AV HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA

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17/6/2014 Estácio
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Avaliação: CEL0521_AV_201301211851 » HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA
Tipo de Avaliação: AV
Aluno: 201301211851 - ANDRÉ LUIS NOVAK NASCIMENTO SANTOS
Professor: CATIA DA CONCEICAO FARIA FERNANDES Turma: 9002/AA
Nota da Prova: 4,5 Nota de Partic.: 1 Data: 02/06/2014 20:22:37
 1a Questão (Ref.: 201301328053) Pontos: 1,5 / 1,5
De acordo com o viajante francês Auguste de Saint-Hilaire, que passou pelo Brasil na primeira metade do
século XIX, havia um país chamado Brasil, mas não havia brasileiros. De que forma a criação do IHGB
contribuiu para a construção de uma identidade nacional?
Resposta: Reunindo relatos,fatos do cotidiano,buscando em todo o territorio todo tipo de material que unido
viesse a formar uma identidade brasileira,publicavam periódicos em sua revista levando ao debate sobre uma
"história brasileira",organizaram um concurso, como deveria ser escrita a historia brasileira.
Gabarito: O aluno deve tratar sobre a valorização do instituto na produção de trabalhos que explicassem a
origem da formação brasileira. è interessante que o discente contextualize também a criação do instituto a
partir das "necessidades" do Segundo Reinado.
 2a Questão (Ref.: 201301475229) Pontos: 1,0 / 1,5
SOBRE A POSSIBILIDADE DA EXISTÊNCIA DE UMA "FASE FEUDAL" DO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
BRASILEIRO, CAIO PRADO CONCLUIU QUE A DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO TERRITÓRIO EM CAPITANIAS
HEREDITÁRIAS ERA UMA ESTRATÉGIA DE "ENFEUDAÇÃO" DO TERRITÓRIO, EMPREENDIDA PELO ESTADO
PORTUGUÊS. MAS O FRACASSO DA EMPRESA PRIVADA NOS TRÓPICOS IMPEDIU QUE TAL SISTEMA
SOCIOECONÔMICO SE CONSOLIDASSE NOS TRÓPICOS, SEM DEIXAR MARCAS NA COLONIZAÇÃO: "ESSE
ENSAIO DE FEUDALISMO NÃO VINGOU. DECAIU COM O SISTEMA DE COLONIZAÇÃO QUE O ENGENDRARÁ, E
COM ELE DESAPARECEU SEM DEIXAR TRAÇO ALGUM DE RELEVO NA FORMAÇÃO HISTÓRICA DO BRASIL".
(PRADO JÚNIOR, CAIO. EVOLUÇÃO POLÍTICA DO BRASIL. SÃO PAULO: BRASILIENSE, 1947, PP. 18) TENDO EM
VISTA QUE CAIO PRADO JÚNIOR UTILIZAVA A TEORIA MARXISTA COMO FERRAMENTA ANALÍTICA, O QUE
SIGNIFICAVA PARA A TEORIA DE CAIO PRADO A AFIRMAÇÃO DE QUE NÃO HAVIA FEUDALISMO NA HISTÓRIA
DO BRASIL? E QUAIS SERIAM AS IMPLICAÇÕES PARA A "EVOLUÇÃO POLÍTICA DO BRASIL"?
Resposta: Não existiu feudalismo pois estavamos no pe´riodo dos reis absolutistas, as capitanias hereditárias
foram uma forma de o governo portugues empreender uma colonização sem ter que financiar diretamente,
doava-se as terras e o restante ficaria por conta de uma elite burguesa que arcaria com as despesas seguintes,
´no feudalismo praticamente não ´ha uma única moeda e a agricultura é praticamente de subsitencia, ao
contrario da colônia em que suas produções eram exclusivamente para o comercio com a metropole.
Gabarito: A NEGAÇÃO DE UMA FASE FEUDAL SIGNIFICA PENSAR A EMPRESA COLONIAL PORTUGUESA NO
BRASIL JÁ SOB PARÂMETROS CAPITALISTAS, E COMO CONSEQUÊNCIA, A EVOLUÇÃO POLÍTICA E HISTÓRICA
DO BRASIL DEVERIA SER A SUPERAÇÃO DA ORDEM CAPITALISTA BURGUESA.
 3a Questão (Ref.: 201301363399) Pontos: 0,0 / 0,5
Sobre os discursos históricos brasileiros até 1838, podemos afirmar que eram:
17/6/2014 Estácio
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 Uma única crônica deixada por José de Anchieta.
Eram não-oficiais, produzidos em guetos de São Paulo e Maranhã, por autores desconhecidos.
 Uma série de relatos deixados por cronistas, viajantes e missionários.
Uma série de relatos dos historiadores ingleses que nos contam a memória do Brasil.
Eram oficiais, feitos pela coroa portuguesa e publicados no Brasil.
 4a Questão (Ref.: 201301287250) Pontos: 0,5 / 0,5
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro tornou-se um centro de estudos e de pesquisas, proporcionando a
D. Pedro II seu projeto de desenvolver uma política nacional para o país com um nítido "caráter brasileiro".
Marque dentre as alternativas abaixo aquela que melhor explica essa frase:
 Entre nomes e fatos existia um sentido político de sustentação da Monarquia brasileira e da formação de
uma identidade nacional.
A fundação do Instituto possuía apenas caráter cultural não se relacionando à política da época.
Desde a sua criação o Instituto coletava e arquivava documentos de interesse aos estudos da fauna e da
flora brasileira.
O Instituto era fechado apenas a manifestações políticas não tendo relação com o desenvolvimento de
uma cultura nacional.
O Instituto mantinha não mantinha contato com associações e outras instituições estrangeiras, pois
estava preocupado apenas com os assuntos de interesse nacional.
 5a Questão (Ref.: 201301327891) Pontos: 0,5 / 0,5
Leia atentamente o fragmento abaixo: "A nossa história, dividindo-se em antiga e moderna, deve ser ainda
subdividida em vários ramos e épocas, cujo conhecimento se torne de maior interesse aos sábios
investigadores da marcha da nossa civilização." (BARBOSA, Januário da Cunha. Discurso no ato de estatuir-se o
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. In: GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Livros de fontes de
historiografia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2010. p.23.)
As palavras de Januário da Cunha Barbosa, um dos fundadores do IHGB, demonstram claramente que as bases
teórico-filosóficas do projeto historiográfico proposto pelo referido instituto era:
a teologia cristã, que defendia a vinda do Messias como forma de redenção da história.
Uma combinação entre o topos ciceroniano ¿magistra vitae¿ e a filosofia iluminista da história.
 O topos ciceroaniano ¿magistra vitae¿, que apresentava a história como um princípio pedagógico para o
presente e para o futuro.
Uma combinação entre o positivismo francês e o historicismo alemão.
A filosofia iluminista que apresentava a história como um processo teleológico.
 6a Questão (Ref.: 201301363428) Pontos: 0,5 / 0,5
Gilberto Freyre retratou em Casa Grande & Senzala as relações sociais e o cenário do Brasil colonial a partir de
sua terra natal, sob a influência da antropologia cultural norte-americana, sua formação acadêmica. Este livro
intitulado Casa Grande & Senzala (1933) aborda a temática da escravidão colonial e patriacarlismo. Nesta obra
constam as ideias expressas nas assertivas abaixo, EXCETO:
A visão positiva do autor sobre a colonização foi interpretada por seus críticos como um esvaziamento do
conflito entre colonizador e colonizado.
Através da exteriorização da intimidade da sociedade colonial, revelou o contexto em que foram criados
os antagonismos que compõem a ordem social no Brasil de hoje.
 O negro deve ser entendido com uma participação menos importante, pois uma vez escravizado acabou
sendo aculturado.
Estudou as características socioculturais dos povos formadores da sociedade brasileira sob a ótica do
relativismo.
17/6/2014 Estácio
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Valorizando a mestiçagem, antes depreciada, e a contribuição do negro, antes ignorada.
 7a Questão (Ref.: 201301363431) Pontos: 0,5 / 0,5
Para Sérgio Buarque a colonização portuguesa empreendida no Brasil foi:
A força do projeto colonizador português, firme e bem estruturado, marcam as características do Brasil.
Foi pouco presente, uma vez que a presença portuguesa sempre foi superficial, sendo o Brasil nunca
colonizado de fato.
 A ausência da um projeto colonizador e de um empreendimento metódico, racional dos portugueses.
Marcada pelas tradições portuguesas no sentido de criar no Brasil um novo Portugal.
Fruto de uma grande democracia racial, em que as tradições negras, indígenas e portuguesas se
misturam em partes iguais.
 8a Questão (Ref.: 201301466749)Pontos: 0,0 / 0,5
Caio Prado Junior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda são intelectuais da chamada "Geração de 30",
que se empenhou em analisar a história brasileira e, ao mesmo tempo, pensar projetos para o país. Sobre as
contribuições e reflexões trazidas por esses autores, considere as afirmativas a seguir.
I. Havia nesses três autores um tom de denúncia em relação ao patriarcalismo e às fortes raízes rurais ainda
presentes na sociedade brasileira dos anos 1930.
II. Um ponto comum a esses autores é a necessidade de analisar o passado colonial para compreender a
sociedade brasileira de sua época.
III. Os três autores foram profundamente influenciados pela produção historiográfica da Escola dos Annales,
que despontava, naquele momento, como paradigma historiográfico.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):
 II
 I
 I e II
 II e III
III
 9a Questão (Ref.: 201301475353) Pontos: 0,0 / 1,0
EM NOSSA TRADIÇÃO HISTORIOGRÁFICA, DOIS PARADIGMAS DE ESCRITA DA HISTÓRIA TORNARAM-SE
EMBLEMÁTICOS: A "HISTÓRIA MAGISTRA VITAE", TAL COMO FOI DENOMINADA POR CÍCERO, E O "CONCEITO
MODERNO DE HISTÓRIA", SURGIDO NO SÉCULO XVIII, E QUE TRANSFORMOU NOSSA CONCEPÇÃO SOBRE O
PASSADO E O SIGNIFICADO DA HISTÓRIA.
ACERCA DESSES DOIS MODELOS DE HISTORIOGRAFIA, A ÚNICA RELAÇÃO QUE NÃO ESTÁ ESTABELECIDA
CORRETAMENTE É:
A "HISTÓRIA MAGISTRA VITAE" FOI CONCEBIDA NA ANTIGUIDADE E MANTEVE A SUA FUNÇÃO SOCIAL
ATÉ FINS DA IDADE MODERNA. EVENTOS COMO A REVOLUÇÃO FRANCESA, QUE PROVOCOU UMA
GRANDE RUPTURA COM O PASSADO, COLOCARAM EM CHEQUE ESSE MODELO HISTORIOGRÁFICO.
O MODELO CICERONIANO DE HISTÓRIA SE BASEIA NA CONCEPÇÃO DE UMA NATUREZA HUMANA
IMUTÁVEL, SENDO ASSIM, SERIA POSSÍVEL APRENDER COM OS HOMENS QUE VIVERAM NO PASSADO E
SUAS REALIZAÇÕES.
NO BRASIL DO SÉCULO XIX ESSES DOIS MODELOS DE ESCRITA DA HISTÓRIA COEXISTIRA, POR
EXEMPLO, NA PRODUÇÃO DO IHGB, QUE PRETENDIA ESCREVER A HISTÓRIA DO BRASIL SEGUNDO O
MODELO ILUMINISTA, ISTO É, INSERINDO A HISTÓRIA DO BRASIL NO CURSO DA HISTÓRIA
UNIVERSAL, MAS TAMBÉM BUSCAVA NO PASSADO EXEMPLOS QUE PUDESSEM REFORÇAR A IDEIA DE
IDENTIDADE.
 COM O CONCEITO DE HISTÓRIA QUE SE ESTABELECEU NA MODERNIDADE A ESCRITA DO PASSADO SE
17/6/2014 Estácio
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TONOU UMA COLEÇÃO DE GRANDES FEITOS E BONS EXEMPLOS, PARA INSTRUIR A HUMANIDADE E
EVITAR QUE OS ERROS DO PASSADO SE REPETISSEM NO FUTURO.
 A IDEIA DE HISTÓRIA SURGIDA NO "SÉCULO DA LUZES" ROMPE COM A POSSIBILIDADE DE APRENDER
COM O PASSADO, POIS A NOÇÃO DE TEMPO QUE SE TORNA PREDOMINANTE CORRESPONDE À IDEIA
DE QUE O TEMPO AVANÇA RUMO AO PROGRESSO.
 10a Questão (Ref.: 201301417793) Pontos: 0,0 / 1,0
São autores expressivos do pensamento marxista no Brasil:
Capistrano de Abreu, Caio Prado Júnior e Ciro Flamarion Cardoso.
 Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre.
Caio Prado Júnior, Ciro Flamarion Cardoso e José Murilo de Carvalho.
 Caio Prado Júnior, Jacob Gorender e Nelson Werneck Sodré.
Jacob Gorender, Manolo Florentino e João Fragoso.
Período de não visualização da prova: desde 30/05/2014 até 16/06/2014.