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Trabalho envelhecimento do aparelho locomotor (2)

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ENVELHECIMENTO DO 
APARELHO LOCOMOTOR
Isabel Lemos
Jane Alves
Letícia Valerio
Integrantes
Isabel Jerônima Lemos;
Jane Franciele Alves Trindade;
Leticia de Oliveira Valério.
Resumo
Alterações fisiológicas que ocorrem no aparelho locomotor devido ao envelhecimento como:
 perda de massa muscular, 
perda do equilíbrio corporal, 
diminuição da massa óssea e osteoartrose .
3
Estas alterações causam limitações às atividades da vida diária do idoso, comprometendo sua qualidade de vida, o tornando mais frágil e dependente.
Idosos que realizam atividade física periodicamente tem melhor independência funcional e melhor qualidade de vida do que aquele sedentário.
O presente artigo aborda as principais alterações fisiológicas do processo de envelhecimento,
Realiza uma revisão da literatura atual, sobre os efeitos que o exercício físico causa no aparelho locomotor do idoso, especificando qual a melhor forma de prescrever atividade física nessa faixa etária.
INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento biológico determina alterações no aparelho locomotor, que causam limitações às atividades da vida diária e, assim, comprometem a qualidade de vida da pessoa que envelhece.
 A diminuição do nível de atividade pode levar o idoso a um estado de fragilidade e de dependência.
 Evidências atuais demonstram que a atividade física traz benefícios à saúde do idoso, mantendo independência funcional e melhorando sua qualidade de vida.
Projeções populacionais estimam que a população idosa brasileira ampliará sua importância relativa de 5,4% em 2000 para 18,4% em 2050 e que a pirâmide etária evoluirá em processo de estreitamento de sua base, caracterizando envelhecimento da população.
O processo de envelhecimento está associado à perda de massa muscular (sarcopenia) e à correspondente redução da força muscular máxima.
 A perda de massa muscular inicia-se aos 30 anos, mas aumenta ao redor dos 50, ocorrendo também no indivíduo atleta. 
Ocorre um fenômeno no qual a proteína contrátil é substituída por lipídios intra e extracelulares e por proteína estrutural.
Entre os 65 e 84 anos, a força isométrica muscular diminui aproximadamente 1,5% por ano, enquanto a potência muscular decresce 3,5% por ano. A perda da potência muscular é maior que a da força devido à perda seletiva das fibras tipo II (fibras de contração rápida). 
A diminuição da potência muscular determina diminuição da velocidade de contração muscular e esta perda nos músculos responsáveis pela manutenção da postura ortostática pode contribuir para o aumento do número de quedas. 
Neurologicamente, existe diminuição, eventualmente modulada por sinais aferentes das articulações comprometidas (inibição aterogênica), do número e do tamanho das unidades motoras e isso é também uma causa primária da perda da força muscular.
Aparelho Locomotor
Sistema de movimento, locomoção e deslocamento do ser humano.
Fazem parte :
• Músculos
• Tendões, ligamentos e articulações
• Sistema esquelético 
• Sistema nervoso
Redução de força muscular
*Há redução de
• Número de fibras musculares
• Força de contração
• Qualidade
Degenerações articulares
*Osteoartrose – Doença reumática
*Estimativas – 30% >50 anos
FATORES DE RISCO – OSTEOARTROSE
Degenerações articulares
Tratamento:
Medicamentoso
Fisioterapia
Fortalecimento muscular
Cirurgia
Perda de peso
ARTRITE REUMATÓIDE
Doença reumatológica
 Inflamação e deformidade articular
Principais sintomas
*Rigidez articular matinal (>1 hora)
*Inflamação 3 ou mais articulações
*Artrite nas mãos
*Exames de imagem e laboratoriais
PERDA ÓSSEA
Osteopenia Vs Osteoporose
 Incidência maior em mulheres
 Risco – Fraturas
 Detecção: Densitometria óssea
PERDA ÓSSEA
A diminuição da densidade óssea ocorre devido a um conjunto de fatores, como:
 mudanças nos hormônios que regulam o cálcio,
 diminuição da perfusão do tecido ósseo, 
mudanças nas propriedades do material mineral ósseo;
uma redução do número de células e atividades metabólicas das células que produzem o osso, afirma Spirduso (2005).
FATORES DE RISCO - OSTEOPOROSE
Raça branca
Sexo feminino
Baixo peso
Sedentarismo
História familiar
Ingestão inadequada de cálcio
Fumo / bebida alcoólica
Idade avançada
Uso prolongado de algumas medicações
Vários estudos mostram que o treinamento físico tem efeitos significativos sobre a massa muscular e sobre a força desenvolvida pelos músculos. 
No indivíduo idoso a potência é o fator determinante para a melhora da independência, da qualidade de vida e prevenção do risco de quedas.
Assim, no idoso, é necessário que o fortalecimento muscular seja feito em alta intensidade. Alguns estudos com fortalecimento de baixa intensidade resultaram em aumento da força muscular, porém, com ausência ou efeito muito baixo na saúde do idoso. 
Apesar do fortalecimento muscular levar a melhora da função, outros exercícios mais funcionais são necessários para haver ganho maior no equilíbrio e na independência do idoso.
Fortalecimento Muscular
Reabilitação Vestibular ( equilíbrio)
Skelton e Beyer, ao realizar uma revisão da literatura, concluíram que o programa de treinamento para reduzir o risco de quedas e de fraturas deve incluir exercícios de equilíbrio, de coordenação e de tempo de reação, além do fortalecimento muscular; 
Protocolo 
BERNARDINO ET AL, (2010)
Sentar e levantar duas vezes de uma cadeira.
Objetivo: fortalecer os MMII e promover estabilidade ao movimento.
 Realizar marcha a uma distância de oito metros com tornozeleira de 1kg bilateral, e a cada dois metros era solicitado mudanças: andar para frente, para trás, para o lado direito e esquerdo.
Objetivo: melhorar a marcha e estabilidade.
 Ficar em pé sobre um tábua de propriocepção durante 1minuto e sentar na bola de Bobath durante 1minuto. 
Objetivo: melhorar a propriocepção e o equilíbrio. 
Concluíram também, que treinamentos contendo só musculação ou caminhadas são menos efetivos para a estabilidade postural.
Protocolo
zinni et al, (2003)
Ficar em pé sem apoio ou apenas com um mínimo de apoio, progredindo para a capacidade de manter-se em pé enquanto abrir cintos e botões, de procurar objetos colocados em prateleiras cada vez mais altas ou pegar objetos do assento de uma cadeira ou do piso. 
 Opor-se às perturbações do equilíbrio, dando passos compensadores em resposta a um empurrão leve contra o esterno ou contra a face lateral da pelve. 
Andar sem auxílio na maior distância necessária dentro da própria residência. Comece o treinamento pela menor distância que o paciente se considera capaz de vencer. 
Virar-se no mesmo ponto, dando número cada vez menor de passos, quatro a seis no máximo. 3
Estes exercícios podem ser realizados tanto com os olhos abertos, quanto fechados.
Porém, Howe et al, numa revisão sistemática, afirmam que diversos tipos de exercícios trazem benefícios ao equilíbrio corporal, mesmo se realizados isoladamente. Entre essas atividades físicas incluem:
Exercícios funcionais (para balanço, marcha e co-coordenação), 
Fortalecimento muscular, caminhada, dança, tai chi chuan, bicicleta (tanto estacionária quanto livre); 
Esta última apresentou apenas tendência de melhora no equilíbrio corporal. 
Segundo Castro et al, (2012), para uma estabilidade postural adequada é necessário que os sistemas, vestibular, visual, somatossensorial, musculoesquelético e SNC estejam em harmonia. 
Porém, advertem que todas essas intervenções têm efeitos somente a curto prazo e que estudos padronizados e a longo prazo devem ser feitos para avaliar o efeito da atividade física regular na estabilidade postural.
Algumas formas de exercícios têm-se mostrado benéficas para retardar ou reverter a perda de massa óssea relacionada com a idade. Entre essas atividades incluem-se: exercícios com peso, corrida e aulas em academias.
Caminhadas isoladas não aumentam a densidade óssea, porém, ajudam a mantê-la
Um
estudo comparou os efeitos dos treinamentos de resistência e agilidade sobre os ossos em mulheres idosas com massa óssea reduzida (osteopenia).
 As mulheres foram divididas em três grupos experimentais: treinamento de resistência, treinamento de agilidade e alongamento (este último foi considerado o grupo controle). 
Ao término do estudo, os grupos de treinamento de agilidade e resistência tiveram aumento significante da densidade óssea, e o grupo que realizou somente alongamento apresentou perda óssea.
CUIDADOS
A pessoa com instabilidade postural ou com história de lesões por quedas deve ser encaminhada para fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais ou educadores físicos qualificados.
Tendinites, bursites e lombalgias podem ocorrer no idoso quando o fortalecimento é realizado de forma exagerada.
CONCLUSÕES
As alterações no aparelho locomotor ocorridas em decorrência do envelhecimento que causam perda no equilíbrio, fragilidade óssea, dores articulares e decréscimo da função podem ter seu efeito minimizado por meio da prática regular de exercícios físicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162009000200002
http://www.enkyo.org.br/SaudeNaoTemIdade/Envelhecimento_locomotor%20-%20Dr%20David.pdf
http://mpiovezanconsultoria.blogspot.com.br/2012/03/envelhecimento-e-o-sistema-locomotor.html
http://aparelholocomotor.blogspot.com.br/
SPIRDUSO, Waneen Wyrick. Dimensões físicas do envel Dimensões físicas do envelhecimento Dimensões físicas do envelhecimento. São Paulo: Man hecimento ole, 2005. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMBROSE et al, Both resistance and agility training increase cortical bone density in 75-to 85-year-old women with low bone mass: a 6-month randomized controlled trial. Journal of clinical densitometry - the official journal of the International Society for Clinical Densitometry. Winter-2004
CASTRO et al, O Papel da Fisioterapia no Controle Postural do Idoso. Revista Revista Movimenta ISSN: 1984-4298 Vol 5 N 2 (2012).
Bernardino at al .A influência de um protocolo de exercícios na independência funcional e na qualidade de vida de idosos institucionalizados, 2010
ZENNI, et all O Papel Da Fisioterapia Na Prevenção Da Instabilidade E Quedas Em Idosos. 2003.

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