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Atos Processuais (resumo e observações para o TJ-SP)

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ATOS PROCESSUAIS
Dos Atos em Gerais
1. Forma – Princípio da Instrumentalidade das formas (art. 188): via de regra, os atos processuais terão forma livre, salvo quando a lei especificar, casos em que os atos terão forma vinculada, sob pena de nulidade (ex: citação). O ato de forma vinculada que seja realizado de outro modo poderá ser considerado válido se a sua finalidade essencial for cumprida.
2. Publicidade (art. 189): via de regra, o processo e, por consequência, os seus atos, serão públicos. Excetuam-se os atos praticados nos processos que correm em segredo de justiça, o que ocorre nas seguintes hipóteses:
Interesse público ou social;
Que tratem de casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
Processos em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
Arbitragem e carta arbitral quando há cláusula de confidencialidade comprovada perante o juízo. 
2.1. O acesso ao processo que corre em segredo de justiça é restrito às partes e aos seus procuradores (art. 189, §1º). É possível que um terceiro que demonstre interesse jurídico obtenha certidão do dispositivo da sentença, inventário e de planilha resultante de divórcio ou separação (art. 189, §2º).
3. Negócio Jurídico Processual (art. 190): as partes plenamente capazes podem, nos processos que versam sobre direitos que admitem autocomposição (direitos disponíveis), pactuar sobre mudanças no “procedimento regra” – prazos, ônus, poderes, faculdades e deveres processuais. Isso pode ser feito antes ou durante o processo.
Controle: o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, verificará a validade dessas convenções, recusando a sua aplicação somente quando houver nulidade ou quando se tratar “inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade”.
4. Calendário Processual (art. 191): Em comum acordo com as partes, o juiz pode estabelecer um calendário processual, fixando as datas e horários para a prática dos atos processuais.
Vincula o juiz e as partes. Os prazos previstos no calendário só poderão ser modificados em casos excepcionais justificados.
Ficam dispensadas intimações das partes para a prática de atos e audiências designados no calendário.
5. Língua (art. 192): os atos e termos do processo devem estar na língua portuguesa.
Somente será possível a juntada de documento em língua estrangeira quando acompanhado de versão na língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
Prática Eletrônica de Atos Processuais
1. “Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for cabível, à prática de atos notariais e de registro.”
2. Garantias (art. 194): respeito à publicidade dos atos, acesso e participação das partes e seus procuradores, garantindo:
Disponibilidade: sistema sempre disponível ;
independência da plataforma computacional: sem vinculação com sistema operacional;
acessibilidade;
interoperabilidade dos sistemas , serviços, dados e informações que o Poder Judiciário administre: possibilidade de acesso às demais áreas do judiciário através da mesma ferramenta – assinatura eletrônica.
3. Registro do ato processual (195): padrões abertos, que atenderão o seguinte:
Autenticidade: garantia de autoria;
Integridade: garantia de que os documentos não serão alterados;
Temporalidade: informação sobre a data e a hora da prática dos atos
Não repúdio: não se pode negar a autoria dos atos praticados.
Conservação: garantia de um sistema que não perca os dados.
Confidencialidade: nos casos de segredo de justiça.
4. Regulamentação dos aros eletrônicos (art. 196): compete ao CNJ e, supletivamente, aos tribunais, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços tecnológicos e editando os atos que forem necessários, respeitadas as normas fundamentais deste Código.
5. Disponibilização de equipamentos (art. 198): dever do Poder Judiciário. Gratuito.
Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados esses equipamentos.
Atos das Partes
1. Produção de efeitos dos atos unilaterais ou bilaterais (art. 200): é imediata, produzindo, de pronto, a constituição, modificação ou extinção de direitos. Excetua-se a desistência da ação, que só produzirá efeitos após a homologação judicial.
2. Protocolo (art. 201): as partes podem exigir recibo dos documentos entregues em cartório. Obs: quem perde o prazo para a prática de atos processuais sofre pensa de preclusão.
3. Cotas marginais ou interlineares (art. 202): não se pode rasurar o processo. O Juiz mandará riscar as rasuras e determinará multa correspondente à metade do salário mínimo.
Pronunciamentos do Juiz
1. Tipos e definições (art. 203e 204): sentenças, decisões interlocutórias, despachos e acórdão.
Sentença (prazo de 30 dias): ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento no arts. 485 e 487 (com ou sem resolução do mérito), põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
Decisão interlocutória (prazo de 10 dias): é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no §1º (sentença) – ocorre durante o processo. Tem natureza decisória porque surte efeitos para as partes.
Despachos (prazo de 5 dias): todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Tem a finalidade de dar andamento ao processo.
Atos meramente ordinatórios: independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Ex: juntada e vista obrigatória.
Acórdão (art. 204): decisão colegiada proferida pelos tribunais.
3. Art. 205: Os pronunciamentos do Juiz serão redigidos, datados e assinados pelo mesmo. Quando forem feitas oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os à revisão e assinatura do juiz – que pode ser feita eletronicamente em todos os graus de jurisdição. “Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico”.
Atos do Escrivão ou do Chefe de Secretaria
1. Autuação (art. 206): “Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação”. Em síntese, trata-se de elaborar a capa do processo.
2. Numeração (art. 207): numerar e rubricar todas as folhas do processo. É facultado para as partes, procuradores, membros do MP, defensores públicos e auxiliares da justiça a rubrica nos atos em que intervirem.
3. Data (208): “Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo chefe de secretaria”.
4. Certificar ausência de assinatura (art. 209): “Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência”.
5. Escritas abreviadas (art. 210): é possível o uso de taquigrafia, estenotipia e outros meio idôneos.
Do Tempo e do Lugar
1. Tempo (art. 212 e 213): dias úteis, das 6 às 20h. Petições físicas devem observar o horário de funcionamento do fórum ou tribunal para protocolo. Exceções:
Os atos que tenham se iniciado antes das 20h poderão ser concluídos após esse horário.
Citação, intimação e penhora: independentemente de autorização judicial, podem ser realizados fora do horário (6-20h), nas férias forenses (20/12 a 20/01– prazos suspensos), sábados, domingos e feriados, observando-se o art. 5, XI, da CF.
Atos em processos eletrônicos: podem ser praticados em qualquer horário até as 24h do último dia do prazo.
2. Lugar (art. 217): Via de regra, os atos devem ser realizados na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar (por deferência, interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz)
Prazos
1. Prazos (art. 218):
Na omissão da lei, o juiz determina o prazo levando em consideração a complexidade do ato.
Na omissão da lei ou do juiz, “as intimações somente obrigarão o comparecimento após 48 horas”.
“inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz”, a parte terá 5 dias para a prática do ato.
1.1. O ato praticado antes do início do prazo será considerado tempestivo.
2. Contagem do prazo (art. 224 e 219): deve-se excluir o dia do começo e incluir o dia do vencimento. Para prazos processuais determinados em dias, consideram-se somente os dias úteis. 
2.1. Caso os dias de início e vencimento prazo coincidam com dias nos quais o expediente forense tenha se encerrado mais cedo ou iniciado mais tarde, ou houver indisponibilidade de comunicação eletrônica, estes serão transferidos para o dia útil seguinte.
2.2. Data da Publicação: primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no DJ-e. Dessa forma, a contagem do prazo tem início no primeiro dia útil seguinte ao da publicação.
2.3. O dia do começo (art. 231):
Data da juntada do A.R;
Data da juntada do mandado cumprido;
Data da citação ou intimação, quando ocorrer por ato do escrivão ou chefe da secretaria;
Dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou intimação for por edital.
Dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê (10 dias corridos – não está no cpc), quando for eletrônica;
A data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 (carta precatória, rogatória ou de ordem) ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
A data de publicação, quando for pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
O dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
2.3.1. Caso haja mais de um réu, o dia do começo do prazo para a contestação corresponderá à última das datas entre os itens “a” e “g”.
2.3.2. Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
2.3.3. Quando quem tenha que praticar o ato não tiver representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
3.1. Férias forenses (art. 220): de 20/12 a 20/01, inclusive, os prazos ficam suspensos. Nesse situação, eles tornam a ser contados de onde pararam quando a suspensão cessar.
Os juízes, os membros do MP, da Defensoria Pública e os auxiliares da justiça exercerão suas atividades durante este período, ressalvadas as férias individuais e os feriados que coincidam.
3.1.1 Exceções – atos que podem ser praticados nesse período:
Atos processuais (art. 214):
Citação, intimação e penhora;
Tutela de urgência;
Processos (art. 215):
Procedimentos de jurisdição voluntária (que não carecem de jurisdição contenciosa – lide) e conservação de direitos;
Ações de alimentos e de nomeação ou remoção de tutor e curador;
Os processos que a lei determinar.
4. Prorrogação de prazos (art. 222): quando se tratar de comarca, seção ou subseção judiciária de difícil transporte, pode-se prorrogar o prazo por até 2 meses.
Calamidade pública (§1º): nesses casos o limite de 2 meses poderá ser excedido.
5. Decurso de prazo/preclusão (art. 223): extingue-se o direito de praticar ou emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial. Porém, a parte pode provar que não realizou o ato por justa causa.
Justa causa: evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar por si ou por mandatário.
6. Renúncia de prazo (art. 225): é possível, desde que a parte o faça expressamente.
7. Prazos inerentes ao serventuário (art. 228): remeter os autos conclusos no prazo de 1 dia e executar os atos processuais no prazo de 5, contados da data que:
Houver concluído o ato processual anterior, se lhe for imposto por lei;
Tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
8. Prazo em dobro para litisconsortes (art. 229): se tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos. Cabe a todas as manifestações e em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 réus, for oferecida defesa apenas por um deles.
Não se aplica o prazo em dobro em processos eletrônicos.
9. Carta precatória, rogatória ou de ordem (art. 232): a realização da citação ou da intimação será imediatamente informada por meio eletrônico pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
Da verificação dos Prazos e das Penalidades
1. Prazos do serventuário (art. 233): “Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei”. No caso de falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, podendo este ser representado pelo MP ou pela Defensoria Pública contra o serventuário.
2. Restituição dos autos (art. 234): os advogados públicos/privados, defensor público e os membros do MP devem fazê-lo no prazo do ato a ser praticado.
Qualquer interessado pode exigir os autos do advogado que exceder o prazo legal.
Se, intimado, o advogado não devolver o processo no prazo de 3 dias, perderá o direito a vista fora de cartório e deverá pagar multa correspondente à metade do salário mínimo.
3. Descumprimento de prazo pelo juiz (art. 235): pode-se representar ao corregedor do tribunal ou ao CNJ contra o juiz ou relator que injustificadamente descumprir os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
Não sendo o caso de arquivamento liminar, será apurada a responsabilidade, sendo o representado intimado para apresentar justificativa no prazo de 15 dias.
Em até 48 horas após o prazo para a presentação da justificativa, o corregedor ou o relator do CNJ determinará a intimação do representado para que pratique o ato em 10 dias.
Se, após ser intimado para a pratica do ato, o juiz permanecer inerte, o processo será remetido para o seu substituto legal em 10 dias.
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAI
Citação (art. 238 a 259)
1. Definição (art. 238): é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
2. Requisito de validade do processo (art. 239): “é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido”. “O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução”. Rejeitada a alegação de nulidade, (i) o réu será considerado revel, quando for processo de conhecimento; e (ii) a ação prosseguirá, quando ser tratar de execução.
3. Citação válida (art. 240): ainda que ordenada por juízo incompetente, induz listispendência (ações idênticas), torna litigiosa a coisa e constitui o devedor em mora.
4. Trânsito em julgado antes da citação do réu (art. 241): quando a sentença se der em favor do réu, cabe ao escrivão comunicar-lhe o resultado do julgamento.
5. Pessoalidade da citação (art. 242): A citação deve ser feita na pessoa do citando. As exceções são:
Representante legal ou procurador.
Réu ausente pode ser citado através do gestor, administrador, mandatário ou preposto, quando se tratar de ação que versa sobre atos por eles praticados.
“O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário deque deixou, na localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em juízo”.
“A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial”.
6. Local da citação (art. 243): qualquer lugar em que se encontre o réu. Exceções:
Não se pode realizar a citação, salvo para evitar o perecimento do direito (art. 244):
Quem estiver participando de culto religioso;
Do cônjuge ou companheiro, qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes;
De noivos, nos 3 primeiros dias seguintes ao casamento;
De doente, enquanto grave o seu estado.
Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la (art. 245):
O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência;
Para examinar o citando, o juiz nomeará um médico, que apresentará laudo no prazo de 5 dias.
Dispensa-se a nomeação do médico (perito) se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste.
Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando.
7. Obrigatoriedade de cadastro no sistema de processo em autos eletrônicos (art. 243, §§1º e 2º): são obrigadas as empresas públicas e provadas, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração direta. Excetuam-se as micro e pequenas empresas. O MP. A Defensoria Pública e a Advocacia Pública também devem obedecer essa regra (art. 270, parágrafo único).
8. Impedimentos para citação (art. 244 e 245): nesses casos, a citação não poderá ser feita, salvo para evitar o perecimento de direito:
De quem estiver praticando ato de culto religioso;
De cônjuge, companheiro ou qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 seguintes.
De noivos, nos 3 primeiros dias seguintes ao casamento.
De doente, enquanto grave o seu estado.
Citando mentalmente incapaz.
O juiz deve nomear médico que apresentará laudo atestando o estado mental do citando.
Reconhecida a impossibilidade, o juiz deve nomear um curador, de modo que a citação seja feita em seu nome.
9. Modalidades de citação (art. 246, 256):
9.1. Por correio: em todo o Brasil.
Não se pode realizar essa modalidade nas ações de estado (ex: divórcio); quando o citando for incapaz; quando se tratar de pessoa jurídica de direito público; quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência. E quando o autor, justificadamente, solicitar outra forma.
É válida a citação entregue ao porteiro responsável pelo recebimento de correspondência. Este pode se recusar, devendo declarar, por escrito, que o destinatário está ausente.
9.2. Por oficial de justiça: as hipótese que não podem ser realizadas por correio poderão ser realizadas através de oficial de justiça.
9.3.Citação por oficial em outras comarcas (art. 255): é possível nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana.
Citação por hora certa (arts. 252, 253 e 254): quando o oficial de justiça não tiver encontrado o citando por duas vezes, sob suspeita de ocultação, este deve notificar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que voltará no dia útil seguinte imediato, com hora designada por ele, para efetuar a citação. Não precisa de autorização do juiz.
A citação será dada por feita mesmo que ausentes o citando e a pessoa da família ou vizinho que houver sido intimado sobre a data e hora do procedimento.
O oficial deixará contrafé da certidão de ocorrência com qualquer pessoa da família ou vizinho.
Realizada a citação por hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, no prazo de 10 dias da juntada do mandado, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
9.4. Pelo escrivão ou chefe de secretaria: quando o citando comparece no cartório.
9.5. Citação por edital: trata-se de uma forma excepcional de citação. é possível quando:
Desconhecido ou incerto o citando;
Ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontra o citando;
É inacessível o país que recusa o cumprimento de carta rogatória.
O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos. Isso quer dizer que, antes de solicitar a citação por edital, deve-se pedir a expedição de ofícios para obtenção da informação acerca do endereço do réu.
Nos casos expressos em lei.
9.5.1 Requisitos (art. 257):
Afirmação do autor ou certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;
Publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do CNJ, que deve ser certificada nos autos;
“O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias”.
A determinação do prazo pelo juiz (de 20 a 60 dias), qua fluirá da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;
Advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.
9.6. Por meio eletrônico, conforme regulado em lei: é necessário que o citando tenha um cadastro num sistema de processo eletrônico para que isso seja possível. Com exceção das microempresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas a manter cadastro nos sistemas de processo eletrônico.
Cartas
1. Carta de ordem: é expedida por um tribunal e é dirigida a um juiz vinculado ao mesmo. Nesse caso, há relação de hierarquia.
2. Carta rogatória: objetiva a comunicação entre órgãos jurisdicionais de países diferentes.
3. Carta precatória: entre juízes, sem que haja hierarquia entre eles.
3.1. Caráter itinerante (art. 262): Circula sem maiores formalidade. “ (...)pode, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato”. Ou seja, se a carta for recebida por juízo incompetente, é possível que este a encaminhe diretamente para o competente, sem que seja necessário o encaminhamento prévio para o juízo que a expediu.
4. Carta arbitral: documento através do qual o juízo arbitral solicita auxílio do Estado.
Intimação
1. Definição (art. 269): é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
“É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento”. Isso quer dizer que o advogado pode realizar intimação. Nesses casos, o “ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença”.
2. Por meio eletrônico (art. 270): sempre que possível. 
2.1 arts 272, 273 e 275: Se não for o caso, deverá ser realizada na seguinte ordem: pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico; pelo escrivão ou chefe de secretaria, pessoalmente, se estiver na sede do juízo, ou por correspondência, se estiver em outra comarca; por oficial de justiça; e por edital.
2.2. A retirada dos autos em carga pelo advogado, pessoa credenciada por ele, pela advocacia pública, pela defensoria ou pelo MP implicaráa intimação de qualquer decisão contida no processo, ainda que pendente de publicação.

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