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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras
Disciplina: Literaturas
Coordenador: Cláudia Amorim
AD 2 –
Aluna: Gisele dos Santos Motta Bezerra			Matrícula: 12213120084
1 – Como aponta Bokar, líder espiritual de Amadou Hampâte Bâ e o saber, outra. A escrita é a fotografia do saber, mas ela não é o próprio saber. O saber é uma luz que está no homem. É a herança de tudo o que os ancestrais puderam conhecer e nos transmitiram em germe, assim como o baobá está contido em sua semente” (Cf. Aula 8) Comente esse fragmento, associando suas observações à importância da oralidade na formação das literaturas africanas de língua portuguesa.
A escrita deve estar ligada à oralidade pois é ela quem vai fazer circular para os lugares mais distantes a cultura de um grupo localizado. A escrita auxilia as histórias passadas de geração em geração a serem fixadas evitando, assim, que se percam no tempo, bem como a escrita espalha as histórias de uma determinada cultura para outros povos em outras regiões. Por isso a escrita é uma fotografia do saber, ela é a própria oralidade impressa. A oralidade é um marco na formação das literaturas africanas de língua portuguesa, pois é por meio dela que se conhecem as histórias lendárias das tribos, bem como seu passado e sua cultura e costumes, sendo passadas de geração em geração tanto pelos mais velhos, que são como fontes de sabedoria, bem como por meio dos griots. A escrita veio para que essas histórias não se perdessem com o tempo e pudessem propagar a cultura africana para que esta fosse conhecida não só por outros povos, mas também pelo próprio povo africano como um meio de autoafirmação de seua cultura que há muito havia se perdido por causa da colonização.
2 – Disserte sobre a importância da criação do prelo nas colônias africanas de língua portuguesa, a partir do fragmento abaixo, extraído do ensaio de Jurema Oliveira (cf. Material de estudo – Aula 9), intitulado “As literaturas africanas e o jornalismo no período colonial” e de que modo essa criação possibilitou a produção literária nas colônias. Africanos, portugueses e brasileiros publicavam nos espaços comuns dos almanaques, boletins, jornais, revistas e folhetos. Não tinham surgido ainda as designações de literatura angolana, moçambicana ou são-tomense com caráter de sistema nacional, mas a escrita já deixara de ser espaço de europeidade absoluta para se tornar contaminação relativa de línguas. De facto, poetas portugueses e angolanos intercalavam no texto em português, mais extenso, frases, diálogos, versos, lexemas em língua banta, quase que exclusivamente o quimbundo. A integração é perfeita, na coerência do sentido e da sonoridade e na coesão dos segmentos e dos ritmos (LARANJEIRA apud OLIVEIRA, 1992, p.11-12)
A criação do prelo, imprensa, auxiliou no aparecimento de uma nova literatura que começou a se chamar de literatura africana de expressão portuguesa. Esta literatura se originou por meio de confrontos, das rebeliões literárias, linguísticas e ideológicas no momento em que houve a conscientização que causou a revolução na África. É através da criação da imprensa nas colônias portuguesas que se dá um grande impulso na criação de jornais e obras produzidas especialmente nas colônias. Foi por causa desse movimento que se iniciou o sentimento nativista que foi se diferenciando da escrita europeia e iniciando um movimento de autoafirmação da cultura africana, causando, um tempo mais tarde, um investimento em palavras e frases nas línguas locais.
3 – O movimento negritude e o pan-africanismo motivaram, no período que se segue à Segunda Guerra Mundial, uma tomada de consciência da situação do negro, não só no continente africano, quanto na América, para onde milhares de africanos foram levados em séculos anteriores durante a escravidão. Disserte sobre a relação entre esses acontecimentos e os movimentos próindependência que ganharam força nas colônias africanas nas décadas de 1950/1960. 
O Pan-africanismo busca o desenvolvimento entre os países da África, levando em conta os pontos em comum da cultura dos países africanos e o movimento da Negritude, é o sentimento de orgulho e conscientização do valor e da riqueza cultural, que pensava não só o homem negro da África, mas também na diáspora como tendo uma origem cultural comum. Estes movimentos foram importantes para uma tomada de consciência dos povos africanos que viria a desembocar num processo gradual de reivindicação por autodeterminação e liberdade dos países africanos, com a organização de frentes de libertação nacional.
4 – Comente, com suas palavras, por que o conceito de pós-colonialismo é problemático, quando associado às literaturas africanas de língua portuguesa.
O conceito de pós-colonialismo é problemático quando associado às literaturas africanas de língua portuguesa porque não possui uma data específica para o seu início, por elas serem diferentes para cada país, ou seja, a independência de cada país da África ocorreu em períodos diferentes. O Pós-colonialismo é marcado pela produção discursiva que adota um ponto de vista completamente diferente da produção de origem colonial, por focarem mais em seu próprio idioma local, cultura, costumes e história.

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