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APOSTILA EXPONENCIAL DIREITO CIVIL

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Aula 00 – Aula Demonstrativa 
Curso: Direito Civil p/ TREs 
Professores: Wangney Ilco e Amanda Sarubbi 
Curso: Dir. Civil p/ TREs-Analista Judiciário-Área Judiciária 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi – Aula 00 
 
 
 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi 2 de 54 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Prezados alunos e alunas, 
Sejam bem-vindos ao nosso curso de: 
Direito Civil para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) 
Analista Judiciário-Área Judiciária (AJAJ). 
 
Este é um curso REGULAR que se destina ao cargo de Analista 
Judiciário-área judiciária de todos os TREs do país. Ou seja, tem o objetivo de 
preparação antecipada e de qualidade para esses certames na disciplina 
de Direito Civil. 
Para tanto, fizemos uma análise detalhada dos editais relativos a esses 
certames. O resultado dessa análise é o presente curso, contendo os assuntos 
básicos e frequentes cobrados pelas diversas bancas responsáveis por esses 
concursos. Assim, teremos questões de diversas bancas como a FCC, CESPE, 
IBFC, CONSULPLAN, dentre outras. E, ao final do curso, teremos uma aula 
somente com questões comentadas dos TREs, beleza? 
Então, vamos nos apresentar: 
Meu nome é Wangney Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso 
em 1997) e Escola Naval (ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais 
pela Escola Naval com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos 
como Oficial da Marinha, decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce 
vida de “concurseiro”. O foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do 
Estado do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz, por 
absoluta perda de foco e por problemas pessoais. Porém, já no ano seguinte, 
após alguns meses sem estudar, retornei com muita força já com edital na 
praça. Fiz alguns ajustes. Foram 45 dias de dedicação total e foco máximo. 
Resumos, gráficos, esquemas, mapas-mentais foram utilizados para aproveitar 
o tempo com a máxima eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada 
aprovação: Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo 
que exerço atualmente! Desde então, final de 2009, me tornei Professor de 
Direito Empresarial tendo lecionado em alguns dos principais cursos 
preparatórios do país, dentre eles o Exponencial Concursos (meus cursos de 
empresarial). No momento, estou cursando Direito na Universidade Federal 
do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. 
Meu nome é Amanda Sarubbi e vamos trabalhar juntos para 
conquistar a tão sonhada aprovação na carreira pública! Sou formada em 
Ciência da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e 
já obtive diversas aprovações em concursos públicos de variadas áreas de 
atuação. Atualmente, ocupo o cargo de Especialista em Regulação de Saúde 
Suplementar, no qual fui aprovada em 2º lugar no concurso da Agência 
APRESENTAÇÃO 
Curso: Dir. Civil p/ TREs-Analista Judiciário-Área Judiciária 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi – Aula 00 
 
 
 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi 3 de 54 
www.exponencialconcursos.com.br 
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2013. Também fui aprovada 
para o cargo de Especialista em Regulação de Petróleo e Derivados, Álcool 
Combustível e Gás Natural, em 19º lugar, no concurso da Agência Nacional do 
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2013. Anteriormente, 
trabalhei como Analista em Finanças Públicas, cargo no qual havia sido 
aprovada em 21º lugar no concurso da Secretaria de Estado de Fazenda do 
Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ), em 2012. Além disso, obtive aprovação para o 
cargo de Analista de Orçamento, tendo sido classificada em 10º lugar no 
concurso do Ministério Público da União (MPU), aprovação para o cargo de 
Analista de Proteção e Defesa do Consumidor, no concurso do PROCON-RJ, e 
para o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento, no concurso da 
Secretaria Municipal de Fazenda do Rio de Janeiro. 
Agora que você nos conhece um pouco mais, vamos caminhar juntos 
com disciplina, foco e determinação, ok? 
 
 Pois bem, sem perder o nosso foco (TREs), vejamos os assuntos que 
foram cobrados nas seguintes provas realizadas no ano de 2015: 
Assunto TRE-SE 
FCC 
TER-MA 
IESES 
TRE-RR 
FCC 
TRE-GO 
CESPE 
Domicílio e bens 2 
Direito das obrigações 1 1 1 
LINDB 1 1 
Dos contratos em geral 1 1 
Ausência 1 
Direitos de personalidade 1 
Contratos em espécies 1 
Pessoa Jurídica 1 
Responsabilidade Civil 1 2 
Ato Jurídico 1 
Precrição e Decadência 1 
Direito das coisas 2 
 
 Certamente já ouvimos dizer que Direito Civil é “um mundo”, certo? E é 
mesmo! Os examinadores costumam cobrar os mais diversos assuntos nas 
provas. Veja acima! Por isso, é preciso estudar com antecedência. Não 
espere sair o edital para “correr atrás”! Saiba que muitos e muitos já estão 
estudando Direito Civil há muito tempo. Beleza? 
Histórico e análise da prova 
Direito Civil 
 
Curso: Dir. Civil p/ TREs-Analista Judiciário-Área Judiciária 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi – Aula 00 
 
 
 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi 4 de 54 
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Pessoal, então vamos seguir o cronograma abaixo em nosso curso de 
Direito Civil Regular p/ TREs: 
Aula Conteúdo 
00 Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
01 
Das Pessoas Naturais: Da personalidade e da capacidade; Dos 
direitos da personalidade. Das Pessoas Jurídicas: Disposições 
gerais. Do Domicílio. 
02 
Das Diferentes Classes de Bens: Dos bens considerados em si 
mesmos (Dos bens imóveis; Dos bens móveis); Dos bens públicos. 
03 
Fatos e atos jurídicos. Validade e defeitos dos negócios jurídicos. 
Prescrição e decadência. 
04 
Das modalidades das Obrigações: Das obrigações de dar; Das 
obrigações de fazer; Das obrigações de não fazer. Do 
Adimplemento e Extinção das Obrigações: Do pagamento. Do 
Inadimplemento das Obrigações. 
05 
Contratos, atos unilaterais e responsabilidade civil. Atos ilícitos. 
Responsabilidade contratual e extracontratual. 
06 Teoria Geral dos contratos. Contratos em espécie. 
07 
Da Posse. Da Propriedade: Da propriedade em geral (Disposições 
preliminares); Da aquisição da propriedade imóvel (Da aquisição 
pelo registro do título); Da perda da propriedade. 
08 Questões Comentadas dos TREs. 
BÔNUS RESUMO 
*Confira o cronograma com as datas de disponibilização das aulas no 
site do Exponencial 
Então, galera, é isso aí! Vamos que vamos! Em caso de dúvidas sobre 
nossas aulas, ou qualquer outro assunto, estaremos sempre disponíveis em 
nosso fórum tira-dúvidas, certo? Podem usar e abusar, sem problemas! 
Boa aula e bons estudos! 
 
 
 
 
Se não puder voar, corra. Se não puder correr, 
ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue 
em frente de qualquer jeito. 
(Martin Luther King Jr.) 
 
Curso: Dir. Civil p/ TREs-Analista Judiciário-Área Judiciária 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi – Aula 00 
 
 
 
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Sumário 
 
1- Introdução ...................................................................................... 6 
1.1- Leis naturais x leis jurídicas ............................................................ 6 
1.2- Sentido amplo x sentido estrito ....................................................... 6 
1.3- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) ................. 7 
2- Vigência da lei no tempo .................................................................9 
2.1- Promulgação e publicação .............................................................. 9 
2.2- Vigência da lei .............................................................................. 9 
2.3- Vacatio legis ............................................................................... 10 
2.4- Correções de lei .......................................................................... 12 
2.5- Lei permanente x lei temporária .................................................... 12 
2.6- Revogação ................................................................................. 13 
2.7- Repristinação .............................................................................. 14 
2.8- Erro de direito ............................................................................ 15 
2.9- Lacuna legal ............................................................................... 16 
2.10- Conflito de normas no tempo ...................................................... 17 
2.11- Antinomia jurídica ..................................................................... 18 
3- Vigência da lei no espaço .............................................................. 19 
3.1- Território .................................................................................... 19 
3.2 - Territorialidade temperada .......................................................... 19 
3.3 - Regra do domicílio ...................................................................... 20 
3.4 - Sucessão .................................................................................. 23 
4- Questões Comentadas ................................................................... 25 
5- Lista de exercícios ......................................................................... 42 
6- Gabarito ........................................................................................ 54 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
Curso: Dir. Civil p/ TREs-Analista Judiciário-Área Judiciária 
Teoria e Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Amanda Sarubbi – Aula 00 
 
 
 
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Inicialmente, vamos entender a diferença entre os tipos de leis e as 
interpretações sobre o que constitui lei (em sentido amplo e em sentido 
estrito), assim como a importância da Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (LINDB). 
 
 
Vamos começar nosso trabalho com o estudo da lei. Inicialmente, é 
interessante perceber que quando falamos em lei, estamos nos referindo ao 
conjunto de normas e regras jurídicas, e não às leis naturais. Mas, qual é a 
diferença entre as leis naturais e as leis jurídicas? 
 
As leis naturais são decorrentes da própria ação da natureza, na qual 
reina o chamado princípio da causalidade. Isso significa que cada causa produz 
determinado efeito, e isso independe de ação humana. Podemos citar, como 
exemplo, a lei da gravidade. 
As leis jurídicas, por sua vez, são convenções que disciplinam regras 
de conduta, que funcionam como diretivas para ação. Nesse caso, podemos 
citar o princípio da imputabilidade, pois quando um indivíduo pratica uma 
conduta prevista em lei como crime ou contravenção, a ele deve ser imputada 
determinada consequência prevista em lei. 
No nosso estudo, quando nos referirmos à lei, estaremos tratando das 
leis jurídicas. 
 
 
 É importante atentar que a palavra lei pode ser utilizada em dois 
sentidos: amplo (“lato sensu”) e estrito (“stricto sensu”). 
 
Leis naturais 
Princípio da causalidade 
Leis jurídicas 
Princípio da imputabilidade 
1- Introdução 
1.1- Leis naturais x leis jurídicas 
1.2- Sentido amplo x sentido estrito 
≠ 
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Em sentido amplo, a palavra lei abrange não apenas as leis emanadas 
pelo Poder Legislativo, mas também outros normativos, como por exemplo, os 
decretos e os regulamentos. Outro exemplo, seria o caso da Medida 
Provisória, que em situações de urgência e relevância, é fruto do Poder 
Executivo e tem força de lei. 
Embora não seja lei em sentido estrito, a medida provisória é lei em 
sentido amplo. Em sentido estrito, a lei precisaria ser introduzida no 
ordenamento jurídico somente pelo Poder Legislativo. 
 
 
Bem, pessoal, esta aula vai girar em torno da chamada Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42), 
cuja sigla que adotaremos é a LINDB, ok? Anteriormente, conhecíamos a 
LINDB como Lei de Introdução ao Código Civil (LICC), porém a Lei nº 
12.376/10 alterou o Decreto-Lei em sua ementa; mudou-se de LICC para 
LINDB. Pura formalidade! É o que menos importa para a nossa prova. 
Na verdade, apesar da LINDB ser tratada didaticamente como uma 
norma de introdução ao Direito Civil, na prática é uma lei autônoma aplicada 
também aos demais ramos do Direito – daí a razão para a mudança de 
nomenclatura. A LINDB, portanto, deve ser tratada como uma lei que 
regulamenta outras leis e normas, sendo por isso conhecida pela expressão 
lex legum – sobredireito, superdireito, lei das leis, norma sobre as normas. 
Logo, a LINDB possui de início duas características principais: CONJUNTO DE 
NORMAS SOBRE NORMAS e APLICABILIDADE A TODOS OS RAMOS DO 
DIREITO. 
Lei 
Sentido amplo 
Não precisa ser proveniente do 
Poder Legislativo 
Sentido estrito 
Necessariamente proveniente do 
Poder Legislativo 
1.3- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
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 No mais, dessa forma, a LINDB vai tratar dos seguintes pontos: 
 
 
 
1. (CESPE - Delegado de Polícia – Polícia Civil/AL – 
2012) Com base no que dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos. 
A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito. 
Comentários 
O item está Certo. A LINDB é considerada uma norma de sobredireito, pois é 
um conjunto de normas sobre normas, que atinge não apenas o direito 
privado, mas também o direito público, possuindo aplicação nos diversos 
ramos do direito. 
 
 
 
Direito 
Público 
D. 
Constitucional 
D. 
Administrativo 
D. 
Tributário, 
etc. 
Privado 
Direito 
Comercial 
Direito 
Civil 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
LINDB 
Vigência e 
Eficácia das 
normas 
jurídicas 
Conflito das 
normas 
jurídicas no 
Tempo e no 
Espaço 
Formas de 
Integração 
da norma 
jurídica 
Normas de 
Direito 
Internacional 
Critérios de 
Hermenêutica 
Jurídica 
Lex Legum 
Interesses 
do Estado 
Relações entre 
particulares 
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Para estudarmos a vigência das leis no tempo, precisaremos trabalhar 
com alguns conceitos importantes, entre eles, as fases do processo 
legislativo, o significado de vigência, vacatio legis, revogação e 
repristinação. 
 
 
No âmbito do Direito Constitucional,estuda-se que a criação de uma lei 
segue um procedimento chamado processo legislativo, que pode ser 
sintetizado nas seguintes etapas: 
 
É importante atentar para a diferença entre promulgação e publicação: 
 
 
 
A vigência da lei deve ser contada a partir de sua publicação. Mas, o 
que é vigência? É o período no qual a lei possui obrigatoriedade de 
cumprimento. A partir de sua vigência, a lei produz efeitos para situações 
concretas. Pode ser analisada sob os seguintes aspectos: 
Iniciativa 
Discussão e 
aprovação 
Sanção ou Veto 
Promulgação Publicação 
Promulgação 
declara a existência da lei 
"nascimento" da lei 
Publicação 
divulga a existência da lei 
exigência para entrada em 
vigor 
2- Vigência da lei no tempo 
2.1- Promulgação e publicação 
2.2- Vigência da lei 
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Conforme disposto no caput do artigo 1º da LINDB: 
 
Portanto, em regra geral, a vigência da lei ocorre após 45 dias 
contados a partir de sua publicação. Esse é o chamado sistema simultâneo, 
pois determinou um prazo único para a obrigatoriedade da lei em todo o país. 
 
 
 
 
 
2. (CESPE - Auxiliar Judiciário - TJAC/AC - 2012) Com 
base na Lei de Introdução às Normas Brasileiras, julgue os itens a seguir. 
A vigência da norma começa com sua promulgação. 
Comentários 
O item está Errado. Conforme artigo 1° da LINDB, salvo disposição contrária, 
a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada. Portanto, o prazo é de 45 dias e deve ser contado a 
partir da publicação e não da promulgação da lei. 
 
 
Esse período de tempo entre a publicação e o início da vigência é 
chamado de “vacatio legis”. Nesse período de vacatio legis, embora a lei já 
exista, ainda não produz efeitos, não havendo obrigatoriedade de seu 
cumprimento. 
Vigência 
no tempo Início e término dos efeitos 
no espaço Território no qual produz efeitos 
Salvo 
disposição 
contrária 
a lei começa 
a vigorar 
em todo o 
país 
45 dias 
depois de 
oficialmente 
publicada 
2.3- Vacatio legis 
Vacatio legis 
Publicação Vigência 
45 dias 
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No entanto, a própria lei pode determinar outro prazo para sua entrada 
em vigor. O prazo de 45 dias para vacatio legis é apenas para os casos em 
que não houver disposição expressa em lei. 
As leis também podem prever sua entrada em vigor na data de sua 
publicação, seria o caso das leis de pequena repercussão. O artigo 8º da 
Lei complementar n° 95/1998 prevê que “A vigência da lei será indicada de 
forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se 
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de 
sua publicação" para as leis de pequena repercussão”. 
Portanto, a vacatio legis pode ser expressa ou tácita. Observe, ainda, 
que poderá não haver vacatio legis, quando a lei expressamente determinar a 
entrada em vigor na data de sua publicação (leis de pequena repercussão). 
Nos Estados estrangeiros, quando for admitida a obrigatoriedade da lei 
brasileira, a vigência se inicia três meses depois de oficialmente publicada, 
conforme § 1° do artigo 1 da LINDB. 
 
 
 
A contagem do prazo de vacatio legis deve ser feita incluindo a data 
da publicação e do último dia do prazo, de forma que a lei entrará em 
vigor no dia subsequente a sua consumação integral, conforme disciplinado no 
§ 1º do artigo 8º da Lei Complementar no 95/1998. 
3. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária - TRT 6ª - 
2012) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia, depois de oficialmente publicada, em: 
a) três meses. 
Vacatio legis 
expressa prazo disposto em lei 
tácita 
45 dias, no país 
3 meses, no estrangeiro 
Publicação Vigência 
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b) noventa dias. 
c) um mês. 
d) trinta dias. 
e) quarenta e cinco dias. 
Comentários 
Letra “a”. Conforme § 1° do artigo 1° da LINDB, nos Estados, estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois 
de oficialmente publicada. 
 
 
No caso de, antes de a lei entrar em vigor, ocorrer nova publicação 
destinada a correção do texto da lei, o § 3° do artigo 1º determina que os 
prazos estudados começam a correr da nova publicação. O § 4° desse artigo 
dispõe que as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
 
Em regra geral, as leis são permanentes (princípio da continuidade), 
mas podem ser temporárias, quando forem expedidas com prazo de duração 
determinado ou com um objetivo que uma vez cumprido exaure seus efeitos. 
Um exemplo de lei temporária seria a lei orçamentária anual. 
 
 
Conforme disposto no caput do artigo 2º da LINDB: 
Entrada em vigor 
Lei Temporária 
 
• prazo determinado 
Lei Permanente 
 
•prazo INdeterminado 
2.4- Correções de lei 
2.5- Lei permanente x lei temporária 
antes depois 
Novo período de 
vacatio legis 
Lei nova 
Correção 
do texto 
da lei 
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 Mas, o que é revogação? Significa tornar a lei sem efeito, retirando a 
eficácia dos seus dispositivos (e, portanto, sua obrigatoriedade). Pode ser total 
(ab-rogação) ou parcial (derrogação). 
 
Conforme disposto no § 1° do artigo 2º da LINDB: 
 
 
Portanto, a revogação pode ser expressa ou tácita. Será expressa 
quando houver dispositivo declarando que a lei anterior encontra-se revogada 
(ou parte dela, no caso da revogação parcial) e será tácita quando a lei for 
omissa, mas nova lei regular inteiramente a matéria da lei anterior, ou quando 
for com ela incompatível. 
4. (CESPE – Analista/Área Advocacia - SERPRO - 2013) 
A respeito das normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. 
Não se 
destinando à 
vigência 
temporária 
a lei terá vigor 
até que outra a 
modifique ou 
revogue 
Revogação total 
(ab-rogação) 
toda a lei é tornada sem 
efeito 
Revogação parcial 
(derrogação) 
parte da lei é tornada sem 
efeito 
A lei posterior 
revoga a 
anterior quando 
expressamente o 
declare 
Revogação 
expressa 
seja com ela 
incompatível 
Revogação 
tácita 
regule inteiramente a 
matéria de que tratava a 
lei anterior 
2.6- Revogação 
Curso: Dir. Civil p/ TREs-Analista Judiciário-Área Judiciária 
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Considerar-se-á revogada uma lei até então vigente quando uma lei nova, 
aprovada segundo as regras do processo legislativo, passara regulamentar 
inteiramente a mesma matéria de que tratava a lei anterior, ainda que a lei 
nova não o declare expressamente. 
Comentários 
O item está certo. Quando a lei nova regula inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior, sem declarar expressamente a revogação, ocorre a 
chamada revogação tácita. Conforme § 1° do artigo 2°, a lei posterior revoga 
a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível 
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
 
Conforme disposto no § 2° do artigo 2º da LINDB: 
 
 
Ou seja, a norma posterior continua coexistindo com a norma anterior, 
caso não haja incompatibilidade de conteúdo. Um exemplo seria o caso de 
uma lei específica (com disposições especiais) que disciplina o conteúdo de 
uma lei com disposições gerais. Nesse caso, a lei nova não revoga a anterior, 
ambas coexistem no ordenamento jurídico. 
5. (CESPE - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 
2013) Julgue os itens a seguir, com fundamento na Lei de Introdução ao 
Código Civil Brasileiro e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
(STJ). Após cinco anos de vigência de lei especial sobre determinada matéria, 
foi editada nova lei contemplando disposições gerais acerca do mesmo tema. 
Nessa situação, a edição da lei mais recente, a qual estabelece disposições 
gerais, revoga a lei anterior especial. 
Comentários 
O item está Errado. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais 
a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior, conforme § 
2° do artigo 2° da LINDB. 
 
 
Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei 
revogadora perdido sua vigência. Vamos associar a um exemplo para facilitar 
A lei nova 
que estabeleça 
disposições 
gerais ou 
especiais a par 
das já existentes 
não revoga nem 
modifica a lei 
anterior 
2.7- Repristinação 
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o entendimento. Se uma lei “B” revogar uma lei “A” e, posteriormente, uma lei 
“C” revogar a lei “B”, diríamos que ocorreu repristinação se a lei “A” voltasse a 
vigorar, por ter a lei revogadora (lei “B”) perdido a vigência. 
Conforme disposto no § 3° do artigo 2º da LINDB: 
 
 
 
Ou seja, caso não haja disposição em contrário, não haverá 
repristinação. Para entender esse dispositivo vamos imaginar que uma lei “B” 
revogou uma lei “A”. Nesse caso, se uma lei “C” revogar a lei “B”, isso significa 
que a lei “A” não volta a vigorar. 
6. (VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - 
Prefeitura de São José do Rio Preto/SP - 2014) A repristinação consiste: 
a) no lapso temporal entre a promulgação da lei e sua vigência, não podendo 
ser inferior a 45 (quarenta e cinco) dias. 
b) na supressão de lei ou dispositivo legal, em razão da declaração de 
inconstitucionalidade, por controle concentrado. 
c) na revogação tácita de lei, em virtude de lei posterior com ela incompatível. 
d) no suprimento de omissão da lei pela aplicação da analogia, dos costumes 
e dos princípios gerais de direito. 
e) na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua 
vigência, sendo admitida apenas quando há expressa disposição legal. 
Comentários Letra “e”. A repristinação consiste na restauração da lei 
revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência. Conforme § 3o do 
artigo 2º da LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Portanto, somente haverá 
repristinação, quando houver expressa disposição legal. 
 
 
O artigo 3º da LINDB dispõe que: 
 
Salvo 
disposição 
contrária 
a lei 
revogada 
não se 
restaura 
por ter a lei 
revogadora 
perdido a 
vigência 
Ninguém se escusa de 
cumprir a lei 
alegando que não a conhece 
2.8- Erro de direito 
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Portanto, não vale alegar erro de direito, ou seja, alegar 
desconhecimento da lei para deixar de cumpri-la. 
 
 
O artigo 4º da LINDB dispõe que: 
 
 
Portanto, no caso de haver uma lacuna legal, não pode o juiz deixar de 
decidir a causa. Nesse caso, ele deve levar em consideração, nessa ordem: 
 
7. (CESPE - Técnico Judiciário/Área 
Administrativa/Judiciária - TJSE/SE - 2014) No que se refere aos 
dispositivos da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro e à vigência, 
aplicação, interpretação e integração das leis, julgue o seguinte item. 
Conforme previsão expressa da Lei de Introdução às normas do Direito 
Brasileiro, nas hipóteses de omissão legislativa, serão aplicados a analogia, os 
costumes, a equidade e os princípios gerais de direito. 
Comentários O item está Errado. A aplicação da equidade não está 
expressamente prevista na LINDB nas hipóteses de omissão legislativa. 
Quando a lei 
for omissa 
o juiz decidirá o 
caso de acordo com 
analogia 
costumes 
principios gerais de 
direito 
analogia 
costumes 
princípios 
gerais de 
direito 
2.9- Lacuna legal 
O
R
D
E
M
 
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Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso 
de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
 
 Quando uma nova lei revoga uma lei anterior, o que acontece com as 
relações jurídicas que foram constituídas sob a vigência da lei revogada? 
 Existem dois critérios para o direito intertemporal (resolução de 
conflito das leis no tempo): o das disposições transitórias e o da 
irretroatividade das leis. 
No primeiro, as disposições transitórias trazem regras para regular 
os possíveis conflitos entre a lei nova e a lei anterior. No segundo, entende-se 
que as leis não retroagem, de forma que uma nova lei não atinge situações 
passadas. 
 Em regra geral, as leis não retroagem (irretroatividade das leis), mas 
pode haver retroatividade em determinados casos. 
O artigo 6º da LINDB dispõe que: 
 
 
Os §§ 1° a 3° desse artigo esclarecem que: 
A lei em vigor 
terá 
efeito 
imediato geral 
respeitados 
ato 
jurídico 
perfeito 
direito 
adquirido 
coisa 
julgada 
2.10- Conflito de normas no tempo 
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Portanto, a lei nova atinge apenas os fatos pendentes e futuros, não 
produzindo efeito sobre os fatos passados. Essa proteção, que visa garantir 
segurança jurídica, também está prevista no artigo 5°, XXXVI da Constituição 
Federal, que dispõe que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada”. 
 
 
 A antinomia jurídica ocorre quando existem duas (ou mais) normas 
conflitantes, de forma que não há definição de qual deve ser aplicada em um 
caso concreto. 
 
 
A antinomia real ocorre quando ao aplicar uma norma, viola-se a outra, 
e vice-versa. Como não há como solucionar o impasse,é necessário editar 
uma nova norma para solucionar o conflito em questão. 
 A antinomia aparente ocorre quando a solução é o uso das normas 
integrantes do ordenamento jurídico, visto que o conflito é apenas aparente. 
Nesse caso, aplicam-se os seguintes critérios: 
• o já consumado segundo a lei vigente 
ao tempo em que se efetuou 
ato jurídico 
perfeito 
• os direitos que o seu titular, ou alguém 
por ele, possa exercer, como aqueles 
cujo começo do exercício tenha termo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem 
direito 
adquirido 
• a decisão judicial de que já não caiba 
recurso 
coisa julgada 
ou caso julgado 
Antinomia 
real aparente 
2.11- Antinomia jurídica 
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Para entendermos a vigência das leis no espaço, vamos compreender a 
magnitude da palavra território, conhecer o princípio da territorialidade 
temperada, para então estudarmos a regra do domicílio e sucessão. 
 
 
 O território pode ser considerado como o território real (extensão 
geográfica do país) somando-se ao território ficto (embora não seja 
geograficamente parte do país, é considerado como seu prolongamento). 
 
Dessa forma, os consulados e as embaixadas brasileiras, assim como 
navios de guerra e aeronaves militares, que se situam geograficamente em 
outros países, pertenceriam ao território ficto. 
 
 
 O princípio da territorialidade refere-se à obrigatoriedade da lei em 
todo o território nacional. No entanto, devido a situações que surgem com a 
Hierárquico 
Especialidade 
Cronológico 
Território 
real ficto 
3- Vigência da lei no espaço 
3.1- Território 
3.2 - Territorialidade temperada 
Prevalecem as leis especiais em 
relação às gerais 
Prevalecem as leis de hierarquia 
superior 
Prevalecem as leis novas em 
relação às anteriores 
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globalização, temos casos em que normas estrangeiras possuem validade em 
território nacional. 
 Por isso, dizemos que o Brasil adota o sistema da territorialidade 
temperada, ou seja, a lei é obrigatória em todo o território nacional, sendo 
também possível que sejam aplicadas leis estrangeiras em determinados casos 
(extraterritorialidade). 
 O artigo 17 da LINDB estabelece que: 
 
 
 
Vale destacar que para que uma sentença estrangeira produzir efeitos 
no Brasil, é necessário que haja homologação pelo Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), conforme artigo 105, inciso I, alínea “i” da Constituição Federal 
de 1988. 
 
8. (CESPE - Delegado de Polícia – Polícia Civil/AL – 
2012) Com base no que dispões a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (LINDB) e Direito Civil, julgue os itens subsecutivos. 
A teoria da territorialidade temperada foi adotada pelo direito brasileiro. 
Comentários 
O item está Certo. Conforme estudamos, o Brasil adota a teoria da 
territorialidade temperada, visto que em determinados casos é permitida a 
aplicação de leis estrangeiras no país (extraterritorialidade). 
 
 
 
 
 O artigo 7° da LINDB estabelece que: 
As leis, atos e 
sentenças de 
outro país 
não terão 
eficácia no 
Brasil quando 
ofenderem 
soberania 
nacional 
ordem pública 
bons costumes 
bem como 
quaisquer 
declarações de 
vontade 
3.3 - Regra do domicílio 
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Os §§ 1° a 8° desse artigo acrescentam que: 
 Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira 
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da 
celebração. 
 O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. 
 Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do 
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
 O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que 
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro 
domicílio conjugal. 
 O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante 
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega 
do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime 
de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e 
dada esta adoção ao competente registro. 
 O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges 
forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 ano da 
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação 
judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito 
imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das 
sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na 
forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do 
interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de 
sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem 
a produzir todos os efeitos legais. 
 Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se 
ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador 
aos incapazes sob sua guarda. 
A lei do país em que 
domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre 
o começo e o 
fim da 
personalidade 
o nome a capacidade 
os direitos de 
família 
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 Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no 
lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. 
 
9. (FCC - Analista Legislativo – Assembleia 
Legislativa/PB – 2013) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro, é INCORRETO afirmar que a lei do país em que for 
domiciliada a pessoa determina as regras sobre 
a) a qualificação dos bens e as relações a eles concernentes. 
b) o começo e o fim da personalidade. 
c) o nome. 
d) a capacidade. 
e) os direitos de família. 
Comentários 
Letra “a”. Conforme artigo 7o da LINDB, a lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade (letra 
“b”), o nome (letra “c”), a capacidade (letra “d”) e os direitos de família (letra 
“e”). Portanto, não se aplica a qualificação dos bens e as relações a eles 
concernentes (letra “a”). 
 
O artigo 8º da LINDB dispõe que: 
 
 
 
Os §§ 1° e 2° desse artigo acrescentam que: 
 Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto 
aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para 
outros lugares. 
 O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja 
posse se encontre a coisa apenhada. 
 
Aplicar-se-á a 
lei do pais 
em que 
estiverem 
situados 
Para qualificar os 
bens 
regular as 
relações a eles 
concernentes 
E 
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Já com relação às obrigações, o artigo 9º da LINDB dispõe que: 
 
 
Os §§ 1° e 2° desse artigo acrescentam que: 
 Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de 
forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei 
estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. 
 A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em 
que residir o proponente. 
 
 
 O artigo 10 da LINDB estabelece que: 
 
 
 
Já os §§ 1° e 2° desse artigo acrescentam tratam sobre a sucessão de 
bens de estrangeiro, conforme esquematizamos abaixo: 
 
 
Para qualificar e 
reger as 
obrigações 
aplicar-se-á a lei do 
país em que se 
constituirem 
Obedece à lei do país em 
que domiciliado o 
defunto ou o 
desaparecido 
a sucessão 
por morte 
por ausência 
qualquer que seja a 
natureza e a situação 
dos bens 
A sucessão de 
bens de 
estrangeiros 
situados no 
País 
será regulada 
pela lei 
brasileira em 
benefício 
do cônjuge 
ou dos filhos 
brasileiros 
sempre que 
não lhes seja 
mais 
favorável a lei 
pessoal do de 
cujus 
3.4 - Sucessão 
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Ou seja, se a lei pessoal do de cujus (estrangeiro) for menos favorável ao 
cônjuge/filho brasileiro, a sucessão será regida pela lei brasileira, para os bens 
situados no País. 
Por fim, a lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade 
para suceder. 
10. (FCC - Advogado Júnior – Metrô/SP – 2014) 
Christian, empresário alemão, vivia há anos no Brasil com sua esposa 
brasileira e filhos brasileiros. Faleceu em trágico acidente aéreo, deixando 
diversos bens no Brasil. A sucessão dos bens situados no Brasil, em benefício 
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, será regulada 
a) pela lei brasileira ou pela lei pessoal dos pais do de cujus, caso esta última 
seja mais favorável. 
b) obrigatoriamente pela lei brasileira. 
c) obrigatoriamente pela lei pessoal do de cujus. 
d) obrigatoriamente pela lei pessoal dos pais do de cujus. 
e) pela lei brasileira ou pela lei pessoal do de cujus, caso esta última seja mais 
favorável. 
Comentários 
Letra “e”. Conforme § 1º do artigo 10 da LINDB, a sucessão de bens de 
estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não 
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
 
 
 Então, caros alunos e alunas, 
 Esta foi a nossa aula demonstrativa rumo aos TREs do país afora!!! 
Esperamos que tenham gostado. Como dissemos na introdução desta aula, 
este é um curso Regular, de caráter básico. Por isso, abordaremos diversos 
tipos de questões e bancas, de forma que estejamos preparados para tudo e 
para todos, naqueles assuntos considerados básicos pelas bancas. Então, na 
última aula do curso, veremos como estamos de fato, se nos preparamos com 
qualidade. Teremos diversas questões comentadas somente dos Tribunais 
Regionais Eleitorais, certo? Assim, acreditamos que um grande passo terá sido 
dado rumo à aprovação! No mais, já na aula de hoje, comentamos algumas 
questões de TREs!!! Beleza? 
Então, é isso! Muita força na remanda e muita disciplina! 
Abraços e bons estudos! 
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11. (FCC/Procurador-São Luiz-MA/2016) Considerada a eficácia espacial 
e temporal das leis como regulada na Lei da Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro: 
a) Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante 
estruturante normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a 
escusa por desconhecimento legal. 
b) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando 
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior. 
c) José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na época, 
tendo preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A referida 
norma passa a ter nova redação, após a concessão da aposentadoria, 
sendo assim lícito ao Estado promover a revisão dos valores concedidos ao 
beneficiário após nova regulamentação legal. 
d) Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua 
publicação. 
e) A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser descontinuada 
pela revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em 
decorrência do princípio da continuidade das leis. 
Comentários 
b) Correta. Alternativa literal ao §1º do art. 2º da LINDB. Trata-se das 
revogações expressa e tácita das leis. 
4- Questões Comentadas 
 
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a) Incorreta, pois não é válido o descumprimento da lei, alegando que não a 
conhece, conforme dispõe o art. 3º da LINDB. 
 
c) Incorreta. Embora a lei nova tenha efeito imediato e geral, ela deve 
respeitar o direito adquirido, conforme o art. 6º da LINDB. 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
d) Incorreta, pois a regra geral é que a vigência da lei ocorre 45 dias após a 
sua publicação nos termos do art. 1º da LINDB. 
 
e) Incorreta. A Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei 
revogadora perdido sua vigência. No Brasil, a repristinação só poderá ser 
expressa, ou seja, os efeitos da lei revogada não são restabelecidos no caso 
da lei revogadora ter perdido sua vigência (art. 2º, §3º, LINDB). 
 
12. (FCC/Juiz Substituto-TJ-PI/2015) Lei nova que estabelecer disposição 
geral a par de lei já existente, 
a) apenas modifica a lei anterior. 
b) não revoga, nem modifica a lei anterior. 
c) derroga a lei anterior. 
d) ab-roga a lei anterior. 
e) revoga tacitamente a lei anterior. 
Comentários 
Letra “b”. O art. 2º, §2º da LINDB, preconiza que "A lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem 
modifica a lei anterior.". Então, nem a lei geral, nem a lei especial, revogam a 
lei anterior. Haverá revogação da lei anterior nos seguintes casos (art. 2º, 
§1º, LINDB): 
Ninguém se escusa de 
cumprir a lei 
alegando que não a conhece 
Salvo 
disposição 
contrária 
a lei começa 
a vigorar 
em todo o 
país 
45 dias 
depois de 
oficialmente 
publicada 
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 Ressaltando que ab-rogação significa a revogação total da lei, enquanto 
que a derrogação significa a derrogação parcial. 
 
13. (FCC/Analista Judiciário-Área Administrativa-TRE-PB/2015) 
Considere: 
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se leinova. 
II. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia seis meses depois de oficialmente publicada. 
III. Em regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde a 
vigência. 
De acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, está 
correto o que se afirma APENAS em: 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I. 
d) I e III. 
e) III. 
Comentários 
Somente o item I está correto. Letra “c”. 
I – Correta, conforme a literalidade do art. 1º, §4º, LINDB. 
II – Incorreta, segundo o art. 1º §1º: “Nos Estados, estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois 
de oficialmente publicada”. 
III – Incorreta, pois a repristinação deve ser expressa. Ou seja, este item 
apresenta a exceção quando expressamente prevista, e não a regra (art. 2º, 
§3º, LINDB). 
A lei posterior 
revoga a 
anterior quando 
expressamente o 
declare 
Revogação 
expressa 
seja com ela 
incompatível 
Revogação 
tácita 
regule inteiramente a 
matéria de que tratava a 
lei anterior 
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14. (FCC/Analista Judiciário-Área Judiciária-TRT-9ªRegião(PR)/2015) 
No Direito Civil, a lei nova 
a) tem efeito imediato, mas deve respeitar o ato jurídico perfeito, a coisa 
julgada e o direito adquirido, incluindo os negócios sujeitos a termo. 
b) retroage para beneficiar a parte hipossuficiente. 
c) tem efeito imediato, produzindo efeitos a partir da publicação, ainda que 
estabeleça prazo de vacatio legis. 
d) tem efeito imediato apenas quando se tratar de norma processual. 
e) não pode atingir a expectativa de se adquirir um direito. 
Comentários 
a) Correta. Este foi o gabarito oficial, apesar de certa impropriedade cometida 
pelo examinador no enunciado: “lei nova”. Pode haver uma lei nova, sem que 
ainda esteja em vigor. Deve-se considerar a vacatio legis. Então, dizer que 
uma lei nova tem efeito imediato não é apropriado. Inclusive o art. 6º da 
LINDB diz que “A lei em vigor terá efeito imediato e geral...”. De qualquer 
maneira, o fundamento desta alternativa é o art. 6º e seu §2º: 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou 
alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício 
tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio 
de outrem. 
b) Incorreta. A regra é a irretroatividade da lei, ou seja, a lei nova é 
direcionada aos fatos pendentes e aos futuros. 
c) Incorreta. Os efeitos da lei nova devem observar a vacatio legis. 
d) Incorreta. Alternativa sem fundamento algum. 
e) Incorreta, pois a lei nova pode sim atingir uma expectativa de direito, tendo 
em vista que trata-se apenas de uma “expectativa”. Então, expectativa de 
direito é diferente de direito adquirido. 
 
15. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária/Especialidade: Execução 
de Mandados - TJAP/AP - 2014) A lei começa a vigorar, salvo disposição 
em contrário, 
a) trinta dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante a vacatio 
legis. 
b) quarenta e cinco dias depois de promulgada, não produzindo efeitos 
enquanto não estiver efetivamente em vigor. 
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c) quarenta e cinco dias depois de publicada, não produzindo efeitos enquanto 
não estiver efetivamente em vigor. 
d) quarenta e cinco dias depois de publicada, mas com eficácia plena durante 
a vacatio legis. 
e) quarenta e cinco dias depois de promulgada, mas com eficácia plena 
durante a vacatio legis. 
Comentários 
Letra “c”. Conforme artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. A letra “a” está errada, pois o prazo é de 45 dias, e não há eficácia 
plena durante a vacatio legis. A letra “b” está errada, pois o prazo de 45 dias 
deve ser contado a partir da publicação e não da promulgação. A letra “d” está 
errada, pois durante a vacatio legis não há eficácia plena da norma, visto que 
a lei só produzirá efeitos quando estiver em vigor. A letra “e” está errada, pois 
o prazo de 45 dias deve ser contado a partir da publicação e não da 
promulgação, e durante a vacatio legis não há eficácia plena da norma, visto 
que a lei só produzirá efeitos quando estiver em vigor. 
 
16. (VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Prefeitura de São 
José do Rio Preto/SP - 2014) Na ausência de disposição expressa, a 
autoridade competente para aplicar a legislação tributária deverá utilizar, em 
primeiro lugar, 
a) os princípios gerais de direito tributário. 
b) os princípios específicos de direito tributário. 
c) os princípios gerais de direito público. 
d) a equidade. 
e) a analogia. 
Comentários 
Letra “e”. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz 
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais 
de direito. Estudamos, ainda, que deverá obedecer essa ordem. Portanto, em 
primeiro lugar, deve ser utilizada a analogia. 
 
17. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária - TRT 16ª - 2014) Uma lei 
foi elaborada, promulgada e publicada. Por não conter disposição em 
contrário, entrará em vigor 45 dias depois de oficialmente publicada, data que 
cairá no dia 18 de abril, feriado (sexta-feira da paixão de Cristo); dia 19 de 
abril é sábado; dia 20 de abril é domingo; dia 21 de abril é feriado 
(Tiradentes). Essa lei entrará em vigor no dia 
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a) 19 de abril. 
b) 21 de abril. 
c) 20 de abril. 
d) 22 de abril. 
e) 18 de abril. 
Comentários 
Letra “e”. Conforme artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. Repare que o artigo não estabeleceu que fossem dias úteis, 
utilizando apenas a palavra dias. Portanto, não haverá interrupção ou 
adiamento em função de feriados. Sendo assim, se contados 45 dias depois de 
oficialmente publicada, a data cairá no dia 18 de abril, será esta a data em 
que a lei entrará em vigor. 
 
18. (FCC - Técnico Judiciário/Área Judiciária e Administrativa - 
TJAP/AP - 2014) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito quando a lei 
a) for injusta. 
b) for omissa. 
c) tiver caído em desuso. 
d) tiver sido revogada por outra que haja regulado inteiramente a matéria. 
e) ofender direito adquirido. 
Comentários 
Letra “b”. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz 
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais 
de direito. 
 
19. (FCC - Analista Judiciário / Área Apoio Especializado / 
Especialidade: Oficial de Justiça Avaliador - TRT 19ª – 2014) João 
cumpre os requisitos para se aposentar. No entanto, algum tempo depois, é 
editada lei que ampliaem 5 anos o prazo para sua aposentação. João 
a) poderá se aposentar, mas apenas se o requerer no prazo de 15 dias do 
início da vigência da nova lei. 
b) terá de aguardar 5 anos para se aposentar, pois a lei nova possui efeito 
imediato, impondo-se aos fatos passados, pendentes e futuros. 
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c) poderá se aposentar, pois, apesar de possuir efeito imediato, a lei nova 
deve respeitar o direito que João já havia adquirido. 
d) terá que aguardar 5 anos para se aposentar, pois o direito somente é 
adquirido com o seu exercício efetivo. 
e) poderá se aposentar, pois, apesar de possuir efeito imediato, a lei nova 
deve respeitar a expectativa que João possuía sobre o direito, por questão de 
justiça. 
Comentários 
Letra “c”. Caso ainda não tivesse cumprido os requisitos, haveria mera 
expectativa de direito. Mas, se João já cumpriu os requisitos para aposentaria, 
então se trata de direito adquirido. Conforme artigo 6° da LINDB, a Lei em 
vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. Portanto, João poderá se aposentar, pois, apesar 
de possuir efeito imediato, a lei nova deve respeitar o direito que João já havia 
adquirido. 
 
20. (VUNESP - Delegado de Polícia – Polícia Civil/SP - 2014) Assinale a 
alternativa correta, de acordo com as disposições da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei n.º 4.657/1942). 
a) A lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda que 
não haja expressa declaração de revogação. 
b) As correções a texto de lei já em vigor não implicam em lei nova. 
c) A repristinação é regra no direito brasileiro, admitindo-se disposição legal 
que afaste sua incidência. 
d) Entende-se por ato jurídico perfeito a decisão judicial da qual não caiba 
mais recurso. 
e) O Brasil não adota, em regra, o instituto da vacatio legis, salvo no 
estrangeiro, quando admitida a obrigatoriedade da lei brasileira. 
Comentários 
Letra “a”. Conforme § 1o do artigo 2° da LINDB, a lei posterior revoga a 
anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível 
ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
Portanto, a lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda 
que não haja expressa declaração de revogação (revogação tácita). A letra “b” 
está errada, pois conforme § 4o do artigo 1°, as correções a texto de lei já em 
vigor consideram-se lei nova. A letra “c” está errada, pois a repristinação não 
é regra e sim exceção no direito brasileiro. Conforme § 3o do artigo 2° da 
LINDB, salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a 
lei revogadora perdido a vigência. A letra “d” está errada, pois se considera 
ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que 
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se efetuou, conforme § 1º do artigo 6º da LINDB. A letra “e” está errada, pois 
o Brasil adota em regra o instituto da vacatio legis, uma vez que, conforme 
artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo 
o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
 
21. (FCC - Analista Legislativo - Assembleia Legislativa/RN - 2013) 
Considere a seguinte situação hipotética: A Lei W entrará em vigor no dia 09 
de Setembro de 2013, ou seja, 45 dias após a sua publicação. Ocorre que, no 
dia 26 de Agosto de 2013 houve nova publicação do texto legal da Lei W 
destinada à correção. Neste caso, de acordo com a Lei de Introdução às 
normas do Direito brasileiro, o prazo de quarenta e cinco dias 
a) começará a correr da nova publicação. 
b) não se interromperá ou suspenderá com a nova publicação fluindo 
normalmente. 
c) será acrescido de mais dez dias a contar do dia 26 de Agosto de 2013. 
d) será contado em dobro, iniciando-se a partir do dia 26 de Agosto de 2013. 
e) será acrescido de mais quinze dias a contar do dia 26 de Agosto de 2013. 
Comentários 
Letra “a”. Se a lei entrará em vigor no dia 09 de setembro de 2013, e a 
correção foi publicada no dia 26 de agosto de 2013, portanto, efetuada antes 
de a lei entrar em vigor, os prazos começam a correr da nova publicação, 
conforme § 3o do artigo 1° da LINDB. 
 
22. (FCC - Analista Legislativo - Assembleia Legislativa/RN - 2013) 
Considere a seguinte situação hipotética: A Lei A teve início de vigência no dia 
27 de Novembro de 2012. Posteriormente foi publicada a Lei B e a Lei C. 
Considerando que a Lei B estabeleceu disposições gerais sobre a Lei A a par 
das já existentes e a Lei C estabeleceu disposições especiais sobre a Lei A a 
par das já existentes, é certo que a Lei B 
a) e a Lei C revogaram a Lei A. 
b) e a Lei C não revogaram e nem modificaram a Lei A. 
c) e a Lei C modificaram a Lei A. 
d) revogou a Lei A e a Lei C modificou a Lei A. 
e) modificou a Lei A e a Lei C revogou a Lei A. 
Comentários 
Letra “b”. Conforme § 2o do artigo 2° da LINDB, a lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem 
modifica a lei anterior. Portanto, considerando que a Lei B estabeleceu 
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disposições gerais sobre a Lei A a par das já existentes e a Lei C estabeleceu 
disposições especiais sobre a Lei A a par das já existentes, a Lei B e a Lei C 
não revogaram e nem modificaram a Lei A. 
 
23. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária/Especialidade: Oficial de 
Justiça Avaliador Federal - TRT 15ª - 2013) Osmar obteve provimento 
judicial autorizando matrícula em curso de Ensino Superior 
independentemente do pagamento de quaisquer taxas, por sentença da qual 
não mais cabe recurso. No entanto, enquanto frequentava o curso, sobreveio 
Lei Municipal determinando que todos os estudantes do Ensino Superior 
deveriam pagar taxa destinada à alfabetização de adultos carentes. Osmar 
a) será atingido pela nova lei, que previu efeito retroativo de maneira tácita. 
b) será atingido pela nova lei, que possui efeito imediato e atinge todas as 
situações pendentes. 
c) será atingido pela nova lei, tendo em vista tratar-se de norma de ordem 
pública. 
d) não será atingido pela nova lei, mas seria se a norma tivesse previsto 
efeito retroativo de maneira expressa. 
e) não será atingido pela nova lei, em razão da proteção conferida à coisa 
julgada. 
Comentários 
Letra “e”. Conforme artigo 6º da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e 
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
O § 3º desse artigo define coisa julgada ou caso julgado como a decisão 
judicial de que já não caiba recurso. Portanto, se Osmar obteve provimento 
em sentença judicial da qual não cabe recurso (coisa julgada), não será 
atingido pela nova lei, em razão da proteção conferida à coisa julgada. 
 
24. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária - TRT 5ª - 2013) Luís 
Caetano, Juiz de Direito de Vitória da Conquista, deixa de julgar um processo 
que lhe foi atribuído, alegando que as provas dos autos são boas para ambos 
os ladose que, ademais, não há lei prevendo a hipótese em julgamento. De 
acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, Luís Caetano 
agiu 
a) bem, pois embora a ausência de lei não impedisse o julgamento, por haver 
outros meios para supri-la, as provas boas para ambos os lados impedem a 
formação da convicção judicial. 
b) mal, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece, 
como era o caso. 
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c) mal, pois na aplicação da lei o juiz atenderá às regras de sua interpretação 
e ao bom-senso jurídico. 
d) bem, pois a ausência de lei impede o julgamento, por falta de parâmetros 
para tanto. 
e) mal, pois sendo a lei omissa, deveria ter decidido o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, valorando as provas de 
acordo com os ditames legais, já que o provimento jurisdicional é imperativo. 
Comentários 
Letra “e”. Luís Caetano agiu mal, pois o juiz não pode deixar de decidir o caso 
concreto devido à lacuna legal. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for 
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. A letra “b” está errada, pois não se aplica ao 
disposto, uma vez que não havia lei prevista para deixar de cumprir a lei. A 
letra “c” está errada, pois não são esses os critérios previstos, os critérios são: 
a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
25. (FCC - Analista Judiciário/Área Judiciária - TRT 15ª - 2013) Marcelo 
trabalhou por mais de 29 anos sob a égide de lei que previa direito a se 
aposentar aos 30 anos de trabalho. Durante estes mais de 29 anos, cumpriu 
os requisitos à aposentação. Contudo, antes de atingir os 30 anos de trabalho, 
sobreveio lei majorando para 32 anos o tempo necessário à aposentação. 
Referida lei não previu regras de transição para os trabalhadores que 
estivessem trabalhando sob o regime jurídico anterior. Diante deste quadro, 
Marcelo ajuizou ação no âmbito da qual requereu a aposentação aos 30 anos 
trabalhados. Esta ação deverá ser jugada 
a) procedente, porque, passados 29 dos 30 anos necessários à aposentação, 
Marcelo passou a ter direito adquirido ao regime jurídico anterior. 
b) improcedente, porque, quando do advento da nova lei, Marcelo possuía 
mera expectativa de direito. 
c) procedente, porque, apesar do advento da lei nova, Marcelo possuía direito 
adquirido ao tempo que, de acordo com a lei revogada, faltava para sua 
aposentação. 
d) improcedente, porque não existe proteção ao direito adquirido em matéria 
de ordem pública. 
e) procedente, porque a lei nova não previu regras transitórias explícitas. 
Comentários 
Letra “b”. Como ainda não havia cumprido os requisitos, não se trata de 
direito adquirido, mas sim de mera expectativa de direito. Conforme artigo 6° 
da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Como Marcelo não 
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possuía direito adquirido, mas mera expectativa de direito, então a ação 
deverá ser julgada improcedente, e ele deverá cumprir os critérios definidos 
na nova lei, que terá efeito imediato e geral. 
 
26. (FCC - Analista Judiciário / Área Apoio Especializado / 
Especialidade: Oficial de Justiça Avaliador - TRT 18ª - 2013) A lei nova 
tem efeito imediato 
a) mas, em regra, não revoga a lei anterior. 
b) e atinge as situações em curso, mesmo que configurem direito adquirido. 
c) e se projeta inclusive sobre o ato jurídico perfeito, a menos que este tenha 
sido objeto de sentença transitada em julgado. 
d) mas não é obrigatória para a pessoa que desconhecer o seu conteúdo. 
e) mas deve respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada. 
Comentários 
Letra “e”. Conforme artigo 6° da LINDB, a Lei em vigor terá efeito imediato e 
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
A letra “a” está errada, pois o artigo 2º da LINDB estabelece que, não se 
destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou 
revogue. As letras “b” e “c” estão erradas, pois conforme 6° da LINDB deverão 
ser respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. A 
letra “d” está errada, pois ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que 
não a conhece, conforme artigo 3o da LINDB. 
 
27. (CESPE - Atividades Técnicas de Suporte/Área Nível Superior - 
Ministério das Comunicações - 2013) Com referência à Lei de Introdução 
às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue os itens seguintes. 
Caso tenha sido publicada uma lei estabelecendo que a pessoa idosa, a partir 
de 65 anos de idade, deverá ter descontos de 20% nas passagens de avião e, 
posteriormente, no período de 60 dias, publique-se lei retificando a idade para 
60 anos, esta será considerada lei nova. 
Comentários 
O item está Certo. Como a correção foi publicada no período de 60 dias, 
considera-se que a lei anterior já estava em vigor, pois salvo disposição 
contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada, conforme artigo 1° da LINDB. E, conforme § 4o do 
artigo 1° da LINDB, as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei 
nova. Portanto, será considerada lei nova. 
 
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28. (CESPE - Atividades de Complexidade Intelectual/Área Nível 
Superior - Ministério das Comunicações - 2013) Com referência à Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), julgue o item. 
Caso ex-companheiro homossexual requeira judicialmente pensão post 
mortem, não havendo norma sobre a matéria, o juiz poderá decidir o caso 
com base na analogia e nos princípios gerais de direito. 
Comentários 
O item está Certo. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o 
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito. 
 
29. (CESPE – Analista/Área Advocacia - SERPRO - 2013) A respeito das 
normas relativas à aplicação e vigência da lei contidas na Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens seguintes. 
Ao decidir uma lide, caso constate que não há lei que regulamente aquela 
matéria, o juiz deverá suspender o julgamento e aguardar que seja editada lei 
que regulamente a matéria. 
Comentários 
O item está Errado. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o 
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito. 
 
30. (FCC - Analista Judiciário/Área Execução de Mandados - TRF 2ª - 
2012) Considere as seguintes assertivas a respeito da Lei de Introdução às 
normas do Direito brasileiro: 
I. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, revoga a lei anterior. 
III. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder. 
IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumadosegundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e III. 
b) I, III e IV. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
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e) I, II e IV. 
Comentários 
Letra “b”. O item I está certo. Conforme § 4o do artigo 1° da LINDB, as 
correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. O item II está 
errado. Conforme § 2o do artigo 2° da LINDB, a lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem 
modifica a lei anterior. O item III está certo. Conforme § 2o do artigo 10 da 
LINDB, a lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder. O item IV está certo. Conforme § 1º do artigo 6º da LINDB, reputa-
se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou. 
 
31. (CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC - 2012) No tocante à lei de 
introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. 
Considere que determinada lei tenha sido publicada em 25/6/2012 e passado 
a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois. Nessa situação, se for 
constatada a existência de erro material em seu texto após essa data, a sua 
correção será considerada lei nova. 
Comentários 
O item está Certo. Conforme § 4o do artigo 1° da LINDB, as correções a texto 
de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
32. (CESPE - Técnico Judiciário - TJAC/AC - 2012) No tocante à lei de 
introdução ao direito brasileiro, julgue os itens a seguir. 
Se a lei for omissa, o juiz poderá usar a equidade para decidir o caso concreto. 
Comentários 
O item está Errado. A aplicação da equidade não está expressamente prevista 
na LINDB na hipótese de omissão legislativa. Conforme artigo 4o da LINDB, 
quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito. 
 
33. (CESPE - Analista Judiciário/Área Judiciária - STM – 2011) No que 
se refere à Lei de Introdução ao Código Civil e ao Novo Código Civil, julgue os 
itens a seguir. 
Havendo lacuna no sistema normativo, o juiz não poderá abster-se de julgar. 
Nesse caso, para preenchimento dessa lacuna, o juiz deve valer-se, em 
primeiro lugar, da analogia; persistindo a lacuna, serão aplicados os costumes 
e, por fim, os princípios gerais do direito. 
Comentários 
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O item está Certo. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o 
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito. 
 
34. (VUNESP - Juiz Leigo - TJRJ/RJ - 2014) Se, antes de entrar a lei em 
vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a sua correção, essa 
parte entrará em vigor 
a) em quarenta e cinco dias após a entrada em vigor da lei corrigida. 
b) em trinta dias após oficialmente publicada a correção. 
c) em quinze dias após oficialmente publicada a correção. 
d) em quarenta e cinco dias após oficialmente publicada a correção. 
e) no mesmo prazo da lei corrigida. 
Comentários 
Letra “d”. Conforme § 3o do artigo 1° da LINDB, se, antes de entrar a lei em 
vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo 
deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova 
publicação. E o artigo 1o da LINDB dispõe que, salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. Portanto, se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova 
publicação de seu texto, destinada a sua correção, essa parte entrará em 
vigor em quarenta e cinco dias após oficialmente publicada a correção. 
 
35. (CESGRANRIO - Advogado - CEF - 2012) Um contrato de 
financiamento, entre uma empresa brasileira e um Banco comercial holandês 
com filial em Londres, acaba de ser assinado pelos representantes legais das 
partes em Londres. Como garantia, a empresa brasileira deu em hipoteca dois 
imóveis situados no Brasil. O contrato nada dispõe sobre a lei aplicável ao 
mesmo, limitando-se a indicar Londres como foro competente para as disputas 
que vierem a surgir entre as partes. 
Segundo o disposto na legislação brasileira, a lei aplicável a esse contrato é a 
a) de Londres, em razão da cláusula de foro. 
b) de Londres, por ser o local em que o contrato foi concluído. 
c) da Holanda, por ser a sede do proponente. 
d) brasileira, porque as garantias contratuais estão no Brasil. 
e) brasileira, por ser o domicílio do devedor. 
Comentários 
Letra “b”. Conforme artigo 9o da LINDB, para qualificar e reger as obrigações, 
aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. Como o contrato foi 
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constituído pelos representantes legais das partes em Londres, a lei aplicável 
será a de Londres, não em razão da cláusula de foro, mas por ser o local de 
constituição do contrato. 
 
36. (ESAF - Auditor Fiscal da Receita Federal - RFB - 2012) Assinale a 
opção incorreta. 
Em relação aos conflitos de leis no espaço, a Lei de Introdução ao Código Civil 
estabelece os seguintes critérios: 
a) Em questões sobre o começo e fim da personalidade, o nome, a capacidade 
e os direitos de família, prevalece a lei do país de domicílio da pessoa. 
b) Em questões sobre a qualificação e regulação das relações concernentes a 
bens, prevalece a lei do país em que for domiciliado o proprietário. 
c) Em questões envolvendo obrigações, prevalece a lei do país onde foram 
constituídas, reputando-se constituída no lugar em que residir o proponente. 
d) Em questões envolvendo sucessão por morte, real ou presumida, prevalece 
a lei do país de domicílio do de cujus, ressalvando-se que, quanto à 
capacidade para suceder, aplica-se a lei do domicílio do herdeiro ou legatário. 
e) Em questões envolvendo sucessão sobre bens do estrangeiro situado no 
Brasil, aplicar-se-á a lei brasileira em favor do conjuge brasileiro e dos filhos 
do casal, sempre que não lhes for mais favorável a lei do domicílio do de 
cujus. 
Comentários 
Letra “b”. A letra “a” está certa. Conforme artigo 7º da LINDB, a lei do país em 
que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. A letra “b” está 
errada. Conforme artigo 8° da LINDB, para qualificar os bens e regular as 
relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem 
situados. A letra “c” está certa. Conforme § 2o do artigo 9° da LINDB, a 
obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir 
o proponente. A letra “d” está certa. Conforme artigo 10 da LINDB, a sucessão 
por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto 
ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. E o § 
2o desse artigo acrescenta que a lei do domicílio do herdeiro ou legatário 
regula a capacidade para suceder. A letra “e” está certa. Conforme § 1º do 
artigo 10 da LINDB, a sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, 
será regulada pela lei brasileira em benefício

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