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Profª. Drª. Ana Claudia de Azevedo Propriedades Ópticas do Materiais Propriedades ópticas dizem respeito à resposta de um material à interação com radiação eletromagnética, especialmente com a luz visível. • A radiação eletromagnética, na perspectiva clássica (Maxwell), é vista como decorrente de campos elétricos e magnéticos oscilantes. • Luz, calor, raios X, ondas de rádio, raios gama, radiação infravermelha e radiação ultravioleta são variedades da radiação eletromagnética. Cada uma dessas variedades se distingue pela frequência de oscilação dos campos. • A luz visível se concentra numa pequena faixa do espectro eletromagnético, mais especificamente na que vai de 0,4 μm a 0,7 μm. Radiação próxima ao limite inferior tem aparência violeta e radiação próxima ao limite maior tem aparência avermelhada. Propriedades Ópticas • Toda radiação eletromagnética tem, no vácuo, velocidade igual a: fλc Onde [m ou Å ] é comprimento de onda e a frequência f [Hz] de um onda de radiação eletromagnética. Maxwell previu a velocidade das ondas no Vácuo a partir de constantes elétricas e magnéticas mensuráveis em laboratório. • Quando a luz interage com um sólido, uma parte da radiação é transmitida através do meio, uma parte é absorvida e uma parte é refletida na interface. • Se tivermos um feixe com intensidade I0 (em watts por metro quadrado) pode-se portanto escrever: sendo IT a intensidade transmitida, IA a intensidade absorvida e IR a intensidade refletida. Se dividirmos a equação acima por I0, obteremos a relação fundamental: T + A + R = 1 onde T é a transmissividade, A é a absortividade e R é a refletividade. Tipos de Materiais • Materiais capazes de transmitir a luz com pouca absorção e reflexão são transparentes. • Materiais capazes de transmitir luz, mas de maneira difusa, dispersa no interior do material, são translúcidos. • Materiais opacos são impenetráveis à transmissão de luz visível. • Os metais volumosos são opacos ao longo do espectro visível. Isolantes elétricos podem ser transparentes e semicondutores podem ser transparentes ou opacos. De acordo com o 3o postulado de Bohr que permite calcular o comprimento de onda radiação emitida: h EE λ c f mn Nomeclatura Energia elétrica 5,0x10 6 [m] Áudio-freqüência 5,0x104 a 5,0x105 [m] Rádio-freqüência 200 a 500 [m] FM, TV, VHF, UHF 0,5 a 5,0 [m] Infra-vermelho 7000 a 107 [Å] Vermelho 6500 a 7000 [Å] Laranja 6000 a 6500 [Å] Amarelo 5500 a 6000 [Å] Verde 5000 a 5500 [Å] Azul 4500 a 5000 [Å] Violeta 4000 a 4500 [Å] Ultra-violeta 40 a 4000 [Å] Raios X 0,1 a 40 [Å] Raios 10 -3 a 0,1 [Å] • Quando um elétron se encontra num estado excitado, ele tende a decair brevemente para seu estado fundamental, emitindo radiação eletromagnética no processo. Transições Eletrônicas • Uma vez que os níveis de energia de um átomo são discretizados, apenas alguns valores de ΔE são permitidos. Por exemplo, apenas fótons de determinadas frequências poderão ser absorvidos. Propriedades Ópticas dos Não-Metais • Devido à estrutura de bandas, materiais não-metálicos podem ser transparentes à luz visível. Portanto, é necessário lidar também com os fenômenos de transmissão e refração. REFRAÇÃO: A luz transmitida para o interior de materiais transparentes sofre um decréscimo de velocidade, e, como consequência, é “inclinada” desde a interface do material. Esse fenômeno é conhecido como refração. Refração O índice de refração n de um material é definido como sendo a razão entre a velocidade da luz no vácuo (c), e a velocidade da luz no meio enfocado (v): A luz branca, seja ela proveniente do Sol ou de uma lâmpada incandescente, quando muda de um meio de propagação para outro, sofre refração, isto é, sofre mudança na velocidade de propagação. Essa mudança de meio de propagação faz com que a luz branca se decomponha em infinitos raios de luzes monocromáticas, conhecidas como as sete cores do arco-íris. Esse processo físico constitui, portanto, a decomposição da luz branca. Isso é ilustrado pelo conhecido fenômeno de decomposição da luz por um prisma, experimento concebido por Sir Isaac Newton. Refração No século XVII o matemático e astrônomo holandês Snell descobriu uma lei que possibilita calcular o ângulo de refração como também o índice de refração do meio. Em sua homenagem essa lei ficou conhecida com Lei de Snell, e ela pode ser escrita da seguinte forma: n1senθ1 = n2senθ2 Reflexão Quando um material passa de um meio para outro que possui índice de refração distinto, uma parte da luz é dispersada na interface dos meios. Tem-se então uma refletividade R. Se a incidência da luz é normal à interface, então: onde n1 e n2 são os índices de refração dos dois meios. Reflexão • Quanto maior for o índice de refração do material, maior será sua refletividade. Para vidros de silicato típicos, R ≈ 0,05. • Assim como o índice de refração, a refletividade depende do comprimento de onda da luz incidente. • As perdas por reflexão para lentes e outros instrumentos ópticos são minimizadas pela aplicação, sobre a superfície refletora, de camadas muito finas de revestimentos de materiais dielétricos, como o fluoreto de magnésio. Absorção • Materiais não metálicos podem ser opacos ou transparentes à luz visível. Caso forem transparentes, poderão ter um cor definida. • A radiação luminosa é absorvida nesses materiais por dois mecanismos fundamentais: polarização eletrônica e transições eletrônicas da banda de valência para a banda de condução. • A polarização eletrônica é importante apenas para frequências de luz na vizinhança da frequência de relaxação dos átomos. Absorção e Estrutura de Bandas Absorção e Estrutura de Bandas
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