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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA BRENO DÓRIA LUAN CALHEIROS LUIZA SIMÕES RELATÓRIO DO EXPERIMENTO “PÊNDULO DE TORÇÃO” FIS122 – Física Geral e Experimental II Prof. Raphael Silva Salvador 2017 RESUMO Neste relatório, iremos analisar o experimento realizado no laboratório de física sobre o pêndulo de torção e relacionar a prática com o que é visto na teoria, em sala de aula. Por meio desse experimento, estudamos o pêndulo de torção, um sistema físico que realiza oscilações harmônicas quando deslocado suavemente de sua posição de equilíbrio. A partir dos dados obtidos será possível relacionar algumas grandezas físicas, como W², que é o quadrado da frequência angular, e as variáveis do momento de inércia. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 4 OBJETIVOS 5 MATERIAIS UTILIZADOS 6 MÉTODOS 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 7 CONCLUSÃO 8 REFERÊNCIAS 8 INTRODUÇÃO Pêndulo de torção é a forma como se denomina um sistema composto por um corpo rígido suspenso por um fio que oscila em torno de um eixo a partir de um leve de deslocamento (cujo ângulo ɵ<<1 radiano, o que implica que sen ɵ ≅ ɵ) em relação à sua posição de equilíbrio. A partir do abandono do corpo, após esse deslocamento, surge um torque restaurador, que é dado por: ح = -(K').ɵ Onde (K') é a constante de torção. Aplicando a segunda lei de Newton na forma angular, é possível chegar à equação do MHS, tal que: (δ²ɵ/δt²) + [(K')/I].ɵ = 0 Assim, obtemos a frequência angular W como √[(K')/I]. Além disso, analisaremos como a frequência de oscilação é influenciada tanto pelo fio como pelo corpo (massa e dimensões) que está em suspensão. OBJETIVOS: Após a captação dos dados, deve-se analisar, como cada variável influencia no período de oscilação. Dessa forma, modificamos uma a uma essas variáveis, visando gerar resultados diferentes e estabelecer relações direta e inversamente proporcionais dessas grandezas. Alteraremos o corpo, o comprimento da haste delgada e a massa dos pesos acoplados à barra de alumínio e verificaremos alterações no período de oscilação, que encontramos a partir da média aritmética de 10 períodos. MATERIAIS UTILIZADOS Barras cilíndricas e barra retangular de metal; Tarugos; Haste delgada de metal; Cronômetro; Régua; Bases, garras e suportes; MÉTODOS Após as medições da massa das barras, dos comprimentos e momentos de inércia, foi realizada, respectivamente, a variação dos corpos oscilatórios, do momento de inércia da barra retangular e o comprimento da haste delgada, a fim de observar a variação no período de oscilação do pêndulo. Para isso, foi provocada uma pequena oscilação do objeto a partir de uma inclinação com ângulo inferior a 20º. Imediatamente após a soltura do objeto, foi iniciada uma cronometragem até que fossem atingidas 10 oscilações (para reduzir os erros de medida). Com os dados já captados, o período observado foi dividido por 10 com a intenção de obter um período médio para cada oscilação. DADOS: RESULTADOS E DISCUSSÃO Primeiramente, foi feito um gráfico relacionando o período da oscilação com a grandeza m(L²+3.R²), como em anexo. A partir daí, foi feita a relação entre fórmulas a fim de achar o (K'), como tal: W = 2π /T W = √ [(K')/I] Dessa forma, igualando as duas equações e substituindo os valores já obtidos, encontramos, aproximadamente: (K') = 0,481 Na segunda etapa, utilizando os mínimos quadrados, encontramos a seguinte relação entre d² e T² (de forma que foi possível linearizar o gráfico em anexo): T² = 63,282.(d²) + 0,653 Comparando os coeficientes encontrados com os valores de M e I através da expressão a seguir (1): Temos: M = 0,386 e I = 7,96.1^(-3) Assim, calculando o erro para as medidas, visto que o Mexperimental = 0,286 e o Iexperimental = 2,1.10^(-2), obtemos: erro = (| medida teórica – medida experimental |) / medida teórica erro de M = 62% erro de I = 35% Por fim, na terceira etapa, aplicando logarítmo em ambos os lados da equação para encontrar a relação entre T e C, temos: 0,67(C) + 0,835 = T²/(I.4π²) (2) E, comparando as equações (1) e (2) e reorganizando-as, conseguimos a dependência que está de acordo com o início do relatório de instrução para o experimento: 1/(K') = 0,67(C) + 0,835 (3) Enfim, comparando (1) e (3), obtemos a seguinte relação entre C e d: (T²) = 4π²/(0,67(C) + 0,835) . (m.L²/12 + 2.M.d²) CONCLUSÃO O Pêndulo de Torção é um tipo de oscilador harmônico simples que leva em conta o ângulo ao qual é submetido o fio suspenso que carrega algum peso na sua extremidade. (Halliday et al. (2006)). A partir dos dados obtidos através do experimento e da sua observação, é possível perceber algumas relações entre as grandezas variáveis avaliadas, como quanto maior o momento de inércia, gerado pelo maior massa e raio do corpo, maior o período de oscilação. Analogamente, quanto maior for o comprimento da haste delgada, menor será a frequência de oscilação. Pode-se inferir também que houve uma divergência significativa entre os valores teórico e experimental de algumas grandezas, como por exemplo, o momento de inércia, que obteve erro de 35%, geralmente causado por erro humano do desenvolvimento do experimento ou falta de precisão dos instrumentos de medição. REFERÊNCIAS HALLIDAY, D.;RESNICK, R.; E W ALKER; J. Fundamentos da Física – Vol. 2, Gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2009 UFBA. Instituto de Física. Roteiro de Laboratórios para Física Geral e Experimental II – Pêndulo Físico. Disponível em: <http://www.fis.ufba.br/sites/fis.ufba.br/files/5_pendulo_fisico.pdf >. Acesso em: 29 de nov. 2017.
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