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Filosofia Moderna

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5/21/17 
1 
Filosofia Moderna 
Jusnaturalismo Moderno 
Professora Maria Elisa Soares Rosa 
Ruptura com teocracia 
•  A filosofia escolástica exaltava a existência de uma lei divina. Dentro 
desta concepção, tal lei não possuiria erro ou falha, em função de sua 
natureza transcendente; dessa forma, além de perfeita, superior, seria 
também eterna e imutável. Essa idéia surge, de modo cristalino, nas 
concepções de Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino. 
•  A Cidade de Deus é o lugar regido pela lei divina que contrasta com a 
cidade dos homens, regida pela lei humana. 
•  A tarefa de incorporar a lei divina no âmbito da lei humana é o que 
deve ser realizado pelo direito na idade média. Ressalte-se que se 
trata de uma tarefa dificílima. 
•  Na concepção tomista há uma lei eterna, uma lei natural e uma lei 
humana. A lei eterna regula toda a ordem cósmica (céu, estrelas, 
constelações, etc.) e a lei natural é decorrente desta lei eterna. Fica 
claro nas duas concepções, sinteticamente resenhadas anteriormente 
(Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino), que a lei divina emana de 
uma força sobre-humana: DEUS 
5/21/17 
2 
Modernidade 
•  Na Modernidade temos o renascimento cultural, e com ele a 
volta das discussão filosóficas e demais valores das civilizações 
grega e romana, o HUMANISMO e o ANTROPOCENTRISMO 
(homem passa a ser o centro do universo, a VIDA ATIVA 
PRÁTICA é mais importante que a contemplativa) surgiu em 
conflito e oposição com o teocentrismo, o RACIONALISMO e o 
INDIVIDUALISMO ganham força e cada vez mais a razão se 
sobrepõe à fé, até que os dois objetos de estudos são separados. 
•  O RENASCIMENTO do SÉC. XIV: expressava certa 
transcendentalidade religiosa, exaltava a natureza e os 
benefícios da vida terrena, ainda que fossem eles o êxtase 
religioso ou outro prazer da vida social. 
•  Inicia-se um processo de dessacralização da Igreja e pouco a 
pouco a Igreja passa a ser apenas mais uma das instituições 
sociais existentes e estudadas, ela passa a ser objeto de estudo 
dos homens. 
Esse ANTROPOCENTRISMO vai retomar os SOFISTAS: “O homem é a 
medida de todas as coisas” e não mais DEUS, mas sim o SER 
HUMANO, é ele que aparece agora no centro das discussões, valorizado e 
muito precisamente representado. 
Davi de Donatello Mona Lisa de Leonardo Da Vinci 
5/21/17 
3 
•  Na idade média o homem 
era visto como ser 
miserável, que tenta se 
reconectar à Deus. O 
corpo humano nu nesse 
período da história era tido 
como pecado e uma 
ofensa aos olhos de Deus. 
•  O pensamento moderno 
retoma a noção de 
dignidade do ser 
humano e o homem 
passa a ser visto como 
um ser perfeito, cuja 
beleza deve ser retratada 
e com grande perfeição na 
cópia da imagem humana, 
retratando no seu nu, 
todas as formas e 
músculos. 
A Divina Comédia de Dante Alighieri 
•  Dante estudou a filosofia de Tomás de Aquino, e também estudou os 
antigos filósofos, principalmente de Aristóteles e o matemático e 
filósofo Pitágoras. 
•  O poema a Divina Comédia de Dante Alighieri descreve uma viagem 
imaginária onde se sucedem diversos acontecimentos passando pelo 
inferno, purgatório e paraíso, sempre considerando o simbolismo do 
número 3, da santíssima trindade. 
•  Na obra o autor encontra um padre no inferno, o que seria impensável 
até então. Ele também mistura temas como a mitologia grega, 
personagens históricos da Antiguidade e de sua época, pessoas que ele 
conheceu e ouviu falar e personagens bíblicas. 
•  Enquanto a Tragédia começa mal e acaba mal, a Comédia trás 
momentos nos quais as personagens passam por maus bocados, mas, 
no fim são salvos. Na sua obra, Dante começa no Inferno e acaba no 
Céu, vencendo os obstáculos de sua viagem e os perigos e tormentos 
que vivenciou para chegar ao Paraíso. Ele “brinca” com as ideias 
bíblicas contrariando a Igreja. 
5/21/17 
4 
Origem da filosofia moderna 
•  São 5 os fatores fundamentais para o surgimento da FILOSOFIA 
MODERNA: 
•  PLANO ECONÔMICO: através das feiras de escambo (troca) surgem as 
primeiras cidades ou Burgos o que possibilitou o desenvolvimento da 
economia monetária (moeda), das corporações de oficio e dos 
instrumentos de credito. Surge um CAPITALISMO COMERCIAL voltado 
para a produção e para o comércio, para a expansão comercial e 
marítima, para a circulação crescente de mercadorias e para o consumo de 
bens materiais visando o lucro. As grandes navegações expandem esse 
modelo europeu para o restante do mundo. 
•  PLANO RELIGIOSO: sob a proteção da burguesia e dos reis, surge uma 
nova religião, o protestantismo (calvinismo, luteranismo, anglicanismo). 
•  PLANO SOCIAL: desenvolvimento de uma nova classe social, a 
burguesia, desestabilizando a sociedade estratificada feudal e 
possibilitando a mobilidade social; 
•  PLANO CULTURAL: o renascimento cultural, a volta aos valores das 
civilizações grega e romana, o antropocentrismo surgiu em conflito com o 
teocentrismo, o racionalismo e o individualismo ganham força. 
•  PLANO POLÍTICO: enfraquecimento do senhor feudal o que contribuiu para 
centralização de poder para os reis, apoiados pela burguesia; 
Direito Natural 
•  Para colocar um NOVO CENTRO nessa concepção é 
que surge o Direito Natural, dentro do espectro da 
LAICIZAÇÃO DA CULTURA MODERNA. 
•  Marcado pela ideia do século XVI de que a verdade 
das ciências estava confiada à razão matemática e 
geométrica, o JUSNATURALISMO MODERNO elege a 
reta RAZÃO como guia das ações humanas. 
•  Grócio assim define o DIREITO NATURAL: 
– “O mandamento da razão que indica a lealdade 
moral ou a necessidade moral inerente a uma 
ação qualquer mediante o acordo ou o 
desacordo desta com a natureza racional.” 
5/21/17 
5 
Mudança de centro 
•  Essa MUDANÇA DE CENTRO através da 
LAICIZAÇÃO DA CULTURA MODERNA foi 
uma verdadeira revolução copérnica na esfera 
do DIREITO, indicando um novo caminho a ser 
percorrido pela Ciência Jurídica, que deixa de 
estar ligada a concepção místico-religiosa da 
FÉ, para buscar seu FUNDAMENTO ÚLTIMO 
NA RAZÃO. 
Evolução histórica do direito natural 
•  O DIREITO NATURAL surge pela primeira vez na história do 
pensamento com os gregos, essa é a primeira fase, a FASE 
ANTIGA DO DIREITO NATURAL. A NATUREZA como 
fonte da lei que “tem imensa força em toda parte e 
independe da diversidade das opiniões”. Sua grande 
contribuição é mostrar a ligação do Direito com as forças 
e as leis da natureza. Trata-se do JUSNATURALISMO 
COSMOLÓGICO. 
•  Na IDADE MÉDIA DEUS É A FONTE DO DIREITO 
NATURAL e a perfeição da lei divina reflete na consciência 
humana a apreensão de um direito natural.O DIREITO 
NATURAL fica à mercê da LEI DIVINA e das verdades 
revelada por Deus, JUSNATURALISMO TEOCÊNTRICO 
OU TEOCENTRISMO . 
5/21/17 
6 
•  Na próxima oportunidade que vem à tona, no século XVII, o 
DIREITO NATURAL aparece como reação racionalista à 
situação teocêntrica na qual o Direito fora colocado 
durante a idade medieval. Deus deixa de ser visto como 
emanador das normas jurídicas, ou como última justificação 
para a existência das mesmas, e a natureza racional 
humana passa a ocupar esse lugar. Trata-se da acentuada 
passagem do pensamento teocêntrico ao 
antropocêntrico e ao racionalismo. 
•  Na MODERNIDADE Grócio inaugura uma NOVA 
CONCEPÇÃO DO DIREITO NATURAL, segundo a qual o 
princípio último de todas as coisas não seria mais Deus, 
nem a natureza, mas a RAZÃO. 
•  Estava criada a ESCOLA CLÁSSICA DO DIREITO 
NATURAL, que teve diversos representantes, entre eles, 
serão objeto de nosso estudo: Hugo Grócio, Samuel 
Pufendorf e John Locke. 
•  Esse é o JUSNATURALISMO MODERNO. 
•  No JUSNATURALISMO MODERNO a natureza 
não dá aos homens o entendimento do DIREITO 
NATURAL, nem Deus, é ele mesmo, o próprio 
homem por meiode uso da RAZÃO, que 
apreende esse conhecimento e o coloca em 
prática na sociedade. 
•  Segundo Hugo Grócio: 
–  “O DIREITO NATURAL existiria mesmo que 
Deus não existisse, ou ainda que Deus não 
cuidasse das coisas humanas.” 
•  Este novo pensamento prepara as bases 
intelectuais da Revolução Francesa (1789), que 
rompe, de modo definitivo e prático, com a 
teocracia e afirma, categoricamente, os direitos 
naturais. 
5/21/17 
7 
Jusnaturalismo 
•  A CORRENTE JUSNATURALISTA (jusnaturalismo) 
defende que o direito existe independente da 
vontade humana, aliás, ele existe antes mesmo do 
homem e está acima das leis positivadas pelo 
homem. 
•  Para os jusnaturalistas o direito é algo natural e tem 
como pressupostos os valores do ser humano, e 
busca sempre um ideal de justiça. O direito natural é 
universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela 
natureza a todos aqueles que se encontram em um 
estado de natureza. 
Juspositivismo 
•  Ao contrário da corrente JUSNATURALISTA 
(jusnaturalismo), a corrente JUSPOSITIVISTA 
(juspositivismo) acredita que só pode existir o 
direito e conseqüentemente a justiça através de 
NORMAS POSITIVADAS, ou seja, normas 
emanadas pelo Estado social com poder coercivo, 
podemos dizer que são todas as normas escritas, 
criadas pelos homens, por intermédio do Estado. 
•  O DIREITO POSITIVO é aquele criadas pelos 
homens, que obedecem um tramite expresso de 
criação e que uma vez válidas e em vigor, o Estado 
impõe à coletividade coercitivamente. 
5/21/17 
8 
HUGO GRÓCIO 
Primeira parte 
Hugo Grócio – vida e obra 
•  Nascido na Holanda, na cidade de Delf, no ano de 
1583, filho de pai protestante e mãe católica. 
•  Seus primeiros trabalhos intelectuais versaram 
sobre: filologia, poesia, histórica e teologia. 
•  A partir de 1607, ano em que inicia o exercício da 
advocacia na cidade da Haia (sede do governo 
holandês), passa a interessar-se pelas questões 
do Direito. 
•  Sua principal obra, na qual expõe sua 
concepção do Direito Natural, é De Jure Belli ac 
Pacis, publicada no ano de 1625. 
5/21/17 
9 
Autonomia em relação à 
Teocracia 
•  A doutrina do Direito Natural de Hugo Grócio reflete o 
desejo de autonomia em relação à Teocracia e se 
manifesta na Escola Clássica do Direito Natural. 
•  Não é mais Deus ou a ordem divina o substrato do 
Direito, mas a natureza humana e a natureza das 
coisas. 
•  Não há possibilidade de uma sanção religiosa. 
•  O Direito Natural não mudaria seus ditames na hipótese 
da inexistência de Deus, nem poderia ser modificado 
por ele. 
–  “Portanto, não há nada de arbitrário no direito 
natural, como há arbitrariedade na aritmética. Os 
ditames da reta razão são o que a natureza 
humana das coisas ordenam.” 
Contribuição de Grócio para o 
direito internacional 
•  Grócio contribuiu, de modo decisivo, para a criação do DIREITO 
INTERNACIONAL. Segundo ele, a LEI NATURAL que regulamente 
a convivência de diversas nações é o DIREITO DAS GENTES e 
esse direito é um fragmento destacado da LEI NATURAL. 
•  Para Grócio, tanto as relações entre os indivíduos, como a relações 
entre esses indivíduos e seus governantes, assim como a relações 
entre os diversos Estados soberanos baseiam-se na ideia de um 
CONTRATO. 
•  Esses contratos comuns, são pactos de cumprimento 
obrigatório porque impostos pelas próprias partes que o 
assinam: 
–  “PACTA SUNT SERVANDA”- “os pactos existem pra serem 
cumpridos” - o pacto faz lei entre as partes signatárias do 
próprio pacto. 
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10 
Declaração Universal de Direitos 
Humanos de 1948 
•  Declara-se não o que é oculto e imperceptível, mas o que é de fácil 
acesso à razão humana. 
•  A contundente afirmação de direitos, contrária ao desrespeito desses 
direitos e esperançosa na construção de um novo estado de coisas é 
o que leva à elaboração de Declarações como a Declaração 
Universal de Direitos Humanos de 1948: 
–  Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os 
membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis 
constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; 
–  Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do 
homem conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da 
Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos 
sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi 
proclamado como a mais alta inspiração do homem; 
–  Considerando que é essencial a proteção dos direitos do homem 
através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, 
em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão; 
Método dedutivo e racional 
•  O MÉTODO DEDUTIVO, cuja influência se dá 
pelo raciocínio matemático e geométrico tão 
consagrado na modernidade, é o que possibilita 
à reta razão alcançar as regras invariáveis da 
natureza. 
•  A natureza não dá aos homens esse 
entendimento; é ele mesmo, o próprio homem, 
por meio de uso da razão, RACIONALIDADE, 
que apreende esse conhecimento e o coloca 
em prática na sociedade. 
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11 
Características do Direito Natural da 
Escola Clássica do Direito Natural 
•  A ideia de que é o próprio homem, por meio 
da razão que apreende as regras invariáveis 
da natureza, cara à Escola Clássica do Direito 
Natural, faz dele um Direito Natural: 
–  imutável, 
–  perene às transformações históricas, 
–  universal, 
–  não suscetível aos diversos costumes e 
tradições dos diferentes povos. 
Oposição de Miguel Reale à Escola 
Clássica do Direito Natural 
•  Esta divisão difere radicalmente da de Miguel 
Reale, que advoga a existência não de um Direito 
Natural imutável, mas a existência de um Direito 
Natural problemático e conjetural, que vai 
acolhendo diversos valores no percurso da 
história: 
–  “De tais paradigmas axiológicos resultam determinadas 
normas que são consideradas idéias diretoras 
universais da conduta ética, costumeira e jurídica. A 
essas normas, que nos permitem compreender a 
natureza e os limites do Direito Positivo, é que 
denomino Direito Natural, de caráter problemático-
conjetural.” 
5/21/17 
12 
Oposição à Escola Clássica do 
Direito Natural 
•  Os diferentes autores da Escola Clássica do 
Direito Natural não necessariamente 
concordavam entre si. 
•  Os opositores de Grócio, autores como Henrique e 
Samuel Coccejo, Leibiniz e Joan Cristian Von Wolf 
adotaram uma posição anti-racionalista 
afirmando, categoricamente, que Deus é a fonte 
última do Direito Natural, o que contrariava a 
famosa assertiva de Grócio: 
–  “O Direito Natural existiria mesmo que Deus não 
existisse, ou ainda que Deus não cuidasse das coisas 
humanas.” 
Contratualistas 
•  Também escreveram sobre o DIREITO 
NATURAL, próprio do homem em estado de 
natureza e sobre o DIREITO POSITIVO, 
instituído através de um PACTO ou 
CONTRATO entre os homens os seguintes 
autores: 
1.  Hobbes 1588- 1679 
2.  John Locke 1632-1704 
3.  Jean Jacques Rousseau 1712-1778 
•  Suas teorias são parecidas, porém eles 
discordavam em diversos aspectos 
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13 
THOMAS HOBBES (1588 a 1679) 
Jusnaturalismo moderno, direito natural para 
Thomas Hobbes 
•  Thomas Hobbes é conhecido entre os autores do 
jusnaturalismo moderno racional como o teórico do poder 
soberano e seu grande defensor. 
•  Contrariando toda uma tradição que remonta a Aristóteles, 
Hobbes é pessimista e se distancia da aceitação da hipótese 
de que o homem é uma animal político por natureza. 
•  Na obra Leviatã, falou sobre a natureza humana e sobre a 
necessidade de governos soberano e sociedades civis 
construídas artificialmente, como artifício humano para 
o aperfeiçoamento da natureza. 
•  Isso porque, paraHobbes, o homem em estado natural vive 
em guerra, guerra de todos contra todos. 
•  Assim, o homem é o lobo do próprio homem, morde o 
próprio rabo, acaba com o próprio semelhante, destrói 
aquele que poderia acabar por auxiliá-lo na defesa, caça, 
construção da moradia. 
5/21/17 
14 
•  Em estado natural alguns homens podem ser mais 
fortes ou mais inteligentes do que outros, mas 
nenhum se ergue tão acima dos demais por forma 
a estar além do medo de que outro homem lhe 
possa fazer mal. Cada homem tem direito a tudo, 
mas as coisas são escassas e assim existe uma 
constante guerra de todos contra todos. No 
entanto, os homens têm um desejo, que é também 
em interesse próprio, de acabar com a GUERRA 
PRÓPRIA DO ESTADO NATURAL. 
•  A criação do PACTO SOCIAL sob a autoridade de 
um soberano forte o suficiente para se erguer 
acima dos demais é condição necessária para 
acabar com a guerra e com as mortes. 
•  A sociedade natural necessita de uma autoridade 
à qual todos os membros devem render o 
suficiente da sua liberdade natural, por forma a 
que a autoridade possa assegurar a paz interna e 
a defesa comum sendo essa construção humano 
o meio para regular o caos natural e viabilizar a 
própria vida humana. Este soberano, quer seja um 
monarca ou uma assembléia (que pode até 
mesmo ser composta de todos, caso em que seria 
uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma 
autoridade inquestionável. 
•  Assim se dá a SUPERAÇÃO do estado de 
natureza, o acordo de vontades, o pacto ou 
convenção humana que cria o Estado, a 
sociedade civil se dá no sentido de abolir a 
guerra de todos contra todos e por isso se 
sobrepõe à sociedade natural. 
5/21/17 
15 
JOHN LOCKE (1632 a 1704) 
Jusnaturalismo moderno, direito natural para 
John Locke 1632-1704 
•  Pensador inglês, filosofo, idealizador e defensor do EMPIRISMO, 
crítico do INATISMO, um dos principais idealizadores e teóricos do 
CONTRATO SOCIAL. 
•  Ele também defendeu que os homens em ESTADO DE 
NATUREZA seriam livres, iguais e independentes, podendo 
dispor de seu corpo para o que desejassem, e agir livremente desde 
que isso não prejudique nenhum outro homem. Segundo Locke, 
todos são iguais, e a cada um deverá ser permitido agir livremente 
desde que não prejudique nenhum outro. 
•  A sociedade teria uma base contratual resultante da livre 
associação entre os indivíduos, dotados de razão e vontade 
própria. 
•  O surgimento do contrato que dá origem à vida social esta ligado à 
idéia de que é imprescindível um terceiro para a decisão das 
lides surgidas na vida social. 
5/21/17 
16 
•  Convivem simultaneamente o “ESTADO DE 
NATUREZA” e “ESTADO SOCIAL” ou CIVIL, 
este segundo erigido para garantir a vigência e 
proteção dos direitos naturais que corriam 
grande perigo no estado de natureza, por 
encontrarem-se totalmente desprotegidos. 
•  Em ciência JURÍDICA pode-se dizer que Locke é 
adepto do JUSNATURALISMO MODERNO 
porque acredita que existe um DIREITO 
NATURAL próprio da natureza humana 
(fundamentado na razão humana), um direito 
captado racionalmente pelo homem e que não foi 
escrito pelo homem, ele já existe e o homem o 
compreende através de seu exercício racional. 
•  Diferente de Rousseau, Locke acreditava que entre os 
direitos individuais estava o respeito à propriedade. 
•  Para Locke o mundo natural é a propriedade comum de 
todos, mas que qualquer indivíduo pode apropriar-se de 
uma parte dele, ao acrescentar seu trabalho aos recursos 
naturais. 
•  A “CLÁUSULA LOCKEANA DA PROPRIEDADE TRABALHO 
” - teoria da propriedade-trabalho de John Locke: os 
indivíduos têm direito de se apropriar privadamente de parte 
da terra comum a todos desde que trate-se da terra em que 
trabalham e desde isso não cause prejuízo aos demais 
porque ainda existe bastante [terra] igualmente boa para 
aqueles ainda não providos pudessem usar. 
•  Em outras palavras, que o indivíduo não pode simplesmente 
apropriar-se dos recursos naturais mas também tem que 
considerar o bem comum. 
5/21/17 
17 
•  O CONTRATO SOCIAL para Locke regulava as formas de 
poder e visava garantir as liberdades individuais próprias 
do estado natural. 
•  A preservação do direito a propriedade que era um direito 
individual e por isso passa a significar o próprio fim da 
atividade do Estado. 
•  Prevê o DIREITO A RESISTÊNCIA, já que a autoridade 
dos magistrados está fundamentada na proteção dos 
direitos naturais, eles não podem desrespeitar essa lei 
natural e se o fizerem cabe a legitima resistência do 
cidadão. 
•  Rousseau e Locke, por encararem a SOCIEDADE como 
uma matéria em desenvolvimento e de origem natural 
(não divina) contribuíram para o pensamento sociológico. 
•  O cerne do seu pensamento é o indivíduo e a 
coletividade. 
JEAN JACQUES ROUSSEAU 
Jusnaturalismo moderno, direito natural para 
5/21/17 
18 
Jean Jacques Rousseau 1712-1778 
•  Foi um CONTRATUALISTA e descreveu como teria sido 
o HOMEM EM ESTADO DE NATUREZA, buscou 
reconstruir a história da humanidade desde o primitivo até 
a sociedade complexa; 
•  Na sua obra “Discurso sobre a origem e os 
fundamentos da desigualdade entre os homens” 
Rousseau dizia que o homem em estado natural se 
completa com a natureza , portanto o estado natural não é 
um estado a ser superado, como para Locke e Hobbes. 
Rousseau afirma que 
•  “a maioria de nossos males é obra nossa e (…) os teríamos 
evitado quase todos conservando a maneira de viver simples, 
uniforme e solitária que nos era prescrita pela natureza”. 
•  O homem em estado de natureza vivia livre, 
solitário, feliz e em paz pelas florestas, era orientado 
pelo seu instinto de sobrevivência e 
autopreservação e atendia aos seus prazeres 
elementares: comer, beber, relações sexuais sem 
formar família e fugia da dor. Ele desejava apenas 
aquilo que o rodeava, não pensava, desejava apenas 
satisfazer suas necessidades físicas. 
•  O “bom selvagem” teria uma qualidade potencial 
inata que o distingue dos outros animais, a faculdade 
de aperfeiçoar-se. 
•  Para Rousseau o homem tem o instinto natural que é 
individualista, ele não induz a qualquer vida social. 
Para viver em sociedade, é preciso a razão ao 
homem natural. 
5/21/17 
19 
•  A RAZÃO, para Rousseau, é o instrumento que enquadra o 
homem, nu, ao ambiente social, vestido. Assim como o 
INSTINTO é o instrumento de adaptação humana à natureza, 
a RAZÃO é o instrumento de adaptação humana a um meio 
social e jurídico. 
•  Segundo Rousseau, o homem selvagem é anti-social, mas é 
associável: 
–  "não é hostil à sociedade, mas não é inclinável a ela. Foram os germes 
que se desenvolveram, e podem se tornar as virtudes sociais, 
tendências sociais, mas eles são apenas potenciais."(Segundo Discurso, 
Parte I). 
•  Rousseau acreditava que os homens associaram-se para 
realizar alguma tarefa que precisava de várias mãos, o que 
aconteceu repetidas vezes e os homens perceberam como 
essa união facilitava sua sobrevivência e assim, os homens 
decidiram viver juntos em um ESTADO PRÉ SOCIAL, sendo 
necessário atividades de socialização na medida em que os 
sentimentos foram se refinando. 
•  Acreditava que a ORIGEM DAS DESIGUALDADES 
SOCIAIS ESTAVA NA PROPRIEDADE PRIVADA. 
•  Para ele, o verdadeiro fundador da desigualdade na 
sociedade civil foi aquele que primeiro cercou um terreno 
fazendo surgir a propriedade privada, dividindo ricos e 
pobres: 
–  “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, 
tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e 
encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. 
Quantos crimes, guerras, assassinatos, misérias e horrores 
não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as 
estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus 
semelhantes:Defendei-vos de ouvir esse impostor, estareis 
perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a 
terra não pertence a ninguém.” 
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20 
•  A transição do ESTADO DE NATUREZA para a ESTADO DE 
ORDEM CIVIL transforma a liberdade do sujeito, ocorrendo 
durante um período de “guerra de todos contra todos” que se 
iniciou com o estabelecimento da PROPRIEDADE PRIVADA e 
da AUSÊNCIA DE INSTITUIÇÕES POLÍTICAS E DE REGRAS 
QUE IMPEDISSEM A EXPLORAÇÃO ENTRE AS PESSOAS. 
•  Não havia cidadania neste ESTADO PRÉ SOCIAL (esse período, 
existente antes do contrato social, se caracterizava por uma vida 
comum de disputas pela propriedade e pela riqueza). 
•  Os primeiros ocupantes das terras entraram em guerra entre si, 
os mais ricos percebendo a possibilidade de grandes perdas 
idealizaram o contrato social. Prometendo paz, justiça e 
segurança para todos e garantindo que manteriam seus bens, 
ricos enganaram os fáceis de seduzir: 
–  “é razoável crer-se ter sido uma coisa inventada antes por 
aqueles a quem é útil, do que por aqueles a quem causa mal. 
Os pobres, não tendo senão sua liberdade para perder, fizeram 
uma tremenda loucura ao destituir-se voluntariamente do único 
bem que lhes restava, para nada ganhar em compensação.” 
•  Essa obra chama “Contrato Social” onde Rousseau afirma: 
–  A base da vida social está no interesse comum e no 
consentimento unânime dos homens em renunciar as 
suas vontades particulares em favor da coletividade; 
•  Através da assinatura desse CONTRATO SOCIAL os homens entram na fase 
ou ESTADO SOCIAL. 
•  Mas se o CONTRATO SOCIAL era a princípio uma burla, como legitimá-lo? 
•  Acreditando na bondade humana no estado de natureza, defendia o povo 
como soberano e reconhecia a igualdade como elemento essencial na vida 
social. Assim, defendia princípios igualitários e uma sociedade organizada 
em uma base livre e contratual; 
•  Sua intenção é estabelecer um padrão das leis (que seria uma forma de 
superar as oposições entre indivíduo e Estado), baseado na igualdade, sendo 
esse critério indispensável para o contrato social. 
•  A justiça estabelecida na lei deve ter reciprocidade entre os indivíduos, cada um 
tendo seus direitos e deveres, tanto o soberano quanto os súditos. Por isso, as 
leis devem representar toda a sociedade, sendo consideradas como 
VONTADE GERAL (não no sentido de uma união das vontades individuais 
e sim da vontade do corpo político ). 
•  O povo tem interesses que são nomeados “VONTADE GERAL”, que é o que 
mais beneficia a sociedade. O “SOBERANO” tem que agir de acordo com essa 
vontade do povo o que representa o limite do poder de tal governante: ele 
não pode ultrapassar a SOBERANIA DO POVO ou a VONTADE GERAL. 
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•  O povo é submisso à lei porque foi ele quem a criou; sendo a lei a 
condição essencial para a associação civil. 
•  Quanto às FORMAS DE GOVERNO, são elas a DEMOCRACIA, a 
ARISTOCRACIA e a MONARQUIA. Mas qual forma de governo 
funciona melhor – para Rousseau, a democracia é boa em cidades 
pequenas, a aristocracia em Estados médios e a monarquia em 
Estados grandes e em todas elas o abuso dos governos pode 
degenerar o Estado. A corrupção dos governantes quanto à vontade 
geral é criticada, garantindo-se o direito de tirar do poder tal 
governante corrupto. 
•  As principais decorrências do estabelecimento da vida comunitária, 
segundo Rousseau, se dão tanto no desenvolvimento (da 
consciência, da afetividade e dos desejos) de cada indivíduo. No 
que tange ao indivíduo a sua forma de viver é alterada quando a 
vida coletiva potencializa as suas capacidades intelectuais, os 
indivíduos têm de ter uma consciência e um amor não apenas de si, 
como outrora, como também devem pensar nas consequências de 
seus atos em relação a outros indivíduos e reconhecer a 
necessidade da convivência com estes outros indivíduos. 
Os utopistas - As utopias 
1.  Thomas Morus (1478-1535 Inglaterra) - Utopia 
2.  Tommaso Campanella (1568-1639 Itália) - Cidade do Sol 
3.  Francis Bacon (1561-166 Inglaterra) - New Atlantis (ou Nova Atlântida) 
•  criaram sociedades utópicas que são: sociedades que não existem mas 
que eles gostariam que existissem. O que revela: 
–  Forte crítica velada em relação à realidade à sua volta. 
–  Falso afastamento do real: apresentam o que não é, estão informando 
o que deveria ser. 
–  Visão política que privilegia a noção de justiça e apresenta 
soluções práticas para os problemas enfrentados. 
•  Expressão UTOPIA: 
! do grego “topos”, significa “não-lugar” ou “nenhum lugar”, 
! lugar que não existe. 
! ficou famosa por causa do livro Utopia de Thomas Morus. 
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Thomas Morus e a sua obra: Utopia 
•  Thomas Morus, forma alatinada por que é literariamente 
conhecido Thomas Moore, Grande Chanceler da Inglaterra. 
•  Nasceu em Londres em 1478 e foi aí decapitado em 1535. Foi 
pensador, estadista, advogado e membro da Câmara dos 
Comuns. Intensa participação na vida política de seu país. 
Humanista, estudou antiguidade clássica. 
•  Obra: Utopia = reflexão sobre situação da Inglaterra do início 
do SEC. XVI: decadência do feudalismo, consolidação do 
absolutismo e o início da propriedade privada e do capitalismo. 
•  A “Utopia” representa a primeira crítica fundamentada do regime 
burguês e encerra uma análise profunda das particularidades 
inerentes ao feudalismo em decadência. A forma é uma 
conversação durante a qual Morus aborda as questões mais novas 
e mais difíceis. Sua palavra, às vezes satírica e jovial, outras, de 
uma sensibilidade comovedora, é sempre cheia de força. 
•  A primeira parte é o espelho fiel das injustiças e misérias da 
época; o povo inglês sob o reinado de Henrique VII, a avareza do 
rei, a nobreza e o clero com a maior parte do solo e das riquezas 
públicas. Além disso, nessa época, os grandes senhores mantinham 
uma multidão de vassalos, o terror do camponês e do trabalhador. 
•  De outro lado, o comércio e a indústria da Inglaterra não tinham 
muita expansão antes das descobertas de Vasco da Gama e 
Colombo. E assim, as gerações se sucediam sem finalidade, sem 
trabalho e sem pão. A agricultura estava em ruínas desde que a 
nascente indústria da lã, prometendo lucros espantosos, fez com que 
terras imensas fossem transformadas em pastagens para carneiros. 
Em conseqüência disto uma multidão de camponeses viu-se 
reduzida à miséria, trazendo uma multiplicação de mendicidade, 
vagabundagem, roubos e assassínios. 
•  A lei inglesa era de uma severidade inaudita, punindo com a morte, 
indistintamente o pobre, o ladrão, o vagabundo e o assassino. 
Retrato de uma sociedade tão profundamente desorganizada e 
injusta. 
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•  O livro todo se passa entre conversas do autor com Rafael 
Hitlodeu, navegador junto com Américo Vespúcio, sendo que, 
depois de ter feito uma sátira a todas as instituições da época, na 
primeira parte do livro, o autor conta no livro segundo ou segunda 
parte do livro, um relato de Rafael, onde ele menciona uma 
SOCIEDADE IMAGINÁRIA, ideal, perfeita, chamada a ilha da 
Utopia, que Rafael teria encontrado em uma suposta expedição de 
Américo Vespúcio. 
•  Nessa ilha os cidadãos vivem de forma ideal, em perfeita harmonia, 
em um estado ideal de perfeição imaginária totalmente oposta 
àquela sociedade imperfeita e ruim, descrita na primeira parte do 
livro. 
•  Na verdade representa uma análise crítica da sociedade presente, 
consistindo em uma denuncia velada dos problemas dessa 
realidade atual. 
–  Nessa ilha: 
1.  não há propriedade privada, os bens são comuns, 
comunidade de bens e do solo, tudo pertence a todos. 
2.  sociedade sem antagonismos entre a cidade e o campo, 
sem trabalho assalariado, sem gastos supérfluos e luxos 
excessivos, com o Estado como órgão administrador da 
produção.3.  todos são iguais e responsáveis pelas mesmas tarefas 
divididas em um sistema de rodízio, todos possuem a mesma 
renda, igual condição de vida, todos trabalham, os habitantes se 
revezam na agricultura e artesanato atividades duram 6 horas, 
4.  sacerdotes (culto) e literários (estudo) tem espaço especial, não 
há apenas uma religião e um Deus, existe um profundo respeito 
das diferenças, não existe ganância por dinheiro já que tudo é 
de todos, hábitos saudáveis de vida simples, sem luxo, etc. 
5.  Vida comunitária é garantida por uma monarquia constitucional 
(30 famílias = 1 representante para o Conselho = que elegem 
imperador para mandato vitalício acompanhado pelo Conselho). 
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Tommaso Campanella (1568-1639) 
•  Vida: padre dominicano e filosofo italiano. 
•  Acusado de heresia, foi perseguido e torturado diversas 
vezes. 
•  Também escreveu sobre uma sociedade utópica. 
•  Ele organizou uma revolta camponesa na Calábria onde 
pretendia fundar uma República, a cidade Mágica do 
Sol, que acabou levando-o para prisão por 27 anos. 
•  Obra: Cidade do Sol: idealiza uma sociedade 
teocrática onde não existe propriedade privada, nem 
divisão de trabalho, nem divisão de classes sociais ou 
mesmo qualquer divisão de família, a vida se organiza de 
acordo com a ordem da natureza. 
•  Trata-se de uma construção geométrica procurando 
retratar a ordem do universo. 
Francis Bacon (1561-1626) 
•  Vida: político, membro do Parlamento inglês, família rica, 
frequentava a corte inglesa. Contemporâneo de William 
Shakespeare (1564-1616). Utopista como Thomas Morus 
(1478-1535) e Tommaso Campanella (1568-1639). 
•  O renascimento foi importante para a sociologia enquanto 
ciência, apenas seria possível pensar na investigação de 
uma sociedade com base no conhecimento científico a 
partir da razão, da racionalidade, ademais, instigou 
pensadores a buscar compreender as transformações que 
estavam ocorrendo. 
•  Francis Bacon parte da idéia que a teologia deveria ser 
substituída pelo método da dúvida no estudo da 
sociedade. 
•  Para ele, o método de conhecimento deveria estar baseado 
na observação e na experimentação. 
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•  Obra: New Atlantis (ou Nova Atlântida): Francis 
Bacon idealizou uma comunidade utópica, feliz, que vive 
na paz e na fatura. Criou a Casa de Salomão, que reúne 
os sábios da cidade e realizava pesquisas e 
experimentos voltados para o domínio da natureza, 
visando o bem estar dos homens. 
•  A cidade totalmente naturalista voltada para o bem 
supremo da luz da comunidade, além de não ofender o 
que é natural. Viviam em harmonia com a natureza, prima 
por um igualitarismo social, baseado na harmonia com 
tudo o que é natural e em harmonia também com o 
cientificismo, logo, apesar de haver algumas 
semelhanças com o pensamento religioso, privilegia a 
ciência. 
•  Bacon apresenta uma civilização igualitária, onde todos 
têm seus direitos e também o seus deveres. 
•  O contexto histórico se baseia na época do cristianismo em 
decadência. No livro Nova Atlântida os homens que 
chegaram na ilha de Bensalém, desconhecida pelo mundo, 
uma ilha que só possuía uma civilização cristã. 
•  Quando chegaram lá, um sacerdote perguntou se eles eram 
cristãos, como avistaram uma imagem de uma cruz 
vermelha, falaram que eram, ou seja, assim como os 
bárbaros, eles fingiram ser cristãos para não morrerem. 
•  Fala também sobre o começo do capitalismo, ou seja, 
Francis Bacon diz que eles não deixam a natureza de lado, 
eles têm a necessidade dela, não deixam ela de escanteio, 
eles vivem em torno dela. 
•  Ele acha que com o avanço capitalista a natureza estava 
deixada de lado e passaram a viver em um mundo artificial 
entendia que as pessoas tem que se voltar mais no que é 
natural. 
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Bibliografia dessa Apostila 
! BITTAR, Eduardo Carlos B. Curso de Filosofia 
do direito. São Paulo: Atlas nos capítulos 
Jusnaturalismo, Hugo Grócio, Hobbes, Locke, 
Rousseau. 
! Livros de Hugo Grócio, Hobbes, Locke, 
Rousseau. 
! Plataforma UNIP. 
! Observações da professora Maria Elisa Soares 
Rosa

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