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Citricultura Disciplina: Docência em Fruticultura II Mestranda: Caroline de Fátima Esperança CITROS ou CITRUS Origem Regiões Subtropicais e Tropicais da China ao Japão, do Sudeste da Ásia, incluindo áreas do Leste da Índia, Bangladesh, Filipinas, Indonésia, Austrália e África. Fonte: Webber, adaptado Idade média chegou na Europa sendo levada para as Américas por volta de 1500 Espalhou-se pelo mundo sofrendo mutações e originando novas variedades XX EUA lideravam as tecnologias em produção de laranjas Histórico 1800 - Surgimento da laranja Bahia ou de “umbigo” 1873 – Riverside recebe 3 mudas da cultivar Bahia. 1980 Brasil era detentor de mais de 1 milhão de plantas de laranja 70% da produção para suco Histórico Presidente Roosevelt plantando muda de laranja em Riverside, na Califórnia 1927 – Primeiro esboço de classificação para exportação 1939 – A laranja estava entre os 10 produtos destaques na exportações 1940 – II Guerra Mundial – Pomares abandonados Renascimento- 1977 – Fundecitrus Fundo de desenvolvimento da citricultura Histórico Rendimento: Caixa com 40,8 Kg 3,5 a 4,0 Kg de Suco concentrado 4,5 a 5,0 Kg de Ração animal (Bagaço) 1,0 a 1,2 Kg de Essência extraído do suco 0,1 a 0,15 Kg de Óleo essencial a partir da casca (perfumaria) Fonte: Neves, 2012 Fábricas Brasileiras de Suco de Laranja se instalaram nos EUA Brasil consumo per capita de 2 L/hab contra Americanos 18,5 L/hab – 2% consumo interno 89,3% Laranjas; 4,9% Limas/Limões e 5,8% Tangerinas Fonte: Neves, 2012 Produção mundial de citros 1° China 31.700.000 t 2° Brasil 20.258.507 t 3° Estados Unidos 10.619.510 t 4° India 8.000.000 t 5° México 6.750.161 t FAOSTAT, 2014 Produção mundial de citros Fruit, citrus 12.840.318 t Grapefruit (inc. pomelos) 8.040.038 t Lemons and limes 15.118.462 t Oranges 68.223.759 t Tangerines, mandarins, clementines, satsumas 27.060.756 t FAOSTAT, 2014 Situação cultural Área cultivada no Brasil com cerca de 882.604 mil/ha Sudeste 649.626 mil/ha Minas Gerais 39.796 mil/ha Espirito Santo 1.751 mil/ha Rio de Janeiro 4.528 mil/ha São Paulo 603.551 com rendimento médio 29.72t/ha Sul 58.758 mil/ha Paraná 21.200 mil/ha Santa Catarina 6.565mil/ha Rio Grande do Sul 30.993 com rendimento médio 14.151t/ha Fonte: IBGE, 2012. Sudeste 649.626 mil/ha Sul 58.758 mil/ha Fonte: IBGE, 2012. Classificação Botânica Swingle, 1967 Ordem: Geraniales Família: Rutaceae Gênero: Citrus Fortunella Poncirus Classificação Botânica Citrus: Citrus aurantifolia - Limas ácidas (limão galego, tahiti) Citrus paradisii – pomelos Citrus grandis – toranjas Citrus medica – cidras Classificação Botânica Citrus: Citrus sinensis - laranja doce Citrus aurantium – laranja azeda Citrus reticulata – tangerinas Citrus limon – limão verdadeiro (Siciliano, Cravo) Citrus limmettioides – limas doces Classificação Botânica Fortunella Fortunella margarita - Ornamental: Kunquat ou laranjinha de jardim Fortunella japonica Fortunella poliandra - Porta enxertos com sistema radicular fraco Fortunella hindsii - Resistentes ao frio Fonte: Kretzschmar, 2011. Classificação Botânica Poncirus trifoliata Porta enxerto, menor porte Fruto perfumado Presença de espinhos Resistência à gomose Intolerante ao declínio Resistência ao frio (caducifólio) confere brotação tardia à copa. Características Perenes Características mesofítica Perenifólia Ciclo de desenvolvimento podendo variar de 6 a 16 meses Características Arvores ou arbustos Primavera - folhas novas Folhas perenes (2 a 3 anos) 3 Fases de crescimento: 1ª Crescimento radicular 2ª Crescimento vegetativo 3ª Maturação dos ramos novos Características Folhas – Largas, pouco espessas, com estômatos superficiais, ausência de pelos e cutícula fina Sistema radicular – Pode atingir de 6 a 7 m (Limão cravo e laranja caipira) 60% do sistema radicular se encontra a 30 cm Flores completas – 5 a 6 pétalas;1 pistilo e 20 estames Alógamas Fonte: USP, 2011. Características Temperaturas ideais são entre 22 a 33 °C Acima de 40 °C e abaixo de 13 °C, a taxa de fotossíntese diminui, o que acarreta perdas de produtividade Morfologia Florescimento e a maturação dos frutos Vegetação – fim do outono e início do inverno Indução ou diferenciação floral – com a intensificação do frio e do estresse hídrico, as gemas vegetativas se transformam em gemas reprodutivas. Florescimento – entre o final do inverno e o início da primavera Frutificação – a produção final de frutos é resultado da fixação de apenas 1 a 3% das flores produzidas pelos citros Variedades Laranjas de umbigo Laranja de baixa acidez Baía Citrus sinensis Baianinha Citrus sinensis Lima Citrus sinensis Laranjas comuns Hamlin Citrus sinensis Pera Citrus sinensis Natal Citrus sinensis Variedades Laranjas comuns Sanguínea Citrus sinensis Seleta Citrus sinensis Valência Citrus sinensis Variedades Limas e limões Lima da Pérsia Citrus limettioides Galego Citrus aurantiifolia Tahiti Citrus latifolia Variedades Limas e limões Cravo Citrus limonia Siciliano Citrus limon Variedades Limão Verdadeiro Variedades Tangerinas Clemenules Citrus clementina Cravo Citrus reticulata Dekopon (Citrus unshui x Citrus sinensis) x Citrus reticulata Tangerinas Mexerica Citrus deliciosa Variedades Tangerinas Murcott Citrus reticulata x Citrus sinensis W Murcott (Afourer) Citrus reticulata x Citrus sinensis Pokan Citrus reticulata Variedades XX início– Laranja caipira baixa resistência a seca e a phytophora 1920 a 40 – Laranja azeda Intolerante ao vírus da tristeza 1970 – Limão cravo predominante 99% 1977 – Surgimento do Declínio (limão cravo suscetível) Porta-enxerto Fonte: Kretzschmar, 2011 90% limoeiro cravo muitas sementes resistente à seca Porta-enxerto precocidade de produção produz muda mais rapidamente tolerância a tristeza dos citros Clima Clima mais ameno, solos adequados e cerca de 1.200 mm anuais de regime pluvial bem distribuídos. Climas frios tem melhor coloração da casca e da polpa, teores mais altos de açúcares e ácidos. Climas quentes os frutos são menos coloridos, porém de frutos mais doces mas de paladar mais pobre. P. trifoliata > cunquat > tangerinas> laranja azeda> laranja> pomelo> limão> lima >cidra A planta cítrica suporta temperaturas de até 3C por 5 - 6 horas. Regiões com TC # dia e noite - coloração mais acentuada da casca e polpa; melhor balanço acidez/açúcar Regiões mais quentes = frutos amarelos e mais doces Escala de resistência ao frio Solos Adaptam-se tanto a solos arenosos como argilosos, ajudando-as nessa adaptação o uso de diferentes porta-enxertos. Areno-argilosos são os mais indicados. Não toleram solos impermeáveis; Devem ser evitados solos rasos ou que encharcam com facilidade. pH 5,5 Nutrição mineral Assimilação de CO2 (que depende de luz, temperatura, água, nutrientes, área foliar etc.) Partição do C fixado para formação e manutenção dos seus vários órgãos. Ausência ou deficiência dos nutrientes minerais, absorvidos, principalmente pelas raízes resulta em injúria, desenvolvimento anormal ou morte da planta As recomendações da adubação N, P e K para os citros são distintas para: Plantio Formação - árvores jovens <5 anos Produção - árvores adultas (grupos de variedades de laranjas, lima ácida e limões, e tangerinas e tangor). Nutrição mineral MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO PROPAGAÇÃO SEXUAL SEMENTES APOMÍTICAS: forma-se mais de um embrião, oriundos do zigoto e de um conjunto de células do saco embrionário ou da nucela (mesma constituição genética do progenitor feminino) SEEDLING OU PLÂNTULAS: plantas jovens propagadas por sementes Propagação CITRUS = SEXUAL X ASSEXUAL MÉTODOS: Apomixia semente Enxertia Estaquia “In vitro” – micropropagação Propagação Apomixia: obtenções de porta enxertos uniformes, com características genéticas e morfológicas da planta mãe. Vantagens: Não transmissão de vírus Ausência de segregação Permitir o rejuvenescimento dos clones Propagação A enxertia é método mais utilizado Plantas uniformes e idênticas a planta mãe Semeadura 12 meses Março/Abril Setembro Muda Pronta Enxertia Propagação ENXERTIA APLICAÇÕES: Propagação de plantas com difícil enraizamento Obter benefícios do porta-enxerto Trocar cultivares de plantas estabelecidas Evitar juvenilidade MÉTODOS: Borbulhia: - ‘T’ normal e invertido Placa ou escudo e anel Garfagem Propagação ESTAQUIA Vantagens: Manutenção das características agronômicas Redução da fase juvenil Obtenção de plantas uniformes Combinação de clones na enxertia Desvantagens: Transmissão de enfermidades Risco de mutação de gemas Risco de dano generalizado na área de produção Legislação Propagação Prática: Estaca semi-lenhosas (25 - 30 cm) Corte da base em bisel 3 a 4 folhas AIB Nebulização intermitente Propagação CONDUÇÃO DA MUDA Tutoramento Quando broto estiver com 10 cm de comprimento Tutor no lado oposto ao enxerto, de 1 m de altura taquara, varas de madeira ou fios de aço Fazer amarrio quando o broto estiver crescendo Propagação Propagação Formação da copa Quando a haste estiver com ± 80 cm de altura do solo, fazer o desponte Selecionar 3 a 4 brotações laterais alternadas (taça) - 25 dias após Propagação Arranquio ou desplante das mudas Fazer seleção pelo tamanho e diâmetro do tronco Fazer poda das pernadas, deixando-as com 20 a 25 cm Com uma pá de corte desplanta-se as mudas com cuidado (evitar danos as raízes) Propagação Fazer a poda das raízes laterais e a pivotante: cuidado Lavar as mudas e embarrear com barro mole à terra do subsolo sem M.O. Enfardar as mudas com capim ou saco de estopa Manter à sombra e protegida do vento até a hora do plantio no pomar Solo profundo, bem drenado, sem encharcamento Pouca declividade, quebra-ventos e limpeza terreno Correção – ½ dose calcáreo Subsolagem, lavração 40 cm, gradeação ½ Dose calcáreo + adubos corretivos Implantação do pomar Poda de formação – (nas mudas); retirada dos ramos indesejáveis e formação das pernadas Poda de limpeza – eliminação de ramos doentes e quebrados Poda de manutenção – eliminação de ramos secos, ramos que arrastam no solo e ladrões Tratos culturais - poda Poda de rejuvenescimento - poda drástica para forçar a formação de ramos e folhas novas Realizada quando o pomar está velho e com baixa produção Tratos culturais - poda Propagação legislação e produção de mudas São Paulo: 1985: 2000 viveiros clandestinos 1989 projeto técnico para a produção de borbulhas certificadas de citros 1993 e 94: (Clorose Variegada dos Citros) CVC e normas para a Produção de mudas certificadas de citros Implantação 1994: produção monitorada de mudas 1o Janeiro 2001: Sementeira telada 1o Janeiro 2003: toda a produção em sistema protegido 1996 – 2000: aumento da cvc de 24 – 34% das plantas cultivadas 1994 – 2001: 2,3 milhões mudas contaminadas com cancro cítrico, todas em viveiros a céu aberto Implantação Muda cítrica insumo mais importante na formação de um pomar Leva 6 a 8 anos para expressar seu máximo potencial 1,7 milhões de mudas produzidas Produção em 36 meses de idade 12 24 36 meses SEMENTEIRA VIVEIRO 1 VIVEIRO 2 ENXERTIA Implantação Fonte: Schäfer, 2000 ORIGEM DA SEMENTE DOS PORTA ENXERTOS - Origem incerta Implantação Fonte:Schäfer, 2000 MOTIVO DA ESCOLHA DO PORTA-ENXERTO Implantação Qualidade das mudas cítricas Origem genética e sanitária garantida Bom vigor Sistema radicular bem formado Fiscalizada com atestado Implantação CARACTERÍSTICAS DO LOCAL Totalmente cercado e longe de pomares Uso de quebra vento e água Restringir acesso e usar proteção para visitantes Usar rodolúvios e pedilúvios nas estufas (fungicidas e bactericidas - amônia quaternária) Implantação Fonte: Andrade, 2005. Implantação Plante a muda com cuidado para não desagregar o torrão. Após plantio, compactar com os pés e irrigar. Não aterrar acima do colo, para evitar a gomose e o franqueamento. Fonte: Andrade, 2005. Implantação Fonte: Andrade, 2005. Fonte: Andrade, 2005. Implantação No inverno manter cobertura de solo, (adubação verde) e no verão culturas anuais de porte baixo, respeitando: 1º Ano - 50cm de cada lado da planta em faixa ou coroa. Fonte: Andrade, 2005. Implantação No inverno manter cobertura de solo, (adubação verde) e no verão culturas anuais de porte baixo, respeitando: 2º Ano - 1 metro de cada lado da planta em faixa ou coroa Fonte: Andrade, 2005. Implantação No inverno manter cobertura de solo, (adubação verde) e no verão culturas anuais de porte baixo, respeitando: 3º Ano - 1,5 metro de cada lado da planta em faixa ou coroa. Fonte: Andrade, 2005. Implantação Fonte: Andrade, 2005. Implantação ANÁLISE FOLIAR: Folhas sadias, geradas na primavera 4 a 7 meses de idade (dezembro a março) De ramos com frutos 5 a 20 folhas/planta Altura 1,20 a 1,40 do solo, parte externa da planta Separação por talhões Identificar, secar e enviar ao laboratório Implantação Fonte: Andrade, 2005. Implantação Miligramas/kg B 36 a 100 Zn 25 a 50 Fe 50 a 120 Mn 35 a 50 Cu 4 a 10 Mo 0,1 a 1,0 Gramas/kg N 23 A 27 P 1,2 A 1,6 K 10 A 15 Ca 35 a 45 Mg 2,5 a 4,0 S 2 a 3 Fonte: Kretzschmar, 2011. Implantação PADRÕES PARA ANÁLISE FOLIAR: Equilíbrio entre as substâncias que as raízes retiram do solo e os compostos de carbono que as folhas produzem à custa do carbono atmosférico x respiração Plantios densos ocasionam sombreamento e dificultam a passagem de máquinas A poda realizada mecanicamente com serras circulares a intervalos de 3 a 4 anos, para reduzir o comprimento dos ramos de 100 para 50 cm. Implantação Redução do número de frutos, tanto manual como químico Racionalizar a utilização das reservas nutricionais Evitar o esgotamento da planta Possibilitar produções regulares Boa qualidade todos os anos Implantação Fonte: Andrade, 2005. ADUBAÇÃO No plantio Manutenção DESBASTE DOS FRUTOS Variedades de tangerinas é necessário para evitar alternância de safra Manual – quando o fruto atinge 2 a 3 cm de diâmetro (novembro) Químico – etileno. Aplicar em frutos com 0,5 ou 0,6 cm de diâmetro Tratos culturais Ácido Giberélico: Aplicado a um número pequeno de frutos por árvore estimula o seu crescimento e aumenta o seu tamanho final (Hield et al., 1958; García Martinez e García Papi, 1979). As auxinas tem efeitos mais eficazes para aumentar o tamanho final dos frutos. Ethephon tem sido utilizado com êxito para provocar o desbaste de frutos. Reguladores de Crescimento Tioester etílico do ácido 4-cloro-o-toliloxiacético, no Brasil conhecido como Calibra® substância que apresenta efeitos auxínicos. 2,4-DP Clementgros® é eficaz para aumentar o tamanho dos frutos. 3,5,6-tricolo-2-piridil-oxiacético (3,5,6-TPA Maxim® dependendo da época de aplicação e concentração é um potente promotor no desenvolvimento dos frutos com desbastes moderados. Reguladores de Crescimento Plantas novas de até quatro anos são as mais afetadas e sofrem mais com o ataque das pragas. Pragas Moscas-das-frutas Anastrepha spp Ataca frutos maduros onde deposita seus ovos Controle: uso de armadilhas Pragas Pragas Acaro da Leprose - Brevipalpus phoenicis Transmissor de vírus (leprose) Larvas, ninfas e adultos do ácaro são igualmente capazes da transmissão Controle: acaricidas Ácaro da Falsa Ferrugem - Phyllocoptruta oleivora • Tem aspecto vermiforme, assemelhando-se a uma pequena vírgula; • A casca das laranjas tornam-se escurecidas (marron) e a dos limões e limas tomam a coloração prateada; • Nas folhas aparecem manchas escurecidas denominadas “manchas graxa”; Pragas Cochonilha verde – Coccus viridis; C. hesperidium Atacam ramos novos e a face inferior das folhas ao longo de sua nervura principal As folhas têm sua superfície fotossintética diminuída pelo desenvolvimento de fungos causadores de fumagina. Pragas Cochonilha picuinha – Parlatoria pergandii; P. cinerea Atacam ramos novos e a face inferior das folhas ao longo de sua nervura principal As folhas têm sua superfície fotossintética diminuída pelo desenvolvimento de fungos causadores de fumagina. Pragas Pulgão preto dos citros - Toxoptera citricida Inseto sugador presente em folhas novas; Ao sugar injetam toxinas que enrolam as folhas para a sua proteção; Vetor da tristeza dos citros Controle: Biológico (joaninha-inseto Predador do pulgão) ou Inseticidas fosforados ou Neonicotinóides Pragas TRISTEZA Declínio rápido da planta, seca de galhos, podridão das radicelas As plantas chegam a morrer, frutos miúdos e deformados Controle: uso de variedades resistentes, premunização da planta com estirpes fracas, que protege contra a estirpe forte Doenças - Vírus LEPROSE Afeta principalmente folhas, frutos e ramos Transmitida pelo ácaro Controle: eliminando-se as fontes de inóculo, pela poda Doenças MORTE SÚBITA DOS CITROS (MSC): Sem causa ainda confirmada Manifesta os sintomas na região da enxertia em plantas sobre porta-enxertos intolerantes Suspeita-se que seja causada por um vírus Sintomas: Perda de brilho das folhas, desfolha, grande quantidade de raízes mortas Leva a morte as plantas enxertadas sobre o limão cravo Doenças CANCRO CÍTRICO Causado pela bactéria xanthomonas Axonopodis pv. Citri Lesões salientes nas folhas, frutos e ramos Erupções levemente salientes, puntiformes e de coloração creme na superfície do tecido afetado Posteriormente adquirem cor parda, circundada por uma halo amarelado Doenças - bactérias Controle: erradicação do material contaminado, resistência varietal, controle químico, uso de quebra ventos Medidas integradas erradicação de plantas focos e raio de 30 metros. Mais suscetível à infecção entre 7 a 14 dias após o início do desenvolvimento Doenças - bactérias DECLÍNIO Afeta partes da árvore, deixando-as sem folhas e com coloração opaca Reduz a produção e tamanho dos frutos – morte da planta Controle: erradicação da planta doente, porta-enxertos tolerantes Doenças CVC OU AMARELINHO – Clorose Variegada dos Citros Causada pela bactéria Xylella fastidiosa Clorose foliar generalizada, frutos miúdos, amarelecem precocemente – imprestáveis Controle: poda dos ramos infectados, eliminação da planta, mudas sadias, manter as ruas do pomar limpas, quebra-ventos Doenças - bactérias FELTRO OU CAMURÇA – Septobasidium spp. Revestimento de coloração creme nos ramos, pedúnculos e pecíolos; Tem associação simbiótica com cochonilhas, que produzem secreções para o crescimento do fungo. Controle: Raspagem e pulverização com produtos a base de cobre; combate das cochonilhas, poda de limpeza e arejamento da planta. Doenças - fungos VERRUGOSE Lesões salientes irregulares e de cor acinzentada Controle: pulverizações preventivas a base de cobre no início da formação dos frutos; Doenças RUBELOSE - Corticium salmonicolor Inicia com um revestimento branco (micélio) na base dos ramos, que ao penetrar na casca destrói, causando escamação e fendilhamento, provocando a seca e morte dos ramos. Doenças ANTRACNOSE - Gloeosporium limetticola Lesões necróticas em folhas e frutos Queda de frutos logo após o pegamento, com retenção do cálice Ataca principalmente as limas ácidas (limão galego e limão taiti). Doenças GOMOSE - Phytophthora nicotianae e Phytophthora citrophthora Penetra na planta e causa exsudação de goma, folhas tornam-se cloróticas Doenças Controle: Usar materiais certificados, isentos de doenças Nas áreas afetadas, recomenda-se a sub enxertia com porta-enxertos tolerantes Doenças GREENING - agente causal - bactéria com crescimento limitado ao floema - Candidatus liberibacter spp. Transmissão - Diaphorina citri Pequeno inseto - 3 a 4 mm Comum nos pomares brasileiro e na planta ornamental conhecida como falsa murta (Murraya paniculata) Doenças Período total de desenvolvimento dos frutos Cultivares precoces – 5 a 7 meses Cultivares de meia estação – 7 a 9 meses Cultivares tardias – 10 a 14 meses Coloração da casca 50% laranja / 5% tangerinas Quantidade de suco Quanto > a quantidade de suco + próximo da maturação Sólidos solúveis totais - 18ºBrix Colheita PARÂMETROS DE MATURAÇÃO UTILIZADOS Quantidade de suco: Determinada a partir de amostras representativas coletadas no pomar (12 a 15 frutos) Extração com espremedor manual ou centrífuga Avalia o teor de suco em relação ao peso total Laranjas: acima de 40% Limões e limas ácidas: acima de 30% Tangerinas: acima de 35% Colheita e pós-colheita PARÂMETROS DE MATURAÇÃO UTILIZADOS: Relação açúcar/acidez (Ratio); Varia de 6,0 a 20,0 - Faixa ideal entre 11 e 14 Tangerinas: 8,5 a 10,0 Laranjas: 9,5 SST medido com refratômetro (Graus Brix) Acidez: amostra de suco titulada com hidróxido de sódio 0,1N Colheita e pós-colheita PARÂMETROS DE MATURAÇÃO UTILIZADOS: Coloração/aparência da casca: Laranjas – 50% da superfície corada Limões e limas ácidas – cascas lisas e brilhantes Tangerinas – mínimo 5% casca corada Exceção: Murcott e Dancy – maior % Colheita e pós-colheita Fonte: Neves, 2012. Indústria: normalmente sofrem apenas uma lavagem Consumo in natura: lavagem, água (45ºC) e agitação na presença de detergentes especiais. Os frutos recebem o polimento, posteriormente são calibrados, classificados e embalados de acordo com seu destino (mercado interno ou externo) Normas e padrões do Ministério da Agricultura Colheita e pós-colheita Fonte: Neves, 2012. Fonte: Neves, 2012. Fonte: Botelho, 2011. Custo de produção Fonte: Botelho, 2011. Custo de produção http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor Gráfico10 0.6514705882 0.1661764706 0 0.0882352941 0.0941176471 Início e atividades 0. | 6 7 8 1. | 0 0 0 2 2 2 3 5 2. | 0 0 0 0 1 2 3 3 5 5 5 6 7 7 8 3. | 0 0 0 1 4. | 0 0 2 5. | 0 0-10 3 8.8235294118 10-20 8 23.5294117647 20-30 15 44.1176470588 30-40 4 11.7647058824 40 acima 4 11.7647058824 34 100 período que exerce a atividade 0 a 10 anos 8.8235294118 10 a 20 anos 23.5294117647 20 a 30 anos 44.1176470588 30 a 40 anos 11.7647058824 acima de 40 anos 11.7647058824 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA PROPRIEDADE Somente Viveiro 7 19.4444444444 Viveiro e Pomar 13 36.1111111111 Melancia viveiro e pomar 1 2.7777777778 Viveiro e flores 4 11.1111111111 citros e outros + 4 11.1111111111 Viveiro e pecuaria 7 19.4444444444 36 100 Viveiro c/ produção outras 11 Pomar 36 Somente Viveiro 20 Pecuária 19 Flores 11 Melancia e Pomar 3 100 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ QUEM INICIOU A ATIVIDADE Familia 17 47 Próprio 19 53 Familia 47.2222222222 36 100 Próprio 52.7777777778 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Assistência técnica 100% Possui Início e atividades 0 0 0 0 0 Espec. produz. 0 0 0 0 0 0 Viveiro + 89% PE e Local 0 0 Ret. borb. PRINCIPAIS ESPECIES PRODUZIDAS DENTRO DO VIVEIRO Citros 24 67 Citros 67 + Rosaceas 3 8 Rosaceas 8 + Roseiras 4 11 Roseiras 11 + Uvas e ameixa 4 11 Uvas e ameixeiras 11 + Nativa 1 3 Nativas 3 36 100 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ESPECIES PRODUZIDAS Laranjeiras Tangerineiras Numero Umbigo Suco Doces Cai + Pareci Montenegrina Poncã Murcott Outras Limão Outros 11000 17000 1000 1000 7000 4000 4000 850 1000 100 46950 1 1900 2000 2000 5000 2000 3500 300 16700 2 1000 400 1000 600 1000 200 4200 3 1000 10000 500 4000 3000 300 400 19200 4 8000 4000 1500 2300 6000 3500 1500 800 1200 28800 5 2000 1000 1000 500 500 100 5100 6 4500 1000 1500 200 3000 1500 2000 200 13900 7 10000 10500 2500 800 7000 1500 1500 200 250 34250 8 5000 8000 2000 2000 2000 3000 2000 600 3000 1000 28600 9 2500 3800 700 1300 2000 1800 2500 400 700 100 15800 10 3000 500 1000 1000 2000 1500 1300 600 200 11100 11 6000 4700 1400 1400 4000 2500 1500 1100 1100 1150 24850 12 3500 3000 1000 1000 2000 1500 1000 1000 1000 100 15100 13 1500 300 500 200 500 1500 200 90 150 4940 14 8000 3000 2000 1500 5000 2000 2500 3500 2500 30000 15 4000 5500 1000 2500 4000 3000 2000 1500 2000 25500 16 8000 7000 10000 3000 2500 30500 17 7000 8750 2000 8000 15000 2000 6000 1800 50550 A1 6000 2080 3000 1300 2000 1500 1000 500 17380 A10 19000 19000 6000 4000 15000 3000 1000 4000 71000 A11 9100 8800 3500 3400 5000 2200 2600 700 1800 37100 A12 3500 1200 1050 1100 1800 2800 400 400 1100 13350 A13 8100 6400 5500 2000 5000 3000 1000 500 1800 33300 A14 11800 5850 2400 4600 4800 3000 3000 600 1950 38000 A15 5500 8400 3000 3000 3700 3000 3000 600 2600 300 33100 A16 3100 2100 800 1200 1500 1500 300 300 500 11300 A17 4100 2700 1250 1200 3200 500 2000 450 670 16070 A18 1500 1000 100 2000 3000 300 2000 300 10200 A3 1000 500 1400 1800 3500 800 1800 10800 A4 4900 8200 1400 6900 12500 1400 2100 1500 38900 A5 3500 3000 2000 1500 7000 1000 1500 500 1000 21000 A6 10500 19000 6000 7500 10000 6000 4000 3000 17500 83500 A7 5000 600 1400 3000 5000 1400 700 250 650 18000 A8 6000 3000 1200 3600 3000 1200 1200 1200 2000 22400 A9 188500 183280 60100 72800 166500 70400 63000 19150 52610 5100 881440 21.39 20.79 6.82 8.26 18.89 7.99 7.15 2.17 5.97 0.58 l. Umbigo L. Suco L. Doces Limão Outros Montenegrina Cai + Pareci Poncã Murcott Outras 21.39 20.79 6.82 5.97 0.58 18.89 8.26 7.99 7.15 2.17 Laranjeira Tangerina Limões Outros 49.00 44.46 5.97 0.58 Umbigo Suco Doces 21.39 20.79 6.82 Montenegrina Cai + Pareci Poncã Murcott Outras 18.89 8.26 7.99 7.15 2.17 Ret. borb. 0 0 0 0 0 Citros + 33% Mot. P.E. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Tangerineiras 44% Trat. Fittos. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TIPOS DE MUDAS PRODUZIDAS REALIZA RODÍZIO DE ÁREA 100% EM RAIZ NUA SIM 84.85% [----------> DEIXA UM ANO PARADO NÃO 15.15% ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- DESTINO DA PRODUÇAO 63,75% DA PRODUÇÃO DESTINA-SE PARA POMAR COMERCIAL 36,25% DA PRODUÇÃO DESTINA-SE A ATACADISTAS EM GERAL ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- ALTURA DE ENXERTIA (CM) 10-20 20-30 77.14% 22.86% ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- TIPO DE MUDA PRODUZIDA 99.43 0.57 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- TEMPO DE FORMAÇÃO DA MUDA 36 MESES ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- PRINCIPAIS PORTA-ENXERTOS UTILIZADOS Poncirus trifoliata L. CRAVO L. CAIPIRA CITRANGE 97.53% 1.66% 0.51% 0.29% ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- origem da semente do porta-enxerto Produz na propriedade Coleta nas proximidades Centros de pesquisa Compra mudas Outros Produz na propriedade Coleta nas proximidades Centros de pesquisa Compra mudas prontas Outros 100 65.15% 16.62% 0.00% 8.82% 9.41% 100 100 100 100 comprou de produtores 100 100 100 100 100 100 80 20 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 95 5 90 10 80 20 Compra sementes 100 100 100 100 70 30 100 100 2215 565 0 300 320 3400 65.15% 16.62% 0.00% 8.82% 9.41% 0 0 0 0 L. Cravo 1,66% L. Caipira 0,51% Citranges 0,29% Poncirus trifoliata 97,53% 0 0 0 0 0 LOCAL DE RETIRADA DAS BORBULHAS Pomar ou viveiro da propriedade EEA Pomar de vizinhos Borbulheira própria 1 1 Pomar e/ou viveiro da propriedade EEA - Taquari Pomar de vizinhos Borbulheira própria 2 1 0.6472222222 0.2027777778 0.0722222222 0.0777777778 1 1 1 1 1 1 0.5 0.5 0.5 0.5 1 1 0.5 0.5 1 0.5 0.5 1 1 1 1 1 1 0.8 0.2 0.5 0.5 1 0.5 0.5 1 0.1 0.1 0.8 0.5 0.5 1 1 0.5 0.5 0.5 0.5 1 23.3 7.3 2.6 2.8 36 0.6472222222 0.2027777778 0.0722222222 0.0777777778 1 0 0 0 0 ESCOLHA DO PORTA-ENXERTOS Número % Pela facilidade de obter semente e/ou P.E. 18 51.43% Resistência a gomose 1 2.86% Resistência a geadas (adapt. Ao clima) 9 25.71% Facilidade em trabalhar 9 25.71% Preferência do consumidor 10 28.57% Se desenvolve melhor (apresentar resistência) 15 42.86% Adaptação em solos úmidos 2 5.71% Fácil propagação 1 2.86% Total 35 Pela facilidade de obter semente e/ou P.E. Resistência a gomose Resistência a geadas (adapt. Ao clima) Facilidade em trabalhar Preferência do consumidor Se desenvolve melhor (apresentar resistência) Adaptação em solos úmidos Fácil propagação 1 2 3 4 5 6 7 8 51% 3% 26% 26% 29% 43% 6% 3% 0 0 0 0 0 0 0 0 51% - Pela facilidade de obter semente e/ou P.E. 43% TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS Número % Minador 35 100.00% Gomose 15 42.86% Pulgão e cochonilha 17 48.57% Fungicidas 15 42.86% Minador Gomose Pulgão e cochonilha Fungicidas 1 2 3 4 100.00% 42.86% 48.57% 42.86% 0 0 0 0 100% - Minador 42,86% - Gomose 48,57% - Pulgão e cochonilha 42,86% - Fungicidas
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