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ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS NO SETOR DE DESOSSA DE FRIGORÍFICO DE BOVINOS SILVA, Raquel Anízia1 STEINHOWSER, Amably Martins Tristão 2 OLIVEIRA, Maria José Arruda de 3 RESUMO As condições precárias do ambiente de trabalho são os principais responsáveis pelos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, logo o estudo do ambiente em que o trabalhador está inserido permite identificar as condições que afetam a sua segurança e saúde. Esse estudo pretende fazer um diagnóstico das condições de trabalho, identificar as deficiências do setor de desossa de um frigorífico de bovino através da ferramenta análise preliminar de risco (APR). O estudo trata-se de uma pesquisa descritiva com uma abordagem qualitativa, classificando-se em um estudo de caso realizado a partir da observação direta. Por meio da análise, foi possível encontrar as principais conformidades e desconformidades do setor. Quanto às conformidades, destacam-se: estrados, sistema de escoamento de água, limpeza e higienização, recuo na base do plano de trabalho, local para pausas permitidas de trabalho, fornecimento de equipamento de proteção individual e vestimentas. Os principais itens apontados para melhoria imediata envolvem treinamentos sobre variações posturais, manuseio correto de mobiliários e equipamentos manuais, bem como intervenções nos mobiliários e layout dos postos de trabalho, sistematização de rodízios de funções, sinalização das vias de transporte e sistema de afiação de facas. Quanto aos riscos químicos, tais como: gases amônia e dióxido de carbono, necessitam da monitoração correta por parte dos responsáveis. Palavras-chave: Saúde e Segurança no trabalho, frigorífico de bovinos, análise preliminar de risco. ABSTRACT As the precarious conditions of the work environment are the main elements of management of occupational accidents and diseases. This study refers to a diagnosis of working conditions, to identify the deficiencies of the boning sector of a bovine refrigerator for preliminary risk analysis (APR). The study is a descriptive research with a qualitative approach, being classified in a case study realized from the direct observation. Through the analysis, it was possible to find the main conformities and nonconformities of the sector. As for the conformities, stand out: platforms, water drainage system, cleaning and sanitation, retreat in the base of work plan, place for allowed breaks of work, provision of personal protective equipment and clothing. The main items aimed at improving capacity include training on postural variations, correct handling of furniture and manual equipment, as well as interventions on furniture and job layout, systematization of functions, signaling of transport routes And the knife sharpening system. As for the chemical risks, such as: ammonia and carbon dioxide, they need the correct monitoring by those responsible. 2 Keywords: Health and safety at work, Beef cattle, boning sector, Preliminary analysis of. _____________ 1Graduada do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Universidade do Estado de Mato Grosso, email; raquelanizia.epa@hotmail.com 2Graduada do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Universidade do Estado de Mato Grosso, email; 3Graduada do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da Universidade do Estado de Mato Grosso oliveira.engprodagro@hotmail.com. 3 INTRODUÇÃO O trabalho em ambientes frigoríficos contribui para o surgimento de acidentes e doenças ocupacionais, que em parte está ligado ao ambiente frio e úmido, máquinas, equipamentos, ferramentas e a forma de organização em linhas de produção. Delwing (2007) em seu estudo sobre as condições de trabalho no setor frigorífico, concluiu que os fatores predisponentes para o surgimento de acidentes e doenças ocupacionais são os aspectos físicos, ambiental (baixa temperatura e ruído), postos de trabalho (faca, altura de mesa, rodízio de cadeiras) e a organização do trabalho (ritmo de trabalho, imposição de tempo e repetitividade). O setor frigorífico do estado de Mato Grosso tem se colocado como a atividade econômica que mais registra acidentes e doenças ocupacionais (BRASIL, 2016a). Diante dessa situação, o questionamento sobre os limites da abordagem tradicional sobre os acidentes de trabalho é essencial, abrindo caminhos para a busca da ampliação de novas formas de pensar sobre segurança, risco e prevenção. Os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho são os grandes responsáveis por mortes em todo o mundo. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) 2013, por ano são registrados cerca de 2,34 milhões de acidentes de trabalho mortais em todos os setores da economia, isso significa que a cada 15 segundos, um trabalhador morre de acidente ou doença relacionada ao trabalho. No Brasil, estatísticas sobre acidentes de trabalho vêm sendo divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), cujos dados limitam-se aos trabalhadores segurados. Segundo o último levantamento, em 2014 foram registrados 722.4741 acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, sendo 2.783 casos com óbitos, o equivalente a 0,38% do total de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho (BRASIL, 2016a). Conforme o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT), no ano de 2014, o estado de Mato Grosso registrou 14.135 acidentes e 127 casos com mortes, o que consiste em 0,90% do total de acidentes. Para tal, a atividade econômica do estado que mais registrou acidentes, foi a atividade de abate de reses (bovinos, equinos, asininos, muares, ovinos, 1 Os dados de acidentes do trabalho no Brasil e no estado de Mato Grosso, estão conforme a classificação de acidentes liquidados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que corresponde ao número de acidentes encerrados administrativamente, depois de completado o tratamento e indenizadas as sequelas. 4 caprinos e bubalinos), exceto suínos, com um total de 1.286 acidentes, o que representa 9,10% do total de acidentes do estado. Em seguida, as atividades econômicas que mais registraram acidentes foram as atividades de cultivo de soja com 5,63%; atendimento hospitalar com 5,47% e atividade de abate de suínos, aves e outros pequenos animais com 4,39% do total de acidentes do estado (BRASIL, 2016a). Através de ferramentas como a Análise Preliminar de Risco – APR é possivel efetuar um estudo antecipado e detalhado de todas as fases do trabalho objetivando detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução das atividades operacionais, com isto objetiva neste estudo a aplicação da ferramente APR a fim de identificar os perigos, eventos iniciadores em potencial, e outros eventos capazes de gerar conseqüências indesejáveis no processo produtivo. 1.REVISÃO DA LITERATURA 1.1 SEGURANÇA NO TRABALHO Segundo Cardella (1999), segurança é um conjunto de ações com o intuito de diminuir perdas e danos provocados por agentes agressivos. Nesse contexto, segurança do trabalho pode ser definida como “a ciência que atua na prevenção do trabalho decorrente dos fatores de riscos ocupacionais2” (SALIBA, 2004, p.04). Ou seja, pode ser considerada como a ciência que está relacionada na prevenção de eventos causadores de danos e perda ao trabalhador ou a empresa. Esses eventos são normalmente denominados de acidentes, quesão ocorrências indesejáveis que paralisam um fluxo de atividades de pessoas ou processos industriais. A segurança do trabalho permite que o trabalhador ao chegar em seu ambiente de trabalho, execute sua atividade com a confiança de que o mesmo voltará para o aconchego do lar sem sua integridade física e mental ser afetada. Nessa perspectiva, todos trabalhadores ou empregadores não deveriam aceitar “executar qualquer atividade sob condições de trabalho inadequada que tragam prejuízos, imediatos ou futuros, à saúde, em qualquer duração de jornada ou tipologia de tarefa” (BARBOSA FILHO 2001, p. 24). Portanto, não importa se o perigo pode ser causado por uma doença ou ferimento, o que previne ambos são as medidas de segurança, tais como: treinamentos, conscientização de práticas seguras e fornecimento de dispositivos de segurança aos trabalhadores, entre outras 2 Riscos ocupacionais são todas as situações de trabalho que podem acabar com o equilíbrio físico, mental e social dos trabalhadores e não somente as situações que originem acidentes e doenças (MIRANDA; STANCATO, 2008). 5 medidas de segurança. Em complemento Lida (2005) afirma que quando os postos de trabalho, o ambiente de trabalho e a organização do trabalho, são projetados dentro da capacidade e limitações do trabalhador, os erros, acidentes, estresse e fadiga são reduzidos Para as empresas é importante ter uma política de segurança do trabalho, pois com a sua adoção, a empresa é capaz de atingir uma melhoria contínua nos aspectos referentes a saúde e segurança do trabalho. Segundo Benite (2004a) essa política deve ser autorizada pela alta organização da empresa, no qual deve ser estabelecido os objetivos gerais e o comprometimento com a melhoria da saúde e segurança. A política a ser adotada deve ser apropriada à natureza e à escala dos riscos da empresa; deve ser documentada, implementada e mantida, é importante que as partes interessadas terem o livre acesso e por fim, ser periodicamente analisada. Em síntese, a partir da implantação da segurança do trabalho, é possível obter a redução de acidentes ocasionado em um ambiente de trabalho, bem como diversos benefícios oriundos da implantação de medidas de segurança no trabalho. Nesse contexto, Zócchio (1971) destaca quatro benefícios da prevenção de acidentes: i) aumento da produção obtida através da estabilidade da mão de obra; ii) redução de tempo, menos reparos em máquinas e equipamentos, etc; iii) trabalhadores mais dispostos em função da ausência do mal-estar provocado pelos acidentes; iv) melhor ambiente social na comunidade gerado pela inexistência ou redução da invalidez. Esses benefícios enfatizam a importância da segurança no trabalho dentro das organizações. Porém, para obter sucesso é necessário que a empresa auxilie o trabalhador a transferir o aprendizado profissional para a vida pessoal tornando automáticas, as atitudes tomadas com segurança, passando a ser algo rotineiro na vida do trabalhador (VICENTE, 2012). 1.1.2 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO Lana et al (2014) define Análise Preliminar de riscos (APR) como uma ferramenta de análise de perigos e riscos que é capaz de identificar acontecimentos inseguros, causas e resultados e determinar meios de controle. De acordo com Benite (2004b, p. 50) a APR é elaborada por meio de um “processo indutivo, ou seja, um processo que se baseia na realização de predições com base nos dados observáveis, permitindo indicar o que pode ocorrer em uma determinada origem”. É 6 importante não utilizar a intuição, pois a mesma é baseada no pressentimento do observador, o que inviabiliza a tomada de decisão de maneira adequada. Benite (2004b) descreve as vantagens de se utilizar a ferramenta APR: i) técnica simples e de fácil aprendizado; ii) possibilita a identificação de perigos em um curto espaço de tempo; iii) não é necessário usar sistemas informatizados complexos; iv) não é necessário aplicar técnicas estatísticas complexas; v) permite uma rápida atualização dos perigos quando ocorre mudanças no processo. Segundo França, Toze e Quelhas (2008), o objetivo da APR é determinar riscos e medidas preventivas antes da fase operacional, simplificando ações preventivas e corretivas e permitindo revisões no projeto antes que algo indesejado aconteça. Ainda segundo os autores a APR estima qualitativamente o risco através da estimativa de probabilidade e gravidade de sua ocorrência. As medidas utilizadas dependem das necessidades e da natureza da organização e da atividade em estudo. O quadro 2 apresenta um modelo com os dois fatores que são responsáveis pela classificação do risco. Quadro 2 – Escala de probabilidade e gravidade dos riscos Fonte: Adaptado, BENITE (2004a) Nesse sentido, a classificação do risco é essencial para a construção da análise preliminar de risco, no qual indica a ordem de prioridade que a empresa deverá alocar recursos financeiros e/ ou pessoal e também as medidas preventivas (FRANÇA; TOZE; QUELHAS, 2008). A figura 1 mostra o modelo de uma matriz de análise de risco. Escala de Probabilidade Escala de gravidade ALTA (3) Esperando ocorrer ALTA (3) Morte e lesões incapacitantes MÉDIA (2) Provável ocorrer MÉDIA (2) Doenças ocupacionais e lesões menores BAIXA (1) Impossível ocorrer BAIXA (1) Danos materiais e prejuízo ao processo. 7 Figura 1: Matriz de Análise Qualitativa de risco Fonte: Adaptado, BENITE (2004a). As medidas preventivas recomendadas nas APRs não devem ser olhadas isoladamente pois, sozinhas, não promovem melhoria no processo produtivo quanto a redução dos riscos de acidentes, pelo simples fato de se tratarem ações pontuais e não sistêmicas (FRANÇA; TOZE; QUELLAS, 2008). Com isto faz necessário uma avaliação de riscos sendo umprocesso imprescindível para estimar a amplitude dos riscos que não podem ser evitados, obtendo-se deste modo a informação necessária para se tomarem as medidas preventivas apropriadas. Uma avaliação de riscos é um exame sistemático de todos os aspectos do trabalho, com vista a apurar o que poderá provocar danos, se é ou não possível eliminar os perigos e, em caso negativo, que medidas preventivas ou de proteção devem ser tomadas para controlar o risco. 2. MATERIAL E MÉTODOS Esse estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, que para Metring (2009, p. 62) a pesquisa descritiva “concentra-se na observação, registro e/ou descrição, análise e interpretação de características a respeito de um fenômeno do mundo real, população, grupos e processos ou no estabelecimento de relações entre variáveis e no entendimento dessas relações”. Em relação a natureza da pesquisa, refere-se a uma pesquisa aplicada. Esse tipo de pesquisa requer as contribuições de teorias e leis já existentes como ponto de partida, e tem por objetivo de comprovar ou contestar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos devendo aplicar-se às diversas necessidades humanas, visando solucionar problemas concretos e 8 imediatos (FILHO; SANTOS, 2000; METRING, 2009). Nesse sentido, o estudo fez a aplicação da NR-36 no setor de desossa, comprovando que de fato o setor precisa se adequar às exigências legais. Do ponto de vista da abordagem, o estudo é qualitativo, que para Miguel (2012, p. 52) na abordagem qualitativa a “realidade subjetiva dos indivíduos é relevante e contribui para o desenvolvimento da pesquisa”. Portanto, é um elemento essencial para entender o processo e tem o interesse de resolver eventos que irão ocasionar alguma consequência ou resultado, no estudo em questão, a consequênciaé a doença ocupacional e/ou acidente de trabalho. Segundo o autor, para realizar esse tipo de abordagem na engenharia de produção, é necessário o pesquisador visitar a empresa, fazer observações e coletar evidências. Para Metring (2009) o procedimento qualitativo possui pouca preocupação com quantidade de participantes envolvidos, o foco principal é com a representatividade que a amostra possa ter para os propósitos da investigação. A estratégia de pesquisa que será adotada neste trabalho é o estudo de caso, que conforme Silva et al (2007) é um método empírico para investigar um fenômeno contemporâneo e através da realidade vivenciada poder explorar situações da vida real. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 ESTUDO DE CASO O estudo foi realizado em um um frigorífico de bovinos localizado interior de Mato Grosso. Por motivos de sigilo, a empresa não permitiu a divulgação do nome. O enfoque é o setor de desossa, particularmente na área de segurança do trabalho envolvendo todas as atividades de cortes, embalagem e armazenamento do produto. Realizou a observação dessas atividades visando encontrar as principais deficiências do setor que compromete a segurança e a saúde do trabalhador. Os critérios utilizados para a escolha da empresa estão atrelados ao fato de localização, por ser o único frigorífico em atividade durante o período de estudo e também por ser a rede frigorífica que está entre os cinco maiores frigoríficos do Brasil. A empresa em estudo é um matadouro frigorífico de bovinos sob contrato e possui quatro unidades industriais distribuídas entre os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Por sua vez, a unidade objeto de estudo situa-se no estado de Mato Grosso. 9 Atualmente, trabalha no mercado interno, atendendo atacado e varejo, além de exportar para mais de trinta países. A planta industrial de Mato Grosso conta com 592 colaboradores, no qual 120 colaboradores são do setor de desossa o que representa um percentual de 20% de todo efetivo da empresa. Portanto, optou-se em analisar somente o setor de desossa, uma vez que, é o setor com maior número de funcionários da empresa. Tendo como base a quantidade de funcionários e o grau de risco 3 em que se classifica, atualmente, a equipe do SESMT da empresa é composta por um engenheiro de segurança, um médico do trabalho, três técnicos de segurança e uma técnica de enfermagem. Além dessa equipe de funcionários, a empresa considera a fisioterapeuta e a fonoaudióloga como elementos essenciais do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho. O setor de desossa é composto por duas câmaras frias que contêm trilhos para comportar carretilhas com carcaças, uma sala de desossa que realiza corte e faz a embalagem primária do produto, uma repartição destinada à embalagem secundária. Além disso, duas câmaras frias comportam embalagens secundárias que serão destinadas à expedição. As funções existentes no setor são: encarregado e líder de desossa, balanceiro, desossador, operadores de máquina de retirar membrana, operador de etiqueta, operador de máquina a vácuo, estoquista (estoca caixas em câmaras frias), afiador de facas, conferente (confere o peso das caixas de carne, etiquetas e condições do lacre), refilador e auxiliar industrial. Por sua vez, o desossador é responsável pela desossa de dianteiros e traseiros dos animais e retira resquícios de carne com auxílio de facas possibilitando a industrialização. A partir dessa atividade são gerados os cortes menores de carne como alcatra, picanha, peito, entre outros. A atividade de refilar é exercida tanto por homens como por mulheres, no qual consiste na retirada de sebo e cartilagem de todas as peças desossadas para a comercialização. O auxiliar industrial do setor realiza atividades como, limpeza e organização do ambiente de trabalho; raspagem de ossos e recorte; montagem de caixas; embalagem de peças de carne; destina a carcaça bovina das câmaras frias até a sala de desossa e por fim, faz o levantamento e transporte manual de produtos. A empresa possui um mix amplo de produtos gerados a partir dos cortes de desossa, tais como: alcatra, coxão duro, cupim, filé mignon, cordão do filé, capa de filé, bananinha, cupim, miolo da alcatra, maminha, patinho, peito, entre outros. Os demais subprodutos 10 comestíveis e não-comestíveis obtidos através das atividades dos setores de apoio, como triparia, miúdos e graxaria são destinados à comercialização. 3.2 ANÁLISE DO SETOR DE DESOSSA Atividade Função Risco Causas Consequências Categoria De Risco Medidas Preventivas/ Recomendações Evento Efeito F. S. Cr. Físico: Ruído e frio Motores e equipamentos que produzem ruido Cansaço, - irritação, dores de cabeça, - diminuição da audição, - problemas do aparelho digestivo, perigo de infarto, - Doenças do aparelho respiratório, doenças da pele, doença circulatórias. 3 2 6 Uso de protetores auriculares e uniforme. Uso e procedimentos adequados e equipamentos de proteção, além de boa higienização e desinfecção. Biológico: vírus e fungos - Motores e equipamentos que produzem ruido - Doenças infectocontagiosas; - infecções variadas externas na pele, como as dermatites e internas doenças pulmonares. 3 2 6 Uso e procedimentos adequados e equipamentos de proteção, além de boa higienização e desinfecção. Uso de bota de PVC, protetor auricular, capacete e avental de PVC Ergonômico: monotonia e repetitividade, imposição de ritmo excesso, postura inadequada - exigencia de postura de inadequada, e processos inerentes a atividade de trabalho - Cansaço, - dores musculares, - fraquezas, - alteração do sono, da libido e da vida social com reflexos na saúde e comportamento 2 2 4 Orientação adequada e cumprimento das normas e procedimentos sobre postura, implantação de aquecimento e alongamento, antes do inicio das atividades. De acidentes: máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação inadequada, ferramentas precárias (facas) -motores, máquinas e equipamentos sem proteção em acoplamentos, correias, chão escorregadio - Pequenos cortes, - escoriações, - contusões e outros, lesões graves, -perda material significativa. 2 2 4 Manter atenção constante ao transitar no setor, e ao executar tarefas. Providenciar proteção para as máquinas. 11 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atividade Funções Risco Causas Consequências Categoria De Risco Medidas Preventivas/ Recomendações Evento Efeito F. S. Cr. Balanceiro, Refiladeira, Físico: Ruído e frio Motores e equipamentos que produzem ruido Cansaço, - irritação, dores de cabeça, - diminuição da audição, - problemas do aparelho digestivo, perigo de infarto, - Doenças do aparelho respiratório, doenças da pele, doença circulatórias. 3 2 6 Uso de protetores auriculares e uniforme. Uso e procedimentos adequados e equipamentos de proteção, além de boa higienização e desinfecção. Auxiliar industrial, Operador de etiqueta, Operador de Skinner, Biológico: vírus e fungos -Motores e equipamentos que produzem ruido - Doenças infectocontagiosas; - infecções variadas externas na pele, como as dermatites e internas doenças pulmonares. 3 2 6 Uso e procedimentos adequados e equipamentos de proteção, além de boa higienização e desinfecção. Uso de bota de PVC, protetor auricular, capacete e avental de PVC Operador de Máquina a vácuo, Afiador de facas, Conferente, Ergonômico: monotonia e repetitividade, imposição de ritmo excesso, postura inadequada - exigencia de postura de inadequada, e processos inerentes a atividade de trabalho - Cansaço, - dores musculares, - fraquezas, - alteração do sono, da libido e da vida social com reflexos na saúde e comportamento 2 2 4 Orientação adequada e cumprimento das normas e procedimentos sobre postura, implantação de aquecimento e alongamento, antes do inicio das atividades. Desossador, Estoquista De acidentes: máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação inadequada, ferramentas precárias (facas) -motores, máquinas e equipamentos sem proteção em acoplamentos, correias, chão escorregadio - Pequenos cortes, - escoriações, - contusões e outros, lesões graves, -perda material significativa. 2 2 4 Manter atenção constante ao transitar no setor, e ao executar tarefas. Providenciar proteção para as máquinas. 1 espaço 12 Esta parte do trabalho pretende apresentar as principais conclusões, destacando o progresso e as aplicações que a pesquisa propicia. A escrita das considerações finais deve expressar a relação entre os objetivos do trabalho e os resultados encontrados. Pode ser iniciada com o que foi aprendido. Deve ser exposto de forma muito resumida e pontual as idéias principais e as contribuições que o trabalho proporcionou para a área de estudos. Nas Considerações Finais podem ser colocadas também as limitações do estudo com relação ao problema, sugestões de modificações no método para futuros estudos. Deve, portanto, abster-se do uso de citações. Destinando-se a demonstrar se as hipóteses foram confirmadas, quando houver, a responder às perguntas feitas no inicio do trabalho e a esclarecer se os objetivos fixados na introdução foram atingidos. A conclusão não é um resumo do trabalho. 5. REFERÊNCIAS BARBOSA. FILHO, ANTONIO.NUNES. Segurança do trabalho e gestão ambiental. Editora Atlas. São Paulo, 2001. BENITE, ANDERSON. GLAUCO. Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho para empresas construtoras. 2004a. 221f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo. BRASIL, Ministério do trabalho e Previdência Social – MTPS. NR-5, Comissão Interna de prevenção de acidentes, 2015a. Disponível em < http://www.mtps.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf >. Acesso em 16 de março de 2016. Ministério do Trabalho e Previdência Social. Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – AEAT. Disponível em http://www.mtps.gov.br/dados- abertos/dados-da-previdencia/estatistica-saude-e-seguranca-do-trabalhador/anuario- estatistico-de-acidentes-do-trabalho-aeat. Acesso em 15 de maio de 2016. . Ministério do Trabalho e Previdência Social – MTPS. NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário, 2014c. Disponível em: < http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR29.pdf>. CARDELLA, BENEDITO. Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes: uma abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de pessoas. São Paulo: Editora Atlas, 1999 13 DELWING, EDUARDO BECKER. Análise das condições de trabalho em uma empresa do setor frigorifico a partir de um enfoque macroergonômico. 2007. 132 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. LIDA, ITIRO. Novas abordagens em segurança do trabalho. Revista Produção, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 63-73, 1991. METRING, ROBERTE. ARAÚJO. Pesquisas Científicas: Planejamento para iniciantes. Juruá Editora. Curitiba. 2009. MIGUEL, P. A.C (Coord). Metodologia de pesquisa em engenharia de Produção e gestão de operações. 2º edição. 2012. SALIBA, TUFFI MESSIAS. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. São Paulo: LTR, 2004. SILVA, V.E. et al. Riscos ambientais em uma lavanderia de indústria de abate e processamento de carne. Revista Gestão da Produção, Operação e Sistemas – GEPROS. v.3, p. 11-23, mai/jun. 2007. VICENTE, F. A.C. F. Gestão estratégica da segurança do trabalho na área industrial de uma usina de etanol, açúcar e energia elétrica. 2012. 121f. Dissertação (mestrado em Agro energia) – Escola de economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. São Paulo. ZÓCCHIO. ALVÁRO. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. Editora Atlas. 2º edição. São Paulo, 1971. OIT – Organização Internacional do Trabalho. Doenças profissionais são principais causas de mortes no Trabalho. Distrito Federal, 2013. Disponível em: < http://www.oit.org.br/content/doencas-profissionais-sao-principais-causas-de-mortes-no- trabalho >. Acesso em 28 de março de 2016.
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