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Relação de causalidade ou nexo causal: anotações.[1: Cf. MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado. São Paulo: Método.]
		Costuma-se empregar a expressão nexo causal para referir-se à ligação entre a conduta e o resultado. O art. 13 do CP preferiu falar em relação de causalidade.
		Para definir a relação de causalidade, destacam-se três teorias:
		Equivalência dos antecedentes, também chamada de teoria da equivalência das condições e teoria da conditio sine qua non. 
		Para essa teoria, causa é todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido, quando ocorreu e como ocorreu.
		Teoria da causalidade adequada, também chamada de teoria da condição qualificada e teoria individualizadora.
		Para essa teoria causa é o antecedente, não só necessário, mas adequado à produção do resultado. Assim, para que se possa atribuir um resultado a determinada pessoa, é necessário que ela, além de pratica um antecedente indispensável, realize uma atividade adequada à sua concretização. Adequada é aquela atividade idônea para gerar o efeito, análise baseada na regularidade estatística, excluindo-se os acontecimentos extraordinários, fortuitos, excepcionais, anormais. A causa adequada é apurada de acordo com o juízo do homem médio e com a experiência comum.
		Teoria da imputação objetiva.[2: Vide apostila do segundo bimestre.]
		Para essa teoria, não basta a relação de causalidade para imputação do resultado. Devem estar presentes : criação ou aumento de um risco; risco criado deve ser proibido pelo Direito (não tolerado); risco realizado no resultado.
		Há, assim, exclusão da imputação nas seguintes hipóteses:[3: Exemplos mencionados por Cleber Masson. Op. cit.]
Na lesão ou curso causal sem relação com o risco proibido;
Nos danos tardios, relacionados à lesão anterior causada ao bem jurídico (ex: a vítima de lesões corporais, alguns anos depois, perde o equilíbrio em razão da lesão nunca completamente curada e cai, sofrendo várias fraturas);
Nos danos causados a outrem, resultantes de choque causado pelo fato criminoso praticado (ex: mãe cardíaca falece ao saber do assassinato do filho);
Nas ações perigosas de salvamento (ex: “A” ateia fogo na casa de “B” na ausência deste, mas “B” reentra para salvar sua coleção de CDs de playstation 2 não piratas, falecendo); e
No comportamento indevido posterior de um terceiro (ex: vítima de lesões corporais que, necessitando de uma cirurgia, vem a falecer em razão de erro médico grosseiro).[4: Cf. GRECO, Luis. Um panorama da teoria da imputação objetiva. Rio de Janeiro: Lumen Juris. In MASSON, Cleber, op. cit.]
		Teorias adotadas pelo CP.
		Como regra, o CP adotou a teoria da equivalência dos antecedentes, conforme se depreende do art. 13, caput, in fine.[5: “Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido”.]
		Excepcionalmente, o CP adotou a teoria da causalidade adequada, conforme se constata da redação do parágrafo primeiro do referido artigo.[6: “A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou”.]

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