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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
Avaliação a Distância – AD1 - Período - 2015/1º semestre 
Disciplina: Relações Internacionais 
Aluno: Bárbara Oliveira de Morais 
Matrícula: 13113110165 
Polo: Belford Roxo 
Guerra Irregular e Terrorismo: entrelaçamentos segundo uma abordagem 
teórica. 
No estudo de Mauricio Bruno de Sá, o autor oferece importante 
contribuição a respeito das visões sobre guerra e terrorismo. Com base nas 
ideias de Carl von Clausewitz sobre a guerra, inicia a apresentação de seu 
estudo com uma análise que destaca a realidade do século XXI e as 
modalidades de terrorismo atuais, elucidando os elementos principais de seu 
referencial teórico: violência e vontade. Como podemos observar o terrorismo 
já não é mais um tema desatualizado, que ficou para os livros de história, o 
terrorismo vem se tornando um grande problema na comunidade internacional. 
É um tema que nos surpreende cada mais pelos noticiários desde explosões 
através de aviões, carros bombas, até mesmo fuzilamentos em casas de show 
e estádio de futebol como em Paris mais recentemente. 
Clausewitz o culpado de tudo: 
O artigo começa com um título que parece atribuir a Clausewitz o 
sentimento de culpa pela prática do terrorismo. Mas surpreende já no primeiro 
parágrafo quando começa a destacar que sua interpretação e entendimento 
sobre a guerra é de um dos poucos, sendo o autor uns dos maiores teóricos 
referentes ao tema. Descreve a trajetória do autor que iniciou sua carreira 
militar aos doze anos de idade e aos trinta e oito alçava o posto de General no 
exército prussiano. Ou seja, tinha sólida experiência de batalha. 
 Ao elucidar e apresentar o leitor para demonstrar o que é a guerra para 
Clausewitz, que não é sem sentido, mas uma forma de imposição de vontade 
com o uso da violência referencia sua principal obra – Da Guerra –, da qual o 
autor utiliza o simbolismo de dois lutadores para exemplifica-la, através da 
imposição de um sobre o outro via força física e destaca: “A guerra nada mais 
é do que um duelo em escala mais vasta. [...] A guerra é, pois um ato de 
violência destinado a forçar o adversário a submeter-se à sua vontade” 
(CLAUSEWITZ,1996, p. 7). 
Ao traçar um comparativo frente às táticas de Mao Tse Tung, em que o 
mesmo destaca as particularidades para enfrentamento demonstrando 
inclusive o peso da força do inimigo, converge para o entendimento de que sim, 
a guerra é um duelo em que alheio as negociações, usa-se sobre o outro 
armas, força e tática afim de se mostrar superioridade e busca de domínio. E o 
terrorismo? Da mesma maneira. Sem que o outro “compre” a ideia, usam da 
força para promover a aceitação e domínio. 
Diversos atentados e manifestações contrárias às políticas estabelecidas 
e já consolidadas nos sistemas de governos adotados pelos Estados modernos 
têm mutilado cada vez mais as nações. Por essa razão, o autor mais uma vez 
destaca as ligações feitas por Clausewitz entre o Estado e a guerra. Com 
bases nas análises dos elementos da “trindade de Clausewitz”, que são: a 
emoção, a razão e a técnica demonstra o autor que a análise é bem atual. Para 
melhor compreender os integrantes da trindade, demonstra os equivalentes no 
Estado e suas representações que se são através do Povo, Governo e Forças 
Armadas, sendo a última, o primeiro propósito a ser alcançado numa guerra, 
onde um lado tenta impor sua vontade sobre o outro. 
Podemos observar que o terrorismo, principalmente os que como bases 
para justificar suas atrocidades utilizam uma versão sombria do que chamam 
de “religião”, acumulam vítimas de forma progressiva, utilizando meios 
ardilosos para a consecução de seus objetivos. O terrorismo atual coloca sua 
ideologia acima de todas as coisas, utilizando todos os meios disponíveis para 
atingir seus objetivos, entre eles, a extrema pressão política. 
Conflitos irregulares: 
Mostra o autor o que não é um conflito irregular, não somente através 
das ideias de Clausewitz, mas passando de Lawrence a Mao Tsé-Tung. De 
Lawrence, enfatiza a imobilidade dos exércitos regulares regidos pela vontade, 
tanto de um lado como do outro. Já de Mao, menciona-o como maior teorizador 
desta modalidade de conflito, sendo seus escritos desenvolvidos durante a 
resistência chinesa à invasão japonesa na década de 30, e a estabeleceu em 
três estágios. Podemos observar que tanto Lawrence quanto Mao reforçavam o 
apoio popular para que um movimento irregular tenha consistência no tempo e 
alcance o sucesso. 
As práticas terroristas necessitam assim como na guerra, da 
participação das pessoas, de que as mesmas estejam inseridas. Após o 11 de 
setembro, os EUA através do apoio popular, fortificou o envio de tropas 
militares para combater o terrorismo. Não somente o apoio para combater 
através da força, mas os EUA desempenham em sua população um espírito de 
engajamento que leva o americano a se voluntariar para fazer parte, estar 
inserido no que diz respeito à soberania. 
A maioria das forças terroristas se baseia no uso das religiões para 
conseguir apoio popular. Remontam às escrituras sagradas e a conceitos que 
os destacam superiores, dignos e que com o uso de tais práticas pregam a 
salvação do indivíduo. 
 Mais adiante, o autor referencia Marighella que em seu discurso 
utilizava da busca pelo apoio popular para reconhecimento da legitimidade de 
uma das partes perante o povo: “[...] o guerrilheiro urbano defende uma causa 
justa, que é a causa do povo” (MARIGHELLA, 1969). 
Em relação aos três autores, ambos vão de encontro à base teórica do 
artigo, mostrando o alinhamento de violência e vontade. No caso de Lawrence 
e Mao Tsé-Tung, ambos estiveram do lado militar, enquanto Marighella, do 
lado guerrilheiro urbano. O que demonstra que ambos os lados possuem 
visões próximas. 
Terrorismo como parte do processo: 
No decorrer do tema o autor tem a cautela de considerar o terrorismo 
através de outra forma, bem diferente da qual estamos acostumados. Pois nos 
faz refletir sobre sua conotação negativa e que varia conforme os lados 
envolvidos e suas justificativas. Esclarece as mais de 100 variações segundo 
Schmid e Jongman que em 1988, estudaram a diversidade de entendimentos 
sobre o tema. 
Ao analisarmos como o mundo encara o terrorismo, na agenda das 
Nações Unidas, há treze convenções que tratam sobre o terrorismo, mostrando 
o interesse no incremento do combate contra as práticas de grupos terroristas, 
entre essas convenções está a Assembléia Geral das Nações Unidas (AGNU) 
que adotou medidas que visam eliminar o terrorismo internacional. Portanto, de 
uma maneira global, o terrorismo de fato é negativo e pretende-se combatê-lo. 
Nesta parte do artigo, trata o autor de fazer gancho aos conceitos 
apresentados anteriormente sobre a motivação política para suscitar o 
terrorismo, pois como podemos analisar, há uma ligação entre Estado, 
violência e vontade. Ao passo que grupos e indivíduos são “chamados” a 
comprar e defender tais ideais. 
Podemos observar a preocupação do autor de com base teórica 
distinguir o propósito da criminalidade e do terrorismo, que segundo Laqueur: 
“Há uma diferença fundamental entre crime organizado e terrorismo: as máfias 
não têm interesse na derrubada do governo e no enfraquecimento decisivo da 
sociedade; na verdade, eles têm um interesse fixo em uma economia próspera” 
(LAQUEUR, 1996, p. 26, tradução nossa). 
Mais uma vez, o autor evidencia os conceitos e estabelece gancho com 
a trindade de Clausewitz, quando estabelece a comparação de guerra (conflito 
regular)e terrorismo (conflito irregular): não somente o enfraquecimento das 
forças armadas, mas também do povo, outro sustentáculo da trindade. Ainda 
no comparativo, trata o autor de no estágio I de Mao, identificar a convergência 
entre tais pensamentos. Discorre também sobre as práticas terroristas da Al-
Qaeda, atentado ás torres gêmeas e Península Arábica. 
O desafio Posto aos militares: 
Nesta etapa do artigo o autor destaca a dificuldade dos militares em 
lidarem com os conflitos irregulares, citados e descritos anteriormente. Pois 
conforme verificamos, o conflito irregular lida com a vontade, não somente com 
o uso da violência. A essa altura, levanta o autor questionamentos e 
percepções dos autores sobre como enfrentar uma mudança nas táticas para 
enfrentamento dos conflitos irregulares. 
Conclusão: 
De acordo com as teorias apresentadas e análise do artigo, podemos 
verificar que guerra e terrorismo são muito mais do que práticas estratégicas 
que levam a conquistas. Sabemos que todo conflito busca a vitória e a derrota 
de um dos lados e que há estratégias e níveis de combates. Até a leitura do 
referido artigo observava tais práticas como aniquilação humana sem 
compreender que os conflitos possuem motivações de ordens políticas e que 
são interligadas. 
Conforme a trindade de Clausewitz, vontade e violência são elementos 
que estão presentes nos conflitos. Sendo que as forças armadas utilizam da 
violência pela regularidade das estratégias utilizadas para combate e o 
terrorismo da vontade, que através da manipulação e convencimento atrai 
adeptos para defenderem seus ideais. 
Podemos concluir que através da vontade a busca por apoio e adeptos 
está não somente presente em guerras mas também em práticas políticas, 
feitas pelo Estado. E o artigo apresenta brilhantemente um tema atual, que em 
tempos de conflitos externos dominam a agenda de grandes líderes mundial. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Rodrigues, Thiago Moreira de Souza. Relações internacionais / Thiago 
Moreira de Souza Rodrigues. – 2. ed. reimp – Florianópolis : Departamento de 
Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012. 164p. : il. 
 
Scielo Proceedings. Disponível em: 
<http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000300
046&script=sci_arttext>. Acesso em 13 de Fevereiro de 2016. 
 
SÁ, M. B. . Clausewitz, Guerra Irregular e Terrorismo: entrelaçamentos 
segundo uma abordagem teórica. In: Eurico de Lima Figueiredo. (Org.). 
Sociedade, Política e Estudos Estratégicos. 1ed.Rio de Janeiro: LUZES, 
2013, v. 1, p. 193-221. 
CONSORTE, Raquel de Castro Campos Jaime. A Cooperação Internacional à 
Repressão e Combate ao Terrorismo. Revista Jurídica, Brasília, v. 9, n.85, 
jun/jul, 2007 
 
O Globo. Disponível em: < http://g1.globo.com/topico/estado-islamico>. Acesso 
em 14 de Fevereiro de 2016.

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