Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TUTELA PROVISÓRIA A tutela provisória será fundamentada em urgência ou evidência. Tutela de urgência Tutela de urgência de natureza cautelar (art. 301): nesse tipo de tutela de urgência, o direito é apenas protegido, sendo concedido no final do processo. Pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para a assegurar o direito. Tutela de urgência de natureza antecipada (art. 301, §3º): nesse tipo de tutela de urgência, o direito é “concedido”, estando relacionada com a satisfação do direito. Não será concedida se houver risco de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 1. Requisitos (art. 300): probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. 1.1. Caução real ou fidejussória (art. 300, §1º): pode ser exigida, a critério do juiz, para a concessão da tutela de urgência, com o objetivo de garantir o ressarcimento dos danos que a parte possa vir a sofrer. Ainda, se o juiz verificar que a parte que está requerendo a tutela é hipossuficiente, é possível a dispensa da caução. Ou seja, não é obrigatória a exigência da caução. 1.2. Pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 2. Reparação de prejuízos (art. 302): independe da reparação de dano processual. Responde-se pelo prejuízo qye a efetivação da tutela de urgência causar se: A sentença lhe for desfavorável; obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal. 3. Tutela provisória de urgência em caráter antecedente (art. 294, parágrafo único e art. 295): antes da apresentação do pedido final, o qual será formulado após o pedido da tutela provisória. Ou seja, pede-se no início apenas o que é urgente, de modo que o restante do pedido será feito depois. Tutela antecipada (art. 303 ao 304): se o pedido de tutela provisória for deferido, a parte deve aditar a inicial no prazo mínimo de 15 dias, ou outro prazo maios a ser fixado pelo juiz. Por outro lado, se o pedido for indeferido, a inicial deve ser aditada no prazo de 5 dias. Se não for interposto recurso contra a decisão que concedeu a tutela antecipada, esta se torna estável. Ressalte-se que essa decisão não fará coisa julgada, de modo que a estabilidade de seus efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar – o que poder ser feito em até 2 anos contados da decisão que extinguiu o processo. Tutela cautelar: Petição Inicial (art. 305): indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Fungibilidade das tutelas de urgência (art. 305, parágrafo único): se o juiz entender que o pedido de tutela cautelar tem, na verdade, natureza de tutela antecipada, ele observará o procedimento desta. Contestação (arts. 306 e 307): o réu será citado para, no prazo de 5 dias, apresentar contestação e indicar as provas que pretende produzir. Caso não seja apresentada a contestação, os fatos narrados pelo autor serão presumidos aceitos pelo réu como ocorridos, devendo o juiz decidir no prazo de 5 dias. Pedido Principal (art. 308): efetivada a tutela cautelar, o pedido principal deverá ser formulado no prazo de 30 dias, nos mesmos autos, não dependendo do adiantamento de novas custas. Indeferimento da tutela: não obsta a formulação do pedido principal e o seu julgamento, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou prescrição. Tutela de Evidência A tutela de evidência será sempre antecipada, estando ligada à satisfação do direito. Nos termo do art. 311, o pedido de tutela de evidência será concedida, independente de perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, se: Houver abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; As alegações de fato puderem ser comprovadas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. Nesse caso, o juiz pode decidir liminarmente; Se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. Nesse caso, o juiz pode decidir liminarmente; A petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Compartilhar