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Trabalho Gerência da Manutenção - FMEA

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Universidade Estácio de Sá
Alunos: Pedro Fabiano Nunes Pereira / Bernardo Tirre
Professor: Júlio Neves
Disciplina: Gerência da Manutenção
Tema: FMEA – Análise do Modo e Efeitos de Falha
Unidade Educacional Estácio de Sá - UNESA 
2
1. Introdução
2. Objetivo
3. Desenvolvimento
3.1. Aplicação Teórica
3.2. Aplicação Prática
3.3. Softwares Auxiliares
Índice
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
1. Introdução
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3
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Surgiu na década de 60, para a missão Apollo. Desenvolvido pela NASA, rapidamente tornou-se uma grande novidade como método diagnóstico-analítico, possibilitando identificar, de forma sistêmica, falhas potenciais em sistemas, processos ou serviços.
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1. Introdução
2. Objetivo
3. Desenvolvimento
3.1. Aplicação Teórica
3.2. Aplicação Prática
3.3. Softwares Auxiliares
Índice
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
2. Objetivo
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FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Um estudo FMEA pode ser definido como um grupo de atividades, ou um processo de análise, com objetivo de:
 Avaliar as falhas potenciais de um produto, de um processo ou de um sistema e seus efeitos;
 Identificar ações que podem eliminar ou reduzir a chance da falha ocorrer;
 Documentar o processo de análise.
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1. Introdução
2. Objetivo
3. Desenvolvimento
3.1. Aplicação Teórica
3.2. Aplicação Prática
3.3. Softwares Auxiliares
Índice
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
3. Desenvolvimento
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FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
O FMEA é resultado de um trabalho em equipe, visando agir preventivamente (antes do evento) e não corretivamente (após o evento). Quando aplicado corretamente procura-se estendê-lo no tempo, como precaução das causas geradoras de problemas não se instalarem no sistema.
Condições de aplicação:
É imprescindível mantê-lo como uma ferramenta viva no sistema de qualidade e identificar os momentos precisos para realização dos estudos, como exemplo:
 Na sustentação do Sistema de Qualidade (a cada 12 meses no mínimo);
 Nas qualificações de processos novos ou modificados;
 Como forma de se identificar etapas do processo que requeiram estudos estatísticos, seja para domínio do processo ou para a qualidade da medida;
 Nas qualificações de novos produtos;
 Como ação preventiva nos tratamentos de não conformidades importantes;
 Como forma de se identificar etapas do processo que requeiram implantação de dispositivos antierros.
Natureza do método:
É de natureza diagnóstico-analítica, sendo composta de duas partes essenciais, uma quantitativa e outra qualitativa.
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1. Introdução
2. Objetivo
3. Desenvolvimento
3.1. Aplicação Teórica
3.2. Aplicação Prática
3.3. Softwares Auxiliares
Índice
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Análise Quantitativa
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3.1. Aplicação Teórica
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Na sua hierarquização, o FMEA é uma ferramenta que leva em consideração três critérios:
 Gravidade (G) que pode variar de 1 a 10;
 Ocorrência (O) que pode variar de 1 a 10;
 Detecção (D) que pode variar de 1 a 10.
Cujos produtos dão como resultado a CRITICIDADE (C): [C = G x O x D] ou [C = G x A x ND]
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3.1. Aplicação Teórica
 A gravidade é uma medida do efetivo dano causado pela falha potencial para o cliente final; 
 Tipicamente, apenas revisões de projeto reduzem as classificações de gravidade;
 Ela é estimada em uma escala de 1 a 10, conforme a tabela a seguir:
Estudo da Gravidade (G)
G
Efeito
Critério: Gravidade ou Severidade do Efeito
10
Perigo sem prévio sinal
Pode colocar em perigo o operador ou o usuário, ocorrendo SEM sinal prévio daquilo que vai ocorrer.
9
Perigo com prévio sinal
Pode colocar em perigo o operador ou o usuário, ocorrendo COM sinal prévio daquilo que vai ocorrer.
8
Muito Alto
O produto será defeituoso e, assim, rejeitado, ocorrendo ALTA insatisfação do usuário.
7
Alto
O produto será defeituoso, sem rejeição do todo mas ocorrendo insatisfaçãodo usuário.
6
Moderado
Defeito de menor intensidade, gerando alto desconforto do cliente.
5
Baixo
Defeito de menor intensidade, gerando desconforto do cliente.
4
Muito Baixo
Defeito quase que desprezível, mas perceptível pelo cliente e por terceiros.
3
Menor
Defeito quase que desprezível, mas com percepção do cliente e não de terceiros.
2
Muito Menor
Defeito quase que desprezível sem percepção do cliente e de terceiros.
1
Nenhum
Produto sem defeito.
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
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3.1. Aplicação Teórica
 Probabilidade de ocorrência de uma causa potencial que acarrete o modo de falha. Deve-se buscar ao máximo evidências em dados estatísticos e cálculos;
 Na ausência de embasamento estatístico, utilizar como referência experiências anteriores para aplicar uma nota. Ex: Não conformidades ocorridas, reclamações de clientes (externos ou internos);
 Atividades de prevenção reduzem a quantidade de ocorrências. Ela é estimada em uma escala de 1 a 10, conforme abaixo:
Estudo da Ocorrência (O)
O
Probabilidade de Falha
Taxa de Falha
%
CPK
10
Muito Alta
≥1/3
≥ 33
< 0,33
9
Muito Alta
≥ 1/8
≥13
< 0,50
8
Alta
≥ 1/20
≥ 5
< 0,67
7
Alta
≥ 1/80
≥1,3
< 0,83
6
Moderada
≥ 1/400
≥ 0,25
< 1,00
5
Moderada
≥ 1/2000
≥ 0,05
< 1,17
4
Moderada
≥ 1/15000
≥ 0,007
< 1,33
3
Baixa
≥ 1/150000
≥ 0,0007
< 1,50
2
Muito Baixa
≥ 1/180000
≥0,00006
< 1,67
1
Remota
< 1/180000
< 0,00006
≥ 1,67
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
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3.1. Aplicação Teórica
 Avaliação da probabilidade de não detecção de uma falha ou sua causa potencial;
 Não possui relação com as notas de aparição, pois uma aparição baixa não necessariamente representa não detecção;
 Podem ou não conter dispositivos de detecção (detectam o modo de falha após a sua após a sua ocorrência);
 Ela é estimada em uma escala de 1 a 10, conforme abaixo:
Estudo da Detecção (D)
D
Probabilidade de Detecção
10
Não há controle/verificação implantado.
9
Controle(s) por sondagem, visual ou táctil e SEM plano de garantia implantado.
8
Controle(s)por sondagem, visual ou táctil e COM plano de garantia implantado.
7
Controle por sondagem, por medida e sem %PM conhecido ou não conforme. Não havendo possibilidadede se determinar o %PM, considerar o estudo/procedimento similar para a garantia da medida.
6
Controle por sondagem, por medida e com % PM conhecido e conforme. Não havendo possibilidade de se determinar o %PM,considerar o estudo/procedimento similar para a garantia da medida.
5
Controle a 100%, visual ou táctil, sem plano de garantia.
4
Controle a 100%, visual ou táctil, com plano de garantia.
3
Controle a 100% por medida, sem %PM conhecido ou fora dos padrões da garantia da medida. Não havendo possibilidade de se determinar o %PM, considerar o estudo/procedimento similar para a garantia da medida.
2
Controle a 100% por medida, com %PM conhecido e conforme. Não havendo possibilidade de se determinar o %PM, considerar o estudo/procedimento similar para a garantia da medida.
1
Existe dispositivo de detecção instalado.
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
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3.1. Aplicação Teórica
 Parâmetro para hierarquização utilizado nos estudos FMEA;
 A Criticidade
é o produto dos três critérios existentes: C = G x O x D e pode variar de 1 a 1000;
 Após calculadas as criticidades, pode-se estabelecer a prioridade que os tópicos serão tratados;
 Em casos de criticidades idênticas privilegiam-se os itens cujas gravidades sejam elevadas;
 Para G = 10 e C ≥ 10 recomenda-se ações;
 Para G < 10 recomenda-se a utilização de Pareto na escolha de, para quais linhas, serão tomadas ações;
 Geralmente uma ação recomendada deve fornecer uma solução para a “causa da falha”;
 A abordagem de “melhoria de detecção” frequentemente reduz mas não elimina defeitos.
Estudo da Criticidade (C)
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
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1. Introdução
2. Objetivos
3. Desenvolvimento
3.1. Aplicação Teórica
3.2. Aplicação Prática
3.3. Softwares Auxiliares
Índice
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 1
ESTUDO DE CASO 1:
EM UMA EMPRESA DO SETOR DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
RESUMO:
Neste trabalho apresenta-se um estudo de caso em que se implantou a ferramenta Failure Modes and Effects Analysis (FMEA) emuma empresa atuante no segmento de transporte terrestre e aéreo de passageiros e cargas. O objetivo deste estudo de caso foi determinar, com a ferramenta FMEA, ações que minimizem ou eliminem modos de falha em potencial em um dos desdobramentos de serviços prestados pela empresa. O ponto específico onde se implantou a ferramenta foi na gestão dos pneus dos veículos de transporte terrestre de passageiros, pois falhas relacionadas a este componente aumentam os custos de manutenção da empresa e tendem a gerar insatisfações aos clientes. 
Os resultados do trabalho foram alcançados ao se determinar ações que trazem consigo o objetivo principal deste estudo, isto é, o aumento de confiabilidade e qualidade do serviço prestado. Deste modo, a realização do presente estudo de caso proporcionou um maior entendimento acerca da temática proposta, além de mostrar a importância da gestão da qualidade nos dias atuais e frente as crescentes exigências dos clientes.
Metodologia:
Para a realização deste trabalho realizou-se o estudo de caso com abordagem qualitativa e com complementação de dados quantitativos. Segundo Gil [7], um estudo de caso é caracterizado pelo “estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”. Para Salomon [8], enquanto os dados quantitativos de uma pesquisa são utilizados para descrever uma variável quanto a sua tendência central e sua frequência, os dados qualitativos são basicamente úteis para quem busca entender o contexto onde algum fenômeno ocorre.
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 1
ESTUDO DE CASO 1:
EM UMA EMPRESA DO SETOR DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 1
ESTUDO DE CASO 1:
EM UMA EMPRESA DO SETOR DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
A implantação da ferramenta FMEA na empresa foi realizada com a colaboração de uma equipe composta de cinco pessoas de diferentes áreas e níveis hierárquicos desta empresa. O tempo empregado para a implantação foi de aproximadamente um semestre, com pelo menos uma reunião semanal. A área específica em que se implantou a ferramenta foi no gerenciamento do uso dos pneus dos veículos de transporte terrestre de passageiros, pois modos de falha relacionados a este componente tendem a gerar insatisfações aos clientes e aumentam os custos de manutenção da empresa. Assim, iniciou-se a implantação com o planejamento da ferramenta FMEA e suas respectivas definições. Na etapa seguinte iniciou-se o preenchimento do formulário, que é o principal meio de apresentação da ferramenta. Os primeiros campos preenchidos no formulário referiram-se as funções dos pneus, modos de falha dos pneus e efeitos dos modos de falha sob a perspectiva do cliente. A tabela 4 apresenta um dos formulários originados a partir do trabalho realizado. No total, foram cinco formulários, cada um com uma função e modos de falha diferentes. Na sequência do formulário a equipe quantificou a ocorrência das causas. Para isto, baseou-se na escala de ocorrência apresentada na tabela 2. Com esta etapa concluída, partiu-se para o preenchimento da coluna formas de controle e da coluna detecção. Na coluna “formas de controle” apresentaram-se as maneiras que a empresa possui para detectar as falhas antes que estas atinjam o cliente. Na coluna “detecção” a equipe de aplicação da ferramenta estimou com base na tabela 3 a probabilidade de se detectar as causas e modos de falha antes que também atinjam o cliente. Dando prosseguimento, interpretou-se a ferramenta FMEA de maneira tradicional, modelo RPN, em que se multiplicaram os índices referentes à severidade, ocorrência e detecção. A equipe estipulou então que seriam determinadas ações corretivas e ações que minimizassem os modos de falha apenas para índices RPN’s iguais ou superiores a 120, conforme pode ser visualizado na tabela 4. A etapa final consistiu na recomendação de ações para minimizar e solucionar os modos de falha em potencial. Nesta etapa, a mais importante, foram obtidos os resultados esperados pela equipe de desenvolvimento da FMEA, pois é a partir destes resultados que se partirá para o efetivo aumento de confiabilidade do sistema. As ações recomendadas, para um dos modos de falha, estão apresentadas na tabela 4. 
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 2
ESTUDO DE CASO 2:
NO PLANEJAMENTO DE UMA MICROEMPRESA RURAL
RESUMO:
A produção de frangos de corte, apesar do crescente espaço de mercado, ainda enfrenta importantes desafios na produção, tanto em nível básico quanto industrial. Nesse âmbito, este artigo resume as principais conclusões obtidas pela aplicação do método FMEA de hierarquização de falhas em uma granja de frango de corte, avaliando, também, as implicações sobre seu planejamento. Este estudo utilizou uma abordagem de estudo de caso, e a pesquisa, quanto aos objetivos, se caracteriza com descritiva. Os resultados mostraram que os problemas mais frequentes foram de caráter sanitário - frangos doentes e morte de frangos - tendo por origens principais falta de vacinação e excesso na capacidade de lotação da granja. Observou-se a adequação metodológica, pois o método FMEA contribuiu, entre outros pontos, para a resolução dos chamados problemas estruturados, uma vez que, pela implantação do método, foi possível conhecer melhor os possíveis erros e falhas que, por ventura, possam vir a ocasionar esses problemas, dando ao gestor segurança no tratamento dessas questões e possibilitando a realização de um planejamento. Espera-se, com esta pesquisa, contribuir para o aprimoramento da gestão de granjas de frango de corte e, de forma indireta, apoiar a melhoria da rentabilidade dos avicultores pela sua conscientização acerca da importância da aplicação de ferramentas de gestão da qualidade.
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 2
Metodologia:
Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa descritiva que visa a descrever a aplicação do método FMEA em uma granja de frango e, por consequência, conhecer suas implicações no planejamento da empresa rural estudada. A coleta de dados que possibilitaram a definição dos índices foi realizada na sede da Granja Oliveira, zona rural de Ubá/MG. Foram entrevistados para esse estudo todos os membros do grupo familiar, no caso em questão, seis membros, os quais compõem a totalidade da mão de obra dessa empresa rural baseada na mão de obra familiar. As entrevistas ocorreram entre os dias 14 e 15 de
maio de 2010. 
Optou-se pela escolha dessa empresa pela facilidade na obtenção dos dados e também pelo fato de a grande maioria das granjas instaladas no estado possuírem características muito similares à granja estudada. 
Na aplicação do método selecionado, foram definidas quatro funções, consideradas pelo proprietário como as mais importantes do processo pelo qual o frango passa na granja, antes de ser levado ao abate. São elas: limpeza do galpão, crescimento dos frangos, engorda do frango e chegada do frango. Os dados relacionados no Quadro 1 apresentam as funções, modo de falha e o efeito que cada uma destas funções causa no processo e no produto final
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 2
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 2
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 2
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 2
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Na aplicação do método selecionado, foram definidas quatro funções, consideradas pelo proprietário como as mais importantes do processo pelo qual o frango passa na granja, antes de ser levado ao abate. São elas: limpeza do galpão, crescimento dos frangos, engorda do frango e chegada do frango. Os dados relacionados no Quadro 1 apresentam as funções, modo de falha e o efeito que cada uma destas funções causa no processo e no produto final. Após a definição das principais etapas/identificação de erros, foi elaborada a plotagem do método FMEA (Tabela 4). Nele, a coluna controle foi excluída de modo a facilitar a visualização das informações; além disso, o controle realizado, devido à falta de tecnologia e de recursos das granjas, é apenas via inspeção visual. Observou-se que alguns erros são motivados por causas comuns e deveriam ser monitorados de forma mais ativa. Como se pode observar, a Tabela 4 indica os principais perfis de falhas ocorridas no período compreendido entre a chegada do pintinho e a saída do frango para o abate. Na referida tabela, buscou-se descrever somente as causas dos perfis de falha que apontaram maior risco dentro de cada um, excluindo-se, portanto, aquelas cujo risco foi considerado muito pequeno e de baixa interferência no planejamento da empresa rural. Os resultados obtidos permitem ver que os erros com maior índice de risco (NPR) foram aqueles associados à etapa de limpeza do galpão. Segundo se observou, isso se deve ao fato de as falhas nessa etapa serrem de difícil detecção pela baixa tecnologia disponível nas granjas e pela alta severidade desses erros. Deve-se lembrar que um problema nessa etapa pode contaminar todo o plantel e, além de acarretar prejuízos financeiros ao produtor, pode contaminar o frango e levar possíveis doenças ao consumidor final. Os problemas com maior índice de risco foram: bebedouros e comedouros, que não foram limpos corretamente, e poucos dias de descanso do galpão. Esses problemas devem ser analisados com maior cuidado porque, apesar de vinculados a atividades simples, podem ocasionar danos graves ao plantel e também gerar, de forma secundária, outras falhas apontadas nesse estudo. Outros itens graves, como falta de vacinação e falta de oferta de vitaminas, também são muito importantes, porém de menor risco, em virtude da baixa ocorrência. Em muitos casos, as ações necessárias para evitar falhas são recorrentes, como contratação de veterinário e de profissional especializado. Tal procedimento contribui sobremaneira para a diminuição de um maior número de falhas. Nesse sentido, percebe-se que ações como tais devem constar no planejamento da empresa desde o início de suas atividades. Uma profissionalização maior das atividades rurais é cada vez mais necessária, entre outros pontos, pelo aumento da competição, em especial, com produtores de outros países.
A integração nesse sentido é de extrema importância por causa dos altos custos da contratação de profissionais especializados, o que deve ser englobado pela integradora e, em outros casos, pelas associações de produtores.
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
ESTUDO DE CASO 3:
PARA O RAMO SUPERMERCADISTA
RESUMO:
O presente artigo trata do gerenciamento de armazém através da utilização da ferramenta Análise dos Efeitos e Modo de Falha (FMEA). A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso em três lojas do ramo supermercadista. Abordou-se o processo de recebimento e estocagem de itens. Com o uso da técnica Análise Hierárquica do Processo (AHP) identificou-se os pontos críticos do processo de decisão de localização de produtos no armazém. As conseqüências dos erros foram avaliadas através de uma matriz de criticidade. Com base nas conseqüências dos erros neste processo definiu-se um algoritmo de decisão para a atividade de recebimento e alocação dos itens que auxilia na gestão dos espaços físicos do armazém. 
Metodologia:
Este estudo aborda a utilização da ferramenta FMEA para realizar a gestão de armazém no ramo supermercadista. As etapas do FMEA refere-se a: identificação do modo de falha; identificação dos efeitos provocados pelos mesmos; identificação das causas das falhas; avaliação da criticidade para definição do NPR e; sugestão de ações. A abordagem ocorreu a partir da descrição do processo de armazenagem realizado através de observação direta em três lojas supermercadistas. Estabeleceu-se o fluxo de atividades, identificou-se a hierarquização do processo e atribuiu-se modos de falha para cada ponto da hierarquia, cumprindo a primeira etapa do FMEA. Através de uma matriz de criticidade identificou-se as causas e os efeitos que podem ser atribuídos aos modos de falha. Estabeleceu-se a análise através da ferramenta AHP para definir o NPR para cada ponto da hierarquia. Após sugeriu-se ações preventivas, preditivas e corretivas para os pontos definidos como mais graves no processo de armazenagem. Ao final as análises e ações são resumidas em algoritmo de decisão para auxiliar no processo de gestão de armazéns no ramo supermercadista.
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
Figura 01: Fluxograma do processo de decisão de alocação 
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
Figura 02: Hierarquia do processo de armazenagem
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
Quadro 01: Conseqüência dos erros no gerenciamento da armazenagem
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
Figura 03: Algoritmo de decisão de localização e gerenciamento do armazém
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Realizou-se o levantamento das informações para descrever o fluxo de atividades no processo de armazenagem nos casos estudados. As atividades operacionais são realizadas manualmente e os processos de decisão são empíricos. O fluxograma 01 descreve a sequência de passos realizados no processo de decisão de localização e de produtos no ato do recebimento.
A identificação dos espaços vazios e da compatibilidade dos mesmos com os itens recebidos e decisão de localização são realizadas de forma empírica pelo colaborador responsável pelo armazém. Quanto a compatibilidade a principal preocupação está relacionada as normas de vigilância sanitária para que se possa evitar a contaminação dos produtos. Como os processos
de movimentação são manuais é necessário realizar a comunicação ao responsável pela reposição da mercadoria na área de venda sobre a localização do produto. Quando necessário são realizadas atividades de remanejamento de itens para que os espaços sejam melhor aproveitados.
Realizou-se, na sequência, a hierarquização do processo de armazenagem. Nos pontos da hierarquia foram elencadas as atividades e seus desdobramentos. Procurou-se definir os pontos onde podem ocorrer as falhas cumprindo a primeira etapa do FMEA. Duas correntes dividem a hierarquia: o processo físico de armazenagem e o processo informacional. A alocação física envolve as atividades de movimentação e estocagem. O gerenciamento destas atividades requer a boa gestão dos recursos empregados nas mesmas como: recursos humanos, equipamentos de movimentação e equipamentos estáticos de estocagem. O controle da informação envolve também o processo de decisão de alocação. Esta decisão envolve a verificação da compatibilidade e disponibilidade dos espaços e previsões futuras de uso.
O processo de armazenagem, da forma como foi retratado na hierarquização, pode definir os modos de falha, ou seja, os pontos onde podem ocorrer os erros em sua execução. Através de observações diretas pode-se levantar as consequências, ou seja, os efeitos de erros acontecidos nos diversos pontos da e as principais causas destes erros. O quadro 01 relata os efeitos ou seja, os riscos de segurança e os problemas operacionais envolvidos nesse processo. A abordagem destes erros está relacionada tanto ao processo de decisão de localização do produto como de estocagem e movimentação. O bom gerenciamento dos recursos assim como a acurácia da decisão de alocação evitam tais consequências. As causas para estes itens são a falta de manutenção dos equipamentos de armazenagem (estantes e paletes) e movimentação (carrinhos) e erros no processo de decisão de localização.
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3.2. Aplicação Prática
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Estudo de Caso 3
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Para que se atue nos itens com maior probabilidade de ocorrência das falhas aplica-se a analise do NPR. Essa análise foi realizada a partir da utilização da ferramenta AHP. Foram atribuídos pesos relativos aos itens comparando-os através de uma matriz. Com o resultado desta matriz chegou-se aos valores que representam os pontos mais críticos dentro do processo de armazenagem. Os resultados encontrados apontam para uma predominância dos fatores de controle da informação sendo o processo de decisão de alocação o mais crítico de todos.
Desenvolveu-se então um algoritmo para a decisão de localização dos itens e realização de ações quando identificadas probabilidades de falhas. O algoritmo atua na fase do comparador de variável do fluxograma 01. A análise realizada deve seguir a sequência dos itens da tabela 01: segurança e meio ambiente, compatibilidade com o espaço, taxa de ocupação, qualidade e produtividade, oportunidade e produção e mantenabilidade. Para cada item o responsável pelo depósito classifica em alta, média ou baixa a consequência provável de acontecer. Esta análise leva em consideração critérios como a posição do espaços vazios no armazém, compatibilidade do espaço com o item a ser estocado e o nível de ocupação do armazém.
Como apresentado no fluxograma 02 as decisões analisam as consequências no entanto as ações podem ser medidas gerenciais para melhorar o processo de gestão do armazém oferecendo melhores condições de armazenagem. Pode-se determinar algumas ações a níveis estratégicos, táticos e operacionais.
- Estratégicos: alocação de novos espaços em razão da alta lotação identificada e previsões futuras de lotação, contratação de novos funcionários ou remodelagem do leiaute através de investimentos em equipamentos.
- Tático: mudanças de leiaute com aproveitamento dos equipamentos e utilização de horas
extras para a mão-de-obra contratada.
- Operacional: decisões de localização dos itens recebidos, remanejamento dos itens estocados e controle do recebimento.
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1. Introdução
2. Objetivo
3. Desenvolvimento
3.1. Aplicação Teórica
3.2. Aplicação Prática
3.3. Softwares Auxiliares
Índice
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
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3.3. Softwares Auxiliares
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
Existem inúmeros softwares .para auxílio técnico do estudo FMEA, e empresas que desenvolvem sobre medida. Vale a pena citar o Minitab (https://www.minitab.com), pois além de auxiliar no FMEA ele tem algumas outras ferramentas estatísticas e de controle de qualidade e gestão importantes como: Mapeamento de processos, fluxograma e histograma, gráfico de dispersão, espinha de peixe, Regressão, Cartas de controle, entre outros. Porém o estudo pode ser feito apenas com EXCEL o até sem softwares, pois o que importa são os conceitos e como dito os softwares são apenas AUXILIARES.
Lembrando que o que vai definir a eficácia do estudo FMEA é a coleta precisa de dados qualitativos e quantitativos. Com isso, o FMEA trabalha paralelamente com outras ferramentas como o BRAISTORMING e a ÁRVORE DE ANÁLISE DE FALHAS, entre outros. O sucesso do estudo vem da precisa definição do escopo, planejamento, execução e monitoramento do estudo para se alcanlar os objetivos desejados.
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FONTES
FMEA - Análise do Modo e Efeitos de Falha
PARTE TEÓRICA
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ESTUDOS DE CASO:
http://online.unisc.br/seer/index.php/tecnologica/article/view/157/132
http://www.fahor.com.br/publicacoes/sief/2013/FMEA_aplicacao_no_setor.pdf
http://www.producaoonline.org.br/rpo/article/viewFile/765/820
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