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Isolamento e Purificação de Biomoléculas Prof. Jainne Martins Ferreira Esquema de processo biotecnológico industrial genérico Recuperação de produtos Finalidade de uso: Medicamentos Localização: (intra x extracelular)?? diversidade química e abundância de moléculas Custos Downstream Isolamento e Purificação de Biomoléculas Downstream Recuperação de um produto a partir de uma solução aquosa diluída (operações unitárias industriais) Nota: uma operação unitária é aquela etapa física de um processo industrial e que, portanto, não envolve a ocorrência de transformações químicas. Tipos de Operações Unitárias - Mecânicas - Transferência de Massa - Transferência de Calor • Etapas de recuperação dos Produtos: - clarificação - rompimento de células - concentração e/ou purificação de baixa resolução - purificação de alta resolução - tratamentos finais - acondicionamento Isolamento e Purificação de Biomoléculas Recuperação de produtos Recuperação de produtos • CLARIFICAÇÃO • Separação das células do meio de cultura • Interesse no extrato ou no pellet de células? Clarificação Clarificação 1. Filtração – Usado para grandes volumes de extratos diluídos – Obtenção do filtrado e do retido – Ausência de esterilidade – -microfiltração: 0,22 ou 0,45 μm – Filtros convencionais: 100 μm “fouling”. (Este fenômeno é caracterizado pela aderência de compostos à membrana, provocando o aumento da resistência ao fluxo). – Uso de pressão (vácuo). • Materiais dos filtros: materiais celulósicos, terra diatomácea, materiais sintéticos Clarificação 2. Centrifugação – Aceleração do processo de sedimentação por ação de um campo centrífugo • Esterilidade – Pellet mais úmido que na filtração – Possibilidade de refrigeração Tendo definido o processo, torna-se possível selecionar o tipo especifico de centrifuga. As centrifugas podem ser divididas em centrifugas de filtração e de sedimentação ROMPIMENTO CELULAR • Para produtos intracelulares • Romper ou permeabilizar? • Cuidados com calor e proteases • Diferentes composições de parede celular A localização da proteína deve ser conhecida . Uma proteína pode estar presente na membrana da célula ou no citosol ou em qualquer em uma das organelas intracelulares . Se a proteína está presente na fase extracelular da membrana ou seja folheto exterior da membrana, então a proteína pode ser extraída da célula simplesmente usando detergentes. Não há necessidade de rompimento celular neste caso . tecidos células Homogeneização (para romper tecidos e células) por pressão (prensa francesa) liquefação (Potter) Homogenado ou Extrato bruto Material de partida Material na fonte por ultra-som com detergente Vários métodos são possíveis para transformar células, órgãos, tecidos em um homogenado, ou extrato bruto, como mostra a figura. Extração de enzimas intracelulares Proteínas de membrana ,. Proteínas integrais da membrana detergente micelas Complexos não micelares Dependendo da concentração Detergentes não iônicos Triton X-100 (polyoxyethylene (9,5) p-t-octylphenol) SDS Dodecil sulfato de sódio Cetab Cetyltrimethylammonium bromide Detergentes iônicos Octilglicosídeo (octyl-b-D-glucopyranoside) ROMPIMENTO CELULAR Escherichia Coli Métodos: Enzimáticos • Necessidade de danos parciais • Utilização de combinações de enzimas: - Leveduras: glicanases, proteases e mananases - Bactérias: glicosidades e proteases. Vantagens: fácil controle de pH e temperatura, alta especificidade. Desvantagens: custos, variação em função do estado fisiológico do micro-organismo. ROMPIMENTO CELULAR Mecânicos: • Mais usados industrialmente. • Equipamentos: homogeneizadores de alta pressão (Prensa Francesa) e moinho de coloidal, vortex* • Mais baratos. • Aumento de temperatura. ROMPIMENTO CELULAR ROMPIMENTO CELULAR Moinho Coloidal Moinho de bola ROMPIMENTO CELULAR Não mecânicos: • Choque osmótico, • Congelamento/descongelamento, • Ultra som ROMPIMENTO CELULAR Químicos: • Detergentes, ácidos, bases Qual método usar dos 4? • Rendimento, especificidade, controle de temperatura, custos. PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS Natureza protéica dos produtos: enzimas, antibacterianos, anticorpos, etc. Precipitação com sais: • Método tradicional e simples • Boa capacidade de separação de proteínas • Fatores que determinam a estrutura e a solubilidade de uma proteína • Princípio de ppt: perda da estrutura tridimensional. Adição de sais reduz a disponibilidade de água, devido à hidratação dos íons do sal, (o que torna o meio mais hidrofóbico). Proteínas exibem diferentes graus de hidrofobicidade. • Faixas de saturação utilizadas • Controle da temperatura durante adição do sal • Controle do pH • Centrifugação • Suspensão em tampão • Volume – permite ajustar o volume de suspensão do material. • Recuperação de atividade • Operação pós-suspensão • Necessidade de eliminar o sal por diálise ou gel filtração. PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS • Sais para ppt: – alta solubilidade – pouco viscosidade em altas concentrações – o ânion é mais importante na escolha – série de Hoffmeister (em ordem crescente de eficiência): – nitratos < brometos< cloretos< acetato< sulfato< fosfato • prefere-se cátions monovalentes: Na < K < NH4 PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS • Sulfato de Amônio (NH4)2SO4 • 100% de saturação: 4 M (> 700 g/L) • solubilidade elevada em amplas faixas de temperatura • produz baixa viscosidade • efeito anti-proteolítico e antibacteriano • baixo custo • concentração de proteínas - Precipitação • Precipitação isoelétrica • Alterar o pH até o ponto isoelétrico (PI) PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS PURIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS • Precipitação por solventes orgânicos: • etanol ou acetona: diminuem a constante dielétrica do meio, aumentando a interação entre cargas opostas de aa expostos. • Vantagens: redução da densidade do meio, favorecendo a sedimentação natural. • Desvantagem: inativação da enzima, efeito de diluição, aquecimento Ultrafiltração • Transporte de soluções através de membranas com poros de diâmetros entre 0,001 e 0,1 μm sob pressão. – Usado para macromoléculas como proteínas e polissacarídeos. – água e pequenas moléculas passam pela membrana, enquanto que as maiores, com diâmetro maior, ficam retidas. – Vantagens: retira sais, concentração do produto, aplicável em grandes escalas. • PROBLEMAS: “fouling”, custos, furos na membrana, formação de agregados, baixa resolução. Cromatografia • Princípio: solutos de um meio líquido (enzimas, anticorpos, etc) são adsorvidos/retidos em um leito poroso. A posterior remoção gradual do soluto por ação de uma fase móvel (eluente) resulta na separação das diferentes moléculas. -coluna-fase estacionária (matriz), que pode interagir química/eletricamente ou não apresentar interação com o produto, -fase móvel: tampão C o n ce n tr a çã o Tempo ou volume Coletor de frações FUNCIONAMENTO BÁSICODE UMA COLUNA CROMATOGRÁFICA Os componentes da mistura são separados por interação diferenciada com a resina, com base em propriedades moleculares como: • massa molecular • carga elétrica • solubilidade • afinidade Cromatografia • Troca Iônica – uma das mais utilizadas – processo baseado na afinidade que os componentes de uma amostra têm pelos sítios iônicos de uma matriz. • a fase estacionária, eletricamente carregada, tem a capacidade de reter solutos que estão na fase móvel e apresentem cargas opostas Troca Iônica Eluição • reversibilidade da ligação- as proteínas exibem diferentes números de sítios carregados na molécula, por isso seus graus de ligação à resina são variáveis. Formas de eluir: 1. Alteração de pH • - diminuir pH em trocas aniônicas - aumentar o pH em trocas catiônicas. • Problema: resinas tem boa capacidade tamponante. Troca Iônica 2. Alteração da força iônica • mais usado • o “desligamento” da proteína da resina ocorre pelo deslocamento com outros íons (Na+ ou Cl-, por exemplo), com a mesma carga adsorvida, porém com mais força de interação com a fase estacionária. • Eluente mais usado: NaCl • utiliza-se um gradiente crescente de NaCl Troca Iônica Vantagens da troca iônica • -reprodutibilidade • -alta resolução • -concentração da amostra • -rapidez Escalonamento • -aumenta-se o volume da coluna • -relação altura/diâmetro Gel filtração • gel permeação, cromatografia de exclusão molecular • muito usada para purificação de enzimas, • a separação ocorre baseada no tamanho (peso molecular) da enzima • são usadas resinas inertes fabricadas em polímeros naturais (dextranas) ou sintéticos. CROMATOGRAFIA DE FILTRAÇÃO EM GEL PROPRIEDADES IMPORTANTES Limite de Exclusão Moléculas pequenas não podem difundir no interior do gel Moléculas > ao limite eluiram rapidamente do gel Ex: Sephadex G-50 Limite de exclusao = 30.000 Moléculas com MM > 30.000 eluiram diretamente sem entrar nas partículas do gel Faixa de Separação Sephadex G-50 faixa de : 1.500-30.000 Moléculas dentro dessa faixa serão separadas neste gel Gel filtração • Medidas das colunas • colunas largas e curtas: separação rápida, pouca turbulência e pouco resolução • colunas estreitas e compridas: separação lenta, maior resolução • COLUNA IDEAL: a altura deve ter de 20– 40 x o diâmetro. Cromatografia de Afinidade • Ligação específica do ligante (na resina) com a molécula alvo • Extremamente seletiva Cromatografia de Afinidade • Tipos de interação específica: • -antígeno/anticorpo • -enzima/substrato • -enzima/cofator • -“cauda de histidina” proteínas recombinantes • Eluição: • -detergentes, • -mudanças na concentração de sal • -aplicação de uma molécula com mais afinidade (eletrólitos) Eletroforese • Usada para acompanhar as etapas de purificação – Separação de proteínas pela ação de um campo elétrico que força o movimento de proteínas eletricamente carregadas através de um gel. – As proteínas movimentam-se em função da quantidade total de cargas elétricas negativas (que é proporcional ao peso molecular), • Após a “corrida”as proteínas são coradas com Comassie Blue ou com prata. Eletroforese em Gel de Poliacrilamida (PAGE) cuba vertical para mini-gel (10 X 8 cm) O desenho ao lado mostra o tipo mais comum de cuba para PAGE. Na cuba, o gel é polimerizado entre duas placas de vidro ou plástico, afastadas 1 mm uma da outra. catodo anodo tampão Poços para as amostras amostra Placas de vidro 1 mm tampão gel - O SISTEMA PAGE É USADO PARA A ANÁLISE DO PADRÃO DE PROTEÍNAS NATIVAS PRESENTES NUMA AMOSTRA A quantidade de bandas que aparecem no gel é um indicativo da pureza de uma amostra SDS-PAGE- permite determinar a massa molecular de proteínas Mobilidade relativa M a s s a m o le c u la r (k D ) Mobilidade relativa = distância percorrida pela banda X distância percorrida pelo marcador da corrida 97.4 87.0 45.0 29.0 21.0 12.5 6.5 (-) (+) Curva de calibração de SDS-PAGE Proteínas padrões em um SDS-PAGE Mr Tratamentos finais • Qual o grau de pureza? – acondicionamento – liofilização, secagem – inibidores de atividades indesejáveis • Veículos de estocagem: • glicerol, sorbitol, sacarose Transporte e Armazenamento de Fluidos: São realizados por: - Bombas: centrífugas (rotor) e de deslocamento positivo ( pistão ) - Válvulas (controle e bloqueio) - Linha de tubulações - Medidores de vazão -Vasos pressurizados. Separação de Fluidos: Realizada por: - Centrifugação - Filtração OPERAÇÕES UNITÁRIAS DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA São as operações que envolvem a separação de líquidos miscíveis. - Propriedades das soluções principalmente as diferenças entre os Pontos de Ebulição. . Principais Operações de Transferência de Massa: - Destilação - Absorção – soluções líquido-gás
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