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FISIOTERAPIA NO PACIENTE QUEIMADO

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FISIOTERAPIA NO PACIENTE QUEIMADO
 
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ESTRUTURA DO TEGUMENTO
O tegumento humano, mais conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si: a epiderme e a derme.
Funções: Tem as funções de revestimentos, proteção, imunidade, sensação, regulação corporal, excreção, síntese de vitamina 	D. 
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PELE
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As queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos causados por agentes térmicos, químicos, elétricos. 
MENEZES e SILVA,1998 
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ETIOLOGIA
	
Líquido e vapores aquecidos.
Substâncias inflamáveis.
Contato direto com chama.
Radiação.
Eletricidade.
Produtos químicos. 
 
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CLASSIFICAÇÃO
Primeiro Grau:
Superficial, as lesões restringem-se á epiderme. 
 Quadro clínico apresenta hiperemia local, ausência de bolhas ou flictenas e um quadro doloroso pronunciado.
 São geralmente lesões não significativas, sem alteração hemodinâmicas ou alterações clínicas importante. 
GUIRRO, 2004
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LESÃO DE 1° GRAU
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CLASSIFICAÇÃO
Segundo Grau:
As lesões atingem a epiderme e espessuras variáveis da derme.
 A característica clínica desse tipo de lesão é a formação de bolhas ou flictenas. 
 Este tipo de lesão é extremamente doloroso, devido a irritação das terminações nervosas livres e dos sensores para dor que sobrevivem ao insulto térmico. 
GUIRRO, 2004
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LESÃO DE 2º GRAU
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CLASSIFICAÇÃO
Terceiro Grau:
 Grave, atinge toda a epiderme e derme, em muitos casos outros tecidos são atingidos ( muscular e ósseo).
Clinicamente apresenta um aspecto esbranquiçado ou marmóreo.
As escaras terão ao toque uma aspecto ressecado e coriáceo. 
A cicatrização é difícil e demorada, sendo necessárias intervenções mais drásticas como as enxertia de pele. 
GUIRRO, 2004
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LESÃO DE 3º GRAU
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QUEIMADURA QUÍMICA 
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LESÃO DE 3º GRAU
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CLASSIFICAÇÃO
Quarto grau:
Destruição completa de todos os tecidos.
Áreas carbonizadas.
Prognóstico é incerto, sendo necessária uma extensa excisão cirúrgica ou possivelmente amputação. 
GUIRRO, 2004
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LESÃO DE 4º GRAU
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QUEIMADURA ELÉTRICA
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EXTENSÃO DA ÁREA QUEIMADA
O método mais rápido para a determinação da área queimada é constituído pela regra dos nove.
O corpo é dividido em múltiplos de nove.
MACIEIRA, 2006
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EXTENSÃO DA LESÃO
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Alterações fisiológicas
Elevação do hematócrito
Diminuição do volume circulante de plasma
Aumento da viscosidade sanguínea
Aumento da resistência vascular periférica
Choque hipovolêmico
Hiperventilação pulmonar
Edema pulmonar
Embolia ou pneumonia
Função renal prejudicada(diminui filtração)
Aumento do metabolismo
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INFECÇÃO DA QUEIMADURA
As queimaduras fazem com que o indivíduo perca sua primeira linha de defesa, a pele íntegra. Desta forma, o equilíbrio microbiota é alterado, permitindo o crescimento de bactérias patogênicas.
GUIRRO, 2004
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QUEIMADURA INFECTADA
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ESCARECTOMIA
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PREVENÇÃO DA INFECÇÃO
A prevenção e o controle da infecção dependem fundamentalmente da balneoterapia.
MACIEIRA, 2006
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BALNEOTERAPIA
Consiste na retirada de todos os fragmentos de epitélio desprendidos, sujeiras e tecidos mortos que permanecem na área queimada, que certamente se constituirão em excelente meio de cultura para proliferação de bactérias.
MACIEIRA, 2006
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BALNEOTERAPIA
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ESCARECTOMIA DURANTE A BALNEOTERAPIA
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Processo de cura
Eliminação dos tecidos desvitalizados
Regeneração do tecido vascular e conjuntivo
Epitelização
Retração
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CURATIVO
Existem dois métodos para a realização do curativo de uma queimadura.
Curativo oclusivo apresenta vantagens:
Maior mobilidade para o paciente.
O impedimento de uma contaminação adicional.
A possibilidade de se obter imobilização. 
MACIEIRA, 2006
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CURATIVO OCLUSIVO
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CURATIVO
O curativo aberto apresenta desvantagens entre elas:
Aderências das feridas á roupa de cama.
Presença de dor quando o paciente muda de posição.
Sensação de frio.
MACIEIRA, 2006
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CURATIVO ABERTO
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CURATIVO
Os parâmetros que servem de indicativos para a escolha do método são principalmente:
O local da queimadura.
Sua extensão e profundidade.
O tipo do paciente.
O tipo de agente tópico escolhido. 
 Os recursos disponíveis. 
MACIEIRA, 2006
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INTERVENÇÃO CIRURGICA
As lesões extensas provocadas por queimaduras de terceiro grau eliminam a capacidade de regeneração da pele, sendo necessário enxertia cutânea.
 
GUIRRO, 2004
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enxertos
Auto – enxerto: chamados de enxerto autógenos, são retiradas pele de uma área não queimada do paciente.
Aloenxerto ou homoenxerto: quando o tecido é retirado de cadáver.
Xenoenxerto ou heteroenxerto: a pele utilizada é de outra espécie animal.
Enxerto temporário: pele artificial. 
Só após 2 semanas para saber se fixou.
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AVALIAÇÃO
Cabeçalho com dados de identificação.
Identificação de patologias associadas e pregressas.
 Identificação do agente causador, traumas associados, inalação de fumaça.
 Identificação da localização e profundidade da lesão.
GUIRRO, 2004
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AVALIAÇÃO
Identificação do percentual de superfície corporal atingida.
Avaliação respiratória: ausculta, padrão respiratório, secreção, mobilidade torácica.
Avaliação articular e funcional dos segmentos envolvidos.
Avaliação postural. 
GUIRRO, 2004
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Cuidados:
Evitar massagem clássica nos primeiros 20 dias
Não utilizar ultra violeta
Planejar e projetar órteses visando evitar contraturas
Prevenir flebites,pneumonias e contraturas
Orientar aparência do enxerto(violáceo e róseo)
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OBJETIVOS DO TRATAMENTO
Manter a amplitude de movimentos.
Impedir ou reduzir as contraturas cicatriciais.
Impedir as complicações pulmonares.
Promover a independência na deambulação.
Promover a independência nas atividades de vida diária.
Melhorar a resistência e a força cardiovascular.
Viabilizar o retorno do paciente a sociedade.
O´SULLIVAN, SCHIMITZ. 1999 
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Tratamento Fisioterapêutico no Início
Posicionamento correto
Mobilização passiva ou ativa 
Alívio da dor
Higiene brônquica
Melhora da ventilação pulmonar
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Posicionamento
Evitar posturas viciosas(flexão e adução)
Evitar encurtamentos
Mudar de 2 em 2 horas
Membros queimados elevados
Órtese de ortoplasth, posição neutra
Malhas ou curativos de pressão constante evitando contratura cicatricial(25mmhg)
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TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Massagem clássica.
Cinesioterapia para prevenir complicações como flebite, pneumonia e contraturas.
Projetar órteses e planejar posicionamento dos segmentos acometidos, visando a prevenção de contraturas secundárias. 
GUIRRO, 2004
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TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO
Laser
Infravermelho
Ultra-som
Ultravioleta
TENS
Crioterapia
Correntes excitomotoras
GUIRRO, 2004
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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Desobstrução brônquica.
Expansão pulmonar.
Oxigenoterapia.
VNI.
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MASSAGEM
Massagem Clássica: melhora a circulação e facilita a penetração de agentes lubrificantes.
Massagem transversa profunda: rompe aderências, possibilitando um aumento da maleabilidade tecidual. 
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CINESIOTERAPIA
Mobilização para manutenção da amplitude articular.
Deambulação precoce.
Exercícios proprioceptivos.
Obs: exercícios mal planejados podem promover fissuras na pele, possibilitando infecções. A massagem previa com substancias lubrificantes que promovam um aumento da mobilidade tecidual para facilitar a execução dos exercícios. 
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CINESIOTERAPIA
O exercício é essencial para a cicatrização pelo fato de estimular a circulação e portanto aumentar o oxigênio. 
Promove tensão no tecido, redirecionando assim a reestruturação do colágeno.
Obs: A tensão excessiva no tecido neoformado pode promover o rompimento das novas fibras ou até mesmo a sua proliferação em excesso. Existe uma tênue divisão entre a quantidade
de exercício que maximiza e aquela que minimiza o reparo. 
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CRIOTERAPIA
Usados em queimaduras de 1º grau e 2 º grau.
Diminui a dor, e extensão da hiperemia e das bolhas.
Obs: é necessário lembrar que a crioterapia quando aplicada por longos períodos deprime a cicatrização de lesões. 
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LASER
Tipos:
830 nm
632,8 nm
Objetivos Terapêuticos:
Ação antiinflamatória.
Ação regenerativa.
Diminuição de aderências.
Aumento da sensibilidade.
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ULTRA SOM
Tipo:
Contínuo - 1MHZ. 
Objetivos Terapêuticos:
Regeneração do tecido vascular e conjuntivo.
Epitelização.
Prevenir e diminuir a retração.
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ULTRA-VIOLETA
Tipo:
Raio UV-B e UV-C
Objetivos Terapêuticos:
Anti-bactericida.
Cicatrizante.
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ULTRA-VIOLETA
Deve ser iniciado 48 horas após o acidente.
As sessões são alternadas, totalizando 16 dias de aplicações.
O tempo de irradiação proposto é de 1 minuto nas 4 primeiras sessões, 2 minutos da 5ª a 8ª sessão e 3 minutos da 9ª a 16ª sessão.
GUIRRO,2004
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INFRA-VERMELHO
RAIOS IV-A, IV-B, IV-C
OBJETIVOS TERAPÊUTICOS:
Vasodilatação.
Melhora o metabolismo local.
Melhora o aspecto da pele.
Alívio da dor.
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