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Materiais de Construção II Estruturas Metalicas

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MATERIAISDECONSTRUÇÃOII
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
FaculdadedeCiênciaseTecnologia
JoãoGuerraMartins
2008
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
I
Resumo
Nopresentedocumentoéapresentadaumametodologiadeescolhadomaterial,execução,transportee
montagemdeestruturasmetálicas,tendoporbaseoEurocódigo3(EC3)[2],asnormasprEN1090[3]
eaEN10025[4].
Nessesentido,oseuconteúdoinclui:
• UmCadernodeEncargosparaa execuçãode estruturasmetálicas, seguindodeperto aprEN
1090 [3] e incluindo a especificação de todos os procedimentos de controlo de qualidade
relevantes;
• Um plano de fabrico identificando todas as operações de fabrico a que a estrutura metálica
estarásujeita(incluindopintura)eotipodeprocessoescolhidoparacadaoperação;
• Uma sequência de execução das diversas fases de fabrico, identificando os desperdícios
resultantesdofabricoapartirdeperfisouchapasdisponíveiscomercialmente,procurandoasua
minimização;
• Oprocedimentodemontagemdaestrutura;
• Mapa de Medições e Orçamento estimativo exaustivo dos custos da execução, transporte e
montagemdaestrutura,quantificandocustosdeutilizaçãodeequipamento,custosdemão-de-
obraematéria-prima.
Paraexemplodereferênciautiliza-seumpórticoproduzidoemperfillaminadoaquente,comreforço
naligaçãoviga-pilar,incluindo-seestaaplicaçãopráticaemanexo.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
II
ÍndiceGeral
Resumo.....................................................................................................................................................I
ÍndiceGeral .............................................................................................................................................II
ÍndiceFiguras ........................................................................................................................................VI
ÍndiceTabelas........................................................................................................................................ IX
Introdução................................................................................................................................................ 1
Capitulo1–ConcepçãodeEstruturasMetálicas .................................................................................... 3
1.1–AimportânciaeasinformaçõesgeraisdoProjectodeEstruturas .............................................. 3
1.2-ProjectodasEstruturasMetálicas................................................................................................ 4
1.3–CadernodeEncargosparaEstruturasMetálicas......................................................................... 4
1.3.1–GeneralidadesdoCadernodeEncargosparaEstruturasMetálicas ..................................... 4
1.3.2–AnormaprEN1090eoCadernodeEncargosparaEstruturasMetálicas........................... 6
Capitulo2–CadernodeEncargosTipo(estruturasmetálicas)............................................................... 9
2.1–Disposiçõesgerais....................................................................................................................... 9
2.2-QualidadeeNaturezadosMateriais .......................................................................................... 15
2.2.1-Açoemperfisechapas ....................................................................................................... 15
2.2.2-Ligaçõesmecânicas............................................................................................................. 21
2.2.3–Ligaçõessoldadas............................................................................................................... 28
2.2.4–Acessóriosdeligação ......................................................................................................... 31
2.2.5-Argamassasdeassentamentodechapasmetálicas ............................................................. 32
2.3–Classificaçãoestruturaleambiental.......................................................................................... 32
2.3.1-Classificaçãodoambiente................................................................................................... 32
2.3.2-Classificaçãodaestrutura.................................................................................................... 32
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
III
2.4–Protecçõesetratamentos........................................................................................................... 34
2.4.1-ProtecçãoaoFogo............................................................................................................... 34
2.4.2 - Tratamento de superfície para protecção contra a corrosão e pintura dos elementos
metálicos......................................................................................................................................... 35
2.5-CritériosdeMedição ................................................................................................................. 39
Capitulo3–Execução........................................................................................................................... 40
3.1–Aspectosgenéricosdofabrico .................................................................................................. 40
3.2-TraçagemdaEstruturaMetálica................................................................................................ 41
3.3–Corte.......................................................................................................................................... 41
3.4–Furacão...................................................................................................................................... 48
3.5–Maquinagem/Enformagem........................................................................................................ 51
3.6–Soldadura .................................................................................................................................. 53
3.7–LigaçõesMecânicas .................................................................................................................. 58
3.8–Arazãodesereocomportamentodasligaçõespuramentesoldadas,puramentemecânicasou
mistas ................................................................................................................................................. 64
3.9–Desempenodaspeças ............................................................................................................... 67
3.10–TratamentodeSuperfície/ProtecçãoAnticorrosiva ................................................................ 68
3.10.1–Decapagem....................................................................................................................... 70
3.10.2–MetalizaçãoePintura ....................................................................................................... 74
3.11–Pré-montagemeetiquetagem.................................................................................................. 81
3.12–Fiscalização,inspecção,testesecorrecção ............................................................................. 81
3.12.1-MateriaiseProdutosPré-fabricados ................................................................................. 82
3.12.2–ProdutosFabricados ......................................................................................................... 82
Capitulo4–Transporte ......................................................................................................................... 86
4.1–Condiçõesgerais ....................................................................................................................... 86
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
IV
4.2-Quantificaçãodecustosdotransportedecomponentes ............................................................ 86
Capitulo5–Montagem......................................................................................................................... 87
5.1-Condiçõesgeraisdemontagemdaestrutura.............................................................................. 87
5.2–Condiçõesdolocal .................................................................................................................... 89
5.3–Critériosdemontagememobra ................................................................................................ 90
5.4–Processoemetodologiademontagem...................................................................................... 91
5.4.1–Aspectosgenéricos ............................................................................................................. 91
5.4.2-Ligações .............................................................................................................................. 92
5.4.3-Alongamentodefurosparaparafusos................................................................................. 94
5.4.4-Colocaçãodosparafusosemobra....................................................................................... 94
5.4.5-Apertodefinitivodosparafusos .......................................................................................... 94
5.4.6-Regulaçãodaschavesdeaperto.......................................................................................... 95
5.5–Apoioseancoragens ................................................................................................................. 96
5.6–Chumbadouroseoutroselementosembebidosembetão ......................................................... 96
5.7–Inspecção,testesecorrecções................................................................................................... 97
5.8–Quantificaçãodecustosdemontagem...................................................................................... 97
Conclusão .............................................................................................................................................. 98
Bibliografia.......................................................................................................................................... 100
Anexo1–ResumodosEurocódigosafectosaestruturasmetálicas ................................................... 102
A.1.1-Eurocódigo1–AcçõesemEstruturas ............................................................................. 102
A.1.2-Eurocódigo3–Estruturasmetálicas................................................................................ 102
A.1.3-Eurocódigo8–ProjectodeestruturasemZonasSísmicas.............................................. 104
A.1.4-Eurocódigo9–Projectodeestruturasdealumínio.......................................................... 105
Anexo2–ComparaçãoentreaMetalizaçãoeaPintura ..................................................................... 106
A.2.1-Zincagemporimersãoaquente ....................................................................................... 106
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
V
A.2.2-Pintura .............................................................................................................................. 106
A.2.3-Vidaútildapintura........................................................................................................... 107
A.2.4-AspectosEconómicosdaPintura ..................................................................................... 108
A.2.5-Açoszincadosporimersãoaquenteversusaçospintadoscomtintaslíquidas ............... 109
A.2.6-EsquemasdePinturadeAçosPintadoscomTintasLíquidas.......................................... 109
A.2.7-Durabilidadedorevestimentodetintadosaçospintados ................................................ 110
A.2.8-Durabilidadedorevestimentozincado............................................................................. 110
A.2.9-Comparaçãoentreasdiferentesatmosferas ..................................................................... 111
A.2.10-Açoszincadosporimersãoaquentepintadoscomtintaslíquidas(SistemaDuplex).... 111
Anexo3–Casodeestudo ................................................................................................................... 112
A.3.1–Geral ................................................................................................................................ 115
A.3.2-Fabrico/Produçãodaestrutura.......................................................................................... 115
A.3.3–TransportedaEstrutura ................................................................................................... 124
A.3.4-MontagemdaEstrutura .................................................................................................... 125
A.3.5–InspecçãoeManutenção(exploração) ............................................................................ 128
Anexo4-Tecnologiasemedidasdeprevençãoaplicadasàoperaçãodedecapagem[11]............. 131
Anexo5-Tecnologiademateriais .................................................................................................. 135
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
VI
ÍndiceFiguras
Figura1–Estruturasmetálicascomempregodeváriasgeometriasdeperfisetiposdeaço[18]........ 18
Figura2–Estruturasmetálicascomempregodeváriasgeometriasdeperfisetiposdeaço[6].......... 24
Figura3–Estruturasmetálicascomempregodeváriasgeometriasdeperfisetiposdeaço[6].......... 24
Figura4-Materiaisdesoldaduraeequipamentosdesoldadura[12] ................................................... 30
Figura5–Argamassaderegularizaçãoeselagemsobplacadebasedepilar[4] ................................ 32
Figura6-Esquemarepresentativodaoperaçãodecorteeindicaçãodasprincipaisentradasesaídasde
materiais[11] ................................................................................................................................ 42
Figura7–Serrote .................................................................................................................................. 44
Figura8–CorteporOxi-corte .............................................................................................................. 45
Figura9–Linhacombinadacorteplasma+furação. ........................................................................... 45
Figura10-Valoresmáximosadmissíveisnadistorçãoemfurosporpunção[6]................................. 50
Figura11–Linhaautomáticadefuraçãoecabeçasdalinhadeautomáticadefuração ....................... 50
Figura12–Linhaautomáticadefuraçãoecabeçasdalinhadeautomáticadefuração[13]................ 51
Figura 13 - Esquema representativo das operações de estampagem, calandragem e quinagem com
indicaçãodasprincipaisentradasesaídasdemateriais[11] ........................................................ 52
Figura 14 – Esquema representativo das operações de fresagem, e torneamento com indicação das
principaisentradasesaídasdemateriais[11]............................................................................... 53
Figura15–Esquemarepresentativodaoperaçãodesoldaduracomindicaçãodasprincipaisentradase
saídasdemateriais[11]................................................................................................................. 54
Figura16–SoldaduraMIGMAG ........................................................................................................ 58
Figura17–Diferençamáximaentreespessurasdechapas(D≤2mm→correntes;D≤1mm→pré-
esforçadas)[3]............................................................................................................................... 59
Figura18-Estruturametálicacomapoiosaparafusados[8]................................................................. 62
Figura19–Parafusoscomanilhasespeciais[6] ...................................................................................63
Figura20–Parafusoscomcabeçasespeciais[6].................................................................................. 63
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
VII
Figura21–Parafusosespeciais[6] ....................................................................................................... 63
Figura22–Tiposdeligaçõesmaisusuaisemestruturasmetálicas[9] ................................................ 65
Figura23–Ligaçõesviga-pilarsemsoldaduraoudesoldadurareduzida,maisflexíveis,emgeral[9]66
Figura24–Ligaçõesviga-pilarsócomsoldaduraoudesoldaduraimportantenaligação,maisrígidas,
emgeral[9]................................................................................................................................... 66
Figura 25 – Ligação mista (soldadura de chapa de topo na viga com aparafusagem ao pilar, com
situaçãodedistribuiçãocompletatradicionaldeesforçosnoapoio(corte+flexão)[9].............. 67
Figura26–FormasdeCorrosãoemdesenhoesquemático[14]........................................................... 69
Figura 27 - Esquema representativo duma operação de decapagem mecânica com indicação das
principaisentradasesaídasdemateriais ...................................................................................... 71
Figura 28 - Esquema representativo duma operação de decapagem química com indicação das
principaisentradasesaídasdemateriais[11]............................................................................... 71
Figura29-Esquemarepresentativodaoperaçãodelixagemcomidentificaçãodasprincipaisentradase
saídasdemateriais[11]................................................................................................................. 72
Figura30-Esquemarepresentativodumaoperaçãodedesengorduramentoquímicocomindicaçãodas
principaisentradasesaídasdemateriais[11]............................................................................... 73
Figura31–Influênciadotempodeimersãonopesodacamadadezinco[14] .................................... 76
Figura32–Camadasresultantesdametalizaçãoporzincoougalvanização[14]................................ 76
Figura33A-Detalhesconstrutivosparaevitaracorrosão[6] .............................................................. 78
Figura33B-Detalhesconstrutivosparaevitaracorrosão[6] .............................................................. 79
Figura33C-Detalhesconstrutivosparaevitaracorrosão[6] .............................................................. 80
Figura34-Detalhesconstrutivosparaevitaracorrosão[11,adaptado] .............................................. 85
Figura35-Chavedinamómetrica[13].................................................................................................. 95
Figura36–Recomendaçãosobreautilizaçãodegalvanizaçãoepintura[15] ................................... 111
Figura37–Viga-exemplodecoberturadopórticoindustrialaduaságuas........................................ 113
Figura38–Pilar-exemplodepórticoindustrialaduaságuas............................................................. 114
Figura 40 – Caso de Estudo – Proposta de corte de chapas 300mm×600mm e 300mm×1095mm
(assinalascomumacruz“X”aspartesemdesperdício) ............................................................ 121
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
VIII
Figura41–CasodeEstudo–Fase2-Montagemdascomponentesquesãoerguidasemblocos(vigas
decoberturacomuniãoprévianosolo)...................................................................................... 126
Figura42–CasodeEstudo–Fase3-Elevaçãoefixaçãoprovisóriadospilaresnoschumbadouros127
Figura43–CasodeEstudo–Fase4-Elevaçãoefixaçãoprovisóriadasvigasnospilares .............. 128
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
IX
ÍndiceTabelas
Tabela1–Normasprescritasparaprodutosestandardizadosparaaçosestruturais[3]........................ 17
Tabela2–Normasprescritasparaaçosdeenformadosafrio,folhaseestribosdeaço[3] ................. 17
Tabela3–Normasprescritasparaaçosinoxidáveis[3] ....................................................................... 17
Tabela4–Valoresnominaisdatensãodecedênciafyedatensãoderoturafu,paraaçoscorrentesde
acordocomaEN10025-2[4]....................................................................................................... 18
Tabela5–ComposiçãoquímicaaquetêmdeobedecerosaçoscorrentesdeacordocomaEN10025-2
[4].................................................................................................................................................. 19
Tabela6–Valoresdereferênciagenéricosparaaçosestruturais[10].................................................. 19
Tabela7–Valoresnominaisdafyedafu,paraaçosdeacordocomanormalizaçãoeuropeia[4]........ 20
Tabela8–TabeladeequivalênciasparaanovanormaEN10025[4] ................................................. 21
Tabela9–AçospatinadossegundoanovanormaEN10025-5[4]...................................................... 21
Tabela10–Valoresnominaisdatensãodecedênciaedatensãoderoturaàtracção[2]..................... 23
Tabela11–Valoresnominaisdatensãodecedênciaedatensãoderoturaàtracção[3]..................... 27
Tabela12–Valoresnominaismínimosdaforçadepré-esforçoemkN[4] ......................................... 27
Tabela13–Produtosestandardizadosparaconsumíveisdesoldadura[4] ........................................... 29
Tabela14–Normalizaçãodeaparelhosdeapoio[6]............................................................................ 32
Tabela15–Definiçãodasclassesdeconsequências[3]....................................................................... 33
Tabela16–Critériosrecomendadosparaproduçãoecategoriasdeserviços[3] ................................. 34
Tabela17–Recomendaçõesparaaselecçãodeclassesdeexecução[3] ............................................. 34
Tabela18–Classificaçãodepreparaçãodesuperfícieatratar[3] ....................................................... 38
Tabela19–Condiçõessemrequisitosespeciaisnocortedeguilhotinanaclassedeexecução3[3]... 43
Tabela 20 – Dureza superficial máxima permitida para os diversos tipos de aço, função da sua
resistênciamecânica[4]................................................................................................................ 43
Quadro21–Comparaçãodascaracterísticasassociadasàstecnologiasdecortedechapa[11] .......... 47
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
X
Tabela22-Valoresnominaisdefurosparaparafusos(mm)[6] .......................................................... 50
Tabela23–Classificaçãodasclassesdeatritoparasuperfíciesdeligaçõespré-esforçadas[3]........... 61
Tabela24–Diâmetrostradicionaisdeparafusoserebitesparaestruturasmetálicas[6]...................... 64
Tabela25–Quadrodeinspecçõescomplementares[2] ....................................................................... 84
Tabela25–Esquemastipodepinturaindustrial[13] ......................................................................... 109
Tabela26–Exemploscomparativosentreesquemasdepinturaemaço[13] .................................... 110
Tabela27–Exemploscomparativosemambientesdiferenciados[13].............................................. 110
Tabela28–CasodeEstudo-Custounitáriodomaterial(€/kg)......................................................... 119
Tabela29–CasodeEstudo–aproveitamentodechapa(30mm)paravigasdecobertura................. 122
Tabela31-CasodeEstudo–estimativaorçamentaldopórtico(montagemincluída) ...................... 123
Tabela32-CasodeEstudo–custodosperfislaminadosparaasvigasdecobertura ........................ 124
Tabela33-CasodeEstudo–custodaschapasdeligaçãodasvigasdecobertura............................. 124
Tabela34-CasodeEstudo–Meioshumanosparamontagemdopórtico......................................... 127
Tabela34-CasodeEstudo–Meiosmecânicosparamontagemdopórtico ...................................... 128
Tabela35–Propriedadesmecânicasefísicasdediversosmetaisparaengenharia[19].................... 135
Tabela36–Propriedadesmecânicasefísicasdediversosnão-metais[19]........................................ 135
Tabela37–Outraspropriedadesmecânicasefísicasdediversosnão-metais[19] ............................ 136
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
1
Introdução
Opresente trabalho temporobjectivoapresentaredesenvolver,aindaquede formasucinta,o tema
designadoporExecuçãodeEstruturasMetálicas.
Aprincipalmotivaçãoqueestevenabasedesteestudoassentanacrucialimportânciaqueofabricotem
noâmbito,maisalargado,daConstruçãoMetálicaeMista,dadoserestafasedoprocessoconstrutivo
quematerializafisicamenteaestrutura,confirmandoasuacorrectaconcepção.
Numa breve referência histórica, dizer-se-ia que estão, maioritariamente, colmatadas muitas das
grandesomissõesdopassado,emtermoslegislativos(cite-seoREAE,aindaemvigor,emboaverdade,
embora obsoleto e pouco usado pelos projectistas actuais, no que versa a formulações de cálculo e
verificação),encontrando-senestemomento,finalmente,disponíveismeiosnormativosbastantespara
um suficiente rigor e estandardização de procedimentos. Este facto tende a tornar mais simples e
globais os sistemas industriais de produção e montagem de estruturas metálicas, divulgando a
informaçãonecessária aocumprimentodasboas regras construtivas, impondocritérios e tolerâncias,
bemcomofacilitandoainternacionalizaçãodasempresasdosector.
Podemosafirmarque,emtermosdoestadodaartedaExecuçãodeEstruturasMetálicas,osgrandes
referenciais são os Eurocódigos 3 e 4, bem como, e sobretudo, as Normas Europeias aplicáveis,
designadamenteaEN10025[4]eaEN4040.
Sepretendêssemosdefiniroproblemaemanálise,poderíamosdizerqueomesmoconsistiriaem:(i)
respeitar o Projecto; (ii) fabricar com qualidade; (iii) optimizar o custo; (iv) garantir a segurança,
higieneesaúdenarealizaçãodostrabalhos;(iv)obteranecessáriaceleridadeparacontrolaraexecução
dentrodoprazo;(v)asseguraradurabilidadeexpectávelparaavidaprevistadaconstrução.
Oobjectivodestetrabalhoseráoresumodasprescriçõesnormativasmaissignificativas,associadasàs
recomendaçõesdeumaexperiênciavalorizávelenãoregulamentarmentecontraditória,aplicandoaum
casoprático,conduzindoopercursodeumacomponentedeumaestruturametálicadesdearecepçãodo
Projecto, e seu Caderno de Encargos, até à montagem da estrutura, passando pelo planeamento,
encomenda,preparação,corte,furação,soldagem,montagemprévia,tratamentoetransporte.
A metodologia a usar neste trabalho será fundamentada na permanente observância normativa,
complementandoaspartesomissascomrecomendaçõesentendidasportecnicamentecorrectas.
Pelo exposto facilmente sedepreendeque as fontesutilizadas sebaseiamnaspublicações europeias
disponíveis sobre esta matéria, bem como bibliografia avulsa identificada na bibliografia. Em
suplementoforamcontactadasempresasetécnicosdoramodametalomecânica.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
2
A organização do texto segue, sucintamente, uma lógica semelhante ao próprio decurso inerente à
execuçãodeEstruturasMetálicas,comadisposiçãoseguinte:
• Nocapítulo1aborda-se,concisamente,aconcepçãodeestruturasmetálicas,cujoâmbitoparte
daelaboraçãodoProjecto(comoseucomdiversoericoconteúdo,queintegraoconjuntodas
Peças Desenhadas e Escritas, nomeadamente a Memória, as Condições Técnicas Gerais e
Especiais) até ao Caderno de Encargos, que deve conter a especificação de todos os
procedimentosdecontrolodequalidadeindispensáveis;
• Nocapítulo2apresenta-seomaterialaçoestrutural,tantonoquetrataaperfis,comoachapas,
parafusos e material de adição para soldadura, enumerando as suas normas, especificações,
característicasequantificaçõesdecustosassociados;
• Ocapítulo3insere-seoquetocaàfasedefabrico,desdeoplaneamentodetrabalhoseelencar
de produtos a adquirir, até ao traçado, corte e soldadura, ligação mecânica, tratamento de
superfície, inspecção, ensaios e correcções, ou seja: um plano de fabrico (aplicado à peça
exemplo), com a sequência de execução das suas diversas fases, optimizando no sentido de
reduziraosdesperdíciosdematerial;
• Ocapítulo4debruça-sesobreotransporteeoscuidadosaternoseucarregamento,deslocaçãoe
descarga,referindo-seoimportantefactordecustosassociados;
• O capítulo 5 apresenta o processo de montagem da estrutura metálica, inspecção, testes,
correcçõesequantificaçãodosseuscustos;
• Finaliza-se,efectuandoumbalançoeconclusõesdotrabalhorealizado.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
3
Capitulo1–ConcepçãodeEstruturasMetálicas
1.1–AimportânciaeasinformaçõesgeraisdoProjectodeEstruturas
OProjectoéapeçafundamentaldequeseparteparaofabricodeumaestrutura,independentementedo
material construtivo, dado que este encerra todas as informações necessárias à sua execução,
nomeadamenteeentreoutros:
• Informação geral sobre as características do local da obra e sua envolvente (social, urbana,
paisagística,acessibilidades,infra-estruturas,etc);
• Geologiadosoloesuascondicionantes;
• A regulamentação e normas de orientação, bem como os critérios e métodos análise e
segurança, dimensionamento e/ouverificação (seuma formageral, paraEstruturasMetálicas,
deve-seseguir-seosEurocódigosdeacordocomoAnexo2destetrabalho);
• A natureza, características e qualidade dos materiais (desde o aço estrutural, passando pelos
parafusosechapasatéaosconsumíveisdesoldadura,entreoutros);
• Ageometriaecomposiçãodassecções,elementoseligações;
• Topologiadaestrutura;
• Fundações,comjustificaçãodasoluçãoadoptada,referindoascondicionantesponderadastendo
porbaseoestudogeotécnico;
• Condições técnicas gerais e especiais (desde o que se refere à abertura de caboucos, ou à
desmatação e limpeza do local de obra, até ao relativo às operações de soldadura, ligações
aparafusadas,sistemasdeprotecçãocontraacorrosão,etc);
• Esclarecimentospontuaispertinentes;
• Peças Desenhadas e todos os detalhes construtivos suficientes para a completa execução da
obra;
• PlanodeSegurança,HigieneeSaúde(aindaquegenéricoeprovisório);
• Procedimentosdetransporte;
• Processodemontagem;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
4
• Limitaçõesdeusoerecomendaçõesdemanutençãoperiódica.
1.2-ProjectodasEstruturasMetálicas
Oprojectoestruturasmetálicasnãoéumaexcepçãofaceaoexpostonopontoanterior,sendoaquimais
prementeasalvaguardavadospadrõesdesegurançaexigíveis,dadoqueaesbeltezadaspeçaspropiciar
fenómenos de 2.ª ordem que devem ser acautelados. Por outro lado, a observância da garantia de
execução(nomeadamenteemtermosdasligações,prevenindoaentradadosparafusosnosorifícioseo
espaçodemanobradasferramentas)temaquiparticularacuidade.
Acresceaindaque,aocontráriodoquesucedenocasodeestruturasdebetãoarmadooupré-esforçado,
as secções são verificadas na suficiência estandardizada das suas dimensões, face ao valor da
solicitação. Na verdade, em geral, existem geometrias de mercado que obrigam o projectista na sua
escolha, sendo raros os casos em que este impõe a sua dimensão (normalmente só para estruturas
especiais, como obras-de-arte). Tal situação é, pois, oposta ao que sucede com as secções de betão
armadooupré-esforçado,emqueoprojectistadefactoasdimensiona:decidesobreaformaemedidas
dasecção,bemcomodasuacomposiçãoemtermosdearmaduras.
Basicamente,adocumentaçãonecessáriaeexigidaaincluirnoprojectodeestruturasmetálicasjáestá
estabelecidahálongosanos[10],contemplando:
• Peças Escritas (Memória descritiva e justificativa, Condições Técnicas Gerais; Condições
Técnicas Especiais), devendo incluir a natureza e qualidade dos materiais, bem como os
processosdeconstrução–algumasvezesasCondiçõesTécnicassurgemincluídasnocaderno
deEncargos;
• Peças Desenhadas (que deve incluir desde a localização e rigorosa implantação da obra, às
fundaçõeseestruturas,complantas,alçados,cortesepormenorescomtodoodetalhenecessário
aumacompletaeperfeitaexecução,bemcomoumasimbologiaenotasexplicativasentendíveis
esatisfatórias).
1.3–CadernodeEncargosparaEstruturasMetálicas
1.3.1–GeneralidadesdoCadernodeEncargosparaEstruturasMetálicasOCadernodeEncargoséumindissociávelcomplementodoProjecto,independentementedadimensão
e âmbito da obra, sendo decisivamente importante para a boa execução da obra, garantido a sua
qualidade,regrasecontrolodeexecução.Claroestáqueasuaobservânciaassentanumaexperientee
competenteFiscalização.Dissemoscomplementoporque,emboaverdade,apeçadocumentalessencial
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
5
para a execução da obra é o Projecto, sendo possível levar a efeito construções sem Caderno de
Encargos,masnuncasemoprimeiro.Contudo,masnãobastaomesmoassegurar
Assim,deumaformaconcisamasentendidaporsuficiente,apresentaçãoumaorganizaçãodocumental
tipodereferêncianaelaboraçãodeumCadernodeEncargos:
• Caderno de Encargos, propriamente dito, incluindo toda a documentação a exigir ao
Empreiteiro,antes,duranteeapósaexecuçãodaobra:
� Objecto;
� Regimejurídico
� Disposições gerais da empreitada (licenciamento municipal/oficial, regulamentação
aplicável,esclarecimentos,subempreitadas,clausulasdocontrato, livrodeobra,horários,
patentes,licenças,marcasdefabricooudecomércioedesenhosregistados,etc.);
� Disposições particulares da empreitada (pessoal, montagem/desmontagem e manutenção
do estaleiro, instalações, equipamento, obras auxiliares e preparatórias, remoções e
limpezas,etc);
� Valordaadjudicação,condiçõesdepagamento,adiantamentoserevisãodepreços;
� Regraseformadepagartrabalhosamais,omissõeseimprecisões;
� Condiçõesgeraisdeexecuçãodaempreitada;
� Normasdemediçãoeseusautos;
� Planeamento e direcção de obra (condições de aceitação de proposta e amostras de
materiais alternativos, condições de elaboração de: programa descritivo de trabalhos;
cronograma/planodetrabalhos;planodemão-de-obra;planodeequipamentos,etc);
� Prazosdeexecução;
� Cauçõesegarantias;
� Fiscalizaçãoecontrolo;
� Materiaiseelementosdeconstrução(aquelesquenãoestãoincluídosnoProjecto);
� Contrato,consignação,recepçãoeliquidaçãodaobra;
� Prémiosemultas;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
6
� Etc.
• Medições(quepodemintegraroProjecto)e,eventualmente,EstimativaOrçamental;
• Esquemadecontrolodequalidadeeprocedimentodeinspecção,paraquenãoexistaqualquer
tipodedúvidassobreascaracterísticasdosmateriaisdeconstruçãoeaformadeexecuçãodos
trabalhos,seusníveisdeexigênciaesuaverificação(incluiplanodosensaiosnecessáriospara
queaqualidadedomaterialedostrabalhossejaassegurada);
• Esquemademontagem,parahaverumamelhororganizaçãonaexecuçãodaestrutura,redução
detensõesresiduais,eliminaçãooumitigaçãodosproblemasquepossamsurgir,considerando-
osnafasedeprojecto;
• Esquemademanutenção, tendoemvista a reduçãode custos ea conservaçãodaqualidade e
operacionalidadedaestruturaduranteociclodevidaexpectável;
• ProgramadeConcurso(eventual).
EmcasodeserexigívelumPlanodeQualidadeesteincluirá(ISO9000)[6]:
• Documentodegestãodaqualidade;
• Documentosdepreparaçãodeexecução(“checklists”);
• Documentosdecontrolodequalidadedaprodução(“followup”).
1.3.2–AnormaprEN1090eoCadernodeEncargosparaEstruturasMetálicas
A norma prEN 1090 [3] é, talvez, a principal referência na Execução de Estruturas Metálicas,
constituindo-seoseuconteúdonumverdadeiromanualdeespecificaçõesparaestefim.
Por exemplo, no caso doPlano de Qualidade não ser exigido, e dado que se trata de uma estrutura
metálica,citam-sealgunsdosdocumentadosquedeverãosersemprelistadosemcumprimentosdessa
prEN1090[3]:(i)planodeinspecçãodaprodução;(ii)gestãodealterações;(ii)manipulaçãodenão
conformidades,etc[6].
Dequalquermodo,ésempredereferirqueadocumentaçãoéumaparteinalienáveldeumcontratode
obra,poisidentificaasresponsabilidadesassumidasporcadaumadaspartesnonegócio.
Assim, e para além da já referida, e de forma mais específica visando a execução de estruturas
metálicas,osplanosedesenhosaelaborardevemtambémserosseguintesintervenientes(incluem-se
osautoresresponsáveis):
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
7
• Peças Escritas e Desenhadas do Projecto (com detalhe vasto e rigoroso próprio estruturas
metálicas,emqueasdimensõessãoem“mm”)–Projectista;
• CondiçõesTécnicasGerais,EspeciaiseMedições–Projectista;
• PlanoseDesenhosdeFabrico(execução)dasestruturasmetálicas–Empreiteiro
• Planos e Desenhos de Montagem das estruturas metálicas e outros, complementares, que se
mostremnecessários–Empreiteiro;
• PlanodeQualidadeparaFabricoeMontagemdasestruturasmetálicas–Empreiteiro;
• Plano de Segurança, Higiene e Saúde com procedimentos para a elaboração dos trabalhos –
Empreiteiro;
• PlanoePormenorizaçãodeSoldadura(segundoponto7.2daprEN1090-2[3])–Empreiteiro;
De formamaisexaustiva,enoque trataàelaboraçãodadocumentaçãoa fornecerpeloEmpreiteiro,
estadeveráseguirospontos4.2,7.2,9.2e9.3daprEN1090-2[3],sendoqueestaprEN1090[3]lista
osdocumentosnormativosdereferênciadivididosporcategorias[6]:
• Materiais:
� Aços;
� Chapasdeaço;
� Consumíveisdesoldadura;
� Ligadoresmecânicos(parafusos,etc);
� Cabos;
� AparelhosdeApoio.
• Fabrico;
• Soldadura;
• Ensaios(destrutivosenãodestrutivos);
• Montagem;
• Protecçãocontraacorrosão;
• Diversos.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
8
Dentro dos requisitos para produtos de construção metálica, mormente no que a perfis diz respeito,
podem-seencontrarespecificaçõesparaaquasetotalidadedostiposdeaçoexistente,taiscomo[6]:
• EmaçolaminadoatéaclassesS960;
• EmaçoenformadoafrioeelementoslaminaresatéS960(açoestrutural)eS700MC(açoinox);
• Produtosdeaçoinoxidável;
• Perfisestruturaisocos(circulares,quadradosourectangulares).
Desublinharqueestanormanãoéapenasaplicávelaestruturasmetálicas,dimensionadasdeacordo
com a EN1993 (estruturas metálicas), mas também a estruturas mistas aço-betão, dimensionadas de
acordocomaEN1994(estruturasmistas).
AnormaprEN1090[3]define,ainda,distintosníveisdeexigência[6]:
• Classesdeexecução,relacionadascomascategoriasdeproduçãoeexploração(asorientações
paraaescolhadasclassesdeexecuçãosãodadasnoanexoBdaEN1090,encontrando-sealista
derequisitosparaasclassesnoanexoA3daEN1090,vertabela15e16destedocumento);
• Classesdeconsequência,quesãodefinidasnoEC0(EN1990-anexoB),visandoestabeleceros
efeitosdocolapsoouavariasestruturais(verTabela14destedocumento);
• Classesdetolerância,adefiniremfuturasversões,masactualmenteasclassesdetolerânciasão
classe 1 e 2, sendo que se não for especificada uma classe, assume-se classe 1 (mais
permissiva).
O próximo capítulo dedica-se, exclusivamente, à apresentação de um Caderno de Encargos Tipo
adaptadoàExecuçãodeEstruturasMetálicas.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
9
Capitulo2–CadernodeEncargosTipo(estruturasmetálicas)
UmCadernodeEncargosé,antesdequalqueroutrainterpretação,umdocumentoemqueasregrasa
que vão obedecer as relações e compromissos entre o Dono-de-Obra e o Empreiteiro ficam
estabelecidos.Parauméaformacomovaiserefectuadaaprestaçãodeserviços(defornecimentode
materiais,fabricoe/oucolocação),paraooutroseráoseurespectivopagamento.
Nestecontextoentendeu-se, ilustrativamente,introduzirumsubcapítulode“DisposiçõesGerais”para
melhor se compreender o espírito vertido no parágrafo anterior, e que poderá estar presente em
qualquer Caderno de Encargos de uma obra de construção civil, a que a Execução de Estruturas
Metálicasnãofoge.
Nocontinuardestetrabalho,nosentidodeestenãosetornardemasiadoextenso,asobrasquenãode
estruturametálica,masquenapráticaconcorremparaasuarealização,comomovimentosdeterrase
fundações,oumesmorevestimentoseoutrosacabamentos,nãoserãoincluídasnestetexto.
2.1–Disposiçõesgerais
Semprejuízodofixadonosartigosseguintes,temafinalidadedestaintroduçãooestipular,deforma
inequívoca,oseguinte:
• Todos os elementos constituintes da estrutura, bem como aqueles com finalidades
fundamentalmenteconstrutivas,mascobertosporestasCondiçõesTécnicasEspeciaiseapela
MemóriaDescritivadoProjecto,deverãoser,emqualquercaso,fabricadosouintegradoscom
produtosdemarcahomologadaporentidadeidóneaeoficialmentecertificadaparaoefeito,bem
comose deverão encontrar-se em estado de completamente novo e não apresentar qualquer
imperfeição;
• DeveráserentregueàFiscalização,porescrito,aindicaçãodofornecedoredaorigemdetodos
oselementosacimacitados,bemcomoosrespectivosdocumentosdehomologação;
• O constante nos dois parágrafos anteriores, sendo obrigatório, não dispensa a necessária
aprovaçãopréviadaFiscalizaçãoantesdoseufabrico,oudasuamontagem,assimcomoasua
posteriorvistoria;
• A Fiscalização pode ainda, sempre que julgue necessário, mandar proceder a ensaios de
recepçãoquedecorrerãoaexpensasdoEmpreiteiro;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
10
• Será ainda entregue à Fiscalização, por escrito, para ser submetido a aprovação, o Plano de
Trabalhosaefectuarcomanecessáriaordemdemontagemesuacalendarização,deformaase
poderefectuaramelhorcoordenaçãodetodaaproduçãodasdiversasespecialidades;
• NocasodesoluçõesdeixadascomopropostaaefectuarpeloEmpreiteiro,massempresujeitasá
aprovaçãodaFiscalização,o seucusto jáestará incluídono fornecimentoemontagemdestas
peças, ou seja, deverá já vir contida no preço de concurso, não podendo por tal motivo este
invocartrabalhosamais;
• Todasasdespesasdecorrentesdapreparação,execuçãoelimpezadaprópriaobraedoseulocal,
comoamontagem,desmontagemdoestaleiro,suamanutençãoetrabalhosaestesafins,correm
porcontadoEmpreiteiro(conformerubricanoMapadeMedições),bemcomooabastecimento
deáguaeenergiaeoutrosrecursosexteriorestidoscomonecessáriosàrealizaçãodostrabalhos,
sedemododiferentenãoforcontratado;
• Toda a execução estará de acordo com a regulamentação e normalização em vigor (nacional
e/oueuropeia),bemcomotodasasdemaisrecomendaçõestécnicasaplicáveis;
• No caso do estabelecido nestas cláusulas conduzir a situações de trabalhos não previstos
(trabalhosamais)deveaFiscalizaçãoserdeimediatoinformadanosentidodesancionarounão
asuaexecução.
Nesta conformidade,deverá ser entendidoque todoo texto seguinte está sujeito às condições acima
designadas,peloquenãosefaráumareferênciaexplícitae repetitivadasmesmas,devendoserestas
entendidascomopermanentementeimplícitasevigentes.
Dever-se-áteraindaematençãooseguinte:
• Fazem parte integrante das Condições Técnicas Gerais e Especiais todos os fornecimentos,
trabalhoseaqualidadeemododeexecuçãoaestesrelativa,detudooqueàpresenteempreitada
respeite,deacordoasPeçasEscritaseDesenhadasdoProjecto,comoCadernodeEncargosem
geral e suas Medições e, se for caso disso, com eventuais alterações que venham a ser
introduzidasduranteaobra(apósaprovaçãoporescritodaFiscalização),doqueoEmpreiteiro
seobrigaacumpririntegralmenteedequesefarápagardeacordocomvaloresdeconcursoou
posteriormentenegociados(casonãoconstemdalistadepreçosinicial);
• Naausênciadedefiniçõesnoquerespeitaamateriaisoutécnicasconstrutivasporpartedestas
Condições Técnicas Especiais ou da Memória projecto, deverá a execução dos trabalhos
obedeceràsdisposiçõeslegaisemvigor,àsnormas,àsespecificaçõesedemaisdocumentosde
homologaçãodelaboratóriosoficiaisportuguesesouentidadesequiparadas;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
11
• DaempreitadafazempartetodosostrabalhosdescritosnoProjectoenasrespectivasMedições,
bem como todos aqueles que embora não expressamente descritos, são imprescindíveis para
cumprir asboas regras e técnicasde construçãocivil e comocomplementodosprevistosnas
folhas de medições, ou seja, a empreitada engloba todos os trabalhos que de acordo com a
intenção do Projecto levam ao completo acabamento da obra, desde que aprovados pela
Fiscalização;
• Os materiais a empregar e a forma de execução da obra será realizada tendo em conta o
estabelecidopelosdocumentosqueadianteserãoenunciadosnestetexto,bemcomoquaisquer
outrosregulamentos,leis,decretos,normas,especificaçõeseoutrosdocumentosemanadospor
entidades oficiais ou oficialmente reconhecidas e cujas disposições sejam vinculativas para
obras de construção civil, nomeadamente e entre outras, Órgãos de Soberania (nacionais e
europeus),LaboratórioNacionaldeEngenhariaCivileInstitutoPortuguêsdaQualidade;
• OEmpreiteirodeverátersempreconhecimentodaversãomaisactualizadadodocumentocuja
naturezaforareferidanaspeçasdoProjectoeCadernodeEncargos,mesmoquenestesoutra
mais antiga conste, não podendo alegar o uso desta última por desconhecimento da que se
encontrenoactualemvigor,dandodofactoconhecimentoàFiscalização;
• PoderáoEmpreiteiroapresentar,separadamente,variantesaosistemaconstrutivoprevisto,mas
sóserãotidasemconsideraçãoparaavaliaçãoaquelasquedêeminteirasatisfaçãoàssolicitações
e outros condicionamentos seguidos no Projecto. Da decisão tomada sobre as propostas
cambiantesexpostaspeloEmpreiteironãotemcabimentoqualquerrecurso;
• SerãoefectuadastodasasdemoliçõeselevantamentosnecessáriosaocumprimentodoProjecto,
mesmoquenãoestejamexpressamentereferidos,desdequeaprovadospelaFiscalização;
• Amão-de-obraaempregarseráaqualificadaparaa realizaçãodasdiversastarefase tiposde
trabalhos,sendosempreasuficiente,emcadamomento,paraassegurarocumprimentodoMapa
deTrabalhosaprovadoeosprazosexecução;
• Todo o pessoal estará devidamente legalizado no que concerne à sua condição apta para
trabalhar, que no que trata ao contrato válido de trabalho, quer às necessárias condições de
saúde;
• Todosostrabalhosserãoexecutadosdemodoanãoafectaroseventuaiselementosdaestrutura
amanter,seforocaso,queroutrosquaisquerelementosdaconstruçãoquedevampermanecer,
bemcomomobiliário,equipamentoouquaisquerartefactosdentrodestaexistentes;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
12
• TodososprodutosdasdemoliçõesserãotransportadospeloEmpreiteiroparavazadourodasua
responsabilidade, excepto os materiais que a Fiscalização entenda aproveitáveis, sendo estes
igualmentetransportadospeloEmpreiteiroparadepósitoaindicarporesta;
• A falta de materiais no mercado, a ausência de mão-de-obra ou as condições climatéricas
inerentesàépocadoanoemqueaobradecorre,nãopoderãoservirdemotivodeprorrogação
do prazo, pelo que a programação dos trabalhos deverá prever a provável existência e
consequênciasdetaiscontrariedades;
• O Empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto do Dono-de-Obra do volume e
naturezadostrabalhosaexecutar,sobretudoquandoeste forporValorGlobal,porquantonão
serãoatendidasquaisquerreclamaçõesbaseadasnodesconhecimentoou faltadeprevisãodos
mesmos;
• O Empreiteiro tomará as disposições necessárias para que a execução dos trabalhos não
prejudiqueasactividadesdarotinadolocalondeosmesmossedesenvolvem;
• O Empreiteiro é responsável pelo estado de limpeza das zonas afectadas pela execução dos
trabalhos,demodoamantê-loscomaspectoquenãocontrastecomaszonascircundantes,bem
como a executar todos os trabalhos finais de limpeza e reposição do existente à data da
consignação,senenhumaalteraçãoestiverprevistanoProjecto;
• O Empreiteiro tomará as precauções indispensáveis para não causar prejuízo em edifícios
adjacentes à obra, instalações ou redes de qualquer natureza, árvores de qualquer porte,
pavimentos,etc.,sendodasuacontaasreparaçõesereposiçõesnecessáriasseasmesmasnão
estiveremincluídasnaempreitada;
• SãoinerentesàpropostadoEmpreiteirotodosostrabalhospreparatóriosedeacabamentoque
serelevemnecessáriosacadatarefa,assimcomocargasedescargasdemateriais,apeamentos,
etc;
• As omissões ou desencontros de dimensões e outros elementos de projecto com as reais
verificadas em obra serão objecto de reclamações por erros e omissões de projecto no prazo
legalmenteaprovado;
• OEmpreiteirodeveorganizaroLivrodaObracontendoumainformatizaçãosistematizadaede
fácil consulta dos acontecimentos mais significativos relacionados com a execução dos
trabalhos;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
13
• O Empreiteiro obriga-se a apresentar mensalmente a situação dos trabalhos realizados em
relaçãoaosprevistosnoMapadeTrabalhos;
• OscapítulosincluídosnasCondiçõesTécnicas(GeraiseEspeciais)quenãosejamaplicáveisàs
obras respeitantes ao presente projecto devem ser ignorados, sendo contudo aqui incluídos já
que se tornamválidos para eventuais trabalhos a mais a contratar com o Empreiteiro e que
concorramnoseuâmbito.
AindaemtermosdeDisposiçõesComunsatender-se-áaoseguinte:
• As referências e modelos comerciais, tipos e marcas, previstas no Caderno de Encargos têm
como objectivo dar indicação da natureza, da qualidade e de acabamento pretendido para o
trabalhoemcausa;
• O Empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização, poderá aplicar materiais diferentes dos
previstos,seasolidez,estabilidade,desempenho,características,propriedades,aspecto,duração
econservaçãodaobranãoforemprejudicadosesenãohouveralteraçãoparamaisnopreço;
• Osmateriaisnosquaisseverificar,porsimplesexameouemfacedoresultadodosensaiosou
análises,nãosatisfazeremascondiçõesexigidas,serãorejeitados;
• OfactodeaFiscalizaçãopermitiroempregodequalquermaterialnãoisentaoempreiteiroda
responsabilidadesobreamaneiracomoelesecomportar;
• O Empreiteiro apresentará amostras de todos os materiais que se propõe empregar na obra
devidamenteidentificadoserotuladoscomindicaçãodefornecimentoefabricante;
• A Fiscalização reserva-se o direito, caso assim o entenda, de proceder a outros ensaios de
controlo de qualidade, sempre que considere insuficientes ou inadequados os prescritos neste
CadernodeEncargos;
• AFiscalização,paragarantiadaboaexecuçãodostrabalhosesemprequejulgueconveniente,
indicaráquaisasprovasaquedeverãosersubmetidososmateriais,querantes,querdepoisde
aplicados,oumesmoaszonasouassecçõesdaobrajáerguidaseconstruídas;
• Estas provas serão feitas de acordo com os preceitos regulamentares em vigor ou com as
prescrições que, fixadas ou não pelo Caderno de Encargos, permitam estabelecer valores
comparativosdaperfeitaexecuçãodaobra;
• Osmateriaisrejeitadospornãosatisfazeremascondiçõesexigidas,deverãoserremovidospelo
Empreiteiroparaforadolocaldaobranoprazode48horas;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
14
• Osperfiseaschapasdevemterasformasprescritaseapresentar-sedesempenadas,dentrodas
tolerânciasadmitidas.
EmtermosdeSegurançaatender-se-áaoseguinte:
• O Empreiteiro será responsável pela segurança devendo propor as medidas que julgar
convenientes para a execução dos trabalhos se faça respeitando a legislação em vigor,
sugerindo,seacharpertinentesalteraçõesaoPanodeSegurança,HigieneeSaúdevisadopela
Fiscalização;
• Deveráserdadaespecialatençãoàprevençãodeacidentes,utilizandonomeadamentecapacetes,
luvasecalçadodeprotecçãoparatodoopessoalaoserviçodoEmpreiteiro.
EmtermosdeEstaleiros,CirculaçãoeVedaçõesatender-se-áaoseguinte:
• OEmpreiteiroapresentaráumaplantadoestaleirodaobracomalocalizaçãodasinstalaçõese
equipamentos,paraaprovaçãodaFiscalização;
• Emnenhumasituaçãoépermitidoodesrespeitodasnormasdesegurança;
• O Empreiteiro efectuará logo de início os tapumes e guardas da área destinada ao trabalho
considerandosempreapossibilidadedeacessoaviaturasdebombeiroseurgênciaaolocalda
obra;
• Todasasprotecções,informaçõeseanúnciosdeverãoapresentar-sesemprecombomaspecto;
• OEmpreiteiroprotegeráeficazmenteavegetaçãoeárvoresexistentesnolocaldaobra.
EmtermosdeProtecçãocontraAgentesAtmosféricosatender-se-áaoseguinte:
• Aobraeosmateriaisdeverãoemqualquerfaseestarprotegidosdosagentesatmosféricos,sendo
daresponsabilidadedoEmpreiteiroasreparaçõesousubstituiçõesquesetenhamdeefectuarem
qualquerzonapornãoseterrespeitadoesteartigo.
Em termos de Levantamento e Reposição de infra-estruturas (como de redes eléctricas, de águas e
esgotos,comunicações,aquecimento,fluidosnoestadogasosoeoutrascongénereshabituaisepróprias
dosdiversostiposdeedificações)necessáriasparaonormaldecorrerdaobraatender-se-áaoseguinte:
• OEmpreiteiroteráquenoiníciodecadafasedaobraemquetenhaderecorreraostrabalhosa
querespeitaestaalínea,efectuarumcompletoinventáriodoexistentequeentregaránaformade
PeçasEscritaseDesenhadasàFiscalização,sendodasuaresponsabilidadeaintegralefuncional
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
15
recolocaçãodetodososelementosconstantes,bemcomoostestesdeaptidãonecessáriosàsua
reentradaemserviço;
• Opreçodeconcursoparaossupracitadostrabalhosincluirá todasassubstituiçõesdematerial
que não tenha condições de ser levantado e posteriormente reposto, não havendo lugar a
reclamaçõessetalcuidadonãohouverporpartedoEmpreiteironapréviavisitaeverificação
local;
• ÉaindadacompetênciadoEmpreiteiroa completa substituiçãode todososelementosdestes
sistemasqueemvirtudedestasoperaçõessofreremqualquerdeterioração;
• Fica claro, pois, que sobre estes trabalhos, nomeadamente a sua especificidade e quantidade,
devem-nososconcorrentesapreciarlocalmentenosentidodeapresentaropreçorespectivo,não
podendoemcasodeadjudicação ignoraremasuanecessidadee sobreeles reclamaremerros,
omissõesoutrabalhosamais.
Comoressalvageraldesteponto(DisposiçõesGerais) refira-sequeassoluçõesfixadasouapontadas
nestas Condições Técnicas Gerais e Especiais são vinculativas desde que nas restantes peças que
compõe o Projecto completo outras mais rigorosas não forem explicitadas, caso em que serão estas
últimasaprevalecer.
2.2-QualidadeeNaturezadosMateriais
2.2.1-Açoemperfisechapas
As propriedades dos aços, no que diz respeito às suas características gerais, são valores nominais a
adoptarparaefeitosdecálculo.
As características dos diferentes tipos de aços devem basear-se na informação relativa às suas
propriedades mecânicas (determinadas a partir de ensaios de tracção, ensaios de choque e,
ocasionalmente,ensaiosdedobragem)eàsuacomposiçãoquímica.
Ascaracterísticasdosperfisechapasdeaçousadasemelementosestruturaisdevemestardeacordo
comanormaEN10025-2004[4],designadamentenassuaspartes(enadesignaçãooriginal):
• PART1-Generaltechnicaldeliveryconditions.
• PART2-Technicaldeliveryconditionsfornon-alloystructuralsteels.(SupersedesEN10025:
1993);
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
16
• PART3 -Technicaldelivery conditions fornormalised/normalised rolledweldable finegrain
structuralsteels.SupersedesEN10113:parts1&2:1993);
• PART 4 - Technical delivery conditions for thermo mechanically rolled weldable fine grain
structuralsteels.(SupersedesEN10113:parts1&3:1993);
• PART 5 - Technical delivery conditions for structural steels with improved atmospheric
corrosionresistance–alsoknownasweatheringsteels.(SupersedesEN10155:1993);
• PART6-Technicaldeliveryconditionsforflatproductsofhighyieldstrengthstructuralsteels
inthequenchedandtemperedcondition.(SupersedesEN10137:parts1&2:1996).
Aclassificaçãodosaçoscorrentes,apresentadosnastabelas1e2édesignadapelasletrasJR,JO,J2e
K2, que representam o nível de qualidade do aço no que diz respeito à soldabilidade e aos valores
especificadosdoensaiodechoque.AqualidadeaumentaparacadadesignaçãodeJRaK2.Parauma
descriçãomaisdetalhadadaqualidadedosaçosdeve-seconsultaranormaEN10025-2[4].
Os aços utilizados em perfis e chapas têm de respeitar a norma EN 10025 [4], nas suas 6 partes,
sobretudonoque trataàsuaqualidadedoaçoeàscondiçõesdefornecimento.Estanorma revogae
substitui,praticamente,todaanormalizaçãoanterior,queseencontravamaisdispersa.
É, também, recomendável ter em consideração a norma EN 10164 “Steel products with improved
deformation properties perpendicular”, usando chapas de aço com propriedades de deformação
melhorada,nocasodechapasdetoposujeitasaesforçossignificativos(maiorductilidade).
Nastabelas1a3incluem-seasnormasprescritaspelapróprianormaprEN1090-2[3]paraosaçosa
adoptaremdiversosdepeçasestruturais(verfigura1),nomeadamente:
� Normasprescritasparaprodutosestandardizadosparaaçosestruturais–Tabela1;
� Normasprescritasparaaçosdeenformadosafrio,folhaseestribosdeaço–Tabela2;
� Normasprescritasparaaçosinoxidáveis–Tabela3.
De notar que são omissas normas para as dimensões estandardizadas dos perfis mais usados em
construçãometálica(“I”e“H”),denotandoalgumaliberdadeindustrialaindaexistentenestamatéria.
Outro factor que se considera bastante negativo é a grande dispersão normativa, conduzindo a
incertezasquantoàexistênciadenormassobrealgumastemáticas,bemcomotornandodifícileonerosoaconsultaaopúblicoeprofissionaisemgeral.
Os aços correntes para elementos estruturais variam consoante as suas propriedades mecânicas e
composiçãoquímica,comopodemosverificarnastabelas4e5.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
17
Tabela1–Normasprescritasparaprodutosestandardizadosparaaçosestruturais[3]
Tabela2–Normasprescritasparaaçosdeenformadosafrio,folhaseestribosdeaço[3]
Tabela3–Normasprescritasparaaçosinoxidáveis[3]
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
18
Figura1–Estruturasmetálicascomempregodeváriasgeometriasdeperfisetiposdeaço[18]
Ilustram-se,natabela6,osvaloresdereferênciagenéricosdasgrandezasfísicasparaaçosestruturais,
sendoosmesmosaproximadamenteidênticosparatodosostiposdeaçoestrutural.
Naverdade,apropriedademaisdiferenciadoradosdiversosaçosestruturaiséaresistênciamecânica,
seguindo-seaductilidadeeatenacidade,muitoassociadasaoteordecarbono.Emgeralquantomais
carbonotemoaçomenospróprioparaestruturas,dadosermaisfrágil.
Tabela4–Valoresnominaisdatensãodecedênciafyedatensãoderoturafu,paraaçoscorrentes
deacordocomaEN10025-2[4]
Tensãodecedênciafyetensão
deroturafuemN/mm2
Espessuranominalemmm
Alongamentomínimoem%(2)
(L0=5.65/S0)
Espessuranominalemmm
Energiaabsorvidamínimano
ensaiodechoque(J)(3)
Espessuranominalemmm
t<=40 40<t<=80
Designação Qualidade
fy fu fy fu
3<t≤40 40<t≤63 63<t≤100
Temperatura
ºC
10<t≤15
JR 20 27
JO 0 27S235
J2
235 360 215 360 26 25 24
-20 27
JR 20 27
JO 0 27S275
J2
275 430 255 410 22 21 20
-20 27
JR 20 27
JO 0 27
J2 -20 27
S355
K2
355 510 335 470 22 21 20
-20 40
S450 440 550 410 550 
(1)Osvaloresapresentadosnestequadrosãovaloresdereferência.ParadetalhesconsultaranormaEN10025.
(2)Osvaloresapresentadosnestequadrosãoaplicáveisaproveteslongitudinaisparaoensaiodetracção.Parachapas,chapaslargase
produtoslongosdelarguramaiorouiguala600mmutilizam-seprovetestransversaiseoalongamentomínimodeveserinferiora2%.
(3)Paraespessurasinferioresa10mmaenergiamínimaabsorvidanoensaiodechoquedevededuzir-sedafigura1danormaEN10025.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
19
Tabela5–ComposiçãoquímicaaquetêmdeobedecerosaçoscorrentesdeacordocomaEN
10025-2[4]
Cem%máx.Para
espessurasnominaist
emmm
Máx.CEVpara
espessuras
nominaisemmmDesignação Qualidade
t≤16 16<t≤40 t>40
Mn%Máx. Si%Máx. P%Máx. S%Máx. N%Máx.
t≤40 40<t≤150
JR 0.17 0.20 0.17 1.40 - 0.045 0.045 0.007 0.35 0.38
JO 0.17 0.17 0.17 1.40 - 0.040 0.040 0.009 0.35 0.38S235
J2 0.17 0.17 0.17 1.40 - 0.035 0.035 - 0.35 0.38
JR 0.21 0.21 0.22 1.50 - 0.045 0.045 0.009 0.40 0.42
JO 0.18 0.18 0.18 1.50 - 0.040 0.040 0.009 0.40 0.42S275
J2 0.18 0.18 0.18 1.50 - 0.035 0.035 - 0.40 0.42
JR 0.24 0.24 0.24 1.60 0.55 0.045 0.045 0.009 0.45 0.47
JO 0.20 0.20 0.22 1.60 0.55 0.040 0.040 0.009 0.45 0.47
J2 0.20 0.20 0.22 1.60 0.55 0.035 0.035 - 0.45 0.47
S355
K2 0.20 0.20 0.22 1.60 0.55 0.035 0.035 - 0.45 0.47
Nota:Osvaloresapresentadosnestequadrosãovaloresdereferência.ParamaioresdetalhesconsultaranormaEN10025.
Tabela6–Valoresdereferênciagenéricosparaaçosestruturais[10]
MódulodeElasticidade E=210.000N/mm2;
Módulodedistorção G=E/2(1+υ)N/mm2;
CoeficientedePoisson υ=0,3
Coeficientededilataçãotérmicalinear α=12x10-6(ºC)-1
MassaVolúmica ρ=7.850Kg/m3.
Natabela7faz-seumaapresentaçãomaislargadadetiposdeaços,segundoanormalizaçãoeuropeia,
emboracomvaloresmaisconcisos,emtermosdecaracterísticas.
Face a alteraçãonormativa, na tabela 8 faz-se a transferência da normalização anterior para a nova.
Aindanatabela9mostra-seascaracterísticasdoaçopatinado,quevendosendoumusocrescenteem
chapasarquitectónicas.
Os aços patinados, também designados de auto-protectivos, caracterizam-se por uma resistência
melhoradaàcorrosão.Sãoaçosfracamenteligados(comoutrosmetais,como:P,Cu,Cr,NieMo)que,
emcondiçõesespecíficasdeexposição, têma faculdadedepropiciarema formaçãoprogressivauma
película superficial protectora de óxido exterior aderente e muito pouco porosa (designada por
“patina”)quereduzsignificativamenteavelocidadedeoxidaçãohabitualnosaços.Sãohabitualmente
conhecidospelosnomesdasmarcascomerciaisdefabrico:Corten(foramosprimeirosaçospatinados,
comorigemnosEstadosUnidos),Indaten(fabricadospela“Usinor”)eDiweten(criadospela“Dilling”
especialmenteparapontes)[20].
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
20
Tabela7–Valoresnominaisdafyedafu,paraaçosdeacordocomanormalizaçãoeuropeia[4]
Espessuranominaldoelementot[mm]
Designação t≤40mm 40mm<t≤80mm
 fy[N/mm2] fu[N/mm2] fy[N/mm2] fu[N/mm2]
EN10025-2 
S235 235 360 215 360
S275 275 430 255 410
S355 355 510 335 470
S450 440 550 410 550
EN10025-3 
S275N/NL 275 390 255 370
S355N/NL 355 490 335 470
S420N/NL 420 520 390 520
S460N/NL 460 540 430 540
EN10025-4 
S275M/ML 275 370 255 360
S355M/ML 355 470 335 450
S420M/ML 420 520 390 500
S460M/ML 460 540 430 530
EN10025-5 
S235W 235 360 215 340
S355W 355 510 335 490
EN10025-6 
S460Q/QL/QL1 460 570 440 550
EN10210-1 
S235H 235 360 215 340
S275H 275 430 255 410
S355H 355 510 335 490
S275NH/NLH 275 390 255 370
S355NH/NLH 355 490 335 470
S420NH/NHL 420 540 390 520
S460NH/NLH 460 560 430 550
EN10219-1 
S235H 235 360 
S275H 275 430 
S355H 355 510 
S275NH/NLH 275 370 
S355NH/NLH 355 470 
S460NH/NLH 460 550 
S275MH/MLH 275 360 
S355MH/MLH 355 470 
S420MH/MLH 420 500 
S460MH/MLH 460 530 
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
21
Tabela8–TabeladeequivalênciasparaanovanormaEN10025[4]
Tabela9–AçospatinadossegundoanovanormaEN10025-5[4]
Modode
Oxidação C Si Mn P S N
Adiçãode
Azoto? Cr Cu
 (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
Designação
 Máx. Máx. Máx. Máx. 
S235JOW FN 0.040 0.010 -
S235J2W FF
0.16 0.45
0.15
a
0.70
Máx.
0.040
0.035 - Sim
0.35
a
0.85
0.20
a
0.60
S355JOWP FN 0.040 0.010 -
S355J2WP FF
0.15 0.80 Máx.1.1
0.05
a
0.16 0.035 - Sim
0.25
a
1.35
0.20
a
0.60
S355JOW FN Máx.0.040 0.040 0.010 -
S355J2W FF Sim
S355K2W FF
0.19 0.55
0.45
a
1.60 Máx.0.035 0.035 -
Sim
0.35
a
0.85
0.20
a
0.60
FN=Açoefervescentenãoéadmissível;FF=Açocompletamenteacalmado
O fornecimento e inspecção decorrerão de acordo com a norma EN 10204, sendo de adoptar a
certificaçãotipo3.1destanorma,devendoserespecificadaaqualidadedomaterial,suaspropriedades
mecânicas e composição química. Não é dispensável o certificado de qualidade, dado não ser
admissívelaguardarporensaiosdeconfirmação.
Todasas tolerânciasemaiscaracterísticasaexigirnaqualidadedosaçosobservarãoaprEN1090-2
[3],mormenteosseusponto5.1,5.2e5.3.
EU113-1972 EN10113-1993
FeE275KGN S275N
FeE275KTN S275NL
FeE275KGTM S275M
FeE275KTTM S275ML
FeE355KGN S355N
FeE355KTN S355NL
FeE355KGTM S355M
FeE355KTTM S355ML
EU25-1972 EN10025+A1-1993
Fe360B S235JR
Fe360C S235JO
Fe360D S235J2
Fe430B S275JR
Fe430C S275JO
Fe430D S275J2
Fe510B S355JR
Fe510C S355JO
Fe510D S355J2
Fe510DD S355K2
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
22
2.2.2-Ligaçõesmecânicas
Emgeral, as ligaçõesmecânicas (comoparafusos,porcaseanilhas)deverãoseguiropreceituadono
ponto5.6daprEN1090-2 [3], sendodeopçãocorrenteaescolhada classedeparafusos8.8de alta
resistência(aptosapré-esforço,vertabela10).Esteclasseéa1.ªdasériedeparafusosaptaaligações
pré-esforçadas,sendo,portanto,possuidoradebaixarelaxaçãoeconstituindoumaboaopçãonarelação
preço/desempenho.
Nasligaçõesmecânicastemqueseterematençãoosparafusos,asporcaseasanilhas.Paraaaplicação
deparafusospré-esforçosde alta resistência,osparafusosdevemde respeitar anorma ISO4017, as
porcas temderespeitaranorma ISO4032ou4775easanilhastemderespeitaranorma ISO7415.
Contudo existe alguma normalização europeia correspondente, designadamente a prEN 14399
(mencionada noponto 5.6.4. da prEN 1090-2 [4], embora a esta data ainda não tenha todas as suas
partesconcluídas).Comorecomendaçõesparaparafusoseporcashexagonais[6]:
• Nãopré-esforçados:
� As propriedades mecânicas devem ser especialmente especificadas para casos especiais,
como é o caso de: (i) ligadores de aço carbono ou de ligas análogas com diâmetros
superiores aos especificados nas EN ISO 898-1 e EN 20898-2; (ii) ligadores de aço
inoxidávelcomdiâmetrossuperioresaosespecificadosnasENISO3506-1eEN3506-2;
(iii)parafusosdeligasausteníticas-ferríticasdequalquerdiâmetro;
� Osligadoresdeaçocarbononãodevemserusadosparaligarelementosdeaçoinoxidável,
a não ser em casos devidamente ponderados. Nesses casos devem ser usados “kit’s” de
isolamentocujaespecificaçãoedetalhamentosãoobrigatórios.
• Parafusosestruturaisdealtaresistência(pré-esforço,vertabela10):
� Os parafusos pré-esforçados não devem ser em aço inox, salvo em casos especiais,
devendoentãosertomadoscomo“ligadoresespeciais”;
� EstãoempreparaçãodiversasnormasEN,nomeadamenterelativasaparafusosdecabeça
embutida (prEN 14399-7), anilhas e anilhas indicadoras de pré-esforço (prEN 14399-9).
Estas anilhas indicadorasde PE não devem ser de aços auto-protegidos ou em aço inox
(problemadecorrosãogalvânica).
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
23
Acorrosãogalvânicaéumprocessoquímiconoqualsedáadestruiçãodometalmenosnobredasérie
galvânica,pordepósitonaprotecçãodomaisnobre,quandoligadosdirectamente,napresençadeum
electrólito.
Ora,acamadadeóxidoquesecrianoaçoécatódica, sendooaçoanódico,nãosendoessacamada
contínua,eporissonãoseconstituindocomoumabarreiraprotectora,nasdescontinuidadesformam-se
célulasdecorrosão.Umacorrenteeléctricaforma-sedopólonegativo(ânodo)paraopositivo(cátodo),
dissolvendooucorroendoopólonegativo.
Sériegalvânica→dometalmaisactivo(anódicos),paraomenosactivo(catódicos):
� AlumínioeZinco–usadosparaprotegeroaço;
� Ferro;Aço;
� Açoinoxidável–substituieficazmenteoaçorelativamenteàcorrosão;
� Chumbo;Cobre;Prata;Ouro;Platina.
O potencial de corrosão galvânica aumenta com o aumento da diferença de potencial entre os dois
metais,peloqueécompletamentedesaconselhávelocontacto,sobretudoemambientehúmido,entre
metaisnestasituação.Daiquemuitocuidado teráqueserpostonaescolhadeelementosde ligalões
mecânicas(parafusos,rebites,anilhas,porcas,etc.).
Tabela10–Valoresnominaisdatensãodecedênciaedatensãoderoturaàtracção[2]
Componente PréNormasEuropeias
Requisitosgenéricos(Highstrengthstructuralboltingfor
preloading) prEN14399-1
Ligaçõespré-esforçadas(suitabilityofassembliesforpreloaded
application) prEN14399-2
Parafusos(Bolts) prEN14399-3(HR:deepernuts) prEN14399-4(HV:shallowernuts)
Porcas(Nuts) prEN14399-3(HR:deepernuts) prEN14399-4(HV:shallowernuts)
Anilhas(Washers) prEN14399-5prEN14399-6
De referir que as anilhas indicadoras de pré-esforço são uma alternativa à chave dinamométrica, de
modo a permitir uma mais expedito controlo do momento de aperto em ligações pré-esforçadas. De
notarquedevidoàscondiçõesdeacessoàligaçãoeàstolerânciadimensionaisnemsempreoapertoé
totaleuniforme,peloqueoesmagamentodevesermedidojuntoaopontomédio(verfigura2).
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
24
Figura2–Estruturasmetálicascomempregodeváriasgeometriasdeperfisetiposdeaço[6]
Conformeasmelhorescondiçõesdeacessoestasanilhaspodemsercolocadasdoladodaporcaoudo
ladodacabeçadoparafuso(figura3).
Figura3–Estruturasmetálicascomempregodeváriasgeometriasdeperfisetiposdeaço[6]
Existem também ligadores especiais, como parafusos injectados com resinas especiais. Em geral a
resinaéinjectadaatravésdeumorifíciocolocadonacabeçadoparafuso,podendoestesertradicional
(comrosca,anilhaeporca)oudeespigatotalmentelisa.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
25
Ascaracterísticasgenéricassão[6]:
� Resina de 2 componentes, com viscosidade à temperatura ambiente compatível com a
injecçãonos furos,apenas sobpressão (pode terqueserusadaumaargamassamoldável
duranteainjecção,paravedar);
� Aresinadevemanter-semoldáveldurantepelomenos15minutos;
� Acuradeveestarconcluídaaquandodaentradaemserviçodaestrutura;
� Emcasosdereparaçõespodeterqueseaplicarcalorparaaceleraracura(máx.50ºC);
� Esteselementospodemterqueserobtidosatravésdeensaios,devendoserusadooanexo
G da EN 1990 – procedimento análogo ao da determinação do coeficiente de atrito em
parafusospré-esforçados;
� Detalhes sobre a utilização deste sistema podem obtidos na publicação do ECCS nº79
(Europeanrecommendationsforboltedconnectionswithinjectionbolts);
� Odiâmetrodosfurosestandardizadoéd0=d+3mm,exceptoemparafusosdediâmetro
inferiora27mm,quepodeserded+2mm,devendoserusadasanilhasespeciais,com
d1=d+0,5mm.
• OutrasNormasEuropeiasENrelacionadascompeçasroscadas[12]:
� Parafusos:
� EN24014:1991Hexagonheadbolts.ProductgradesAandB,comcorrespondênciaàISO
4014:1988;
� EN24015:1991Hexagonheadbolts.ProductgradeB.Reducedshank(Shankdiameter=
pitchdiameter),comcorrespondênciaàISO4015:1979;
� EN 24016:1991 Hexagon head bolts. Product grade C, com correspondência à ISO
4016:1988;
� EN 24017:1991 Hexagonhead screws. Product grades A and B, com correspondência à
ISO4017:1988;
� EN 24018:1991 Hexagon head screws. Product grade C, com correspondência à ISO
4018:1988;
� EN28676:1991Hexagonheadscrewswithmetricfinepitchthread.ProductgradesAand
B,comcorrespondênciaàISO8676:1988.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
26
• OutrasNormasISOrelacionadascomporcas[12]:
� ISO4032:1986Hexagonnuts,style1-ProductgradesAandB;
� ISSO/DIS4032Hexagonnuts,style1–ProductgradesAandB;
� ISO4033:1979Hexagonnuts,style2-ProductgradesAandB;
� ISO/DIS4033Hexagonnuts,style2-ProductgradesAandB;
� ISO4034:1986Hexagonnuts-ProductgradeC;
� ISO/DIS4034Hexagonnuts-ProductgradeC;
� ISO4775:1984Hexagonnuts forhigh-strengthstructuralboltingwithlargewidthacross
flats-ProductgradeB-Propertyclasses8and10;
� ISO/DIS 4775 Hexagon nuts for high-strength structural bolting with large width across
flats-ProductgradeB-Propertyclasses8and10(RevisionofISO4775:1984).
• OutrasNormasEuropeiasENrelacionadascomanilhas[12]:
� EN ISO10644:1998Screwandwasherassemblieswithplainwashers.Washerhardness
classes200HVand300HV,comcorrespondênciaàISO10644:1998;
� EN ISO10673:1998Plainwashers for screwandwasher assemblies.Small, normal and
largeseries.ProductgradeA,comcorrespondênciaàISO10673:1998;
� EN28738:1992Plainwashersforclevispins.ProductgradeA,comcorrespondênciaàISO
8738:1986.
ParaanilhastambémsãomuitousadasasNormasISO7089;7091a7094[12].
Existealgumarecomendaçãonosentidodesegalvanizarasporcaseanilhas,sendocertoqueduranteo
apertoalgumadessaprotecçãoseperde.
Osvaloresnominaisdastensõesdecedênciaedatensãoderoturaàtracção,estãoregulamentadosna
tabela11,casoexistaalgumaexigênciaquenãoestejaprevistanatabela11,temquesereferenciara
normaISO898,nomeadamente:
• ISO898-1:1988Mechanicalpropertiesoffasteners-Part1:Bolts,screwsandstuds;
• ISO/DIS898-1Mechanicalpropertiesoffastenersmadeofcarbonsteelandalloysteel–Part1:
Bolts,screwsandstuds;
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
27
• ISO 898-2:1992 Mechanical properties of fasteners - Part 2: Nuts with specified proof load
values-Coarsethread;
• ISO898-5:1998Mechanicalpropertiesoffastenersmadeofcarbonsteelandalloysteel–Part
5:Setscrewsandsimilarthreadedfastenersnotundertensilestresses;
• ISO 898-6:1994 Mechanical properties of fasteners - Part 6: Nuts with specified proof load
values-Finepitchthread;
• ISO 898-7:1992 Mechanical properties of fasteners - Part 7: Torsional test and minimum
torquesforboltsandscrewswithnominaldiameters1mmto10mm.
Tabela11–Valoresnominaisdatensãodecedênciaedatensãoderoturaàtracção[3]
Ligaçõesordinárias(porcortee/outracção) LigaçõesPré-esforçadas(poratrito)Classedeparafuso
4.6 4.8 5.6 5.8 6.8 8.8 10,9
fyb(N/mm2) 240 320 300 400 480 640 900
fub(N/mm2) 400 400 500 500 600 800 1000
Paravaloresforadoslimitesestipuladosnatabela11,sópodemserutilizadoscasosejacomprovadoa
suaeficiênciaparadeterminadaaplicação.
Na tabela 12 apresentam-seos valores nominais mínimos da força de pré-esforço a aplicar nos
parafusos pré-esforçados. Estes valores pretendem assegurar a transmissão da força que permita a
mobilização do atrito entre as chapas a unir, além de garantir um estado de tensão que minimize a
possibilidadededesapertoporvibraçõeseventuaisaqueaestruturapossaestarsujeita.Desublinhar
queoapertodeveserprogressivo,preferivelmentenaporcaedapartemaisrígidaparaamemosrígida
daligação.
Tabela12–Valoresnominaismínimosdaforçadepré-esforçoemkN[4]
Asligaçõesserãofeitascuidadosamente,sendorejeitadasaquelasquepossamprejudicaraestabilidade
eresistênciadaobra.
Dereferir,ainda,que:
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
28
• Apartenãoroscadadaespigadosparafusosdevetercomprimentosuficienteparaabrangertoda
a espessura dos elementos a ligar, isto é, a parte roscada deverá iniciar-se na zona
correspondenteàespessuradaanilha;
• Osparafusosdevemserapertadospormeiodechavesdinamométricasesujeitosaosmomentos
indicadosnoprojecto;
• As superfícies de contacto de ligações resistentes ao escorregamento deverão respeitar os
requisitos da tabela 14 do ponto 8.4 da prEN 1090-2. Em geral, nas estruturas metálicas
correntes, consideram-se superfícies de contacto resistentes ao escorregamento as ligações de
topoentretroçosdopórtico–classeC.
2.2.3–Ligaçõessoldadas
AnormaprEN1090 remeteparaanormaEN729“Quality requirements forwelding”,os requisitos
básicosapreencherpelasoldadura,estandodivididaemfunçãodaclassedeexecuçãodaestrutura:(i)
Parte4→classeexecução1;(ii)Parte3→classeexecução2;(iii)Parte2→classesexecução3e4.
Paraefeitosdosrequisitosderesistênciadasoldadura indicaaENISO14554“Qualityrequirements
forwelding–resistanceweldingofmetallicmaterials”.
Porseulado,umPlanodeSoldaduradeveserelaboradocasoaclassedeexecuçãodaestruturasejaa2,
3ou4,devendoincorporarosseguintesaspectos(deacordocomasnormasEN1011eaprEN1090):
� Detalhesdeligação;
� Tiposedimensõesdassoldaduras;
� Especificaçãodoprocedimentodesoldaduraeconsumíveis;
� Sequênciadesoldadura.
� Procedimentosaadoptarparaevitarimperfeições
� Especificaçõesdetratamentostérmicos
� Critériosdeaceitaçãoerejeição.
Jánoquetrataaconsumíveisdesoldadura,esegundooponto5.5doprEN1090-2[3],estestêmque
respeitaraprEN13479,devendotambémter-seematençãoatabela4presentenoponto5.5daprEN
1090-2[3],queéconstituídaporumalistadenormasdeprodutosparaosconsumíveisdesoldadura
(aquirepostacomotabela13).
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
29
Tabela13–Produtosestandardizadosparaconsumíveisdesoldadura[4]
Ospontos5.1e5.2daprEN1090-2[3]tambémdevemserobservados.
NãoestandoincluídasnasinformaçõesdanormaprEN13479,masadmitindo-seserdeinteresse,para
efeitosdesimbologiaenomenclatura,emtermosdenormaseuropeias,temos:
� EN2574:1990Sérieaeroespacial.Soldaduras.Informaçõesnosdesenhos;
� EN22553:1994Welded,brazedandsolderedjoints.Symbolicrepresentationondrawings,
comcorrespondênciaàISO2553:1992;
� EN24063:1992Welding,brazing,solderingandbrazeweldingofmetals.Nomenclatureof
processes and reference numbers for symbolic representation on drawings, com
correspondênciaàISO4063:1990.
Comoreferênciatambémdevemserconsideradasasseguintesnormas:
� ISO 13920:1996 Welding — General tolerances for welded constructions —Dimensions
forlengthsandangles—Shapeandposition;
� ISO2553:1992Welded,brazedandsolderedjoints-Symbolicrepresentationondrawings;
� ISO/AWI2553Welded,brazedandsolderedjoints-Symbolicrepresentationondrawings;
� ISO4063:1998Weldingandalliedprocesses -Nomenclatureofprocesses and reference
numbers.
ExecuçãodeEstruturasMetálicas
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De notar que existem normas especificas para procedimentos de soldadura (EN ISO 15609
“Specification and qualification of welding procedures for metallic materials”), bem como para a
qualificaçãodepessoalafectoàsuaexecução(EN287-1eaEN1418).
Figura4-Materiaisdesoldaduraeequipamentosdesoldadura[12]
Desalientar,ainda,que:
• Aqualidadeeresistênciadomaterialdeadiçãodassoldadurasterádesersempredenobrezae
valorsuperioraoaçobasesoldado(nafigura4podemosverconsumíveisemáquinasdesoldar);
• Os trabalhos de soldadura exigem pessoal qualificado e aparelhagem conveniente, podendo a
Fiscalizaçãoexigirprovasdehabilitaçõestécnicasdossoldadores,ensaiosdecaracterizaçãodos
eléctrodosequaisqueroutrosensaiosparaoseucompletoesclarecimentoedeacordocomas
normasemvigor;
• As características da corrente eléctrica e a natureza dos eléctrodos devem ser apropriados à
qualidadedosmateriaisaligareaotipodesoldaduraaefectuar;
• Adisposiçãodassoldaduraseasuaordemdeexecuçãodevemserestabelecidasdemodo:
� Areduzir-se,tantoquantopossível,osestadosdetensãoresultantesdaprópriaoperaçãode
soldadura;
� Aqueaspeçassoldadasfiquemnaposiçãopretendida.
• Na ligaçãodasextremidadesdasbarras (ligaçõesde topo)assoldadurasdevemserdispostas,
tantoquantopossível, deuma formaequilibrada em relaçãoao eixodecadabarra e inibindo
pontosdesobreposição(deteriorandosoldasanteriores);
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• Tambémsedeverá evitara aplicaçãoexcessivade soldaduranum mesmo local, bemcomoo
estabelecimentodevariaçõesbruscasdesecção,pelaconcentraçãodetensõesaquedãoorigem,
nomeadamenteemelementossoldadosemtodaaperiferia;
• Deverãoaindaevitar-sesoldadurasementalhesoufurosdedimensõesimportantes;
• As soldaduras efectuadas não poderão ser arrefecidas rapidamente, exigindo-se uma descida
gradual e lenta da temperatura, e, nesta ordem de ideias, será pedida uma protecção das
soldaduras contra o arrefecimento brusco provocado pela chuva, pela neve, ou pela própria
acçãodovento;
• As superfícies a soldar, bem como os próprios eléctrodos, devem estar isentos de escórias,
oxidação,carepa,tinta,humidadeouqualquerpelículadegordura;
• A soldadura depositada tem de ficar bem ligada aos materiais a soldar, sem que se tenha
queimadoomaterialdosbordos;
• Os cordões executados não deverão apresentar irregularidades, poros, fendas, cavidades ou
quaisqueroutrosdefeitos;
• Sempre que um cordão seja obtido por várias passagens deve proceder-se à repicagem das
escórias, por um processo adequado, e à limpeza com uma escova de arame, antes de cada
passagem;
• Emcasosde comprovadanecessidade,poderá exigir-seo recozimentodedeterminadaspeças
paraeliminaçãodastensõesresiduaisprovenientesdasoperaçõesdesoldadura;
• Asmedidasatomareocritérioaadoptarnaverificaçãodasligaçõessoldadasseráfixadopela
Fiscalização;
• Emgeral,aexecuçãodesoldadurasdeverárespeitarodispostonocapítulo7daprEN1090-2.
2.2.4–Acessóriosdeligação
Cabosdealtaresistência[6]:
• Os fios dos cabos de alta resistência têm que obedecer ao disposto na EN 10264-3 ou EN
10264-4,especificandoaclassede resistênciaeacamadadeprotecção,deacordocomaEN
10244-2.
• OscordõesdevemobedeceraodispostonaEN10138-3
Aparelhosdeapoio[6]:
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• DevemobedeceraodispostonaprEN1337-3,4,5,6,7ou8(verquadro14).
Tabela14–Normalizaçãodeaparelhosdeapoio[6]
2.2.5-Argamassasdeassentamentodechapasmetálicas
Asargamassasdeassentamentodechapasmetálicas,acolocarentreasfundaçõeseasbasesdepilar
(figura 5), serão de carácter hidráulico, com base num cimento com propriedades não retrácteis. A
resistênciaseráespecificadanoselementosdoProjecto,comummínimoderesistênciacaracterísticaà
compressão de 25 MPa. Deverá ser respeitado o ponto 5.8 da prEN 1090-2. No ponto 9.5.5. desta
normaexplicaçõescomplementaressãodadas,conformefigura5destetexto,reportandoofabricoda
argamassaparaasnormasEN206-1eENV13670-1.
Figura5–Argamassaderegularizaçãoeselagemsobplacadebasedepilar[4]
2.3–Classificaçãoestruturaleambiental
2.3.1-Classificaçãodoambiente
No sentido de caracterizar a agressividade do ambiente em que a estrutura metálica será inserida,
ajudandoaseleccionaraprotecçãomaisadequada,énecessárioclassificarograudecorrosibilidadedo
ambientedeacordocomanormaENISO12944-2.Paraoexemploemestudoseleccionou-seonível
C3,aquecorrespondeumacorrosibilidademédia.

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