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OS JOGOS NO PROCESS DE ENSINO E APREND EM TEATRO

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MARCIA RITA MATTOS ADELINO 
Licenciatura em Artes Visuais 
Teresópolis - RJ. 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO 1 
 “Os jogos no processo de ensino e aprendizagem em teatro: 
aspectos históricos e pedagógicos”. 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Extensão - 
Fundação CECIERJ- “Fundamentos da Arte 
com foco em Teatro” 
Professores: Jussara Trindade e Licko Turle. 
 
 
 
 
 
 
Teresópolis – RJ 
2017 
Ao nascermos, as pessoas nos tratam de forma carinhosa, lúdica e 
cheia de cuidados, nos protegendo o máximo que podem. Na infância vivemos 
brincando e tomando consciência do mundo a nossa volta, ainda protegidos da 
realidade que encaramos na fase adulta. Essa forma carinhosa essa proteção, 
esta nas brincadeiras, nas expressões faciais, na fala. A brincadeira, o lúdico, 
os jogos, estão na nossa vida desde o nosso nascimento, mas durante o 
crescimento ao surgirem às primeiras responsabilidades da vida, deixamos de 
ser tratados com essa proteção e somos cobrados a agir de forma racional, e 
de acordo com as regras da sociedade em que vivemos. Os jogos estão no 
nosso dia a dia, nos adaptamos as circunstancias que enfrentamos, mesmo 
que inconscientemente, jogamos uns com os outros. 
Aristóteles e Platão divergiam em vários pensamentos, mas 
consideravam a arte como essência da educação assim como o teatro na 
educação. 
A educação acenada por Platão é voltada ao desenvolvimento físico 
e intelectual dos cidadãos, fundamentada no uso do jogo e permeada 
pelo artístico pelo lúdico. Valoriza os recursos e a linguagem da 
dança, da literatura, da musica e do teatro e salientando a 
importância da pratica já entre as crianças como fundamental para a 
eficácia da formação dos adultos. (ROSA, 2017. p.62) 
Na Grécia, tanto a atividade teatral quanto os jogos ginásticos, estavam 
associados ás solenidades religiosas e ocasiões comunitárias, tendo assim um 
papel educativo no âmbito da coletividade. Onde as cidades eram 
comunidades pedagogias, por ensinarem a si mesmos através da arte teatral. 
Em Roma, o teatro era tido como imitação da realidade, sugerindo sua função 
pedagógica ao realçar as lições morais. 
 Para Cícero, o teatro era como uma cópia da vida, um espelho dos 
costumes e o reflexo da verdade. Para Horácio, tendia tanto ao 
entretenimento quanto à educação, e elaborou um conjunto de regras 
no que tange à sua concepção, forma e temática. (ROSA, 2017. p.63) 
Já na idade média, sendo a população europeia na maioria analfabeta e 
a educação possível a informal, o teatro teve um papel fundamental, com teatro 
sacro mostrando-se educativo ao objetivar doutrinar por meio das 
dramatizações assim como o teatro popular que enfatizavam os temas 
censurados pela cultura oficial. 
O grande sucesso da comédia satírica proporcionou a saída do teatro 
do interior das igrejas para o âmbito das ruas e praças, gozando de 
grande popularidade junto ao publico leigo e configurando-se como 
elemento de ações educativas estabelecidas pela própria população 
da época, como manifestação critica e espontânea da reflexão 
popular e fonte de informação. (ROSA, 2017. p.63) 
 Com a ampliação das academias na renascença, e como muitos dos 
participantes tornam-se professores, o teatro surge nas escolas, cultiva-se a 
arte da fala, a prática dos jogos e das atividades físicas. Nas escolas as 
encenações foram valorizadas. Na França e na Inglaterra, o teatro foi 
empregado como meio para o aprendizado de vários conteúdos e matérias, a 
partir dos jogos, das atividades de movimento e da encenação. O teatro até 
hoje participa dos processos educativos e ações pedagógicas. 
 
 O filosofo Rousseau, na sua representação da infância, concebe a 
criança como um ser em formação, observou que a educação não deveria ser 
algo imposto e sim praticamente quase toda pela via do jogo. Cada fase do 
crescimento da criança deve ser estimulada adequadamente, e o jogo faz parte 
deste desenvolvimento. Para John Dewey que também criticou a educação 
tradicional, as atividades e atitudes impulsivas e instintivas das crianças são 
fonte elementar de qualquer atividade educativa, paralelamente as atividades 
espontâneas como brincadeiras, jogos e mímicas tem seu valor na educação. 
Para Vygotsky (2004), em Psicologia pedagógica, a arte, além de ser 
um importante fenômeno de percepção, deve ser um fenômeno de 
produção, e nesta produção se constrói a vivencia/experiência pelos 
jogos, pela mimese, pela dramatização e pela execução simbólica. 
(ROSA, 2017. p.93) 
 No Brasil, o teatro surgiu como o teatro sacro na idade média, quando 
Inácio de Loyola funda a ordem dos Jesuítas e José de Anchieta elabora 
sermões dramatizados com o objetivo de catequizar. Com a 1ª LDB (Lei nº 
4024/61), o ensino das artes é legalmente introduzido no currículo escolar, dez 
anos depois passa a ser obrigatório com a 2ª LDB (Lei nº 5692/71), sendo os 
primeiros cursos universitários para professores de artes, implantados três 
anos após a publicação da Lei nº 5692/71. Em 1996, a LDB (Lei nº 9394/96) foi 
promulgada e em 1997 são publicados os PCN, assegurando o ensino da 
disciplina de arte no currículo escolar fundamental destacando as quatro 
linguagens: artes visuais, dança, música e teatro. 
Para a criança, jogar é brincar, o jogo musical, plástico ou dramático, 
pode ser orientado ou espontâneo dando origem aos jogos educativos. Os 
jogos nos acompanham desde a antiguidade, desde a infância, 
inconscientemente jogamos, outros se viciam em jogos de azar, mas o jogo 
dramático que tanto pode auxiliar a compreensão de conteúdos nas escolas, 
ainda não são, explorados totalmente ou levados a serio. 
Falamos aqui em utilizar o jogo com as crianças, os alunos, porem se o 
jogo tem seu principal argumento em vivencias, não teriam os professores 
também que passarem por essas experiências? O teatro e a arte podem 
auxiliar no ensino de qualquer disciplina. Ao participar de um espetáculo de 
teatro, utilizamos a leitura e interpretação de testos, na confecção dos cenários 
e figurinos, precisamos buscar referencias de cores, clima, geografia, na 
iluminação a física aparece, no figurino ao tingir algum tecido utilizamos a 
química na mistura das cores, na criação dos personagens a psicologia. Ao 
interpretar, nos colocamos no lugar do outro, ao mudar de lugar mudamos a 
perspectiva de uma situação. Através do teatro aprendemos a empatia, tão 
necessária no mundo atual. 
 
REFERENCIAS: 
BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 1982. 
____________. A estética do oprimido. Rio de Janeiro: Garamond, 2009. 
DESGRANGES, Flávio. Pedagogia do Teatro: provocação e dialogismo. 
São Paulo: Hucitec, 2006. 
FLORENTINO, Adilson. & TELLES, Narciso. Cartografias do ensino do 
teatro. Uberlândia: EDUFU, 2009. 
JAPIASSU, Ricardo. A linguagem teatral na escola: pesquisa, docência e 
prática pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2007. 
TELLES, Narciso. Pedagogia do teatro: práticas contemporâneas na sala 
de aula. São Paulo: Papirus Editora, 2013. 
ROSA, Wagner, Artes Cênicas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional 
S.A., 2017.

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