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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
Carrera Fiscal 
 
 
Professor Corretor: Henrique Cantarino 
Realização: Academia do Concurso 
Supervisão: Carla Diniz 
Material de Consulta 
 
 
 DIREITO ADMINISTRATIVO 
www.academiadoconcurso.com.br 
 
ÍNDICE 
Capítulo I: Administração Pública................................................................................1 
Capítulo II: Órgãos e Agentes Públicos.......................................................................27 
Capítulo III: Ética e Moral da Administração Pública.................................................44 
Capítulo IV: Deveres e Poderes Administrativos........................................................60 
Capítulo V: Atos Administrativos...............................................................................82 
Capítulo VI: Controle da Administração Pública......................................................110 
Capítulo VII: Responsabilidade Civil ........................................................................133 
Capítulo VIII: Serviços Público..................................................................................155 
Capítulo IX: Lei 8666/93 Licitações..........................................................................179 
Capítulo X: Princípios Básicos da Defesa Administrativa.........................................217 
Capítulo XI: Lei 8112/ 90 1ª parte............................................................................232 
Capítulo XII: Lei 8112/ 90 2ª parte...........................................................................251 
Capítulo XIII: Lei 8112/ 90 3ª parte..........................................................................275 
Capítulo XIV: Lei 8112/ 90 4ª parte..........................................................................302 
Capítulo XV: Lei 8429/ 92.........................................................................................328 
 Direito Administrativo 
www.academiadoconcurso.com.br 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA DE APOIO E APROFUNDAMENTO 
 
 ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 17ª edição, São 
Paulo: Método, 2009. 
 
 PADILHA, Norma Sueli; NAHAS, Thereza Christina; MACHADO, Edinilson Donisete. Gramática dos 
Direitos Fundamentais: A Constituição Federal de 1988, 20 anos depois. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2010. 
 
 MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo , 6 ª edição, Rio de Janeiro: Editora Impetus , 2013. 
 
 CANTARINO, Henrique. Apostila De Direito Administrativo - Academia do Concurso - Rio de 
Janeiro, 2013. 
 
 LASMAR, João . Apostila De Direito Administrativo - Academia do Concurso - Rio de Janeiro, 
2013. 
 
 GOMES, Luiz Flávio. Constituição Federal. São Paulo: RT, 2011. 
 
 Lei 8112/1990 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L8112cons.htm 
 
 Lei 8666/1993 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L8666cons.htm 
 
 Lei 1171/1994 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm 
 
 Lei 8429/ 1992 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIREITO ADMINISTRATIVO 
www.academiadoconcurso.com.br 
Capítulo XVI: Lei 5427/09........................................................................................355 
Capítulo XVII: Lei 9784/99........................................................................................378 
 
 
 
 
 
 
 Direito Administrativo 
www.academiadoconcurso.com.br 
 
Capítulo I 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Olá! 
 
Você está começando uma fase nova na sua vida, a de estudar para concurso público, o que 
significa adquirir conhecimentos específicos. Você está entrando em um mundo novo e tudo vai se 
transformar a sua volta. Dessa forma, iniciaremos esta fase de forma mais didática, estudando a disciplina 
Direito Administrativo. 
O Direito Administrativo teve início com Montesquieu, que ficou famoso pela sua Teoria da 
Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas Constituições internacionais. 
Observa-se que, na Idade Média, em razão das formas de governo absolutistas, não foi possível o 
desenvolvimento do Direito Administrativo. Isto porque as monarquias absolutistas tinham como base a 
vontade do rei, sendo esta a própria lei. 
 Já no final do século XVII e início do século XIX, com a criação do Estado Moderno como 
organizador do Poder Político, o Direito Administrativo surge em razão da necessidade de normatização, 
divisão e subdivisão das funções dessa nova forma de governo. Assim, o Direito Administrativo foi criado 
e desenvolveu-se juntamente com a criação do Estado Moderno, também conhecido como Estado de 
Direito, que está estruturado por inúmeros princípios, sendo, alguns deles, os seguintes: 
 Legalidade  Prega que os governantes e os membros da Administração Pública se submetem à lei, 
somente podendo realizar atos quando autorizados ou determinados por ela. 
 Separação dos Poderes  Visa a preservar a autonomia e cooperação dos Poderes constituídos 
(Executivo, Legislativo e Judiciário), a fim de assegurar a proteção dos direitos individuais e não tão 
somente as relações particulares, como também entre os particulares e o Estado. 
É importante destacar que são muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo. Em 
resumo, pode-se dizer que é o conjunto dos princípios jurídicos que tratam da Administração Pública, de 
suas entidades, de seus órgãos, dos agentes públicos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira como se 
atingir as finalidades do Estado. Em outras palavras, tudo que se refere à Administração Pública e à 
relação entre ela, os administrados e seus servidores é regrado e estudado pelo Direito Administrativo. 
 É pertinente mencionar que o Direito divide-se em dois grandes ramos, que correspondem ao 
Direito Público e ao Direito Privado. Nesse sentido, o Direito Administrativo integra o ramo do Direito 
Público, cuja principal característica encontra-se no fato de haver uma desigualdade jurídica entre cada 
uma das partes envolvidas. Desse modo, encontramos a Administração Pública, que defende os interesses 
coletivos em detrimento do particular. Havendo conflito entre o público e privado, haverá de prevalecer o 
interesse da coletividade, representado pela Administração. Haja vista que esta se encontra em um 
patamar superior ao particular (vez que representa o interesse da coletividade), de forma diferente do 
panorama do Direito Privado, onde o interesse das partes encontra-se em igualdade de condições. 
É importante relembrar que, nos termos da Constituição Federal de 1988, à luz de seu art. 1º, a 
República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, determinando, ainda, em seu art. 2º, a divisão dos Poderes da União em três, seguindo a 
tradicional teoria de Montesquieu. Assim, são eles: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, 
independentes e harmônicos entre si. 
Assim, cada um desses Poderes tem sua atividade principal e outras secundárias. A título de 
ilustração, veja que ao Legislativo cabe, precipuamente, a função legiferante, ou seja, de produção de 
leis, em sentido amplo. Ao Judiciário cabe a função de dizer o direito ao caso concreto, pacificando a 
sociedade, em face da resolução dos conflitos. Por último, cabe ao Executivo a atividade administrativado Estado, ou seja, a implementação do que determina a lei, atendendo às necessidades da população 
1
 Direito Administrativo 
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com infraestrutura, saúde, educação, cultura. Enfim, servir ao público, como veremos no decorrer do 
presente curso. 
 
CONCEITO 
Segundo o Professor Hely Lopes de Meirelles, Direito Administrativo é o “conjunto harmônico de 
princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a realizar concreta, 
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. 
Já a Professora Maria Sylvia Di Pietro define o Direito Administrativo como “o ramo do Direito 
Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a 
Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a 
consecução de seus fins, de natureza pública”. 
 
OBJETO 
O objeto do Direito Administrativo abrange todas as relações internas à Administração Pública, entre os 
órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e entre a Administração e seus agentes, 
estatutários e celetistas. 
O Direito Administrativo rege todas as funções exercidas pelas autoridades administrativas, 
qualquer que seja a sua natureza. Abrange toda e qualquer atividade de administração dos três Poderes. 
Embora a atividade administrativa seja função típica do Executivo, tanto o Legislativo quanto o Judiciário 
praticam atos tidos como objeto do Direito Administrativo. 
Desse modo, os Poderes de Estado também desempenham funções atípicas, a exemplo do 
impeachment (impugnação/cassação de mandato do Chefe do Poder Executivo) realizado pelo Poder 
Legislativo, que, nesse caso, exerce função de julgamento. Há casos também em que o Poder Executivo 
exerce função legiferante (ato de legislar), quando o Presidente da República emite decretos, por 
exemplo. Por fim, podemos citar o caso em que o Poder Judiciário também administra os seus próprios 
serviços e, neste caso, está exercendo a função executiva. 
 
NATUREZA JURÍDICA 
O Direito Privado e o Direito Público são duas grandes divisões de um mesmo Direito. 
O Direito Público tem por objeto principal a regulação dos interesses estatais e sociais, só alcançando as 
condutas individuais de forma direta. Sua principal característica é a existência de uma desigualdade nas 
relações jurídicas. Como o Estado representa a tutela dos interesses da coletividade, sempre que houver 
conflito entre esses e um particular, os primeiros deverão prevalecer, respeitando os direitos e garantias 
fundamentais constitucionais. 
 
DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO 
 
Direito Público 
Caracteriza-se pela desigualdade nas relações Jurídicas, pois representa o Direito Público (da 
maioria). O interesse público (da coletividade) prevalecerá sobre o do particular. 
O Direito Público é definido como o conjunto de leis criadas para regular os interesses de ordem 
coletiva, ou, em outros termos, principalmente, organizar e disciplinar a formação das instituições 
políticas de um país, as relações dos poderes públicos entre si, e destes com os particulares como 
membros de uma coletividade, e na defesa do interesse público. 
Quando o Estado atua na defesa do interesse público, goza de certas prerrogativas que o situam 
em posição jurídica superior ao particular. 
Os ramos do Direito que integram o Direito Público são, por exemplo: Constitucional, 
Administrativo, Tributário e Penal. 
 
 
2
 Direito Administrativo 
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Direito Privado 
Tem por finalidade principal regular os interesses particulares, como meio de favorecer o convívio 
harmônico das pessoas em sociedade e na função de seus bens. Há a igualdade jurídica entre as partes, 
não cabendo relação de subordinação entre as mesmas. 
As relações jurídicas entre os cidadãos particulares ocorrem dentro do Direito Privado. 
Exemplos: Direito Civil e Direito Empresarial. 
 
Codificação e Fontes do Direito Administrativo 
O Direito Administrativo caracteriza-se por não ser codificado. Em outras palavras, os textos 
administrativos não estão reunidos em um só corpo de lei, como ocorre com outros ramos do nosso 
Direito. 
 
Fontes do Direito Administrativo 
 
Quatro fontes principais norteiam o Direito Administrativo em sua formação: a lei, a 
jurisprudência, a doutrina e os costumes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• É a fonte primordial do Direito Administrativo brasileiro, em razão da rigidez que nosso 
ordenamento empresta ao princípio da legalidade nesse ramo jurídico. 
A LEI 
• É representada pelas reiteradas decisões judiciais em um mesmo sentido, é fonte 
secundária do Direito Administrativo. 
A JURISPRUDÊNCIA 
• Entendida como um conjunto de teses, constitui fonte secundária do Direito 
Administrativo, influenciando não só a elaboração de novas leis como também o 
julgamento das lides de cunho administrativo. 
A DOUTRINA 
• Sociais só têm importância como fonte do Direito Administrativo quando, de alguma 
forma, influenciam a produção legislativa ou a jurisprudência. Conjunto de regras não 
escritas, porém observadas de um modo uniforme pelo grupo social. São práticas 
administrativas reiteradas (repetidas e renovadas). 
 
OS COSTUMES 
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 Direito Administrativo 
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Regime Jurídico-Administrativo 
 
 Percebam que, após entendermos qual é a base para o estudo do Direito Administrativo, vamos 
explicar o Regime Jurídico-Administrativo. Este não está presente nas relações entre particulares, mas 
consiste no conjunto das prerrogativas às quais estão sujeitas a Administração. Podemos encontrar as 
prerrogativas, que são os pressupostos básicos para iniciarmos o Direito Administrativo: supremacia do 
interesse público, indisponibilidade do interesse público e discricionariedade. 
 
 
Por “Regime Jurídico”, entendemos o conjunto de normas (regras) que disciplinam uma situação 
jurídica. Normalmente, para atingir os objetivos, as normas jurídicas desse tipo de regime jurídico 
concedem uma posição estatal privilegiada, ou seja, como já dito, o Estado localiza-se em um patamar de 
superioridade em relação ao particular, justamente por defender o interesse de toda uma coletividade. 
Tal estrutura tem como base os Princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do 
interesse público, que se fundam justamente na observância e prevalência do interesse coletivo nos atos 
emanados pelo Poder Público. 
 
 
 
FONTE PRIMÁRIA 
Lei 
FONTE SECUNDÁRIA 
Jurisprudência 
São séries de decisões judiciais; fonte secundária do Direito 
Administrativo. 
Doutrina 
Conjunto de princípios de uma escola literária ou filosófica de um 
sistema político,econômico ou de dogma de uma religião. 
Costumes Sociais 
Designam-se como costumes as regras sociais resultantes de uma 
prática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta 
em uma certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada 
sociedade e cultura específica. 
CARACTERÍSTICAS 
1º) Supremacia do interesse público sobre o 
particular. 
2º) Indisponibilidade do interesse público. 
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 Direito Administrativo 
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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
De acordo com o art. 37 da Constituição Federal, são princípios da Administração Pública: 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.• É um dos mais relevantes princípios de todo Estado de Direito e da 
Administração Pública na execução de suas atividades. Determina que o 
agente público somente possa fazer o que estiver previsto na lei. Assim, 
todos os atos e ações do Poder Público devem estar regulamentados na 
norma legal para que sejam válidos. 
 
 
 
 
 
 
• 
LEGALIDADE 
 
• Esse princípio visa a garantir que o ato a ser praticado atenderá à sua 
finalidade pública, preservando a isonomia e a igualdade aos seus 
destinatários. Veda a publicidade ou propaganda pessoal do agente, 
devendo o ato ser sempre vinculado à instituição que o editou e não à 
pessoa do agente que o expediu. Proíbe também a prática de atos 
administrativos que objetivem exclusivamente a satisfação do interesse de 
terceiros, devendo o ato sempre ser praticado no interesse da administração 
(nas hipóteses de atos discricionários) e preservando o interesse da 
coletividade como fim. 
 
PRINCÍPIO DA 
IMPESSOALIDADE, 
ISONOMIA, IGUALDADE 
• Este Princípio apregoa a moralidade administrativa na realização dos atos. 
Deve-se sempre observar o fim social e a conveniência do ato aos 
interesses da coletividade com base na ética. Logo, o ato, para ser legítimo, 
deve não só atender à lei, mas também à ética, à moral, aos bons costumes 
e à justiça. 
PRINCÍPIO DA 
MORALIDADE 
•Significa dar transparência à coisa pública, ao interesse público, em regra, na 
Imprensa Oficial. 
•Dispensam a publicação os atos referentes a: investigação (policiais, 
Ministério Público/ ABIN), Segurança Nacional, Processo Administrativo 
previamente declarado e sigiloso (PAD), Atos "interna corporis". 
PRINCÍPIO DA 
PUBLICIDADE 
 
 
 
•Este princípio foi introduzido em nosso ordenamento jurídico pela Emenda 
Constitucional nº 19/98 (Reforma Administrativa). Tal princípio preconiza a 
qualidade do serviço público, que se baseia na consecução dos melhores 
resultados, muitas vezes com os meios escassos de que se dispõe e o menor 
custo. O resultado do serviço deve ser sempre o melhor possível. No âmbito 
da atuação dos agentes públicos, deverão estes agir com rapidez, presteza, 
perfeição e rendimento para que estejam de acordo com o referido princípio. 
 
 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
5
 Direito Administrativo 
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Princípios Explícitos 
 
 
Princípios Implícitos (ou Reconhecidos) 
Além dos princípios constitucionais explícitos, há outros que também compõem o cerne do 
estudo do Direito Administrativo, que são reconhecidos e acolhidos pelo sistema constitucional, dos quais 
falaremos a seguir. 
 
 
LEGALIDADE 
 Só é 
permitido 
fazer o que a 
lei autoriza. 
IMPESSOALIDADE 
Tem que atender 
ao interesse 
público. 
MORALIDADE 
O ato deverá 
sempre ser 
praticado com 
atenção aos 
princípios da 
ética e da moral. 
PUBLICIDADE 
Deve haver 
transparência dos 
atos administrativos. 
EFICIÊNCIA 
 Menor custo 
e com maior 
qualidade. 
• Prevalência dos interesses coletivos sobre o particular. 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
• É dado ao agente público administrar patrimônios, bens e haveres públicos, 
sendo-lhe vedado, porém, dispor dos mesmos como se fosse seu (ele tem apenas 
a titularidade). 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
• A Administração Pública pode revogar ou anular seus próprios atos (autocontrole). 
• Revisão e controle de ofício de sua própria atuação. Não precisa de ninguém para 
provocar a atuação. 
AUTOTUTELA 
6
 Direito Administrativo 
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• Limita a discricionariedade da Administração. Os meios que serão usados terão 
de ser razoáveis em função dos fins que se quer avaliar. 
RAZOABILIDADE 
• Adequação dos meios aos fins. Consiste em um dos aspectos da razoabilidade 
entre os meios utilizados pelo agente público e os fins buscados por esse agente. 
PROPORCIONALIDADE 
• Os serviços públicos são essenciais e não podem parar, exceto em casos de: 
• emergência: Falta de água em razão de problemas na tubulação. 
• segurança: modernização de serviços (razões técnicas). 
• inadimplemento: falta de pagamento. 
• adimplemento defeituoso: pagamento fora do prazo; “gato”. 
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO 
• A Administração, em sua atuação, destina-se a atender e almejar o interesse 
público. 
• O administrador fica impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no 
interesse próprio ou de terceiros. 
FINALIDADE 
• O administrador público justifica sua ação administrativa, por escrito, indicando: 
• Os fatos (pressupostos de fato); 
• Os preceitos jurídicos (pressupostos de direito) que fundamentam sua prática. 
MOTIVO 
• Explicitação das razões (justificativa) de fato e de direito que fundamentam a 
prática do ato. 
• Trata-se da exteriorização dos motivos. Em regra, obrigatórios  Dizer qual lei 
ampara e por que alguém está fazendo aquele ato. 
• Ex: Multa de carro tem que vir especificando tudo  local, lei, horário etc. 
MOTIVAÇÃO 
• Proteger o cidadão contra a alteração da lei. 
• Impede a retroação da lei (fatos gerados dali em diante). Ou seja, veda a nova 
interpretação de uma norma quando já tenha ocorrido sentença transitada em 
julgado ou decisão definitiva. 
SEGURANÇA JURÍDICA 
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 Direito Administrativo 
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Administração Pública 
 
A Administração Pública é, em sentido subjetivo ou formal, o conjunto de órgãos, serviços e 
agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas (tais como as autarquias locais), que 
asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a segurança, a cultura, a saúde e o 
bem-estar das populações. 
 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico 
 
 Subjetivo (formal ou orgânico) 
A Administração Pública, em sentido objetivo (ou material), caracteriza-se pela atividade concreta 
e imediata que o Estado desenvolve, sob o regime jurídico de direito público, para a consecução dos 
interesses coletivos. 
 
Sentido amplo e estrito 
 
No sentido amplo, a Administração Pública abrange os órgãos do governo que exercem função 
política e também os que exercem função meramente administrativa. 
Já em sentido estrito, só inclui os órgãos e pessoas jurídicas que exercem função meramente 
administrativa. 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Entidades políticas e entidades administrativas 
 
Entidades: possuem personalidade jurídica, ou seja, vontade própria. Podem ser políticas ou 
administrativas. 
 
 Políticas: recebem atribuições da própria Constituição; possuem competência para legislar; são 
pessoas jurídicas de Direito Público interno; possuem poderes políticos e administrativos; formadas pelas 
pessoas políticas. 
 
Administração Pública em sentido 
subjetivo (formal ou orgânico) 
 
Autarquias 
Fundações Públicas (FP) 
Empresas Públicas (EP) 
Sociedades de Economia Mista (SEM) 
Administração Pública em sentido objetivo 
(material ou funcional) 
- Serviço Público (utilidades materiais para a 
população sob regime jurídico de direito 
público). 
- Intervenção (ocorre quando a Administração 
interfere em atividade tipicamente privada). 
- Fomento (concessão de benefícios ou 
incentivos fiscais). 
- Polícia Administrativa (atividades de 
fiscalização). 
8
 Direito Administrativo 
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 Administrativas:Não possuem poder político ou capacidade para legislar. Possuem somente 
autonomia administrativa. São criadas ou autorizadas pelas entidades políticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Poder Público pode realizar centralizadamente seus 
próprios serviços, por meio dos órgãos da Administração 
Direta, ou Indireta, prestá-los descentralizadamente, por meio 
das autarquias, empresas públicas, sociedades de economia 
mista e fundações, que integram a Administração Indireta, ou, 
ainda, por meio de entes parestatais de cooperação que não 
compõem a Administração direta nem a indireta (serviços 
sociais autônomos e outros) e, finalmente, por empresas 
privadas e particulares individualmente, quais sejam: 
concessionárias, permissionárias e autorizatárias. 
 
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DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 
 
Na descentralização, o Estado precisa de um determinado serviço, o qual ele não tem condições e 
não pode assumir. Sendo assim, ele transfere a execução de serviço público ou cria uma empresa para 
realizá-lo, como, por exemplo, a Petrobras. Já a desconcentração ocorre quando a entidade da 
Administração (pessoa jurídica) distribui competências relativas à execução do serviço público no âmbito 
de sua própria estrutura, criando órgãos ou secretarias, por exemplo, a fim de tornar mais ágil e eficiente 
a prestação dos serviços. Como exemplo, o Ministério da Justiça cria a Polícia Federal. 
 
 
A Descentralização caracteriza-se quando um poder, antes absoluto, passa a ser repartido. 
 
 
 
 
Centralização, Descentralização e Desconcentração: 
Centralização 
Quando o Estado 
desempenha suas funções 
diretamente por meio de 
seus órgãos e agentes, 
portanto a sua 
competência encontra-se 
na própria Administração 
Direta. 
Descentralização 
 Entidade criando entidade. 
Não há hierarquia, a entidade 
criada é vinculada ao órgão 
da Administração Direta cuja 
matéria lhe é inerente. 
Qualquer entidade da 
Administração direta pode 
criar uma entidade da 
Adminstração Indireta. 
Pressupõe a existência de 
duas pessoas jurídicas. 
Desconcentração 
 Órgão criando Órgão. Há 
hierarquia. É característica da 
função administrativa, a 
subordinação. Ocorre dentro da 
mesma pessoa jurídica, quando a 
Administração distribui suas 
competências no âmbito de sua 
própria estrutura, tendo por 
objetivo tornar mais ágil e 
eficiente os seus serviços. 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA, ADMINISTRAÇÃO INDIRETA E ENTIDADES PARAESTATAIS 
Administração direta 
Integra o conjunto das pessoas 
políticas e possui competência para 
o exercício, de forma centralizada, 
das atividades administrativas. 
Possui controle e obediência 
hierárquicos, desde que na mesma 
esfera. 
Administração indireta 
Integra o conjunto das pessoas 
administrativas. Tem competência para o 
exercício de forma descentralizada, de 
atividades administrativas. Estão vinculadas 
a um órgão da administração direta. Esta, 
por sua vez, exerce sobre a administração 
indireta o que se chama de Controle 
Finalístico, também conhecido como Tutela 
ou Supervisão Ministerial (em que não há 
subordinação, vínculo de hierarquia). 
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Criação Das Entidades Da Administração Indireta 
 
De acordo com o art. 37, XIX, a criação das entidades da Administração indireta será de duas 
formas: 
 
 Nas Autarquias: A criação se dá por meio de lei específica, diretamente; 
 Nas demais entidades (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações): mera 
autorização para sua criação, dada em lei específica, porém, para as fundações, cabe à lei complementar 
definir as áreas de atuação. 
 
 
Entidades da Administração Pública Indireta 
 
LEI 
ESPECÍFICA 
Cria Autarquias 
Autoriza 
(a criação) 
Empresas públicas e 
Sociedades de 
economia mista. 
Fundações públicas 
Lei complementar 
definirá suas áreas 
de atuação. 
Entidades da Administração Direta: União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios. 
Entidades da Administração Indireta: Autarquias, Fundações 
Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e 
Associações Públicas. 
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AGÊNCIAS REGULADORAS E AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
 
As agências executivas e reguladoras são pessoas jurídicas de direito público e fazem parte da 
Administração Pública Indireta. São consideradas autarquias especiais, porque têm como principal 
função o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o regime de 
concessão ou permissão. 
 
 
 
São pessoas jurídicas de direito 
público, que podem celebrar 
contrato de gestão com o 
Poder Público, objetivando 
reduzir custos, otimizar e 
aperfeiçoar a prestação de 
serviços públicos. 
Nelas, há uma autonomia 
financeira e administrativa 
ainda maior. 
São requisitos para 
transformar uma autarquia ou 
fundação em uma agência 
executiva: 
- Ter planos estratégicos de 
reestruturação e de 
desenvolvimento institucional 
em andamento; 
- Ter celebrado contrato de 
gestão com o ministério 
supervisor 
São exemplos de Agência 
Executiva o INMETRO e e 
ABIN. 
AGÊNCIAS 
EXECUTIVAS 
 
 
 
Sua função é regular a 
prestação de serviços 
públicos, organizar e 
fiscalizar esses serviços a 
serem prestados por 
concessionárias ou 
permissionárias, com o 
objetivo de garantir o 
direito do usuário ou serviço 
público de qualidade. Não 
há muita diferença em 
relação à tradicional 
autarquia, a não ser uma 
maior autonomia financeira 
e administrativa, além de 
seus diretores serem eleitos 
para mandato por tempo. 
 
 
 
 
 
 
AGÊNCIAS 
REGULADORAS 
Agências Executivas 
Execução de atividades 
administrativas. 
FINALIDADE 
Agências Reguladoras 
Fiscalizar serviços públicos 
(ANEEL, ANTT, ANAC, 
ANTAC). 
Fomentar e fiscalizar 
determinadas atividades 
privadas (ANCINE). 
Regulamentar, controlar e 
fiscalizar atividades 
econômicas (ANP). 
Exercer atividades típicas de 
Estado (ANVS, ANVISA e 
ANS). 
FINALIDADE 
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ENTIDADES PARAESTATAIS 
 
São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei para prestar serviços ou realizar 
atividades de interesse coletivo ou público (sem fins lucrativos), mas não exclusivos do Estado. Possuem 
autonomia administrativa, financeira e operam conforme os seus estatutos. Como recebem incentivos do 
Poder Público, ficam sujeitas à supervisão da entidade estatal a que estão vinculadas, para o controle do 
desempenho estatutário. 
 
As entidades paraestatais compreendem as: 
 
 OS 
 OSCIP 
 
 
 
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS 
São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade jurídica de direito privado, para 
ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins 
lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias próprias ou por contribuições 
parafiscais. Para ressaltar, essas entidades não prestam serviço público delegado pelo 
Estado, mas atividade privada de interessepúblico (serviços não exclusivos do Estado); 
exatamente por isso são incentivadas pelo Poder Público. A atuação estatal, no caso, é de 
fomento, e não de prestação de serviço público. Compreendem os serviços sociais 
autônomos, as organizações sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público 
(OSCIP) e as entidades de apoio. 
Exemplos: Trata-se do famoso “Setor S”: SESI, SESC, SENAC, SENAI, SEBRAE. 
 
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) 
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades são dirigidas ao 
ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à preservação e proteção do meio 
ambiente, à cultura e à saúde. 
 
Características específicas: 
Exigências para qualificação: art. 2º da Lei nº 9.637/98; 
Formalização de contrato de gestão com o Poder Público; 
Podem receber recursos orçamentários e bens públicos (a lei prevê dispensa de licitação para a 
permissão de uso de bem público: art. 12, § 3º); 
Admite-se a cessão especial de agente público com ônus para a Administração (art. 14); 
Dispensa de licitação para o Poder Público: art. 24, XXIV, da Lei nº 8.666/93. 
A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo órgão ou 
entidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade 
fomentada. Exemplos: 
Rede Sarah de hospitais; 
ARNP – Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa; 
CGEE – Centro de Gestão de Estudos Estratégicos. 
 
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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) 
São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos e instituídas por 
particulares, que prestam serviços de utilidade pública de competência não exclusiva 
do Estado. Normalmente, são sociedades civis de direito privado e de interesse 
público. 
As cooperativas não podem receber a qualificação de OSCIP. 
O ato de qualificação de uma pessoa jurídica como OSCIP é um ato vinculado. 
Para fins de qualificação, a OSCIP deve apresentar, dentre outros documentos, o 
balanço patrimonial e o DRE, bem como a declaração de isenção de IR. No caso das OS, 
não há tais exigências. Lei nº 9.790/99. 
Exemplos: Iquavi, Obrac etc. 
ENTIDADES DE APOIO 
 
São pessoas jurídicas de direito privado criadas por agentes públicos (sejam servidores ou 
empregados públicos), em nome próprio, sob forma de fundação, associação civil ou 
cooperativa) para a prestação de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo 
vínculo com entidades da Administração direta ou indireta, em regra, por meio de convênio. 
 
Instituídas com os recursos próprios dos agentes, e não do Estado. 
Normalmente, sob forma de fundação (com estatutos cujos objetivos são iguais aos da 
entidade pública junto à qual pretendem atuar). 
Atuam mais comumente junto a hospitais públicos e universidades públicas, não 
prestando serviço público delegado pela Administração Pública, mas como atividade 
privada. 
Não se sujeitam à tutela administrativa. Seus empregados são celetistas (não se 
caracterizam como servidores públicos). Seu regime jurídico é de direito privado. 
Por meio do convênio com a entidade estatal, é prevista a utilização de bens públicos 
móveis e imóveis e de servidores públicos. 
 
 
 
 
Ex: Anamages (Associação Nacional dos Magistrados), as fundações criadas e mantidas 
pelos Ministérios Públicos. 
 
 
 
 
 
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Diferenças entre as OS e as OSCIP 
 
Os serviços sociais autônomos têm por objeto uma atividade social, não 
lucrativa, usualmente direcionada ao aprendizado profissionalizante, à 
prestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública, tendo como 
beneficiários determinados grupos sociais. 
As pessoas qualificadas como organizações sociais (OS) devem cumprir 
requisitos, tais como ter personalidade jurídica de direito privado; não podem 
ter finalidade lucrativa e devem atuar nas atividades de ensino, cultura, saúde, 
pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e preservação do meio 
ambiente. 
Nas OS é obrigatória a participação de membros do Poder Público no 
Conselho de Administração da entidade, o mesmo não ocorrendo nas OSCIP. 
O vínculo entre as OS e a Administração Pública se dá por meio de 
Contrato de Gestão, enquanto no caso das OSCIP se dá por meio de Termo de 
Parceria. 
A qualificação da entidade como OS é um ato discricionário da 
Administração, ao passo que a qualificação da entidade com OSCIP é um ato 
vinculado. 
Não podem ser qualificadas como OSCIPs as organizações sociais (OS). 
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Capítulo I - Administração Pública 
QUESTÕES 
1 - (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa). No que se refere ao Estado, governo 
e à administração pública, assinale a opção correta. 
 
a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na sociedade e na 
economia. 
b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de Estado e de chefe de governo 
não são concentradas na pessoa do chefe do Poder Executivo. 
c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa. 
d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa exercida pelas 
pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa. 
e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que são exercidas as atividades 
executivas, legislativas e judiciais. 
 
2 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia). A Administração Pública, em sentido: 
 
a) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade administrativa. 
b) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
c) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos governamentais, supremos, 
constitucionais, como também os órgãos administrativos, subordinados e dependentes, aos quais 
incumbe executar os planos governamentais. 
d) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
e) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa que incumbe, 
predominantemente, ao Poder Executivo. 
 
3 - (CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico - Administrativo). Julgue os itens seguintes, relativos à 
administração pública e aos atos administrativos. 
O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o regime de direito 
público, em razão da indisponibilidade do interesse público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4 - (CESPE - 2013 - SEFAZ-ES - Auditor Fiscal da Receita Estadual). Acerca do direito administrativo, 
assinale a opção correta. 
 
a) A administração pública confunde-se com o próprio Poder Executivo, haja vista que a este cabe, em 
vista do princípio da separação dos poderes, a exclusiva função administrativa. 
b) A ausência de um código específico para o direito administrativo reflete a falta de autonomia dessa 
área jurídica, devendo o aplicador do direito recorrer a outras disciplinas subsidiariamente. 
c) O direito administrativo visa à regulação das relações jurídicas entre servidores e entre estes e os 
órgãos da administração, ao passo que o direito privado regula a relação entre os órgãose a sociedade. 
d) A indisponibilidade do interesse público, princípio voltado ao administrado, traduz-se pela 
impossibilidade de alienação ou penhora de um bem público cuja posse detenha o particular. 
e) Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos que integram a 
estrutura administrativa do Estado. 
 
5-(CESPE - 2013 - MS - Analista Técnico). A administração é o aparelhamento do Estado preordenado à 
realização dos seus serviços, com vistas à satisfação das necessidades coletivas. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
6-(CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico). Com relação a Estado, governo e administração pública, julgue 
os itens seguintes. 
Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividade 
essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade eminentemente técnica. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
7-(CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico). Em sentido objetivo, a expressão administração pública denota 
a própria atividade administrativa exercida pelo Estado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
8-(CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em Gestão de Telecomunicações - Advogado). A respeito do 
direito administrativo e da administração pública, julgue os itens a seguir. 
Sob o aspecto material, a administração representa o desempenho perene, sistemático, legal e técnico 
dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
9-(CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária). Administração pública em sentido orgânico 
designa os entes que exercem as funções administrativas, compreendendo as pessoas jurídicas, os 
órgãos e os agentes incumbidos dessas funções. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
10-(CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento). A expressão administração pública, em sentido 
orgânico, refere-se aos agentes, aos órgãos e às entidades públicas que exercem a função 
administrativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
11-(Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil). A Administração Pública deve sempre buscar o 
resultado que melhor atenda ao interesse público com o menor dispêndio possível de tempo e 
recursos. Essa afirmação enuncia qual princípio da Administração Pública? 
a) Legalidade 
b) Moralidade 
c) Eficiência 
d) Publicidade 
 
12-(FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo). De acordo com a 
doutrina que classifica os princípios administrativos em expressos e reconhecidos, é possível afirmar 
que: 
 
a) o princípio da precaução é classificado pela doutrina como um princípio administrativo reconhecido 
segundo o qual, havendo dúvida sobre a possibilidade de dano, a solução deve ser favorável ao ambiente 
e não ao lucro imediato. 
b) o princípio da proteção à confiança é classificado pela doutrina como um princípio administrativo 
expresso segundo o qual a confiança traduz um dos fatores mais relevantes de um estado democrático, 
não se podendo perder de vista que é ela que dá sustentação à entrega dos poderes aos representantes 
eleitos. 
c) o princípio da continuidade do serviço público é classificado pela doutrina como um princípio 
administrativo expresso segundo o qual não podem os serviços públicos ser interrompidos, devendo, ao 
contrário, ter normal continuidade. 
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d) o princípio da eficiência é classificado pela doutrina como um princípio reconhecido cujo núcleo é a 
procura de produtividade e economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os 
desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com presteza, perfeição e 
rendimento funcional. 
 
13-(VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento). Em relação ao 
regime jurídico-administrativo, é correto afirmar: 
 
a) o princípio da boa-administração define-se pela necessidade de a Administração Pública, e ainda de 
todos aqueles que exercem a função administrativa por delegação ou por outorga, cumprir com a 
eficiência no trato da gestão pública, em particular ainda com a necessidade de desenvolverem-se 
mecanismos de participação da população e transparência das informações, seja por ouvir o usuário do 
serviço público em ouvidorias especializadas, ou disponibilizar recursos que facilitem o acesso a 
informações, seja em relação à revisão e ajuste de formas de atendimento de acordo com as deficiências 
constatadas. 
b) o princípio da moralidade administrativa não se confunde com a moral comum, por isso é possível 
entendê-lo como sinônimo de improbidade administrativa, o que conta, inclusive, com a possibilidade de 
sanções específicas, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/92). 
c) o princípio da legalidade justifica o atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos, o 
que implica dizer que mesmo os fatos gerados pela Administração Pública, e por todos aqueles que 
exercem a função administrativa por delegação ou por outorga, gozam desta característica. 
d) o princípio da impessoalidade encontra aplicação prática tanto em concursos públicos quanto no 
processo de licitação, mas não se aplica aos processos administrativos disciplinares. 
 
14-(VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento). O art. 28 da Lei n.º 
8.935/94 prescreve: “Os notários e oficiais de registro gozam de independência no exercício de suas 
atribuições, têm direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e só 
perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei”. Sobre a independência afirmada neste artigo, é 
correto dizer: 
a) garante-se autonomia na forma de exercício dos serviços notariais e de registro, o que restringe o 
princípio da legalidade por ser possível, em busca da eficiência e da boa administração, dar primazia a 
ordens de serviço que se revelem mais práticas e atuais do que as regras previstas na Lei n.º 8.935/94. 
b) garante-se a possibilidade de os notários e registradores atuarem sem ter que responder a petições a 
ele formuladas quando entenderem que não são pertinentes, ou que não há respaldo jurídico ao que se 
postula, desde que em relação à Corregedoria do Tribunal de Justiça e ao Juiz Corregedor Permanente 
haja sempre pronta e integral resposta às inquirições formuladas. 
c) assegura-se, por este artigo e pelo regime constitucional específico dos serviços notariais e de registro, 
notadamente ao se afirmar que essas atividades são exercidas em caráter privado (art. 236 da 
Constituição Federal), que existam significativas distinções em relação ao regime jurídico administrativo 
geral previsto no art. 37 da Constituição Federal, notadamente quanto ao regime de responsabilidade, em 
relação ao qual se aplica exclusivamente o Código Civil, e a remuneração percebida no exercício da 
função, o que conta com a proteção da privacidade tal como ocorre nas atividades particulares. 
d) deve ser integralmente compatibilizada com o regime jurídico administrativo, pois se trata de 
delegação de serviço público, o que significa dizer que deve observar o princípio da legalidade, dentre 
outros princípios jurídicos do Direito Administrativo; por isso, as práticas cartorárias dos notários e dos 
registradores, e igualmente a sua remuneração, estão sujeitas ao conhecimento da sociedade civil. 
 
15-(VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção). Em relação ao regime 
jurídico-administrativo, pode-se afirmar que: 
 
19Direito Administrativo 
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a) o princípio da finalidade não é previsto expressamente no art. 37 da Constituição Federal, de tal sorte, 
não se pode compreendê-lo como norma jurídica que compõe o regime jurídico-administrativo. 
b) o princípio da proporcionalidade pode ser definido como a exigência de que as medidas e ações do 
administrador público observem padrões éticos prescritos no ordenamento jurídico. 
c) o princípio da publicidade, ou dever de transparência, decorre do regime republicano, pois o Brasil 
define-se juridicamente como uma república federativa, o que significa dizer que todo aquele que exerce 
função pública deve prestar contas de suas atividades à sociedade. 
d) o princípio da motivação define-se por exigir que todo e qualquer ato no exercício de uma função 
pública contenham um motivo 
 
16-(CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico - Administrativo). Julgue os itens seguintes, relativos à 
administração pública e aos atos administrativos. 
O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o regime de direito público, 
em razão da indisponibilidade do interesse público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
17-(Aroeira - 2014 - PC-TO - Delegado de Polícia). Determinado Delegado de Polícia, no intuito de fazer 
promoção pessoal com pretensões políticas, convoca a imprensa para comunicar a prisão de marginal 
procurado, ressaltando as próprias qualidades profissionais e que o êxito da operação decorre de 
mérito seu (da autoridade). A situação descrita revela flagrante ofensa ao princípio da: 
 
a) moralidade 
b) impessoalidade. 
c) razoabilidade. 
d) publicidade. 
 
18-(VUNESP - 2014 - DESENVOLVESP - Advogado). Uma característica desse princípio é a que prevê que 
os atos não serão imputados a quem os pratica, mas, sim, à entidade à qual está vinculado. Trata-se do 
princípio da: 
 
a) impessoalidade. 
b) isonomia. 
c) publicidade. 
d) eficiência. 
e) moralidade administrativa. 
 
 
19-(CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária). Assinale a opção que explicita o princípio 
da administração pública na situação em que um administrador público pratica ato administrativo com 
finalidade pública, de modo que tal finalidade é unicamente aquela que a norma de direito indica como 
objetivo do ato. 
 
a) impessoalidade 
b) segurança jurídica 
c) eficiência 
d) moralidade 
e) razoabilidade 
20-(CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Com relação aos princípios que 
fundamentam a administração pública, assinale a opção correta. 
 
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a) A publicidade marca o início da produção dos efeitos do ato administrativo e, em determinados casos, 
obriga ao administrado seu cumprimento. 
b) Pelo princípio da autotutela, a administração pode, a qualquer tempo, anular os atos eivados de vício 
de ilegalidade. 
c) O regime jurídico-administrativo compreende o conjunto de regras e princípios que norteia a atuação 
do poder público e o coloca numa posição privilegiada 
d) A necessidade da continuidade do serviço público é demonstrada, no texto constitucional, quando 
assegura ao servidor público o exercício irrestrito do direito de greve. 
e) O princípio da motivação dos atos administrativos, que impõe ao administrador o dever de indicar os 
pressupostos de fato e de direito que determinam a prática do ato, não possui fundamento 
constitucional. 
 
21-(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I). O princípio 
da impessoalidade é corolário do princípio da isonomia. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
22-(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I). A respeito 
dos princípios administrativos, julgue os próximos itens. 
O princípio da legalidade implica dispor o administrador público no exercício de seu munus de espaço 
decisório de estrita circunscrição permissiva da lei em vigor, conforme ocorre com agentes particulares e 
árbitros comerciais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
23-(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I). A vedação 
ao nepotismo no ordenamento jurídico brasileiro, nos termos da súmula vinculante n.º 13/2008, ao não 
se referir à administração pública indireta, excetua a incidência da norma em relação ao exercício de 
cargos de confiança em autarquias. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
24-(VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia). Desde antigas eras do Direito, já vingava o brocardo 
segundo o qual “nem tudo o que é legal é honesto” (non omne quod licet honestum est). Aludido 
pensamento vem a tomar relevo no âmbito do Direito Administrativo principalmente quando se 
começa a discutir o problema do exame jurisdicional do desvio de poder. Essa temática serve, portanto, 
de lastro para o desenvolvimento do princípio constitucional administrativo: 
 
a) explícito da moralidade administrativa. 
b) explícito da legalidade. 
c) implícito da supremacia do interesse público sobre o privado. 
d) implícito da finalidade administrativa. 
e) implícito da motivação administrativa. 
 
25-(IBFC - 2014 - SEPLAG-MG - Gestor de Transportes e Obras - Direito). O núcleo deste princípio 
administrativo é a procura de produtividade e economicidade e a exigência de reduzir os desperdícios 
de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com presteza, perfeição e 
rendimento funcional. Esse conceito se refere ao princípio da: 
 
a) Efciência. 
b) Moralidade. 
c) Impessoalidade 
d) Isonomia 
 
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26-(FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública). Os princípios administrativos são os 
postulados fundamentais que inspiram o modo de agir da Administração Pública. Entre os princípios da 
Administração Pública, destaca-se: 
 
a) impessoalidade, que diz que a pena não passará da pessoa do condenado e que os sucessores 
responderão pelos débitos do falecido apenas nos limites da herança. 
b) moralidade, segundo o qual, no caso de aparente colisão, se deve analisar no caso concreto qual direito 
fundamental deve prevalecer, através da técnica da ponderação de interesses. 
c) autotutela, segundo o qual qualquer lesão ou ameaça de lesão a direito não será excluída da apreciação 
do Poder Judiciário, razão pela qual os atos da Administração Pública também estão sujeitos ao controle 
judicial. 
d) publicidade, que prevê que a ampla publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou eleitoral. 
e) continuidade dos serviços públicos, excetuado quando se permite a paralisação temporária da 
atividade, como no caso de necessidade de reparos técnicos. 
 
27-(CESPE - 2014 - MTE - Agente Administrativo). Viola o princípio da impessoalidade a edição de ato 
administrativo que objetive a satisfação de interesse meramente privado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
28-(CESPE - 2014 - Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos). Em relação à organização 
administrativa do estado brasileiro e aos princípios administrativos, julgue os itens a seguir: 
Dado o princípio da legalidade, os agentes públicos devem, além de observar os preceitos contidos nas 
leis em sentido estrito, atuar em conformidade com outros instrumentos normativos existentes no 
ordenamento jurídico nacional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
29-(FAFIPA - 2014 - UFFS - Técnico de Laboratório - Informática). Constitui princípio básico da 
administração pública, EXCETO: 
 
a) Moralidade. 
b) Publicidade. 
c) Legalidade. 
d) Pessoalidade. 
e) Eficiência.30-(TRT 2R (SP) - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho). Em relação aos princípios informativos 
da Administração Pública, observe as proposições abaixo e responda a alternativa que contenha 
proposituras corretas: 
 
I. São princípios constitucionais fundamentais que informam o princípio licitatório: o democrático, o 
republicano, o da legalidade, o da legitimidade, o da isonomia e o da livre iniciativa. 
II. Pelo princípio da impessoalidade qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular, 
objetivando anular ato lesivo à moralidade administrativa. 
III. A divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição Federal (art. 5o. XXXXIII) e, em leis, consoante o prescrito no inciso V do parágrafo único do 
art.2°. da Lei Federal n. 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração 
Pública Federal, é obrigação inerente e específica decorrente do princípio da moralidade. 
IV. O princípio que impõe à Administração Pública a prática, e tão só esta, de atos voltados para o 
interesse público, chama-se “princípio da publicidade”. 
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V. Tem-se como princípio da autotutela a obrigação da Administração Pública de policiar, em relação ao 
mérito e à legalidade, os atos administrativos que pratica. 
 
Está correta a alternativa: 
a) I e II. 
b) IV eV. 
c) III e IV. 
d) I e V 
e) II e III. 
 
31-(CESPE - 2014 - Polícia Federal - Agente Administrativo). Considerando que o DPF é órgão responsável 
por exercer as funções de polícia judiciária da União, julgue os itens a seguir. 
O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete ao princípio da 
publicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
32-(CESPE - 2014 - PGE-BA - Procurador). Acerca do regime jurídico-administrativo e dos princípios 
jurídicos que amparam a administração pública, julgue os itens seguintes. 
O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor público em 
desconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia na 
prestação do serviço público correspondente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
33-(CESPE - 2014 - PGE-BA - Procurador). Suponha que o governador de determinado estado tenha 
atribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadual 
construída com recursos financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, há 
violação do princípio da impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade de 
obras com nomes de autoridades públicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
34-(FUNRIO - 2014 - INSS - Analista - Direito). A União Federal firmou, em 2010, pelo prazo de 2 anos, 
convênio com o Instituto de Assistência ao Menor Carente, pessoa jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, reconhecido como de utilidade pública, visando à implementação de programa de educação 
ao menor, nas capitais brasileiras. No referido termo de convênio, a União Federal é designada como 
contratante e o Instituto de Assistência ao Menor Carente como contratado, constando, igualmente, 
como objeto a “prestação de serviços visando à implementação do ensino profissionalizante nas 
Capitais de Estado listadas no anexo.” Em face do teor do convênio, estipula este que o seu extrato não 
será publicado no Diário Oficial da União. Não consta do termo de convênio contrapartida por parte do 
Instituto de Assistência ao Menor Carente e o preço pactuado é de R$ 3.000.000,00 (três milhões de 
reais), cujo desembolso se fará mensalmente, a partir do recebimento, pela União Federal, de cada 
etapa do convênio. Terminada a vigência e efetuado o pagamento do valor em sua totalidade e de 
forma pontual, o Instituto de Assistência ao Menor Carente não apresentou, até o presente momento, 
sua prestação de contas. 
No tocante à cláusula referente à publicação no Diário Oficial, é correto afirmar que a ausência de 
publicação. 
 
a) não é um vício, por se tratar de convênio. 
b) é um vício, uma vez que a publicação é obrigatória. 
c) não é um vício, por se encontrar na esfera de discricionaridade da União Federal. 
d) não é um vício, por envolver ensino profissionalizante de menor carente 
e) é um vício, em face do valor pactuado, consoante determinado em Lei. 
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35-(FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador). Determinada 
empresa do ramo farmacêutico, responsável pela importação de importante fármaco necessário ao 
tratamento de grave doença, formulou pedido de retificação de sua declaração de importação, não 
obtendo resposta da Administração pública. Em razão disso, ingressou com ação na Justiça, obtendo 
ganho de causa. Em síntese, considerou o Judiciário que a Administração pública não pode se esquivar 
de dar um pronto retorno ao particular, sob pena inclusive de danos irreversíveis à própria população. 
O caso narrado evidencia violação ao princípio da: 
a) publicidade. 
b) eficiência. 
c) impessoalidade. 
d) motivação. 
e) proporcionalidade. 
 
36-(FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Roberto, empresário, 
ingressou com representação dirigida ao órgão competente da Administração pública, requerendo a 
apuração e posterior adoção de providências cabíveis, tendo em vista ilicitudes praticadas por 
determinado servidor público, causadoras de graves danos não só ao erário como ao próprio autor da 
representação. A Administração pública recebeu a representação, instaurou o respectivo processo 
administrativo, porém, impediu que Roberto tivesse acesso aos autos, privando-o de ter ciência das 
medidas adotadas, sendo que o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses de sigilo previstas em 
lei. 
O princípio da Administração pública afrontado é a 
a) publicidade. 
b) eficiência. 
c) isonomia. 
d) razoabilidade. 
e) improbidade. 
 
37-(VUNESP - 2014 - UNICAMP - Procurador). Princípio constitucional de direito administrativo, relacio-
nado à finalidade pública que deve nortear toda a atividade administrativa, fazendo com que a 
Administração Pública não possa atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, é o 
princípio da: 
a) legalidade. 
b) impessoalidade. 
c) moralidade. 
d) publicidade. 
e) eficiência. 
 
38-(VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia). O conceito de Direito Administrativo é peculiar e 
sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as 
atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. 
A par disso, é fonte primária do Direito Administrativo: 
a) a jurisprudência. 
b) os costumes. 
c) os princípios gerais de direito. 
d) a lei, em sentido amplo. 
e) a doutrina. 
 
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39-(IBFC - 2014 - SEPLAG-MG - Gestor de Transportes e Obras - Direito). Indique a fonte do direito que 
forma o sistema teórico de princípio aplicável ao Direito Positivo, sendo elemento construtivo do 
Direito Administrativo: 
a) Lei 
b) Costume 
c) Jurisprudência. 
d) Doutrina. 
 
40-(FUMARC - 2014 - AL-MG - Analista de Sistemas - Desenvolvimento). Considerando os elementos 
característicos da sociedade e do Estado, indicados por Dalmo de Abreu Dallari, estão corretas as 
afirmativas, EXCETO: 
 
a) Não há diferença entre o Estado e a sociedade humanano seu todo, pois ambos têm idêntica 
finalidade. 
b) As manifestações de conjunto, em uma sociedade, devem atender aos requisitos de reiteração, ordem 
e adequação. 
c) Para o reconhecimento de um agrupamento humano como sociedade, são necessários uma finalidade 
social, as manifestações de conjunto ordenadas e o poder social. 
d) Estão presentes todos os elementos componentes do Estado no conceito deste, como a ordem jurídica 
soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1 – E 9 – C 17 – B 25 – A 33 – E 
2 – B 10 – C 18 – A 26 – E 34 – B 
3 – E 11 – C 19 – A 27 – C 35 – B 
4 – E 12 – C 20 – C 28 – C 36 – A 
5 – C 13 – A 21 – C 29 – D 37 – B 
6 – C 14 – D 22 – E 30 – D 38 – D 
7 – C 15 – C 23 – E 31 – E 39 – D 
8 – E 16 – E 24 – A 32 – E 40 – A 
 
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Capítulo II 
ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
 
CONCEITO DE ÓRGÃO PÚBLICO 
 
Hely Lopes Meirelles define órgãos públicos como centros de competência instituídos para o 
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que 
pertencem. Possuem, necessariamente, funções, cargos e agentes. Os órgãos públicos agrupam 
competências a serem exercidas por meio de agentes públicos. 
 
Teoria do Órgão 
 
Por esta teoria, presume-se que a entidade (pessoa jurídica) manifesta sua vontade por meio dos 
órgãos (não tem personalidade jurídica), que são partes integrantes da própria estrutura jurídica. Neste 
caso, ocorre a imputação (e não representação) ao Estado de todos os atos aparentemente legítimos e 
praticados por alguém presumivelmente agente público. 
 
Segundo Maria Sylvia Di Pietro, essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados 
por funcionários de fato, pois considera que é ato do órgão, imputável à Administração. 
 
 
 
 
 
 
Características dos Órgãos 
 
Não possuem personalidade jurídica, logo, não possuem patrimônio próprio. É resultado da técnica 
de organização administrativa conhecida como desconcentração. Alguns possuem autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira e podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de gestão com 
outros órgãos ou com pessoas jurídicas. Porém, para que isso aconteça, deverão estar dispostas em lei as 
seguintes situações: o prazo de duração deverá constar no contrato, os controles e critérios de avaliação de 
desempenho, direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes e suas remunerações pessoais. 
 
Alguns órgãos públicos têm capacidade processual para defesa em Juízo de suas prerrogativas 
institucionais. 
 
 
Não confundir a Teoria da Imputação com a Teoria 
da Representação. Na Imputação, o agente é o Estado. Na 
representação, o agente representa a vontade do Estado, 
como no caso de um tutor em relação ao seu tutelado. 
No caso da Imputação, a vontade do agente não 
pode ser maior do que o poder que lhe foi imputado. Caso 
isso aconteça, o agente poderá incorrer, entre outras 
violações legais, em improbidade administrativa. 
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CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS: 
 
 
CAPACIDADE PROCESSUAL DO ÓRGÃO 
 
Como já mencionado anteriormente, alguns órgãos podem manifestar capacidade processual na 
defesa de suas prerrogativas institucionais. 
 
A capacidade de postular perante o Poder Judiciário decorre do direito de uma pessoa física ou 
jurídica poder exercer seu direito de ação. Esta capacidade advém do Direito Processual Civil (art. 7º, CPC). 
Ocorre que os órgãos fazem parte da estrutura interna de uma pessoa jurídica de direito público, nesse 
QUANTO À ESTRUTURA 
 
Simples ou unitários: são aqueles que possuem um só centro de competência, não possuindo subdivisões 
em sua estrutura interna. Não interessando o número de cargos. 
 
Compostos: são os que reúnem em sua estrutura diversos órgãos, com resultado da concentração 
administrativa. 
Exemplo: Departamento de Polícia Rodoviária. 
QUANTO À ATUAÇÃO 
FUNCIONAL: 
 
Singulares ou unipessoais: são aquelas em que a atuação ou as decisões são atribuição de um único 
agente. Exemplo: Presidência da República. 
 
Colegiados ou pluripessoais: são aqueles em que as decisões ocorrem mediante a manifestação conjunta 
de seus membros. 
Exemplo: Senado Federal. 
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL: 
 
Independentes: são os diretamente previstos na Constituição, sem qualquer subordinação hierárquica ou 
funcional. Suas atribuições são exercidas por agentes políticos. 
 
Autônomos: situam-se na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes. Possuem 
ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos. 
 
Superiores: possuem atribuições de direção, controle e decisão, mas estão sujeitos ao controle 
hierárquico. Não têm autonomia administrativa e nem financeira. 
 
Subalternos: exercem atribuições de mera execução, são subordinados a vários níveis hirárquicos. Têm 
reduzido poder decisório. 
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sentido, não poderiam pleitear em seu nome, mas somente ser representados pela pessoa de direito 
público do qual fazem parte. 
 
Contudo, a doutrina entende que alguns órgãos, por estarem diretamente relacionados ao seu ente 
(ex.: órgãos Independentes) podem possuir capacidade para, inclusive, impetrar mandado de segurança 
visando a proteger a competência exclusiva. 
 
AGENTE PÚBLICO 
 
É a pessoa natural por meio da qual o Estado se faz presente, no exercício, ainda que 
transitoriamente, da função pública/estatal, com ou sem renumeração. Pode ser por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função 
pública. 
 
Exemplos: Polícia Federal, caixa do Banco do Brasil e mesário eleitoral. 
 
 
 
TIPOS 
Servidor Público: usa-se a denominação para identificar aqueles que 
mantêm uma relação permanente com o Estado, em regime estatutário. 
ESTATUTO - ESTABILIDADE (não tem direito a FGTS) 
Empregado Público: identifica agentes públicos regidos pela Consolidação 
das Leis Trabalhistas (CLT). 
EMPREGADO - CLT – (o patrão é o Estado) 
 
Funcionário Público: Tal expressão foi abandonada pela Constituição, no 
âmbito do Direito Administrativo, porém tendo sua importância no Direito 
Penal para alcançar aquele agente que pratique crime contra a 
Administração Pública. 
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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 
Agentes políticos: possuem competência emanada da Constituição Federal; geralmente eleitos, 
nomeados ou designados; compõem o principal escalão de governo; não são hierarquizados (com 
exceção dos auxiliares imediatos dos chefes do Executivo); e possuem prerrogativas constitucionais 
quanto ao cargo. 
Exemplos: Presidente da República, governadores e prefeitos; senadores, deputados e vereadores; 
magistrados (juízes) e membros do Ministério Público; ministros e secretários estaduais e municipais. 
 
Agentes administrativos: são aquelesque exercem função pública de caráter profissional e 
remunerada, com vínculo profissional permanente estabelecido com o Estado. Sujeitos à hierarquia 
funcional e ao regime jurídico da entidade a que pertençam. Geralmente, são concursados ou se 
encontram em cargos comissionados, ou, excepcionalmente, contratados. 
Exemplos: servidores públicos (concursados em geral), empregados públicos, temporários e 
ocupantes de cargo em comissão. 
 
Agentes honoríficos: cidadãos nomeados ou convocados a exercerem função transitória, para 
colaborarem com o Estado na prestação de serviços específicos. Não possuem qualquer vínculo 
profissional com a Administração Pública e normalmente atuam sem renumeração. 
Exemplos: mesários eleitorais, comissários de menores e jurados. 
 
 
 
 
 
Agentes delegados: particulares incumbidos de executar determinadas atividades (obras ou serviços 
públicos), realizadas em nome próprio, por sua conta e risco, sob permanente fiscalização do poder 
delegante. São apenas colaboradores do Poder Público, não atuam em nome do Estado. Sujeitam-se 
à responsabilidade civil objetiva, ao mandado de segurança e à responsabilização nos crimes contra a 
Administração Pública. 
Exemplos: concessionários, permissionários de serviços públicos, tradutores públicos, leiloeiros 
públicos, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
Agentes credenciados: representam o Estado em determinado ato ou para praticar certa atividade específica; 
geralmente renumerados pelo Poder Público credecitante. 
Ex.: médicos credenciados pelo SUS ou DETRAN. 
 
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São considerados agentes públicos todos aqueles que exercem função pública, independentemente 
de sua natureza, ainda que por período determinado. Vale destacar que o cargo público ocupado por 
servidor concursado e estável pode ser extinto a qualquer tempo, haja vista sempre prevalecer o interesse 
da Administração Pública. 
 
Também estão presentes na Administração Pública os agentes políticos que se caracterizam por 
serem componentes dos mais altos escalões do Poder Público. Sendo eles responsáveis pela elaboração das 
diretrizes de atuação governamental, e exercendo as funções de direção, orientação e supervisão geral da 
Administração Pública. Os agentes políticos constituem categoria especial, pois gozam de prerrogativas 
diferenciadas e têm grandes responsabilidades com a sociedade, como é o caso dos chefes do Executivo. 
 
 
 
 
 
Disposições constitucionais referentes aos servidores públicos 
 
Algumas considerações merecem destaques, a saber, as disposições constitucionais referentes aos 
servidores públicos: 
 
Quanto ao servidor público da Administração Direta, autárquica e fundacional, investido no 
mandato de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração. Além disso, em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento, conforme 
art. 38 da CRFB/88. 
 
O servidor público estável só perderá o cargo: por sentença judicial transitada em julgado; 
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e mediante procedimento de 
avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
 
Haverá uma exceção a essas situações ditas anteriormente, como, por exemplo, extinto o cargo ou 
declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo (art. 41, CRFB/88). 
 
CARGO PÚBLICO é o lugar dentro da 
organização funcional da Administração direta 
e de suas autarquias e fundações públicas que, 
ocupado por servidor público, submetido ao 
regime estatuário, tem funções específicas e 
remuneração fixada em lei ou diploma a ela 
equivalente. 
 FUNÇÃO PÚBLICA é a atividade em si mesma, 
é a atribuição e as tarefas desenvolvidas pelos 
servidores. São espécies: funções de confiança, 
exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo e destinadas às 
atribuições de chefia, direção e 
assessoramento. 
EMPREGO PÚBLICO é o exercício da função 
pública sob relação jurídica trabalhista e 
somente pode ser criado por lei. 
Então, ficará assim: o servidor público 
aprovado em concurso público, com vínculo 
estatutário, tem cargo e exerce função. Os 
servidores públicos regidos pela CLT exercem 
função, mas não ocupam cargos. 
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Segundo a norma constitucional, faz-se obrigatória a realização de concurso público como condição 
prévia ao provimento de cargos e empregos públicos, admitindo, entretanto, a possibilidade de a legislação 
definir os cargos em comissão cuja nomeação independe de concurso público. Desse modo, a exigência de 
concurso público não se aplica às seguintes exceções expressas na CF: aos cargos em comissão e aos 
contratados temporários. Exceção também à obrigatoriedade de concurso público que ocorre na 
contratação de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, previstas agora no art. 
198, § 4º, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda nº 51/2006. Nessas hipóteses, a 
contratação será promovida após a realização de processo seletivo público, de acordo com a natureza e 
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
 
A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
 
Cabe ressaltar que o atual entendimento do STJ é no sentido de que o estágio probatório 
compreende o período entre o início do exercício do cargo e a aquisição de estabilidade no serviço público, 
que, desde o advento da Emenda Constitucional (EC) nº 19/1998, tem a duração de três anos. 
 
 
 
CONCURSO PÚBLICO 
(art. 37, CRFB/88) 
Forma de investidura 
no cargo ou emprego 
publico. 
Duração até 2 anos, 
prorrogável por igual 
período. 
Aprovado em concurso 
público, enquanto 
perdurar a validade do 
edital, terá prioridade 
sobre os demais. 
Aprovação em 
concurso de provas ou 
de provas e títulos. 
SERVIDOR PÚBLICO 
É aquele que, embora 
transitoriamente com ou 
sem remuneração, exerça 
cargo, emprego ou função. 
É garantido o direito de 
livre associação sindical, 
não sendo obrigatória a 
associação. 
É garantido o direito de 
greve, nos termos da lei. 
As funções de confiança exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo e os cargos em comissão a 
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção e chefia e de assessoramento. 
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Cargo público pode ser definido como aquele criado por lei, em número certo, com denominação 
própria e remunerado pela Fazenda Pública. Pode ser cargo de carreira, isto é, o que se integra em classes e 
corresponde a uma profissão, ou cargo isolado, a saber, aquele que não pode se integrar em classes e 
corresponde a uma função certa e determinada. 
 
 
 
 
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto 
quando houver compatibilidade de horários nos seguintes 
casos: 
dois cargos de professor 
um cargo de professor com outro, técnico ou 
científico 
dois cargos

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