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Tarefa 4 teoria das finanças públicas

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Avaliação a Distância 11 – Teoria das Finanças Públicas
Aluna: Bárbara Oliveira de Morais
Matrícula: 13113110165
Polo: Belford Roxo
					
Nessa atividade vocês deverão responder o questionário que consta no final do Cap.2 do livro Finanças Públicas de Giambiagie Além.
1.Explique por que a relação entre O déficit nominal e o PIB é uma função direta da inflação.
Essa afirmativa: “O déficit nominal e o PIB é uma função direta da inflação”é verdadeira, poisarelação entre o déficit nominal e o PIB é expressa como a soma de dois componentes: o déficit operacional proporcional ao PIB; e o efeito da inflação sobre a despesa de juros nominais, proporcional à uma porção do PIB. Esse efeito é depende de dois parâmetros:
1° o coeficiente entre a dívida do final do período anterior e o PIB expresso a preços médios do período anterior e;
2° o coeficiente [Tt / (1 +70], em que B é a taxa de variação dos preços. Como ambos os coeficientes são uma função direta da inflação, a relação entre o déficit nominal e o PIB também está diretamente ligada à taxa de inflação.
2. Assuma uma relação dívida pública / PTB de 0,30, um estoque da dívida indexado ao nível de preços, PIB real e preços inicialmente estáveis e déficit operacional nulo. Para quanto aumenta a dívida pública, a preçosde dezembro, como percentagem do PIB medido a preços médios do ano, se a inflação a partir do mês de maio - inclusive - passa a ser de 2% ao mês, mantidas as demais hipóteses? Avalie a dívida de dezembro usando o índice de preços centrado no final do ano,correspondente à média geométrica dos índices de preço de dezembro e janeiro. (Sugestão: Calcule um índice médio de preços do ano, tendo como base dezembro do ano anterior = 100.)
X= 100(nível de preços estável ao longo do ano)
Y= (índice de preços em maio do ano “S”,onde “S” e o ano seguinte)
Y= X + X*2% = 100 + 100 x 2% , Logo Y= 102
Z= (índice de preços em junho “S”)
Z= Y + Y*2% = 102 + 102 x 2% , Logo Z= 104,04 assim sucessivamente.
No ano em que esse fato ocorre, o índice de preços médio será igualà 106,3 e a média geométrica dos índices de dezembro e de janeiro do ano posterior e de 118,3.
Sendo assim a dívida no final do ano, medida como proporção do PIB a preços médios do ano, é, portanto:30 x 118,3 / 106,3 = 33,4 % do PIB.
3. Imagine umasituação na qual, ao longo do tempo, apesar da queda da inflação, a diferença entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP operacionais aumenta. Qual pode ser a explicação para isso?
	Nesse caso, onde adiferença entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP operacionais aumenta,pode estar ligado ao aumento da relação dívida/ PTB, devido a um déficit público alto. Se a inflação cai, mas essa relação se eleva muito ao longo do tempo, este último efeito pode predominar sobre o primeiro.
4. ”O déficit público corresponde a uma despoupança do governo." Quais são as falhas desseraciocínio?
Há duas falhas nesse raciocínio:
1°: o déficit do setor público incorpora o resultado das empresas estatais, enquanto o conceito de governo exclui essa esfera.
2°: quea frase não considera a existência do investimento do governo. Para entender esse ponto, vamos assumir que não existem empresas estatais. Nesse caso, deixando de lado a distinção entre os conceitos de déficit nominal e operacional, as NFSP são iguais às necessidades de financiamento do governo (NFG), representadas pela soma de governo central, estados e municípios.
O valor das NFG é dado por NFG=CG+JG+IG-T ,em que:
CG = Consumo do governo
G = Despesa de juros da dívida do governo
IG = Investimento do governo
T = Receita do governo, líquida de subsídios e transferências, exclusive juros
JG= juros da divida
A poupança do governo, por sua vez, por definição, é
SG = T - (CG + JG) 
Substituindo esta equação na primeira (NFG=CG+JG+IG-T) temos:
SG=IG-NFG
Logo: NFG=IG-SG
	Ter uma “despoupança” do governo significa que o valor da poupança do governo (SG) seja negativo. Como IG é não-negativo, se SG é negativo, NFG é positivo. Entretanto, ter um déficit, isto é, um valor de NFG positivo, nãosignifica necessariamente que o governo está despoupando, já que a causa do déficit pode ser não uma poupança negativa e sim o fato de a poupança ser positiva, porém inferior ao investimento do governo.
5. Por que é mais razoável considerar como receita “acima da linha”, diminuindo as NFSP, a arrecadação resultante de uma concessão que gera para os vencedores desta a necessidade de fazer pagamentos mensais ao governo ao longo de 30 anos, do que adotar o mesmo tratamento no caso do pagamento de uma única parcela, no ato de assinatura do contrato de concessão?
	O déficit público busca medir o impacto que o governo exerce sobre a demanda agregada da economia. Nesse caso o gasto público tempretensãoexpansionista, enquanto um tributo exerce um efeito contracionista sobre essa demanda.
	Quando o governo recebe o pagamento de uma concessão, de uma única vez, dificilmente pode-se supor que a demanda está sendo contraída da mesma forma que quando um indivíduo paga um imposto. Mais provavelmente, o que ocorre éque um ativo financeiro, pertencente ao vencedor da concessão, muda de mãos e passa às mãos do governo, para quem representa uma receita pontual e com impacto nulo sobre a demanda da economia, na forma de receita de capital. Já uma concessão paga ao longode 30 anos tem um efeito completamente diferente, representando uma receita recorrente, cujo efeito econômico corresponde a uma contração da demanda, assemelhando-se a um aluguel recebido todos os meses pelo governo em virtude do uso de algum imóvel de suapropriedade e registrado regularmente como receita corrente.
6. Suponha que um governo planeja ter um gasto de 900 e uma receita de 1.000 unidades monetárias - não importa aqui definir a moeda. Suponha ainda que existem duas hipótesesacerca do uso do superávit fiscal:
a) abater dívida pública, oub) comprar ações de uma empresa.
	No abatimento de dívida pública o governo tem superávit, que corresponde a um “financiamento negativo”, ou seja, a um cancelamento de parte da sua dívida; em consequência, o superávit fiscal permanece intactono valor de 100.
SF=1000- 900 = 100
O que acontece com as NPSF, em cada um dos dois casos?
	Pelas normas apresentadas em FMI (1986), quando o governo compra ações, trata se de estatísticas fiscais como ”despesa decapital”, implicando a necessidade de financiamento, compensando o excesso de receita sobre a despesa das demais rubricas; em consequência, há um gasto adicional de 100, o total de desembolsos passa a ser de 1.000 dessa forma não há o superavit.
7. Suponha que um governo vende uma empresa estatal e, com a receita recebida, constrói um hospital. O que acontece com as NFSP? Qual é a racionalidade do critério adotado?
	A privatização não é considerada como receita no cômputo das NFSP, já que seu efeito compensa, estatisticamente,avariaçãoda dívida pública, enquanto a obra feita é registrada, implicitamente, como gasto, à medida que afeta essa dívida. Logo há necessidades de financiamento, poistrata se de um déficit. Essa privatização gera uma variação negativa da dívida pública, mas tem o efeito fiscal sobre as NFSP compensado pelo registro da própria privatização, enquanto a despesa feita aumenta a dívida. No final do exercício fiscal, em termos líquidos, a dívida permanece a mesma que no exercício fiscal anterior, mas, nos termos da citada equação, as NFSP têm o tamanho da privatização feita. O gasto feito em um hospital impacta a demanda agregada, como qualquer investimento público.
8. O uso do conceito operacional não elimina as distorções associadas ainflação em um ambiente inflacionário: um mesmo valor do déficit operacional pode estar associado & significados reais completamente diferentes, em diferentes situações". Explique, dando um exemplo.
	Comparando dois países “A” e “B”, cujos governos não geram déficit nem superávit fiscal em 11 dos 12 meses do ano. Em ambos, o déficit e limitado a um mês do ano e os dois países,por hipótese:
1°) têm a mesma moeda, denominada “libra” ;
2°) calculam o déficit operacional e;
3°) têm uma inflação anual de 100%.
	No país A, o déficit operacional é de 1 milhão de libras , ocorre em janeiro, enquanto no país B o déficit, exatamente no mesmo valor do déficit operacional do país A, a preços correntes, ocorre em dezembro. É evidente que, em termos reais, o déficit dopaís A é muito mais importante do que B, já que neste o valor nominal de 1 milhão de Libras sofreu a corrosão inflacionária do período janeiro/ dezembro. O déficit operacional, porém, é o mesmo em ambos países.
9. A afirmação final da questão anterior poderia ser válida, mesmo em uma situação de inflação nula, em que os déficits operacional e nominal são idênticos entre si? Explique.
	A ideia de que um mesmo valor do déficit real pode estar associado a significadoscompletamente diferentes, em diversas situações, é correta. A razão disso é que a propensão a gastar dos agentes econômicos que recebem recursos do governo é muito variada. Uma despesa pública de R$1.000 referente ao pagamento do salário de um funcionário público provavelmente levará este a gastar parte substancial desse valor com as próprias despesas, exercendo, portanto, grande efeito multiplicador. ]á um gasto do mesmo valor, na forma de juros da dívida pública, provavelmente levará o detentor de títulos públicos a capitalizar uma boa parte dos juros recebidos. Essas diferenças, entretanto, não são levadas em conta nas estatísticas fiscais e são praticamente ignoradas no debate acerca do déficit público, já que em geral se considera que o relevante é o valor deste e não a composição do gasto.Sugere-se ao leitor interessado neste ponto específico a leitura do artigo de Borpujari e Ter-Minassian (1973).
10. Explique por que uma melhora fiscal associada a um aumento de impostos não eleva a poupança doméstica no mesmo valor do incremento da poupança do governo.
	Quando o governo aumenta a sua receita mediante a elevação de impostos, a sua poupança, ceteris paribus, sobe, mas a renda disponível do setor privado cai. Como a poupança doméstica (SD) é o resultado da soma da poupança do governo(SG) com a poupança privada (S) : 
SG+S= SD
Logo, uma parte do aumento da poupança do governo é compensada por uma queda da poupança do setor privado.

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