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Discussão de gêneros

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Discussão de gêneros 
Lógica binária - homem e mulher
Heterossexismo (não consegue conceber outra lógica)
Diferença sexual foi instituída e se deu ao longo da nossa história - Tomas Laqueuor 
S. De Beauvoir - companheira de Sartre, escreve o livro "Segundo Sexo" para pensar hierarquia de gênero e desnaturar essa lógica. Diz que a mulher não nasce e se transforma mulher com as relações coma cultura, esses padroes economicos, sociais, culturais que estão ai e qualificam o sujeito. O bilogicismo nos leva a naturalizar essa reação histórica, hierarquica, que não existe equalidade. Foucault "relação que desempodera as mulheres". 
Escolhas - deveriam ter um projeto (pensado em futuro, presente e passado). 
M. Grossi - Professora da USP que trabalha com os gêneros. Feminismo após anos 60, trabalha com sujeitos que não se enquadram nessa lógica, sujeitos "intersex" e gêneros flutuantes. 
Joan Scott - crítica ao feminismo que desqualifica o homem ou o sujeito que está no poder para a mulher conseguir seu lugar. Lógica do paradoxo - não existe uma verdade e uma falsa. É uma retórica sobre as minorias, o que seria essa minoria? Negros, mulheres, gays, índios. Mulheres estão em maior número, negros também. Inversão diante de um discurso social que desempodera esses sujeitos (minorias). Se essas questões não forem discutidas não vamos chegar a lugar nenhum. 
Marilyn Stralhern - não podemos pensar gênero de maneira universal, fez estudos em povos não ocidentais. A maneira que alguns sujeitos não ocidentais veem o mundo, não é pela ordem classificatória - melanésios. A lógica é a da justaposição. A questão de gênero se dá por essa lógica também. Ser homem ou ser mulher depende do contexto, lugar... é flutuante - ali dá-se conta de toda a complexidade que existe hoje. Muitas vezes nossas categorias de análise não dão conta das singularidades do mundo, de aprender as sutilezas, as diferenças, as lógicas outras... 
J. Derrida e E. Roudinesco - Desconstrução das lógicas. Medicina e direito deve assistir os sujeitos de maneira não preconceituosa. Se a análise não se construir, ela não dá conta da demanda das mudanças, não se pode negar a demanda. 
Derrida - conceito de "traço"- escapa da lógica matemática, excedente de sentido produzido pelo combate cultura e biológico. 
Sônia Maluf - Antropóloga, gênero nas políticas públicas e na saúde. Estudo em Florianópolis - mulheres com depressão tratadas com medicamentos. Várias mulheres que vinham do morro da caixa apresentavam o mesmo diagnóstico. Essa apreensão social não dava conta dessa realidade. Polícia invade minha casa, traficante invade minha casa, meu filho será traficante? Patologia social e não depressão. Só a questão biológica não dá conta. 
Hoje: mulher reprodutiva, é a mulher do público e não do privado. Não dá conta das complexidades. 
J. Butler - sujeito é percebido como sujeito-abjeto não se enquadra, se constitui dentro da constituição mas não se enquadra nas lógicas, sujeito da contemporaneidade. Sujeito marginalizado, rotulado, estigmatizado mas que pode fazer sua vontade diferente da vertente normalizadora. Vão afrontar e confrontar. Sujeito abjeto não consegue materializar seus desejos, seu ethos. Crítica à S. De Beauvoir - gênero é uma categoria de construção cultural mas cultura/biológica. A própria lógica biológica não pode ser deixada de lado, não para dizer que tudo é uma construção social e cultural mas deve-se trazer à discussão. 
Trabalha com uma lógica de desconstrução - noção de abjeto. 
Foucault - Hipótese repressiva sobre a sexualidade. Sexo é tabu, nessa sociedade liberal e neoliberal, o sexo é lucro, é comercializado. Até mesmo nas áreas da saúde (psicologia freudiana - não podemos falar de sexo, então vamos para o psicanalista; confessionário - contar para o padre; música - funk) . Desconstrução - discurso é invertido quando os sujeitos não devem falar de sexo mas todos falam. 
"Nascimento da clínica"
Índias
Escravas - senhores de engenho violentaram, estupraram, fizeram coisas que para eles eram naturais (aquelas mulheres não eram mulheres, eram abjetos)... Mulheres não eram sujeitos de agencia. 
Libertação dos escravos - escravas vão para as casas grandes continuar trabalhando de graca para comer e dormir, vão para casas de famílias ou vão para prostíbulos. Continuam sendo usadas como máquinas sexuais. 
Mulheres vão se casando, vão parir seus filhos...Dicotomia público/privado. Mulher que está nas ruas é vagabunda, não cuida dos filhos, é desclassificada. Mulher é "privada". Cafés na Europa feitos apenas para os homens. 
Mulheres na academia (faculdade) não tinham espaço, salários menores. 
Cirurgias de mudança de sexo - questão da bioética. Construção de uma identidade. 
Discurso determinista - "mulher tem menos força": índias trabalhando na agricultura, pegando mais peso que homens. Relativo. 
Grécia antiga - homem mestre tinha relações com seus pupilos para legitimar o conhecimento.
Sartre - "O ser e o nada". Somos seres angustiados, por causa das nossas escolhas. Angústia nos faz mudar.

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