer “NÃO” quando quero dizer “NÃO”..........................
Se eu dissesse “SIM” quando quero dizer “SIM”...................................................
Se eu não vivesse de acordo com as expectativas dos outros..................................
Se eu fosse mais honesto(a) quanto a meus pensamentos e opiniões......................
Se eu fosse mais honesto(a) quanto a meus sentimentos.........................................
2º PASSO
...”VIEMOS A ACREDITAR QUE UM PODER SUPERIOR A NÓS MESMOS PODERIA DEVOLVERNOS À SANIDADE.”
O QUE É?
É acreditar que você não é, nem sabe tudo
É aceitar que existem coisas ou alguém superior a você. Ex.: Deus, grupos, etc.
É aceitar que existe em você limites, impossibilidades
É aceitar que eu não sou o “dono do mundo”
É aceitar que algo superior a mim possa me ajudar
É preciso ter humildade 
PARA QUE SERVE?
Para ajudá-lo(a) na recuperação
Por varias vezes você tentou com sua força de vontade e não deu certo. Precisa de ajuda!
Serve para crer que algo pode ajudá-lo(a)
Você permitir.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE UM PODER SUPERIOR?
Amantíssimo, protetor, superior, confiável, livre, etc. OBS.: Sanidade X insanidade neste passo não tem referência com FORÇA.
	Lembre-se, insanidade é cometer os mesmos erros esperando resultados diferentes.
Ex.: agressões, disfarçar o uso, desculpas, substituir químicos, usar de forma “controlada”, etc.
Sanidade é mente aberta + humildade.
CONSIDERAÇÕES:
O PRIMEIRO PASSO “deixa” um vazio e o SEGUNDO PASSO “pretende” preenche-lo;
Não existe o SEGUNDO PASSO sem o PRIMEIRO;
Este passo não tem necessariamente uma relação mística ou religiosa e sim com a humildade em reconhecer a necessidade de ajuda;
O Poder Superior é algo individual, particular e deve ser respeitado como absoluto;
Quanto maior for a consciência da sua impotência maior será a vivencia do SEGUNDO PASSO;
O SEGUNDO PASSO ajuda a quebrar o orgulho, a prepotência;
Só você pode estagnar sua doença, porém só o conseguirá com a ajuda do Poder Superior;
A confiança é fundamental;
Troque: FORÇA DE VONTADE POR BOA VONTADE...................TENTE!!!
3º. PASSO: 
“DECIDIMOS ENTREGAR NOSSA VONTADE E NOSSA VIDA AOS CUIDADOS DE DEUS, DA MANEIRA COMO NÓS O COMPREENDÍAMOS”.
		Como adictos, várias vezes entregamos nossa vontade e nossa vida a um poder destrutivo. Nossa vontade e nossa vida eram controladas pelas drogas. Fomos capturados pela necessidade de satisfação imediata que as drogas nos davam. Durante esse período, todo nosso ser - corpo, mente e espírito - estava dominado pelas drogas. Por algum tempo, isto nos deu prazer; depois, a euforia começou a desaparecer e vimos o lado horrível da adicção. Descobrimos que, quanto mais alto as drogas nos levavam, mais pra baixo elas nos deixavam na volta. Encaramos duas escolhas: ou sofrer a dor da retirada das drogas ou nos drogarmos mais.
		Para todos nós, chegou o dia em que já não havia mais escolha: tínhamos que nos drogar. Com nossa vontade e nossa vida entregues à nossa adicção, em total desespero, procuramos um outro caminho. Quando viemos para o programa, decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendemos. Este é um passo gigantesco. Não precisamos ser religiosos; qualquer um pode dar este passo. Só é preciso boa vontade. Só é essencial abrirmos a porta para um Poder maior do que nós.
		Para algumas pessoas o conceito de Deus não vem de um dogma, mas daquilo em que acreditam. Muitos de nós compreendemos Deus, simplesmente, como sendo aquela força que nos mantém limpos. O direito a um Deus, da maneira que você compreende, é total e irrestrito. Por termos este direito, precisamos ser honestos a respeito da nossa crença, se quisermos crescer espiritualmente.
		Descobrimos que tudo o que precisávamos fazer era tentar. Quando fizemos nossos melhores esforços, o programa funcionou para nós, como havia funcionado para tantos outros. O Terceiro Passo não diz que “Entregamos nossa vontade e nossavida aos cuidados de Deus”. E sim diz que “Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, da maneira como nós O compreendíamos”. Nós decidimos; não foram as drogas, nossa família, uma autoridade, um juiz, um terapeuta ou um médico. Fomos nós que decidimos! Pela primeira vez, desde aquela primeira onda, tomamos uma decisão por nós mesmos.
		A palavra decisão implica ação. Esta decisão é baseada na fé. Precisamos apenas acreditar que o milagre que vemos acontecer nas vidas de adictos em recuperação pode acontecer a qualquer adicto que tenha o desejo de mudar. Percebemos apenas que existe uma força para o crescimento espiritual, que pode nos ajudar a sermos mais tolerantes, pacientes e úteis para ajudar os outros. Muitos de nós dissemos: “Tome minha vontade e minha vida. Oriente-me na minha recuperação. Mostre-me como viver”. O alívio de “abrir mão e entregar a Deus” ajuda-nos a desenvolver uma vida que vale a pena viver.
		A rendição à vontade do nosso Poder Superior vai ficando mais fácil com a prática diária. Quando tentamos honestamente, funciona. Muitos de nós começamos o dia com um simples pedido de orientação do seu Poder Superior.
		Apesar de sabermos que a entrega funciona, podemos ainda tomar nossa vontade e nossa vida de volta. Podemos até ficar com raiva porque Deus o permite. Há momentos na nossa recuperação em que a decisão de pedir ajuda a deus é a nossa maior fonte de força e coragem. Nunca é demais tomar esta decisão. Nós nos rendemos calmamente, e deixamos que o Deus, da maneira que compreendemos, cuide de nós.
		A princípio, as nossas cabeças não paravam com perguntas: “O que vai acontecer quando eu entregar a minha vida? Ficarei perfeito”? Talvez tenhamos sido mais realistas. Se perguntarmos a alguém que tenha passado pelo processo: “Como é que foi para você”? As respostas serão diferentes pois as pessoas são diferentes. A maioria de nós sente que as chaves deste passo são mente aberta, boa vontade e rendição.
Rendemos nossa vontade e nossa vida aos cuidados de um Poder maior do que nós. Se formos rigorosos e sinceros, perceberemos uma mudança para melhor. Nossos medos são diminuídos e a fé começa a crescer, à medida que aprendemos o verdadeiro significado da rendição. Não estamos mais lutando contra o medo, a raiva, a culpa, auto-piedade ou depressão. Percebemos que o Poder que nos trouxe para este programa ainda está conosco, e continuará nos guiando só O deixarmos. Começamos lentamente a perder o medo paralisante da desesperança. A prova deste passo é a maneira como vivemos.
		Passamos a apreciar a vida limpa e queremos mais das boas coisas que temos a oportunidade de usufruir. Sabemos, agora, que não podemos parar no nosso programa espiritual; queremos tudo o que pudermos conseguir.
3º PASSO
... “DECIDIMOS ENTREGAR NOSSA VONTADE E NOSSA VIDA AOS CUIDADOS DE DEUS NA FORMA EM QUE O CONCEBÍAMOS.”
AÇÃO ( é a essência deste passo.
POR QUÊ?
No PRIMEIRO PASSO: você experimente os sentimentos de DERROTA;
No SEGUNDO PASSO: você experimenta os sentimentos de ALÍVIO;
No TERCEIRO PASSO: você experimenta os sentimentos de LIBERDADE.
O QUE É ENTREGAR?
É aceitação, é confiança, é doação, é deixar de tentar controlar, é pedir ajuda, é mente aberta, é responsabilidade e é sobretudo um EXERCÍCIO DIÁRIO (prática).
COMO FAZER?
A confiança é a mola mestra deste passo
É preciso realmente confiar que a ajuda oferecida é suficiente para reverter o processo de destruição.
QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO D. Q. QUE ATRAPALHAM A ENTREGA?
Imediatismo, compulsivo, ceticismo, insegurança, imaturidade e prepotência.
VOCÊ DECIDIU?
A decisão é sua! Já não são mais os químicos que o governam...
CONSIDERAÇÕES:
A entrega de uma hora para outra é difícil, pois a proposta é abandonar o inicio paliativo para os seus conflitos, e abandonar a prepotência de querer resolver tudo ao seu modo.
É preciso resignação e humildade.
Não confunda entrega com acomodação. Faça a sua parte e entregue os resultados.
As coisas nem sempre acontecem como queremos e precisamos aprender a lidar com estas frustrações sem transformá-las em fracassos.
Se entregue ao tratamento sem tentar controlar os resultados. Só por hoje!
Algo há de funcionar, confie!
Deixe o Poder Superior assumir a direção da sua vida.
Dê a você a chance de experimentar novas maneiras, afinal; tem dado certo para muita gente.
TAREFAS PARA O 3º PASSO
O que você entende por “espiritualidade”?
O que é confiança para você?
Como você imagina sua vida sem os químicos?
O que é felicidade para você?
Na prática, como o TERCEIRO PASSO ajudaria na sua recuperação?
TAREFAS PARA O 3º PASSO
Faça sinceramente a entrega de sua vontade ao seu Poder Superior neste dia, observe bem o resultado: como se sentiu, como lidou com as situações, como reagiu, etc. e escreva suas observações.
QUESTIONÁRIO DO 3º PASSO
As repostas das questões 1, 2, 4 e 6 são pessoais. As respostas das questões 3 e 5 devem estar incluídas as ferramentas da recuperação: Manter sobriedade só por hoje, controlar a obsessão com ajuda do P.S., evitar 1º gole / dose, ter qualidade de vida, espiritualidade... 
1. Eu já entreguei minha vida ao álcool / droga ? Como ?
2. O que sentia entregando minha vida ao álcool / droga ?
3. Eu acredito que o meu Poder Superior pode me ajudar a ficar limpo ou sóbrio ? Como ?
4. O que posso fazer para que o meu Poder Superior me ajude nesta programação ?
5. O que devo esperar depois da entrega de minha vontade e de minha vida ao meu Poder Superior ?
6. Como tomei a decisão de entregar minha vontade e minha vida ao meu Poder Superior ?
4º. PASSO: 
“FIZEMOS UM PROFUNDO E DESTEMIDO INVENTÁRIO MORAL DE NÓS MESMOS”.
		O propósito de um profundo e destemido inventário moral é arrumar a confusão e a contradição das nossas vidas, para que possamos descobrir quem realmente somos. Estamos começando uma nova maneira de viver e precisamos nos livrar da carga e das armadilhas que nos controlavam e impediam nosso crescimento.
		À medida que nos aproximamos deste passo, a maioria de nós teme que haja um monstro dentro de nós que, se for libertado, irá nos destruir. Este medo pode nos levar a adiar o nosso inventário ou pode até nos impedir totalmente de dar este passo crucial. Descobrimos que o medo é a falta de fé e encontramos um Deus amoroso e pessoal a quem podemos recorrer. Não precisamos mais ter medo.
		Fomos mestres em auto-engano e racionalizações. Escrevendo o nosso inventário, podemos superar estes obstáculos. Um inventário escrito vai desvendar partes do nosso subconsciente, que permanecem escondidas, quando apenas pensamos ou falamos sobre quem somos. Quando está tudo no papel, é muito mais fácil ver a nossa verdadeira natureza, e muito mais difícil negá-la. A auto-avaliação honesta é uma das chaves da nossa nova maneira de viver.
		Vamos encarar os fatos: quando nos drogávamos, nós não éramos honestos conosco. Começamos a ser honestos conosco, quando admitimos que a adicção nos derrotou e que precisamos de ajuda. Levou muito tempo para admitirmos que estávamos derrotados. Descobrimos que não nos recuperamos física, mental e espiritualmente da noite para o dia. O Passo Quatro vai nos ajudar na nossa recuperação. A maioria de nós descobriu que não éramos nem tão terríveis, nem tão maravilhosos quanto imaginávamos. Ficamos surpresos por descobrir que temos coisas boas no nosso inventário. Qualquer pessoa que esteja a algum tempo no programa e tenha praticado este passo vai lhe dizer que o Passo Quatro foi um momento decisivo na sua vida.
		Alguns de nós cometemos o erro de chegar ao Passo Quatro como se fosse uma confissão de como somos horríveis - como fomos maus. Nesta nova maneira de viver, um porre de sofrimento emocional pode ser perigoso. Não é esse o propósito do Passo Quatro.Estamos tentando nos libertar de uma vida de padrões velhos inúteis. Damos o Passo Quatro para crescer e ganhar força e discernimento. Podemos abordar o Passo Quatro de várias maneiras.
		Os Passos Um, Dois e Três são a preparação necessária para se ter fé e coragem para escrever um inventário destemido. É aconselhável repassarmos os três primeiros passos com um padrinho/madrinha antes de começarmos. A nossa compreensão destes passos nos deixa à vontade. Nós nos damos o privilégio de nos sentirmos bem com o que estamos fazendo. Estivemos nos debatendo por muito tempo, sem chegar a lugar nenhum. Começamos agora o Passo Quatro e abrimos mão do medo. Simplesmente escrevemos o melhor que podemos no momento.
		Precisamos pôr um ponto final no passado, e não nos agarrar a ele. Queremos encarar nosso passado de frente, vê-lo como ele realmente foi e libertá-lo para podermos viver o hoje. Para a maioria de nós, o passado era um fantasma no armário. Temíamos abrir aquele armário, com medo do que o fantasma pudesse fazer.Não temos que olhar para o passado sozinho. Agora, nossas vontades e nossa vida estão nas mãos de nosso Poder Superior.
		Parecia impossível escrever um inventário completo e honesto. E era, enquanto estivéssemos trabalhando com o nosso próprio poder. Fazemos alguns momentos de silêncio antes de escrever e pedimos força para sermos destemidos e profundos.
		No Passo Quatro, começamos a entrar em contato conosco. Escrevemos sobre as nossas deficiências, tais como culpa, vergonha, remorso, auto-piedade, ressentimento, raiva, depressão, frustração, confusão, solidão, ansiedade, deslealdade, desesperança, fracasso, medo e negação.
		Escrevemos sobre aquilo que nos incomoda aqui e agora. Temos a tendência de pensar negativamente e, escrevendo, temos a possibilidade de olhar mais positivamente para o que está acontecendo.
		As qualidades também têm de serem consideradas, se quisermos ter um quadro mais correto e completo de nós mesmos. Isto é muito difícil para a maioria de nós, pois é difícil aceitar que temos boas qualidades. No entanto, todos nós temos qualidades, muitas delas recém encontradas no programa, tais como estar limpo, ter mente aberta, consciência de Deus, honestidade com os outros, aceitação positiva, ação positiva, partilhar, ter boa vontade, coragem, fé, carinho, gratidão, gentileza e generosidade. Nosso inventário geralmente inclui os relacionamentos.
		Examinamos nossa atuação passada e nosso comportamento presente, para ver o que queremos manter e o que queremos descartar. Ninguém está nos forçando a desistir da nossa miséria. Este passo tem fama de ser difícil; na realidade, ele é bastante simples.
		Escrevemos o nosso inventário sem pensar no Quinto Passo. Trabalhamos o Passo Quatro como se não existisse o Passo Cinco. Podemos escrever a sós ou perto de outras pessoas, como for mais confortável para nós. Podemos escrever muito ou pouco, o quanto for necessário. Alguém com experiência podem nos ajudar. O importante é escrevermos um inventário moral. Se a palavra moral o incomodar, podemos chamá-lo de inventário do positivo/negativo. A maneira de escrever um inventário é escrevê-lo. Pensar a respeito do inventário, falar sobre ele, teorizar sobre o inventário, não faz dele um inventário escrito. Nós nos sentamos com um bloco, pedimos orientação, pegamos a caneta e começamos a escrever. Qualquer coisa em que pensemos é material para o inventário. Quando percebemos o pouco que temos a perder e o quanto temos a ganhar, começamos este passo.
		Um método prático é saber que poderemos escrever de menos, mas nunca escreveremos demais. O inventário vai se ajustar ao indivíduo. Talvez pareça difícil ou doloroso. Pode parecer impossível. Podemos temer que o contato com os nossos sentimentos vá retornar uma insuportável reação em cadeia de dor e pânico. Podemos querer evitar um inventário por medo do fracasso. Quando ignoramos nossos sentimentos, a tensão é demais para nós. O medo do confronto iminente é tão grande que ultrapassa o nosso medo do fracasso.
		O inventário torna-se um alívio, pois a dor de fazê-lo é menor do que a dor de não fazê-lo. Aprendemos que a dor pode ser um fator que motiva a recuperação. Portanto, torna-se inevitável encará-la. Todo tema de reunião de passos parece ser o Quarto Passo ou o inventário diário. Através do processo de inventário, somos capazes de lidar com todas as coisas que possam se acumular. Quanto mais vivemos o nosso programa, mais parece que Deus nos coloca em situações onde surgem questões. Quando as questões surgem, escrevemos sobre elas. Começamos a apreciar a nossa recuperação, porque temos uma maneira de resolver a vergonha, a culpa ou o ressentimento.
		O estresse acumulado dentro de nós é libertado. Ao escrever, vamos abrir a tampa da nossa panela de pressão. Decidimos se queremos servir o que tem dentro, colocar a tampa de volta ou jogar fora. Não precisamos mais nos cozinhar dentro dela.
Sentamos com papel e caneta e pedimos ajuda ao nosso Deus, para que nos revele os defeitos que nos causam dor e sofrimento. Rogamos coragem para sermos destemidos e profundos, e para que o inventário possa nos ajudar a colocar nossas vidas em ordem. Quando rezamos e agimos, sempre conseguimos melhor resultado.
		Não vamos ser perfeitos. Se fôssemos perfeitos, não seríamos humanos. O importante é que façamos o nosso melhor. Usamos as ferramentas à nossa disposição e desenvolvemos a capacidade de sobreviver às nossas emoções. Não queremos perder nada do que ganhamos; queremos continuar no programa. A nossa experiência demonstra que nenhum inventário, por mais profundo e completo, terá qualquer efeito duradouro, se não for prontamente seguido de um Quinto Passo igualmente completo.
4º PASSO
... “FIZEMOS UM MINUCIOSO E DESTEMIDO INVENTÁRIO MORAL DE NÓS MESMOS.”
O QUE É INVENTÁRIO?
É o inicio de uma profunda reformulação.
É uma proposta pratica de ação.
É uma meticulosa e profunda auto-avaliação.
COMO FAZER?
Você escreverá toda a sua vida, até o momento presente.
É uma proposta prática de ação.
É uma meticulosa e profunda auto-avaliação.
COMO ISTO IRÁ AJUDAR?
Você terá a oportunidade de esvaziar-se, sentir-se limpo.
Irá rever sentimentos reprimidos.
Verá suas insanidades.
Poderá libertar-se de antigos padrões de comportamento.
Iniciará sua reformulação de caráter.
COMO ACONTECE?
O D. Q. inclui o químico no seu sistema de obtenção de prazer: condicionando-o à todos os aspectos da sua vida.
As formas de obtenção de prazer vão se direcionando apenas ao uso dos químicos.
Os padrões, conceitos e valores vão se reformulando para se moldarem ao uso dos químicos.
O químico vai se tornando exclusivo ara obtenção do prazer, o que o transforma em alivio.
A ativa bloqueia a percepção desta modificação e a deteriorização progride.
É comum ao se retirar o químico a angustia de se perceber sem meios para obtenção do prazer. Esta angustia pode se transformar em compulsão por trabalho, sexo, comida, etc.
Para satisfazer sua necessidade de alivio (antigo prazer) o D. Q. desenvolve artifícios como: desonestidade, egocentrismo etc. que distorcem o seu caráter.
O D. Q. acaba, por não conseguir mais obter prazer naturalmente, necessitando de um ritual para sua obtenção.
CONSIDERAÇÕES
Parar de usar significa remover da cena principal o químico, porém para modificar-se é preciso reavaliar todos os papeis e o cenário.
O QUARTO PASSO propõe que se entre em contato com características pessoais.
Este passo permite perceber o condicionamento do prazer e oferece à percepção da necessidade de se buscar outras formas de prazer.
É importante encontrar outras fontes de prazer, sem as quais, o desconforto pela abstinência poderá levar à recaídas.
O QUARTO PASSO é ver-se por inteiro, sem que sentimentos desconfortáveis o(a) mobilizem.
Para que o inventario seja minucioso e destemido é preciso que o TERCEIRO PASSO tenha sido bem feito (entrega e confiança).As distorções de caráter promovidas pela doença estão presentes mesmo sem o uso e você trabalha-las no SEXTO e SÉTIMO PASSOS.
A D. Q. é que traz os problemas, não são os problemas que causam a D. Q.
Você devera refazer este passo sempre que sentir necessidade.
TAREFA DO 4º PASSO
META: Libertar-me do passado.
OBJETIVO: Escrever inventário.
MÉTODO: Escrever minucioso e destemido inventário moral de mim mesmo.
TAREFA DO 4º PASSO
META: Aceitar um Poder Superior.
OBJETIVO: Reconhecer atitudes insanas.
MÉTODO: Resumir o SEGUNDO PASSO com identificação.
QUESTIONÁRIO DO 4º PASSO
1. Costumo me desculpar pelas minhas ações e atitudes ? Por quê?
2. Ressinto-me da vida que vivi e do modo como fui tratado ? Por quê?
3. Já senti alguma vez que ninguém tem uma vida tão difícil quanto a minha ? Como ?
4. Estou disposto a aceitar críticas ou imediatamente começo a justificar minhas ações ?
5. Aceito as responsabilidades pelas minhas ações, quer sejam certas ou erradas ? Como?
6. Sinto que sou o centro de atenções todo o tempo ? Por quê?
7. Sou um bom perdedor ? Como ?
8. Sou um bom vencedor ? Como ?
9. Preocupo-me com as coisas que não posso modificar? Como ?
10. Costumo apreciar as boas coisas que me acontece ou estou sempre à procura de falha ?
11. Tenho fé nas outras pessoas e no fato de que elas me amem ?
12. Trato os outros como gostaria de ser tratado ? Como ?
13. Estou ciente dos sentimentos das outras pessoas, ou simplesmente digo a primeira coisa que me vem à mente?
Observação: todas as perguntas deste questionário devem ser respondidas em duas etapas.
 Exemplo: 1. 
 A. Na ativa ...
 
 B. Em recuperação .....
GUIA PARA O INVENTÁRIO DO QUARTO PASSO
Fazendo o inventário moral, necessitamos examinar a nós mesmos nas seguinte áreas: 
 A- Defeitos de personalidade 
 B- Os Sete Pecados Capitais
 C- Os dez Mandamentos 
 D- Virtudes, atitudes e responsabilidades
O PROCESSO PODE SER COMO SEGUE:
 1- Uma completa e honesta consideração dos itens acima, aplicada ao passo e ao presente.
 2- Não omitir nada por simples vergonha, embaraço ou medo. O início mais fácil é: “Que coisas me incomodam?- Em especial o que incomoda mais ?”.
 3- Determinar particular e separadamente as atitudes, desejos e motivações que me movem.
 4- Escrever tudo o que for encontrado ou mesmo apenas suspeitado. É necessário enfrentarmo-nos de cara limpa. Se desejar destrua as páginas mais tarde.
 5- Faça uma lista dos defeitos e também das suas qualidades os primeiro a para a eliminação: os segundos, para reconstrução. Exemplo:
 a- sei distinguir o certo do errado
 b- tenho um bom coração e gosto das pessoas
 c- quero fazer as coisas certas
 d- detesto meus erros e fracassos
PARTE A
A) Defeitos de Personalidade
Quando um alcoólico deseja realizar o Quarto Passo de A.A., ele primeiramente examina suas qualidades e seus defeitos. As qualidades são resumidamente exemplificadas acima. Pesquise-as em você próprio e anote numa folha de papel. Quantos aos defeitos, de um modo geral encontramos os que seguem em diversos graus:
		1-egoísmo
		2- álibis
		3- pensamento desonesto (semelhante á mentira)
		4- orgulho
		5- ressentimento (tal como o ódio) é um dos 7 pecados capitais
		6- intolerância 
		7- impaciência
		8- inveja (esta entre os 7 pecados capitais)
		9- malandragem
		10- procrastinação
		11- auto-piedade
		12- falsa sensibilidade
		13- medo
1- Egoísmo- (egocentrismo)- Definição: preocupar-se com o próprio conforto, sem consideração com os interesses dos outros. Exemplos:
A família gostaria de um passeio. Papai aqui, prefere beber, jogar futebol, ver TV ou simplesmente curtir a ressaca. Quem vence?
O garoto precisa de um par de sapatos. Nosso herói promete comprar no dia do pagamento, mas compra um litro de uísque na mesma noite. Altruísmo?
Egocêntrico: Acha que o mundo gira ao seu redor. Não dança porque tem medo de parecer desajeitado, teme aparecer em desvantagem por que isso machucaria sua fachada falsa perante aos outros.
2- Álibis- A arte altamente desenvolvida de justificar nossas bebedeiras e comportamento mediante acrobacias mentais. Desculpas para beber (que o alcoólico chama de razões). Confira as seguintes e adicione as de sua própria invenção:
 “Vou tomar uma só para alegrar. A partir da amanhã começo a modificar. Se ao menos não tivesse mulher e filhos para sustentar. Se não fosse minha sogra. Se eu pudesse começar tudo de novo. 
Uma dose pode me ajudar, tanto faz me embebedar o dia esta estragado mesmo, se fulano ou beltrano não me chateassem tanto, se houvesse feito as coisa de outro jeito, e assim por diante, sempre achamos uma desculpa ou uma razão”.
3- Pensamento Desonesto- Uma outra maneira de mentir. Podemos até usar verdades e fatos como base e “temperá-los” a nosso gosto, apresentando-os depois exatamente como desejamos. Somos mestres no assunto. Não é de admirar que bebamos!
“Minha garota vai dar a maior bronca se eu deixá-la. Não é justo aborrecer minha mulher com esta estória. Devo continuar com as duas, portanto; afinal, a confusão não é culpa da garota ( mau caráter, boa praça, ‘honesto’)”.
“Se contar á minha família sobre a nota de 100 que ganhei extra, o dinheiro irá para contas atrasadas, roupas para a família, dentista. Vai acabar numa discussão tremenda. Além disso, preciso de um dinheirinho para beber. Melhor não falar nada e evitar problemas”.
Minha mulher se veste bem, come bem, as crianças estão na escola, não falta nada em casa. Que mais eles querem?
4- Orgulho- Um sério defeito de personalidade bem como um dos 7 pecados capitais. Definição: vaidade egoísta, admiração exagerada de si mesmo. Auto estima desordenada, arrogância, ostentação moral ou material, auto- promoção.
Você tem vergonha de dizer as pessoas que parou de beber.
Comete um erro e é chamado a atenção. Como reage? Queima-se?
Seu orgulho sofre quando admite não dominar a bebida?
Orgulho torna-me minha própria lei, o juiz de mim mesmo, meu próprio Poder Superior.
Produz as críticas, falatórios pelas costas, difamação.
Crio desculpas para os meus erros, pois não admito minhas deficiências.
5-Ressentimento-	como o ódio ou a raiva é um dos 7 Pecados Capitais. Para muitos alcoólicos, a fraqueza mais perigosa de todas. É o desprazer causado por injúria real ou imaginada, acompanhado de irritação, exasperação ou ódio.
Você é despedido, portanto passa a odiar o chefe.
Sua esposa alerta-o sobre o álcool. Você se enfurece.
Um colega está se esforçando e obtém elogios, Você tem fama de bebedor, teme que ele seja promovido à sua frente, chama-o de puxa-saco. Odeia-o.
Você pode alimentar ressentimento em relação a uma pessoa, a um grupo, a instituições, a um clube, a uma religião.
Raiva e ressentimento levam a alfinetadas, atritos, ódio, vingança injusta, desinteresse infantil. Realçam o pior da nossa imaturidade e produzem infelicidade em nós e naqueles que nos cercam. 
6- Intolerância- recusa a conviver com credos (políticos, religiosos) práticas, costumes, hábitos diferentes dos seus próprios.
Você pode odiar alguém por ser judeu, negro, gringo, ou por ter uma religião ou nacionalidade diferente da sua.
Tivemos alguma oportunidade de escolha ao nascermos brancos, pretos, amarelos, brasileiros ou americanos?
Similarmente, nossa religião não é quase sempre herdada?
7-Impaciência- Definição: má vontade para suportar atrasos, oposição, dor , aborrecimento, etc...,com calma. 	
Um alcoólico é uma pessoa que monta um cavalo e galopa loucamente em todas as direções ao mesmo tempo.
Você reclama quando sua mulher o faz esperar alguns minutos a mais do que “o tempo especial” que você lheconcedeu ? Ela nunca esperou por você ?
8- Inveja- Também um dos pecados Capitais. Definição: descontentamento perante a boa estrela do outro.
O vizinho troca de carro todo ano, pois economiza para isto. Sentimo-nos mal por não fazer o mesmo e contra atacamos ridicularizando.
O cunhado é bom chefe de família, trabalhador aplicado, um tipo decente. Naturalmente invejoso, eu considero “metido a besta”, convencido e esnobe.
A velha frase típica: “Se eu tivesse tido oportunidade daquele sujeito, eu também estaria por cima”. 
9- Malandragem- Manifestação do nosso grande falso orgulho: uma forma de mentir: desonestidade de primeira. É a velha máscara.
Presenteio minha mulher com uma nova máquina de lavar, por puro acaso , isto ajudou a limpar meu cartaz depois da minha última bebedeira.
Compro um terno novo porque minha posição nos negócios exige, pelo menos assim raciocínio, enquanto a família se apresenta com roupas velhas, assim espero.
O grande orador de A.A. que embasbaca os companheiros com sua sabedoria e dedicação ao programa, mas que não tem tempo para a mulher e os filhos, nem para cuidar do trabalho. Grande “chapa na reunião”, um tirano irritado em casa. Nosso herói.
Quando paramos de pensar, encontramos tudo realmente em ordem?
10- Procrastinação- Definição: a arte de deixar para depois, adiar as coisas que precisam ser feitas, o velho amanhã eu faço.
Pequenas coisa sempre adiadas, ficaram inviáveis? Isto contribuiu para o meu alcoolismo causando acúmulo de problemas?
Engano a mim mesmo, dizendo que vou fazer as coisas ao meu modo, ou tendo por ordem e disciplina em meus deveres diários?
Posso resolver pequenos assuntos quando me pedem ou me sinto forçado pelos outros? Ou sou apenas muito preguiçoso ou orgulhoso?
Coisas pequenas, feitas no amor de Deus, tornam-se grandiosas.
11- Auto-Piedade- Um insidioso defeito de personalidade e um sinal vermelho de perigo
Corte-a imediatamente: é preparação para a queda.
Todo o mundo na festa se divertindo e bebendo. Por que não posso fazer o mesmo ? (esta a versão longa do pobre de mim).
Se eu tivesse o dinheiro que esse cara tem... P.S. quando se sentir assim visite um sanatório, um leproso uma enfermaria de crianças, e depois relacione as bençãos que são concedidas.
12- Falsa Sensibilidade- tipo melindroso, cheio de não me toques.
Cumprimento alguém que não me responde. Fico sentido e bravo, foi a mim que ele esnobou, só isto que conta, fico todo balançado. Maturidade companheiro...
Espero ser chamado para falar na reunião, mas não sou, imagino toda sorte de coisas e concluo que o coordenador não vai com a minha cara. Faz sujeira comigo, mas as coisas não ficaram assim.
	NOTA: isto é chamada comumente de “sensibilidade de alcoólatra” como desculpas para muitas atitudes imaturas.
13- Medo- Um pressentimento real ou imaginário de fatalidade iminente. Suspeitamos que a bebida, atos arrojados, negligência, etc. estão nos prejudicando. Tememos o pior.
	Quando aprendemos a aceitar o primeiro passo, solicitar o auxílio do Poder Superior e encarar a nós mesmos com honestidade, o pesadelo do medo desaparece.
PARTE B
B) OS SETE PECADOS CAPITAIS
ORGULHO- A vaidade egoísta: admiração exagerada de si mesmo, o orgulho faz de mim minha própria lei, juiz de moralidade e meu próprio Deus, o orgulho produz as críticas, o falatório pelas costas, palavras farpadas e verdadeiros assassinos morais, tudo para elevar o meu ego por comparação. O orgulho me faz condenar como bobos aqueles que me criticam, o orgulho fornece desculpas, e o orgulho gera:
	1- Gabolice, ou auto-glorificação
	2- Amor pela publicidade, preocupação com o que os outros dizem ao meu respeito
	3- Hipocrisia, fingir o que realmente não sou
	4- Teimosia, insistência em impor a própria vontade
	5- Discórdia, ressentimento com qualquer um que cruza o meu caminho
	6- Brigas, brigo sempre quando alguém desafia os meus desejos
	7- Desobediência, recuso-me a submeter a minha vontade à vontade de meus superiores legais e hierárquicos e a vontade de Deus.
AVAREZA- Perversão do direito dado por Deus ao homem de possuir coisas materiais, desejo riqueza sob a forma de dinheiro ou outras coisa como um fim em si, em lugar de um simples meio para, vários fins , tais como atender à alma e ao corpo em suas necessidades? Para adquirir riqueza em qualquer de suas formas, desrespeito pelos direitos alheio? Sou desonesto sob qualquer forma? Caso seja, em que grau e que modo? Em troca de uma diária honesta, dou um dia de trabalho honesto, por exemplo? Como utilizo as coisas que possuo? Sou pão duro com a minha família? Gosto do dinheiro e das posses como coisas em si ? É excessivo meu amor supérfluo? De que maneira preservo a minha riqueza ou aumento? Sou conveniente com fraudes, perjúrios, práticas duvidosas no trato com as outras pessoas? Tento me justificar quanto a tais questões Chamo-me de sovinice de economia? Chamo de segurança meu acúmulo excessivo de reservas financeiras? Se, presentemente nada ou muito pouco possuo em dinheiro e bens que práticas imagino utilizar para obtê-los no futuro? Farei, por assim dizer qualquer negócio para consegui-los e enganarei a mim mesmo achando nomes inocentes para empreitada pouco ou nada inocente?
LUXÚRIA- gostos e desejos exagerados dos prazeres da carne. Sou culpado de luxúria em qualquer de suas forma? Digo a mesmo que a imprópria ou indevida indulgência nas atividades sexuais é necessária para boa saúde ou uma vida completa ou ainda para liberdade de personalidade? Participo de qualquer atividade sexual fora de casa ? E em casa, pois como um homem ou com um animal? Acredito que luxúria é amor, ou secretamente finjo que é? Ou não sei que o sexo é apenas uma das muitas expressões do amor, moralmente limitado pelo matrimônio? Pratiquei qualquer excesso sexual que afetaram minha razão:
	1- Perverter minha compreensão, cegar-me intelectualmente e impedir-lhe de enxergar a verdade?
	2- Enfraquecer minha prudência, assim abalando meu senso de valores e me tornando temerário?
	3- Enfraquecendo minha vontade até perder a capacidade de decisão e tornando-me um homem de caráter inconstante?
Deus, como eu O Concebo, faria realmente qualquer coisa pelo homem que é sexualmente desregrado dentro ou fora do matrimônio? Aprovaria Ele os meus hábitos sexuais?
INVEJA- Mau- estar perante o bem dos outros. Até que ponto sou invejoso? Não gosto de ver outras pessoas felizes ou bem sucedidas como se elas houvesse roubado aquela felicidade ou sucesso de mim? Fico ressentido contra aqueles mais espertos do que eu por porque sou ciumento? Critico as vezes as boas obras realizadas por outro porque, secretamente, gostaria de ter realizadas para ganhar os méritos? Fui invejoso suficientemente para inventar ou distorcer os fatos de alguma situação para prejudicar o outro? Passo adiante as histórias dos outros? Ser invejoso inclui chamar as pessoas religiosas de hipócritas porque elas vão à igreja e tentam ser espiritualmente melhores, embora sujeitas as mesmas falhas humanas que eu. Desaprovo o homem de boa educação dizendo que é “metido a besta”? Acuso os homens de boas de maneiras, ou sábios de serem esnobes porque invejam a superioridade deles? Amo genuinamente as pessoas ou sinto apartados delas, porque as invejam por alguns dos motivos acima ou quaisquer outros? 
ODIO- Desejo violente de punir os outros. Entrego -me a crises temperamentais, fico vingativo, alimento o impulso de ficar “quite”, ou não vou engolir está? Apelo para a violência, serro os punhos ou fico uma fera?
Sou impaciente, exageradamente sensível, facilmente me melindro? Resmungo mesmo em assuntos menores? Ignoro o fato que a raiva impede o crescimento espiritual? Compreendo que ódio inevitavelmente prejudica a postura mental e freqüentemente compromete o bom julgamento? Permito que a raiva me governe mesmo sabendo que me cega para os direitos dos outros ? Como posso desculpar mesmo pequenosassaltos de raiva, sabendo que há raiva destrói o ânimo contemplativo, e dispensável para atender às inspirações do Poder Superior? Permito-me enraivecer-me quando outros são fracos e se enraivecem conta mim? Como posso alimentar esperanças de receber o sereno espírito de Deus em minha alma freqüentemente agitada por explosões de raiva, mesmo de menor importância?
GULA- Abuso dos prazeres legítimos que Deus concedeu ao comer e beber os alimentos necessários para a auto preservação? Enfraqueço minha vida moral e intelectual por excessiva ingestão de comida ou bebida? Geralmente como em excesso e assim escravizo minha alma e caráter aos prazeres do corpo além das suas necessidades razoáveis ? Engano a mim mesmo afirmando que posso ser um comilão sem afetar minha vida moral? Alguma vez, mesmo uma única, fiquei nauseado por excesso de bebida, aliviei-me e retornei a beber imediatamente? Bebi tanto que meu intelecto e minha personalidade se deterioraram; tanto que a memória, o julgamento social desapareceram ; tanto que desenvolvido um espírito de desespero; que enfraqueci minha vontade e materializei minha vida em vez de espiritualizá-la?
PREGUIÇA- Doença da vontade que causa negligência do dever. Sou indolente, dado a vagares, procrastinação, despreocupação e indiferença quanto as coisas materiais? Sou apenas morno em minhas orações? Não pratico a auto-disciplina? Prefiro ler uma novela em lugar de ler uma coisa que exige raciocínio, por exemplo o livro Azul? Desânimo facilmente nas coisas que me são moral ou espiritualmente difíceis? A aversão a qualquer forma de esforço me deixa surdo ? Sou facilmente distraído das coisas espirituais retornando facilmente as coisas temporais? As vezes sou tão indolente que executo meu trabalho sem o necessário cuidado?
5º. PASSO: 
“ADIMITIMOS A DEUS, A NÓS MESMOS E A OUTRO SER HUMANO A NATUREZA EXATA DAS NOSSAS FALHAS”.
		O Quinto Passo é a chave para a liberdade. Ele permite vivermos limpos no presente. Partilhando a natureza exata das nossas falhas, somos libertados para viver. Depois de fazermos um Quarto Passo completo, lidamos com o conteúdo do nosso inventário. Dizem-nos que se guardarmos estes defeitos dentro de nós, eles levarão a nos drogar de novo. O apego ao nosso passado acabaria por nos adoecer e nos impedir de fazer parte da nossa nova maneira de viver. Se não formos honestos, quando damos o Quinto Passo, teremos os mesmos resultados negativos que a desonestidade nos trazia no passado.
		O Passo Cinco sugere que admitamos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas. Olhamos nossas falhas, examinamos nossos padrões de comportamento e começamos a ver os aspectos mais profundos da nossa doença. Agora, sentamos com outra pessoa e partilhamos o nosso inventário em voz alta.
		Nosso Poder Superior estará conosco durante o nosso Quinto Passo. Recebemos ajuda e estaremos livres para encarar a nós mesmos e a outro ser humano. Parecia desnecessário admitir a natureza exata das nossas falhas ao Poder Superior. “Deus já sabe isso tudo”, racionalizamos. Embora Ele já o saiba, a admissão deve vir dos nossos próprios lábios, para que seja verdadeiramente efetiva. O Passo Cinco não é simplesmente a leitura do Passo Quatro.
		Durante anos, evitamos ver como realmente éramos. Tínhamos vergonha de nós mesmos e nos sentíamos isolados do resto do mundo. Agora que capturamos a parte vergonhosa do nosso passado, podemos varrê-la da nossa vida, se a encararmos e admitirmos. Seria trágico escrever tudo e depois jogar numa gaveta. Estes defeitos crescem no escuro e morrem à luz da exposição.
		Antes de virmos para o N.A.T.A. , sentíamos que ninguém podia compreender as coisas que tínhamos feito. Temíamos que, se alguma vez revelássemos como éramos de fato, certamente seríamos rejeitados. A maioria dos adictos sente-se desconfortável com isto. Reconhecemos que não temos sido realistas, sentindo-nos assim. Nossos companheiros nos compreendem.
		Temos que escolher com cuidado a pessoa que vai ouvir o nosso Quinto Passo. Devemos ter certeza de que ela sabe o que estamos fazendo e o porquê. Apesar de não haver regra rígida quanto à pessoa que escolhemos, é importante confiarmos nela. Só tendo total confiança na integridade e discrição da pessoa, podemos nos dispor a fazer este passo completo. Algumas pessoas dão o Quinto Passo com um estranho, embora se sintam mais à vontade com alguém que esteja no programa N.A.T.A. 
		Uma vez feita a escolha e a sós com essa pessoa, nós prosseguimos com o seu encorajamento. Queremos ser precisos ,honestos e profundos, compreendendo que é uma questão de vida ou morte.
		Alguns de nós tentaram esconder parte do passado, tentando encontrar uma maneira mais fácil de lidar com os sentimentos mais profundos. Podemos achar que já fizemos muito escrevendo sobre o nosso passado.É um erro que não podemos permitir. Este passo vai expor nossos motivos e nossas ações. Não podemos esperar que estas coisas se revelem sozinhas. Finalmente nossa vergonha é superada, e podemos evitar culpa futura.
		Nós não procrastinamos. Temos que ser exatos. Queremos contar a verdade simples, nua e crua, o mais rápido possível. Há sempre o perigo de exagerarmos nossas falhas. É igualmente perigoso minimizar ou racionalizar nosso papel em situações passadas. Apesar de tudo, ainda queremos parecer bons.
		Os adictos tendem a levar vidas secretas. Durante muitos anos, encobrimos a nossa pouca auto-estima, esperando enganar as pessoas com imagens falsas. Infelizmente, enganamos a nós mesmos mais do que a qualquer outra pessoa. Embora muitas vezes parecêssemos atraentes e confiantes por fora, estávamos, na verdade, escondendo uma pessoa vacilante e insegura por dentro. Temos que abandonar as máscaras. Partilhamos o nosso inventário como ele está escrito sem omitir nada. Continuamos abordando este passo, com honestidade e profundidade, até o fim. É um alívio enorme nos livrarmos de todos os segredos e partilhamos a carga do nosso passado.
		À medida que partilhamos este passo, geralmente o ouvinte também vai partilhando um pouco da sua história. Descobrimos que não somos os únicos. Vemos, através da aceitação do nosso confidente, que podemos ser aceitos como somos.
		Talvez nunca nos lembremos de todos os nossos erros passados.Mas podemos fazer o melhor e mais completo esforço.Começamos a experimentar verdadeiros sentimentos pessoais de natureza espiritual.Onde antes tínhamos teoria espiritual começamos agora a despertar para a realidade espiritual.Este exame inicial de nós mesmos revela alguns padrões de comportamento que não apreciamos. Entretanto, encarando esses padrões e trazendo-os para fora temos a possibilidade de lidar com eles construtivamente. Não podemos fazer estas mudanças sozinho. Precisamos da ajuda do Poder Superior e do grupo de apoio.
5º PASSO
... “ADMITIMOS PERANTE DEUS, PERANTE NÓS MESMOS E PERANTE OUTRO SER HUMANO A NATUREZA EXATA DE NOSSAS FALHAS.”
O QUE É?
O QUARTO PASSO é um momento de reflexão e o QUINTO PASSO, é uma discussão ampla desta reflexão, sem a interferência de bloqueios.
É o inicio concreto da reformulação.
Até o QUARTO PASSO seu contato foi consigo mesmo e com seu Poder Superior, neste passo inicia-se o contato com os outros.
É a limpeza da casa.
Você irá “romper” as barreiras do seu orgulho, desconfiança e isolamento.
É o passo de compartilhar.
PORQUE COM OUTRO SER HUMANO ?
Sua visão de mundo se distorceu com a D.Q., portanto é possível que mecanismos como: negação, racionalização, possessão e outros que atrapalham sua recuperação e um outro ser humano o ajudará a identificá-los com maior clareza.
Vencer o medo, a culpa, o orgulho, a vergonha e a raiva são benefícios do compartilhar.
Você está habituado a guardar e não a expor-se.
É um exercício de confiança.
COM QUEM FAZER?
Escolha com prudência alguém da sua confiança.Alguém imparcial.
Que use a programação.
Que seja do mesmo sexo.
CONSIDERAÇÕES:
Só terá conhecimento do seu inventario e do QUINTO PASSO, quem você escolher. Faça como quiser.
O importante é iniciar o QUINTO PASSO e faze-lo sempre que necessário.
Não existem parâmetros para verificar a eficiência deste passo.
É um passo onde se inicia uma ruptura com os principais vínculos mantidos com a doença.
A percepção do outro pode ser diferente da minha e me ajudar a crescer.
Partilhar é fundamental para o D. Q.
O partilhar vai ajudá-lo a descobrir rapidamente novas formas de prazer.
QUESTIONÁRIO 5º PASSO
1. Por que é importante admitir meus defeitos perante a mim mesmo, perante o Poder Superior e também perante a outra pessoa ?
2. Por que não devo fazer confidências para um membro da família ou um amigo muito íntimo ?
3. Quais as qualidades que procuraria na escolha da pessoa com quem vou partilhar este passo ?
4. O que espero que este passo faça por mim ?
5. O que espero que o passo faça por mim?
6. Estou ciente de que se este passo não for dado com honestidade estarei colocando em risco a minha recuperação?
7. Honestidade e confiança são dois itens importantes neste passo. O que tenho feito para trabalhar estas qualidades em minha recuperação?
TAREFAS DO 5º PASSO
Resumir o QUINTO PASSO com identificação.
O que é compartilhar? Como isso pode ajudar na recuperação?
O que é solidariedade?
O que é amizade?
Faça o seu QUINTO PASSO.
TAREFAS DO 5º PASSO 5B
META: Aceitar minha impotência.
OBJETIVO: Admitir perda de controle.
MÉTODO: Responda as perguntas abaixo com honestidade:
Em quais momentos fui desonesto com as pessoas que estavam me ajudando? Como?
Em quais momentos fui desonesto com a minha programação? Como?
Quais atitudes e hábitos de ativas que eu permaneci usando?
Qual(is) mecanismo(s) de defesa eu continuei a usar e que prejudicou de alguma forma a minha caminhada? Como?
Como eu alimentei a idéia de que poderia voltar a usar? Explique.
6º. PASSO: 
“PRONTIFICAMO-NOS INTEIRAMENTE A DEIXAR QUE DEUS REMOVESSE TODOS ESTES DEFEITOS DE CARÁTER”.
		Por que pedir uma coisa antes de estarmos prontos para ela? Isto seria pedir problemas. Quantas vezes os adictos buscaram as recompensas de um trabalho árduo, sem fazerem esforço. O que nós batalhamos no Passo Seis é a boa vontade. A sinceridade com que trabalhamos este passo será proporcional ao nosso desejo de mudar.
		Queremos realmente nos livrar dos nossos ressentimentos, da nossa raiva e do nosso medo? Muitos de nós se apegam aos seus medos, dúvidas, auto-aversão ou ódio, pois há uma certa segurança distorcida na dor que nos é familiar. Parece mais seguro abraçar o que conhecemos do que abrir mão pelo desconhecido.
		Abrir mão dos defeitos de caráter deve ser fruto de uma decisão. Sofremos porque suas exigências nos enfraquecem. Descobrimos que não podemos escapar do orgulho com arrogância. Se não somos humildes somos humilhados. Se formos gananciosos descobrimos que nunca estaremos satisfeitos. Antes de fazermos os Passos Quatro e Cinco, podíamos ceder ao medo, à raiva, à desonestidade ou à auto-piedade. Ceder agora a estes defeitos de caráter, obscurece nossa capacidade de pensar com lógica. O egoísmo torna-se um grilhão intolerável e destrutivo, que nos prende aos nossos maus hábitos. Nossos defeitos sugam todo o nosso tempo e energia.
		Examinamos o inventário do Passo Quatro e olhamos bem o que estes defeitos estão fazendo nas nossas vidas. Começamos a ansiar pela nossa libertação destes defeitos. Rezamos ou ficamos dispostos, prontos e capazes para deixar que Deus remova estes traços destrutivos. Precisamos de uma mudança de personalidade, se quisermos nos manter limpos. Queremos mudar.
		Devemos entrar em contato com os velhos defeitos com a mente aberta. Estamos conscientes deles e, ainda assim, cometemos os mesmos erros e somos incapazes de cortar os maus hábitos.
		Procuramos, na Irmandade, o tipo de vida que queremos para nós. Perguntamos aos nossos amigos: “ Você conseguiu abrir mão”? Quase sem exceção a resposta é: “ Consegui, o melhor que eu pude”. Quando vemos como os nossos defeitos existem nas nossas vidas e os aceitamos, podemos abrir mão deles e prosseguir na nossa nova vida. Aprendemos que estamos crescendo, quando cometemos novos erros, em vez de repetir os velhos.
		Quando trabalhamos o Passo Seis, é importante lembrar que somos humanos e não devemos colocar expectativas irreais em nós mesmos. Este é um passo de boa vontade. O princípio espiritual do Passo Seis é a boa vontade. O Passo Seis ajuda-nos a caminhar numa direção espiritual. Por sermos humanos, nós nos desviaremos do caminho.
		A rebeldia é um defeito de caráter que nos assalta neste ponto. Não precisamos perder a fé quando ficamos rebeldes. A rebeldia pode provocar indiferença ou intolerância que poderão ser superadas, através de um esforço persistente. Continuamos pedindo boa vontade. Podemos duvidar que Deus ache justo nos aliviar, ou podemos achar que algo vá dar errado. Perguntamos a outro membro, que nos diz: “Você está exatamente onde deveria estar”. Novamente, nós nos prontificamos a deixar que nossos defeitos sejam removidos. Nós nos rendemos às simples sugestões que o programa nos oferece. Mesmo não estando inteiramente prontos, estamos caminhando na direção certa.
		A fé, humildade e aceitação acabarão por substituir o orgulho e a rebeldia. Vimos a conhecer a nós mesmos. Descobrimos que estamos crescendo para uma consciência amadurecida. Começamos a nos sentir melhor, à medida que a boa vontade se transforma em esperança. Talvez, pela primeira vez, tenhamos uma visão da nossa nova vida.
QUESTIONÁRIO DO 6º PASSO
Estou pronto para desfazer dos meus defeitos de caráter, ou ainda estou usando-os como muletas?
Quais as dificuldades que estou encontrando para realizar este passo?
Como posso mostrar a minha disposição para deixar que o meu poder superior remova meus defeitos?
Como é que a oração da serenidade poder ajudar nesse passo?
TAREFAS PARA O 6º PASSO
O que é caráter?
O que é opção?
Identifique seus “defeitos de caráter” fale sobre cada um deles.
Fale com seus companheiros sobre os defeitos de caráter. Escreva esta conversa.
TAREFAS PARA O 6º PASSO
META: Aceitar minhas imperfeições.
OBJETIVO: Reconhecer meus defeitos de caráter.
MÉTODO: Fazer uma lista de meus defeitos de caráter que eu, os companheiros e os terapeutas vêm em mim.
6º PASSO
... “PRONTIFICAMOS-NOS INTEIRAMENTE A DEIXAR QUE DEUS REMOVESSE TODOS ESSES DEFEITOS DE CARÁTER.”
COMO?
O uso de químicos leva o D. Q. a ter comportamento para proteger a si e ao químico.
Estes comportamentos são chamados: defeitos de caráter. Alguns surgem na ativa e outros são exacerbados e incorporados ao D. Q.
O D. Q. para de usar, mas já “herdou” estes defeitos de caráter, os quais deverão ser trabalhados para serem reformulados.
É preciso reconhecer os defeitos de caráter para pedir ajuda.
O QUE É CARÁTER?
É o conjunto de características aprendidas e condicionadas.
O QUE SÃO DEFEITOS DE CARÁTER?
É o conjunto de características aprendidas e condicionada inadequadamente; que dificultam o ajustamento.
Os DEFEITOS DE CARÁTER MAIS COMUNS DO D. Q. SÃO?
Mentira, orgulho, vaidade, egocentrismo, ambição, rancor, inveja, preguiça, procrastinação, etc.
CONSIDERAÇÕES:
Não acomodar neste pedido. É preciso que você se prontifique nesta busca dos seus D. C. 
È importante estar com a mente aberta.
É preciso boa vontade para se reformular constantemente.
É um passo de movimento, de auto-avaliação constante e continua.
É preciso trabalhar os preconceitos.
Cuidado com o imediatismo.
A perfeição é e sempre será meta.
Como seres humanos não devemos colocar expectativas irreais em nós mesmos.
É preciso de ajuda externa para reformular seus defeitos de caráter.

Outros materiais