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* * * * TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO (TDO) DA TUBERCULOSE NA ATENÇÃO BÁSICA: Protocolo de Enfermagem Programa Estadual de Controle da Tuberculose Curitiba, 28 de abril de 2011 Poty Lazarotto - 1957 * * * * Tratamento Diretamente Observado (TDO) da Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem A tuberculose é uma doença prioritária constante no Pacto pela Vida, de Gestão e em Defesa do SUS (Brasil, 2006) e no Pacto pela Vida (Portaria n.º 325 de 21 de fevereiro de 2008). Atividade da enfermagem, é a categoria com o maior quantitativo de recursos humanos. Precariedade do Contrato de Trabalho atual dos Enfermeiros inviabiliza a capacitação permanente desse profissional. Necessidade de estabelecimento de normas de assistência aos doentes de TB para os cursos formadores de recursos humanos em saúde. JUSTIFICATIVAS: * * * * Tratamento Diretamente Observado (TDO) da Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem Expansão da estratégia do tratamento supervisionado aos doentes de tuberculose. Ampliação da cura da TB e redução de TB-MR. Estabelecimento de vínculo entre serviço de saúde-doente-família. Necessidade de ampliar a busca dos sintomáticos respiratórios, diagnóstico precoce de TB, controle de contatos e TDO na atenção básica. JUSTIFICATIVAS: * TUBERCULOSE * Agente infeccioso Micobacterium tuberculosis: 24 de março de 1882 – Robert Koch Pertence ao complexo Micobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum e M. microti. Outras espécies patogênicas ou potencialmente patogênicas, não pertencentes ao complexo Micobacterium tuberculosis, são isoladas em nosso meio com menor frequência, entre elas o complexo M. avium-intracellulare, M. fortuitum, M. chelonae, M. kansaii, causando principalmente doenças pulmonar ou ganglionar. * Reservatório Principal: homem, porém pode acometer bovino, outros mamíferos, aves. * Transmissão Pessoa a pessoa – pelo ar: gotículas pela fala, espirro, tosse. Partículas mais pesadas se depositam rapidamente no solo. Somente núcleos secos das gotículas (Núcleo Wells) com diâmetro de até 5 micra com 1 a 2 bacilos chegam aos bronquíolos e alvéolos. Depende da intensidade o contato: proximidade, continuidade, ambiente desfavorável. Bacilífero Fonte de infecção 10 a 15 pessoas em média durante 1 ano * Período de Transmissibilidade Plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos, sem tratamento. Com tratamento, é reduzida gradativamente, até a terceira semana após o início. Crianças, com TB pulmonar, geralmente não são infectantes. * Período de Incubação Após a infecção, em média 4 a 12 semanas para detecção das lesões primárias pulmonares. A maioria dos casos novos pulmonares ocorrem em torno de 12 meses após a infecção inicial. * Suscetibilidade Infecção no Brasil ocorre em qualquer idade, geralmente na infância. Nem todos os expostos se tornam infectados. Infecção tuberculosa sem doença = bacilos presentes com sistema imune mantendo-os sob controle. Nos infectados maior probabilidade de adoecer: HIV+, desnutrição, diabetes, usuários de drogas, doenças imunossupressoras * Período de Infecção 1 a 2 bacilos 15 dias: + de 105 2 a 3 semanas: o organismo normal reconhece a invasão e a luta começa. Distribuição linfohematogênica: “benigna”: bacilos latentes ou destruídos. No pulmão: no local da inoculação, foco pequeno, 1 a 2 mm, esbranquiçado – pode ser visto no RX. * De cada 100 infectados 90 % dos infectados conseguem bloquear este processo e não adoecerão nesta fase. Outros 10 % adoecerão: 5% – tuberculose primária, ocorre na primo-infecção. 5% - tuberculose pós-primária: protegidos pelo BCG ou imunidade desenvolvida. * Tuberculose pós-primária 5 % adoecerão tardiamente – tuberculose pós-primária: Reativação endógena: recrudescimento de algum foco já existente. Reinfecção exógena: nova carga bacilar. * Quadro clínico Nenhum sinal ou sintoma característico. Normalmente: Comprometimento do estado geral Febre baixa vespertina com sudorese Inapetência Emagrecimento Quando a doença atinge os pulmões: pode apresentar dor torácica tosse produtiva, com escarro com ou sem sangue Tosse com mais de 3 semanas = Sintomático Respiratório. * Sintomático Respiratório 1 % da população = Sintomático Respiratório 2 amostras de escarro pesquisa de BAAR 1.ª no momento da suspeita 2.ª dia seguinte em jejum 4% dos Sintomáticos Respiratórios: BK+ 1ml escarro = 5000 bacilos 98,4 % BK+: 15 anos e mais 1,6 % BK+: menores de 15 anos * Distribuição dos casos de Tuberculose. Brasil, 2008. Total de casos 15 anos ou + anos Menores de 15 anos Pulmonar Extra pulmonar Pulmonar Extra pulmonar BK + BK sem confirmação BK + BK sem confirmação 95% 5% 80% 20% 85% 15% 65% 35% 20% 80% Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil – MS 2010 * EPIDEMIOLOGIA DA TUBERCULOSE NO PARANÁ * Tendência da incidência da tuberculose. Paraná, 2001 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 10.03.2011 * Dados preliminares * Coeficiente de incidência da tuberculose. Paraná, 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 28.03.2011 * Dados preliminares PR: 23,0 por 100 mil hab * Coeficiente de incidência de tuberculose. Paraná, 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 Gráf1 12.5100775625 8.725876587 10.6607535021 5.4215234481 3.6683785767 4.5645351918 1.8473782985 3.5093439112 2.6613749661 24.1220765035 14.2840419328 19.2721277382 41.0169063418 22.328371473 31.644282608 47.0750940837 15.7968178188 30.9753558778 51.2575233475 19.7942893475 34.8586738698 50.9002830858 15.0267065557 32.0988214124 35.856967404 16.2913747795 25.2018073296 31.0669733053 14.3239228549 22.5898230882 Masculino Feminino Total CI por 100 mil hab Plan1 CI 2009 População Resident por Faixa Etária detal segundo Sexo Sexo <1 Ano 1-4 5-14 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 e+ Total Masculino 12.5 5.4 1.8 24.1 41.0 47.1 51.3 50.9 35.9 31.1 Feminino 8.7 3.7 3.5 14.3 22.3 15.8 19.8 15.0 16.3 14.3 Total 10.7 4.6 2.7 19.3 31.6 31.0 34.9 32.1 25.2 22.6 Período:2009 Plan1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Masculino Feminino Total CI por 100 mil hab CI de tuberculose por idade e sexo. Paraná, 2009. Plan2 Plan3 * % de cobertura de vacina BCG em menores e 1 ano. Paraná, 2002 a 2010. Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVVPI em 23.03.2011 * Número e tipo de tuberculose em menores e 15 anos. Paraná, 2009. Menor de 1 ano 15 casos 12 pulmonar: 5 BK pos 4 BK neg 3 não realizado 2 extrapulmonar: 1 pleural 1 ganglionar 1 pulm+extrapulmonar: miliar+meningoencefalite 1a 4 anos 28 casos 22 pulmonar 9 BK pos 13 não realizado 4 extrapulmonar: Óssea, cutânea, outra, Meningoencefalite 2 pulm+extrapulmonar: geniturinária, pleural * Mortalidade no Paraná. 2001 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DEVE/DVIEP/SIM em 18.03.2011 * Dados preliminares Meta OMS 2015: 0,9 . * % de casos de tuberculose por tipo de entrada. Paraná, 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Casos preliminares * % de cura, abandono e sem informação de Tuberculose. Paraná, 2001 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 85% 5% * % de óbito por e com tuberculose, transferência e TBMR. Paraná, 2001 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Tendência da co-infecção HIV e Tuberculose. Paraná, 2001 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 10.03.2011 * Dados preliminares * Situação de encerramento TB e TB HIV+. Paraná, 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * % de casos em população institucionalizada. Paraná, 2007 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Dados preliminares * % de casos em população indígena. Paraná, 2002 a 2010*. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Dados preliminares * % de baciloscopias de acompanhamento realizadas* com resultado. Paraná, 2007 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Casos com 1.ª baciloscopia de escarro positiva * Contatos de tuberculose examinados. Paraná, 2007 a 2009. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN em 19.04.2011 * Metas Paraná 2010 População: 10.439.601 hab 22 Regionais de Saúde 399 municípios 7 prioritários: Almirante Tamandaré, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Paranaguá, Pinhais e Piraquara “Para que um Programa de Controle da Tuberculose reduza efetivamente o problema, produzindo um impacto epidemiológico, é necessário que 70% dos casos pulmonares bacilíferos sejam diagnosticados e que 85 % sejam curados pela quimioterapia; caso contrário mantém-se a endemia.” Styblo * % de sintomáticos respiratórios examinados. Paraná, 2006 a 2010. Fonte: SESA/SVS/DECA/DVCDE/PECT/SINAN LACEN PARANÁ Meta: examinar 1% da população = sintomático respiratório * Distribuição dos casos novos de Tuberculose. Paraná, 2010*. Total de Casos 2415=29,1% 15 anos ou + anos 2318 = 29,3% Menores de 15 anos 97=24,6% Pulmonar 1972=31,2% Extra Pulmonar 346=21,9% Pulmonar 82=24,5% Extra Pulmonar 15=25,4% BK + 1225=29,8% BK sem Confirmação 747=33,8% BK + 17=25,4% BK sem Confirmação 65=25,4% 95% 5% 80% 20% 85% 15% 65% 35% 20% 80% Fonte: Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil – MS 2010/SINAN PR 12/04/2011 * Dados preliminares * Ações prioritárias pactuadas nas Ações de Vigilância em Saúde - PAVS - 2010 * Tratamento Diretamente Observado Paciente com diagnóstico de tuberculose Família Trabalho Comunidade Serviço de Saúde Contatos: avaliação médica/enfermagem PT/RX – novo diagnóstico Afastamento do trabalho PSF / ASC / Trabalho / Desemprego / Institucionalizado * Durante o TDO Curar em 6 meses. Evitar o abandono. Interromper da cadeia de transmissão. Identificar efeitos adversos imediatamente, gravidez. Exames em andamento: HIV, cultura, histopatologia. Coletar escarro de acompanhamento. Acompanhar os contatos – diagnóstico precoce e tratamento da infecção latente. * TDO e SINAN Geração de dados em tempo correto: exames, contatos, Boletim de Acompanhamento. Planejamento de ações de prevenção/controle: metas, pactuações. Sintomáticos respiratórios/ casos diagnosticados: laboratórios, controle de qualidade, cotas SUS. Insumos: laboratório, medicamentos. Referências: secundária (mudança de esquema), terciária (resistência), hospitalar. * Endereços eletrônicos Programa Estadual de Controle da Tuberculose: http://www.sesa.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=939 Programa Nacional de Controle da Tuberculose: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1527 Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/original_tdo_enfermagem_junho_2010.pdf * MUITO OBRIGADA!!!! Maria Francisca Teresa Caldeira-Scherner Fone: 41 3330-458 mfscherner@yahoo.com.br Poty Lazarotto - 1957 * * * *
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