Aula 1 introducao a farmacologia

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DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
FARMACOLOGIA
O QUE É FARMACOLOGIA ?
• Palavra de origem grega
FARMAKON
DROGA
LOGOS
ESTUDO
Φαρµακολογίας
FARMACOLOGIA 
É a ciência ou disciplina que estuda as interações
entre as drogas e os sistemas biológicos.
FARMACOLOGIA 
Estuda as propriedades e os efeitos das drogas
FARMACOLOGIA 
Classicamente é definida como qualquer droga que
interagem com os sistemas biológicos, produz
alterações funcionais e não induz ao aparecimento
de novas funções.
A terapia gênica é uma exceção a definição clássica
“ O desejo de ingerir 
medicamentos e a principal 
característica que distingue 
o homem dos animais
William Osler ( médico 
canadense )
porquê ?porquê ?porquê ?porquê ?
• 1. MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA
• 2. ALIVIAR OU SE POSSÍVEL ABOLIR A DOR
• 3. PROLONGAR A VIDA
PONTO FUNDAMENTALPONTO FUNDAMENTALPONTO FUNDAMENTALPONTO FUNDAMENTAL
VEM DO SEU DESEJO EM:VEM DO SEU DESEJO EM:VEM DO SEU DESEJO EM:VEM DO SEU DESEJO EM:
1. Nem sempre logram o resultado 
desejado
2. Muitas vezes só alcançam o alívio ou 
consolo do paciente
3. Do ponto de vista histórico existem
relatos muito antigos sobre o uso de 
drogas no tratamento de enfermidades
NO ENTANTO, AS 
MEDIDAS TERAPÊUTICAS 
ADOTADAS:
OS EGIPCIOS
• Praticavam terapias
standardizadas
• Desenvolveram algu-
mas especialidades
médicas
• Desenvolveram progra-
mas de saúde pública e 
saneamento
A CURA E A PROTEÇÃO DIVINA ANDAVAM 
DE MÃOS DADAS
ACREDITAVAM 
QUE O DESTINO DOS 
HOMENS REPRESENTAVA 
UM MERO CAPRICHO DOS
DEUSES
OS GREGOS
Hipócrates
– Acreditava que as doenças tinham causas naturais
e NÃO SOBRENATURAIS
– Enfatizava a importância da ética na medicina
– Por suas idéias ajudou a livrar a medicina do 
misticismo
Tratado de PentSao (2700 aC)
tratado chinês sobre ervas
Código de Hamurabi
(2200 aC) 
menciona punições 
para a prática 
inadequada 
exercida por 
“médicos”.
1.500 anos a.C
Somente no séc. XVII François Magendie
estabelece as bases experimentais para o estudo 
da moderna fisiologia e farmacologia.
Francois Magendie
• Até por volta de 1920 predominou o uso de 
produtos naturais principalmente originados 
de plantas
FARMACOLOGIA
• COMO CIÊNCIA EXPERIMENTAL 
BASEIA-SE NO ESTUDO DA RELAÇÃO
DROGA / ORGANISMO
DROGA
ORGANISMO
EFEITO 
BENÉFICO
EFEITO 
PREJUDICIAL
NUTRIENTES FÁRMACOS TÓXICOS
1. CONCEITO GERAL
2. Conceito pela OMS
EFETIVIDADE
SEGURANÇA
SELETIVIDADE
REVERSIBILIDADE
FÁCIL ADMINISTRAÇÃO
MÍNIMAS INTERAÇÕES
ISENTA DE REAÇÕES ADVERSAS
PROPRIEDADES DA DROGA IDEAL
ORIGEM DAS DROGAS
OUTRAS SÃO XENOBIÓTICAS
• De origem animal
• De origem vegetal
• Produto de síntese
Algumas são produzidas no próprio
organismo
DROGA REMÉDIO
MEDICAMENTO FÁRMACO
No dia a dia podemos nos referir as drogas como
MEDICAMENTO: PREPARAÇÕES C/ DROGAS DE 
AÇÃO FARMACOLÓGICA QUE SÃO UTILIZADAS DE 
ACORDO COM SUAS INDICAÇÕES E PROPRIEDADES
PODE SER:
- MAGISTRAL
- OFICINAL
SUBSTÂNCIA OU FORMULAÇÃO IDENTIFICADA COMO 
PADRÃO EM UMA FARMACOPÉIA
FARMACOPÉIA: LIVRO QUE OFICIALIZA AS DROGAS 
DE USO CORRENTE E CONSAGRADAS COMO EFICAZES 
E ÚTEIS
MEDICAMENTOS QUE SÃO PREPARADOS NAS 
PRÓPRIAS FARMÁCIAS DE ACORDO COM NORMAS E 
DOSES ESTABELECIDAS NAS FARMACOPÉIAS E COM 
UMA DESIGNAÇÀO UNIFORME
MEDICAMENTO OFICIAL
MEDICAMENTO OFICINAL
O medicamento magistal requer uma elaboração
artesanal, personalizada e precisa que confere a 
preparação qualidade, segurança e eficácia
MEDICAMENTO MAGISTRAL:
é aquele preparado por manipulação em uma farmácia
a partir de uma fórmula prescrita por um médico.
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA
SÃO MEDICAMENTOS DE FÓRMULA CONHECIDA, AÇÃO COMPROVADA, COM UMA FORMA
ESTÁVEL E QUE SÃO COMERCIALIZADOS PREPARADOS E EMBALADOS ( ESPECIALIDADE 
FARMACÊUTICA ) E QUE RECEBEM UM NOME DE MARCA OU FANTASIA. SÃO PRODUZIDOS 
PELOS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS
ANTAK ®
princípio ativo
ranitidina
500mg
venda sob
prescição
médica
Laboratório
MARCA
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA
SÃO MEDICAMENTOS DE FÓRMULA CONHECIDA, AÇÃO COMPROVADA, COM UMA FORMA
ESTÁVEL E QUE SÃO COMERCIALIZADOS PREPARADOS E EMBALADOS ( ESPECIALIDADE 
FARMACÊUTICA ) E QUE RECEBEM UM NOME DE MARCA OU FANTASIA. SÃO PRODUZIDOS 
PELOS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS
ZILIUM
RANITIDINA, 
500 mg 
venda sob
prescrição
médica
Laboratório
ANTAK ®
princípio ativo
ranitidina
500mg
venda sob
prescição
médica
Laboratório
MARCA SIMILARES
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA
SÃO MEDICAMENTOS DE FÓRMULA CONHECIDA, AÇÃO COMPROVADA, COM UMA FORMA
ESTÁVEL E QUE SÃO COMERCIALIZADOS PREPARADOS E EMBALADOS ( ESPECIALIDADE 
FARMACÊUTICA ) E QUE RECEBEM UM NOME DE MARCA OU FANTASIA. SÃO PRODUZIDOS 
PELOS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS
RANITIDINA 
medicamento
Genérico
Lei 9787/99
500mg
venda sob
Prescrição
médica
Laboratório
ZILIUM
RANITIDINA, 
500 mg 
venda sob
prescrição
médica
Laboratório
ANTAK ®
princípio ativo
ranitidina
500mg
venda sob
prescição
médica
Laboratório
MARCA SIMILAR GENÉRICO 
G
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA
SÃO MEDICAMENTOS DE FÓRMULA CONHECIDA, AÇÃO COMPROVADA, COM UMA FORMA
ESTÁVEL E QUE SÃO COMERCIALIZADOS PREPARADOS E EMBALADOS ( ESPECIALIDADE 
FARMACÊUTICA ) E QUE RECEBEM UM NOME DE MARCA OU FANTASIA. SÃO PRODUZIDOS 
PELOS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS
3. NOME DE MARCA OU FANTASIA ( ® )
TYLENOL
1. NOME QUÍMICO:
N - ( 4-HIDROXIFENIL ) ACETAMIDA
2. NOME GENÉRICO:
ACETAMINOFEN
FARMACOGNOSIA: ESTUDA AS PROPRIEDADES FISI-
COQUIMICAS DAS DROGAS
FARMACOCINÉTICA: ESTUDA OS PRINCÍPIOS QUE RE-
GEM A CINÉTICA DAS DROGAS NO ORGANISMO
FARMACODINÂMICA: ESTUDA O MECANISMO DE AÇÃO 
DAS DROGAS
FARMACOTERAPIA: SE OCUPA DO ESTUDO SOBRE 
APLICAÇÀO DAS DROGAS NA PROFILAXIA, TRATAMEN-
TO E DIAGNÓSTICO
O ESTUDO DOS FÁRMACOS
PRINCÍPIO BÁSICO DA 
FARMACOLOGIA
Segundo Paul Erlich:
“A AÇÃO DE UMA DROGA DEVERÁ SER 
ENTENDIDA EM TERMOS DE INTERAÇÕES 
QUÍMICAS CONVENCIONAIS ENTRE AS 
DROGAS E OS TECIDO “
OBJETIVO
COMO JÁ VIMOS O OBJETIVO DO USO DE UM 
FÁRMACO É UTILIZÁ-LO NO 
TRATAMENTO, PROFILAXIA E DIAGNÓSTICO
OS MANDAMENTOS PARA O USO ADEQUADO 
E ADMINISTRAÇÀO DE DROGAS
• DIAGNÓSTICO CORRETO 
• DROGA CORRETA 
• DOSE CERTA
• VIA DE ADMINISTRAÇÀO ADEQUADA 
• HORÁRIO MAIS APROPRIADO
GUIA BÁSICO
para a administração de drogas
• Ler cuidadosamente a receita
• Verificar a identidade do paciente
• Ler cuidosamente a bula ou outras informações contidas
na embalagem dos medicamento
• Checar se os cálculos das doses estão corretos
• Avaliar a validade do produto
• Verificar se o medicamento embalado está correto (se 
não foi trocado)
O que devemos saber antes de prescrever um 
medicamento?
1. O que vamos administrar?
2. Qual a formulação do medicamento
3. O quanto será administrado?
4. Com que frequência será
administrado?
5. Qual a duração do tratamento?
6. Acrescentar drogas se necessário
PARA ASSEGURARMOS UMA VANTAGEM PARA ASSEGURARMOS UMA VANTAGEM 
TERAPÊUTICATERAPÊUTICA
DEVEMOS…
AVALIAR PREVIAMENTE
EFICÁCIA / TOXICIDADE
VARIABILIDADE DA RESPOSTA
INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS
Pontos Principais para assegurar a melhor
vantagem terapêutica possível
1. Ser objetivamente claro sobre o que está
tentando fazer
2. Escolher sempre o melhor medicamento e que
tenha amplo conhecimento de suas
propriedades (droga P)
3. Escolher a melhor via de administração
4. Determinara posologia (ajustar a dose)
5. Droga mais eficaz (mudar se ne cessário) –
Combinar ou adicionar se necessário
6. Atentar para reações adversas usuais e raras
7. Estar conciente dos resultados a longo prazo
99% dos medicamentos empregados
diariamente são estranhos ao organismo e 
portanto capazes de causar inúmeros efeitos
indesejados e algumas vezes podendo por o 
paciente em risco de vida ou até mesmo levá-lo 
a morte.
Só prescrever um medicamento se necessário
Quais as consequências do uso pouco racional dos 
medicamentos?
1. Escolha inadequada do medicamento
2. Elevado índice de prescriçào ( 2/3 dos pacientes não necessitam ser 
medicados)
3. Idosos representam 13 % da populaçào e 30% das prescrições
4. Pacientes hospitalizados podem receber 15 medicamentos em um 
dia
5. Antibióticos ( 60% das prescrições são desnecessárias)
6. 15% dos pacientes hospitalizados apresentam algum tipo de reação
adversa
7. 5% das internações são para tratar reações adversas causadas por
medicamentos
Avaliar eficácia
clínica
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
Alívio da dor
reduzir inflamação
Restaurar função
AlAlííviovio dada dordor
reduzirreduzir inflamainflamaççãoão
RestaurarRestaurar funfunççãoão
DainesDaines via oralvia oral
MudarMudar a a marcamarca??
AdicionarAdicionar analganalgéésicossicos??
SatisfaSatisfaççãoão do do pacientepaciente
EscoreEscore dada dordor
AvaliarAvaliar inflamainflamaççãoão
AvaliarAvaliar funfunççãoão
Mudar droga?
Adicionar droga?
Definição da ajuda
terapêutica
Seleção do fármaco
dose, frequência e via
Conhecer a doença
Conhecer a droga
Conhecer o paciente
PARA TAL DEVEMOS...
CONHECER A 
DOENÇA 
SIGNIFICA
* AVALIAR A HISTÓRIA NATURAL DA 
DOENÇA
* CONHECER A FISIOPATOLOGIA
* ESTABELECER SE A TERAPÊUTICA 
PRETENDIDA SERÁ DE CURTA OU 
LONGA DURAÇÃO
FINALMENTE ESTABELECER SE A TERAPÊUTICA 
INSTITUIDA VISA:
1. O CONTROLE DOS SINTOMAS
2. CONTROLE DA DOENÇA
3. OU A CURA DO PACIENTE
ARTRITE REUMATÓIDE
NÃO CURATIVAConduta curativa ?
DOENÇA CRÔNICA, INFLA-
MATÓRIA DE NATUREZA 
AUTOIMUNE
AMBAS
ALÍVIO DA DOR
REDUZIR A INFLAMAÇÃO
Restaurar função
Controlar a doença
História natural da doença
Fisiopatologia
Ajuda terapêutica curta ?
Ou de Longa duração ?
Controle dos sintomas
Controle da doença
Mecanismo de ação
Estabelecer a 
relaçãodose/resposta
( como ajustar as doses)
Avaliar as fontes de 
variabilidade
farmacocinética
farmacodinamica
Avaliar efeitos obtidos
benéficos
adversos
CONHECER A 
DROGA
DAINES ANALGÉSICO - ANTIINFLATATÓRIO
INIBE CICLOOXIGENASE E REDUZ A 
SÍNTESE DE PGLs
TENTATIVA CASO-A-CASO
ALÍVIO DA DOR E ANTIINFLAMATÓRIO
DEPENDE DA DROGA ( em geral GI)
QUANTO A FARMACOCINÉTICA E 
FARMACODINÂMICA
EXEMPLO
MECANISMO AÇÃO
RELAÇÃO 
DOSE/RESPOSTA
VARIABLIDADE
EFEITOS ESPERADOS
REAÇÕES ADVERSAS
Adesão ao tratamento
Fontes de variabilidade
idade
gênero
peso
Disfunção orgânica
genética
Respostas adversas produ-
zidas pela medicação
Conhecer o 
paciente
AS 4 PRINCIPAIS FASES ENVOLVIDAS NA FARMACOTERAPIA
FARMACO NA FORMA 
FARMACÊUTICA
TRATO GI
PRIMEIRA PASSAGEM
METABOLISMO 
HEPÁTICO
LÍQUIDOS EXTRACELULARES
LIGAÇÃO ÀS
PROTEÍNAS 
FÁRMACO LIVRE 
ELIMINAÇÃO
PARENTERAL
EFEITO FARMACOLÓGICO
EFEITOS TERAPÊUTICO / TÓXICO
ORAL
FASE FARMACÊUTICA
FASE 
FARMACOCINÉTICA
FASE 
FARMACODINÂMICA
FASE TERAPÊUTICA
LOCAL DE 
AÇÃO
NUNCA SE UTILIZE DE 
TRATAMENTOS MÁGICOS PARA 
OS QUAIS NÃO EXISTE NENHUMA 
COMPROVAÇÃO DE SUA 
EFICÁCIA OU SEGURANÇA