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1 INTRODUÇÃO Através dos exames radiológicos acompanha-se a evolução, remissão e cura de várias patologias, evitando-se o sacrifício do animal. Para a obtenção de um diagnóstico preciso, os exames devem ser realizados por profissionais habilitados para a conclusão de um tratamento adequado para o paciente. Na medicina veterinária uma das áreas promissoras é a radiologia e diagnóstico por imagem, e como na medicina humana, o serviço do profissional da área de imagem na veterinária também pode ser realizado pelo técnico ou tecnólogo em radiologia. A radiologia veterinária encontra-se num período de evolução, com um passado relativamente curto, um presente excitante e um grande futuro pela frente, face à importância no auxilio diagnóstico das enfermidades na clínica de pequenos animais. Embora a evolução tenha trazido inúmeros métodos de diagnóstico, muitos com alto grau de sofisticação, o estudo radiológico, torna- se indispensável à sua rotina clinica pela sua simplicidade e rapidez na elucidação dos casos clínicos, redirecionando os especialistas na área terapêutica, além da diagnóstica. O objetivo deste trabalho é apresentar a importancia da radiologia dentro da medicina veterinária. 2 1. DESENVOLVIMENTO Radiologia é um dos meios mais importantes de diagnóstico por imagem, muito utilizada pelos médicos veterinários, muitas vezes como um dos primeiros recursos para tentar solucionar a patologia apresentada pelo animal, sendo ele de pequeno ou grande porte. Depois de uma avaliação radiológica várias decisões clinicas ou cirúrgicas podem ser determinadas. Este método possibilita ao médico veterinário informações com maior rapidez e eficácia. De acordo com a resolução do Conter n° 02, de 10 de maio de 2.005, em seu artigo 3º, foram instituídas e normatizadas as atribuições dos profissionais técnicos e tecnólogos em Radiologia, com habilitação em Radiodiagnóstico nos setores de diagnóstico por imagem, ao atuarem na área da Radiologia Veterinária. A radiologia veterinária vem evoluindo devido a sua grande importância no auxílio de diagnóstico das patologias na clínica de pequenos e grandes animais. Essa evolução, além de trazer métodos de diagnósticos sofisticados, o estudo radiológico tornou-se indispensável pela simplicidade e rapidez na resolução dos casos clínicos. A maioria das pessoas pensa que o raio x é indicado apenas para casos de fraturas ósseas, mas por meio desse aparelho é possível detectar também problemas de coração, tumores abdominais, processos obstrutivos no trato urinário, entre outras doenças. Com os exames radiológicos é possível acompanhar a evolução e o processo de cura de muitas doenças, o que muitas vezes evita ter que sacrificar o animal. A Radiologia é a parte da ciência que estuda órgãos e estruturas através as utilização dos raio-X, gerando uma imagem. No Brasil o Conselho Federal de Medicina reconhece a especialidade pelo nome de “Radiologia e Diagnóstico por Imagem”. 1.1 MEDICINA VETERINÁRIA Medicina veterinária é uma ciência que se dedica ao estudo prevenção, controle e tratamento das doenças, traumatismo ou qualquer outro agravo á saúde os animais. Em 09 de setembro de 1933 através do Decreto nº23.133 foi regulado o exercício da profissão veterinária no Brasil. 3 Sua aplicação tem se expandido em função da disponibilidade de técnicas avançadas e de diagnóstico por imagem, como exames radiográficos, simples e contrastados, ultrassonografia e tomografia computadorizada. Além dos equipamentos fixos, existem hoje equipamentos portáteis de radiologia e ultrassonografia, adaptados para uso veterinário, que facilita a realização dos exames, principalmente em animais grandes, como equinos. Hoje no Brasil faz uso dos raios-x e o ultra-som, sendo de suma importância para o diagnóstico de uma variada gama de patologias. 1.2 HISTÓRIA DA RADIOLOGIA E RADIOLOGIA VETERINÁRIA A história da Radiologia começou em 1895 com a descoberta experimental dos raios-X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen. À época as aplicações médicas desta descoberta revolucionaram a medicina, pois havia se tornado possível a visão do interior dos pacientes. Com o passar dos anos, este método evoluiu e assumiu uma abrangência universal na pesquisa diagnóstica do ser humano. A primeira radiografia foi realizada em 22 de dezembro de 1895. Neste dia, Roentgen pôs a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no chassi, com filme fotográfico, fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca de 15 minutos. Revelado o filme, lá estavam, para confirmação de suas observações, a figura da mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos densas. No Brasil, a primeira radiografia realizada foi em 1896. Nessa época não havia poder suficiente derivado do aparelho disponível para tornar a radiografia de diagnóstico em animais grandes um procedimento muito útil. A julgar pelas fotografias de atentados radiográficos veterinários durante esse período, parece provável que tenha ocorrido mais danos ao assistente do radiologista do que o bom atendimento ao paciente. Mesmo em 1953, quando um conferencista veterinário da Europa central (durante o Congresso Veterinário Internacional em Estocolmo) foi questionado sobre os slides que mostravam as mãos do assistente no feixe direto, ele respondeu que os assistentes eram substituíveis. Em 1927, uma doação do Instituto Rockefeller 4 nos Estados Unidos forneceu fundos para equipamentos e estabelecimento do Instituto Roentgen da Escola Superior Veterinária de Viena. O professor Alois Pommer foi associado ao Instituto desde a sua criação e tornou-se seu diretor em 1938. Já a radiologia Veterinária, teve seu inicio com atividades de ensino, no setor de medicina veterinária e zootecnia da faculdade de ciências biológicas de Botucatu (FCMBB) onde era constituído por cinco departamentos: Clinica, cirurgia, zootecnia, reprodução animal e saúde publica. Com a implantação do hospital veterinário, o departamento de reprodução animal se juntou com o departamento de cirurgia conforme as exigências dos estatutos da universidade, aprovado pelo decreto Lei 9449, chamado departamento de cirurgia veterinária e reprodução animal. Em 1986 foram lançados 39 livros sobre o assunto e foram realizados 1044 trabalhos científicos. Em 1987 o pessoal da área de reprodução animal propôs o desmembramento deste departamento, mas não foi aceito. Em janeiro de 1995, outro processo com a mesma finalidade foi aprovado pelo conselho do departamento e em agosto desse mesmo ano, e então passaram a ser chamados de Departamento de cirurgia e anestesiologia veterinária e Departamento de reprodução animal e radiologia veterinária. Hoje em dia a radiologia veterinária ainda se encontra num período de evolução. A radiologia veterinária tem um passado relativamente curto, mas de grande desenvolvimento, devido a sua importância no auxilio no diagnostico de doenças em animais de grande e pequeno porte. 1.3 ATUAÇÃO DO TÉCNICO/TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA O profissional Tecnólogo e/ou Técnico em Radiologia Médica estará apto a operar equipamentos nos serviços de Radiologia Convencional, Mamografia, Tomografia Computadorizada, Medicina Nuclear, Radioterapia, Ressonância Magnética, Hemodinâmica, Densitometria Óssea, Radiologia Odontológica, Radioterapia e Radiologia Industrial. A medicina veterinária não difere da medicina humana, com relação às questões normativas de radioproteção, como a utilização de acessórios plumbíferos (luvas, avental, óculos, colar de tireóide), dosimetria, baritagem de sala, grade difusora e análise a cada seis 5 meses do aparelho em uso, por empresas especializadasque atestarão as condições de funcionamento do aparelho, quanto à fuga de radiação, colimação, mA, kV e tempo, e preparação de relatórios para que se promovam modificações e consertos, caso houver necessidade. Com relação ao pedido de exame médico, o profissional em radiologia, deverá verificar se o mesmo possui as seguintes informações: nome do proprietário, espécie animal, raça, sexo, idade, número de registro do exame e nome do profissional veterinário. Todas essas informações deverão ser repassadas para o livro de registro, que é exigido pelo departamento de vigilância sanitária e que deverá conter ainda a região a ser radiografa e a técnica utilizada no procedimento. Esse pedido de exame médico deverá ficar arquivado para futuras investigações, se necessário. Na maioria dos serviços, os operadores técnicos ou tecnólogos são procedentes da medicina humana, são treinados pelos médicos veterinários responsáveis pelo setor, portanto ainda não existe a contratação de especialista nessa área. Na Radiologia Veterinária, a atuação do técnico e tecnólogo se assemelha muito com a radiologia pediátrica, pois os pacientes não são colaborativos e necessitam de acompanhamento. Nesse caso, são necessários dois acompanhantes para a contenção física ou a utilização da contenção química (anestesia) em diversas técnicas de posicionamento. A contenção química deve ser realizada por um médico veterinário, que deverá verificar antes da realização do exame, se o paciente possui condições clinicas para tal procedimento, pois existem situações em que a restrição é contra-indicada, como por exemplo, quando o animal não está em jejum, e em determinadas cardiopatias ou nefropatias, nesses casos, são utilizados fármacos especiais. Na medicina veterinária o diagnóstico por imagem é um dos mais importantes métodos de avaliação radiológica, no qual se utilizam raios-X, ultra-som, tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia. 1.4 PROCEDIMENTOS RADIOLÓGICOS NA MEDICINA VETERINÁRIA A radiologia veterinária é extremamente rica em acessórios, os quais contribuem na rotina diagnóstica para a realização de exames radiológicos. Entretanto o conhecimento deste material é muito importante, justamente para 6 que haja uma utilização correta usufruindo todos os benefícios aos quais os mesmos oferecem para o técnico em radiologia veterinária, assim como para o médico veterinário, auxiliar de sala e acompanhante do animal. Abaixo veremos com ilustração os acessórios mais utilizados em uma rotina veterinária: � Avental de Chumbo: É fundamental para a radioproteção do profissional em sala de exames, o qual deve ser também oferecido para o acompanhante da sala que auxiliam na imobilização do animal que será_radiografado; � Cilindros e cones de extensão: São utilizados quando se deseja localizar estruturas de interesse radiológico com evidência, além de minimizarem a radiação secundária. � Luvas de chumbo: São indispensáveis na radioproteção, evitando exposição da radiação ionizante nas extremidades do profissional ou acompanhante que estará segurando o animal ao ser radiografado com segurança; � Protetor de tireoide: é feito com malha de chumbo utilizado na região cervical do animal, profissional e acompanhante. Protege as glândulas tireoides contra a exposição e contaminação da radiação ionizante na realização do exame radiológico. � Termômetro: Utilizado em tanques de revelação, mede a temperatura correta dos químicos utilizados na revelação de filmes radiológicos. É de fundamental importância para um bom padrão radiográfico; � Faixa de compressão: é utilizada para se restringir o animal com segurança na realização dos exames radiológicos, principalmente quando o animal está agitado, evitando a sedação farmacológica; � Identificador radiográfico eletrônico: É utilizado dentro da sala escura para se identificar o nome do animal, bem como outras informações importantes no filme radiográfico; 7 � Chassis radiográficos: são utilizados para armazenar o filme radiográfico; � Écran: Película composta de tungstato de cálcio, o material fica dentro do chassis em íntimo contato com a película radiográfica, emitindo luz quando exposta a radiação ionizante; � Tanque de revelação: é utilizado para armazenar os químicos de revelação para a película; � Letras e números de chumbo: São utilizados para identificar informações importantes pertinentes ao animal e o seu posicionamento na película radiográfica; � Conjunto para histerosalpingografia: É utilizado para se avaliar a estrutura uterina de animais; � Pinça para uretrocistografia: É utilizada para se realizar uretrocistografia de animais. 2. MÉTODOS DE CONTENÇÃO Os métodos de contenção é um conjunto de meios para manter os animais na posição adequada na hora dos procedimentos, para evitar repetição de exame por exemplo. Outro objetivo da contenção é proteger o profissional nos procedimentos. Existem dois tipos de contenção: física e química. Na contenção física, são utilizadas a força física do profissional para segurar os animais e acessórios de contenção, como: focinheiras, laços, ganchos, colares, argolas de fixação, entre outros acessórios. Na contenção química, substâncias químicas são administradas nos animais por via oral, venosa, intramuscular, inalatória, entre outras. Estas substâncias são sedativos para conter os animais durante os procedimentos, principalmente na radioterapia. A droga mais usada é a ACEPRAN com morfina, usada em animais com muita dor ou agressivos. 8 2. FOTOS 9 Tomografia Radioterapia 10 4.CONCLUSÃO O número de hospitais e clínicas veterinárias que oferecem serviços de diagnósticos vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, pois além de oferecerem serviços de radiodiagnósticos e análises clínicas, otimizam a clínica do animal salvando vidas além da satisfação do seu proprietário. No entanto o veterinário deve dar atenção para algumas normas e conceitos sobre proteção radiológica e os riscos de contaminação, os quais são muito importantes e merecem cuidados. A responsabilidade do radiologista, não deve ser simplesmente com o procedimento isolado, mas sim com o cuidado geral do paciente. Esta participação deve inicialmente esclarecer, havendo indicação 11 para determinados, se a medida adotada é a compatível, que tipos de consequências poderão resultar, e principalmente prognosticar caso a caso, paciente a paciente, e trabalhar lado a lado com as demais especialidades e obviamente com o médico-veterinário. 12 5.BIBLIOGRAFIA: http://radiodiagnosticoveterinario.blogspot.com.br/2011/04/breve-historico-da- radiologia.html. Pesquisado em 05.01.2017; http://onlinelibrary.wiley.com/journal/10.1111/(ISSN)1740-8261/.Pesquisado em 05.01.2017; McALLISTER, H.; KEALY, J.K.; Radiologia e Ultra-sonografia do cão e do gato. 3 ed. São Paulo: Manole. 2005. Disponível em: https://issuu.com/elsevier_saude/docs/kealy_-_e-sample. Pesquisado em 05.01.2017; http://www.verita.vet.br/blog/radiologia-veterinaria-em-diagnosticos/.Pesquisado em 05.01.2017; http://portaldaradiologia.com/?p=3657. Pesquisado em 06.01.2017; http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_rvjoence.htm. Pesquisado em 06.01.2017; http://www.tecnologiaradiologica.com/materia_atuacaoveterinaria.htm.Pesquisado em 06.01.2017;; https://www.passeidireto.com/arquivo/5303213/apostila-de-radiologia- veterinaria. Pesquisado em 06.01.2017; https://www.evz.ufg.br/up/66/o/18a_Anestesia_pequenos.pdf.Pesquisado em 10.01.2017.
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