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LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL AULAS DE LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA PERDA DE CARGA PARTE CONCEITUAL: O transporte de fluidos é feito através de condutos projetados para esta finalidade. Esses condutos podem ser abertos para a atmosfera, recebendo o nome de canais e destinados principalmente ao transporte de água, ou serem condutos fechados, em que a pressão é maior que a atmosfera, sendo assim denominados dutos sob pressão. Os escoamentos em dutos sob pressão são característicos nos escoamentos provocados por bombas hidráulicas. O escoamento interno em tubulações sofre forte influência das paredes, dissipando energia devido ao atrito. As partículas em contato com a parede adquirem a velocidade da parede, ou seja, velocidade nula, e passam a influir nas partículas vizinhas através da viscosidade e da turbulência, dissipando energia. Essa dissipação de energia provoca um abaixamento da pressão total do fluido ao longo do escoamento que é denominado de PERDA DE CARGA. A perda de carga pode ser distribuída ou localizada (também conhecida por singular), dependendo do motivo que a causa. 1o EXPERIMENTO - Perda de carga distribuída Na perda de carga distribuída à parede dos dutos retilíneos causa uma perda de pressão distribuída ao longo do comprimento do tubo, fazendo com que a pressão total vá diminuindo gradativamente ao longo do comprimento do duto. OBJETIVO EXPERIMENTAL Com base no conceito de perda de carga distribuída deve-se realizar um procedimento experimental com o objetivo de: • Traçar a curva Dh/k para o tubo de PVC liso (diâmetro 20,7mm); LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL • Determinar o respectivo valor da rugosidade equivalente; Procedimento experimental Para a realização da experiência de perda de carga distribuída, foi utilizada uma linha de tubo de PVC rígido, localizada na parte superior da bancada. Uma das linhas é dotada de tubo liso, e a outra, de tubo ranhurado (rugoso) internamente, ambos com diâmetro interno de 20,7mm. A figura 1 a seguir mostra a instalação experimental de perda de distribuída. Figura 1 – Esquema de montagem da linha de perda distribuída para tubo liso. As tomadas de pressão, distantes de 1,98m foram ligadas ao piezômetro, para a experiência com o tubo liso, sendo ligadas ao manômetro diferencial de mercúrio, conforme a figura 1 anterior. O reservatório localizado na saída da tubulação tem uma seção transversal de (31,6 x 31,6) cm, que foi utilizada para determinação da vazão real de trabalho que passa pela tubulação. LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL Cálculo das variáveis hidráulicas Para facilitar a alocação dos resultados experimentais, estes foram copilados na tabela 1 abaixo, sendo que as variáveis hidráulicas foram calculadas empiricamente, com base nos dados de tempo estimado para o experimento e visualização da perda de carga no medidor de perda. Note que durante o experimento a perda de carga distribuída permaneceu constante independente da variação do tempo de coleta da vazão volumétrica. Tal fato valida o experimento, uma vez que a carga de carga deve permanecer constante (independentemente da vazão). Essa permanência se deve pelo fato que as demais variáveis hidráulicas permaneceram as mesmas. Tabela 1: Cálculo das variáveis hidráulicas. H (cm) hf (m) Δh (cm) t (s) Q (m3/s) v (m/s) f Re Para o preenchimento da tabela 1 marcou-se certa altura (H) característica do reservatório de acrílico de base quadrada (figura 1), e para essa respectiva altura se mediu o tempo (t) necessário de preenchimento de água. O valor hf refere-se ao valor da altura (H) da coluna d’água da caixa acrílica na unidade internacional (metros). Com base nesses valores experimentais e na visualização da perda de carga (Δh) medida no equipamento (figura 1) calcularam-se os demais parâmetros da tabela 1: Q (vazão), v (velocidade), f (resistência da água) e Re (Reynolds). Os parâmetros calculados foram obtidos pelas expressões numéricas abaixo: LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL Q = (Áreabase reservatório . H)/tempo Como, vazão pode ser expressa também por: Q = v . Áreaduto v = Q/Áreaduto v = Q/(π.D2/4) v = 4.Q/π.D2 Onde o duto (tubulação) sendo circular resulta na fórmula da área característica. Logo, esse valor de velocidade não mais se refere a área da caixa acrílica e sim a tubulação de PVC em que o fluido (água) moveu-se, ou seja no respectivo diâmetro D denominado Dtubulação para o cano. O valor da resistência do duto (f) será obtido pela fórmula: f = (hf . Dtubulação. 2. g)/(Ltotal . v2); Onde: Ltotal = comprimento total da tubulação; v = velocidade, e g = aceleração gravitacional. Para o valor de Reynolds (Re) o cálculo será confeccionado pela expressão: Re = (v . Dtubulação)/υ; Onde: υ= viscosidade cinemática do fluido Com base nas expressões acima, podemos desenvolver o cálculo para a primeira linha da tabela de modo a exemplificar visualmente como se procedeu ao preenchimento de todas as linhas. Solução: O valor da altura d’água da caixa foi estabelecido em H = 53,0 cm (valor arbitrário), ou seja, esperou-se chegar nessa determinada altura e anotou-se o tempo necessário para isso. Poderia ter sido escolhido outro valor distinto para altura inicial de coluna d’água. Nesse valor, a resistência do duto, hf, será o próprio valor convertido para a unidade em metros. A perda de carga (Δh) foi visualmente de 20,0 cm no equipamento previamente calibrado. O tempo (t) que levou até a altura H de água foi de 27,0 s cronometrados. Com isso, os demais valores foram calculados da seguinte maneira. LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL Vazão volumétrica: Q = (0,316 . 0,316 . 0,20)/27 = 0,74.10-3 m3/s Velocidade: v = 4 . 0,74.10-3/π . 0,02072 = 2,20 m/s O cálculo da resistência (f) será para primeira linha de: f = (0,53 . 0,0207 . 2 . 10)/1,98 . 2,202 = 0,0229 O índice de Reynolds (Re) será de: Re = (2,20 . 0,0207)/1,0 . 10-6) = 4,55 . 104 Ao se completar as demais linhas teremos os respectivos valores abaixo. Tabela 1: Cálculo das variáveis hidráulicas (preenchida). H (cm) hf (m) Δh (cm) t (s) Q (m3/s) v (m/s) f Re 53,0 0,53 20 27 0,74. 10-3 2,20 0,0229 4,55. 104 44,0 0,44 20 30 0,67. 10-3 2,00 0,0230 4,14. 104 37,0 0,37 20 33 0,60. 10-3 1,78 0,0244 3,68. 104 29,0 0,29 20 39 0,51. 10-3 1,51 0,0266 3,13. 104 17,5 0,175 20 53 0,38. 10-3 1,13 0,0287 2,34. 104 fmédio = 0,0251 Com base nos resultados obtidos pela tabela 1, podemos traçar o gráfico de f = f(Re), onde se tem uma caracterização dos componentes hidráulicos para as condições experimentais (figura 2). Figura 2 – Gráfico de Reynolds em função da resistência hidráulica. 1o EXPERIMENTO - Perda de carga distribuída LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL (a ser entregue) FICHA 1 Nome: R.A.: Com base no que foi comentado em aula e nas observações levantadas anteriormente nesse capitulo, preencha a tabela a seguir com os valores correspondentes a aula experimental, os demais parâmetros faltantes, de modo a melhor fixação do conceito levantado anteriormente. Tabela 1: Cálculo das variáveis hidráulicas. H (cm) hf (m) Δh (cm) t (s) Q (m3/s) v (m/s) f Re 53,0 20 27 44,0 20 30 37,0 20 33 29,0 20 39 17,5 20 53 fmédio = Coloque as formulas utilizadas para os cálculos que preencheram a tabela 1 anteriormente.Vazão (Q) LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL Velocidade (v) FICHA 2 Resistência hidráulica (f) Número de Reynolds (Re) LABORATORIO DE HIDRAULICA – CURSO ENGENHARIA CIVIL IMPORTANTE: Será computado 1,0 (um) ponto para avaliação NP1, pelo preenchimento correto dessa tabela e formulas utilizadas. As fichas 1 e 2 deveram ser completadas, destacadas e entregues ao professor responsável pela aula pratica.
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