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Atividade da Disciplina Cybercrime, Cybersecurity e Inteligência Policial IBF Camila 2018.1

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FACEL 
 
 
 
Aluno(a): Ana Camila Sousa e Silva 
Curso: Cybercrime e Cybersecurity - Prevenção e Investigação de Crimes Digitais 
Disciplina: Cybercrime, Cybersecurity e Inteligência Policial 
 
 
 TEMA: Cybercrime, Cybersecurity e a Atuação do Ministério Público Federal 
 
A ascensão dos aparatos tecnológicos, principalmente dos contemporâneos à 
Internet, ocasionou uma maior democratização das informações, bem como, a atenuação 
das distâncias globais. Todavia, a rede mundial de computadores tornou-se não só o 
palco das atuais grandes inovações, como também, é um dos cenários mais usuais para 
a efetivação de delitos diversos. 
Desta feita, nesse universo informacional, somos cada vez mais familiarizados 
com termos como Cybercrime e Cybersecurity que nada mais são que, respectivamente, 
as práticas criminais realizadas através da Web e a segurança cibernética, também 
conhecida como proteção da tecnologia da informação, que consiste em um sistema de 
salvaguarda de computadores, redes, programas e dados contra acessos mal-
intencionados ou não autorizados. 
Por conseguinte, quanto as práticas criminosas comuns aos meios digitais, temos 
que predominam as fraudes bancárias, a pedofilia (Lei nº 8.069/1990, art. 241-A e 
seguintes) e o racismo (Lei nº 7.716/1989, art. 20). Dessa forma, os envolvidos na 
estrutura jurídica nacional devem aperfeiçoar métodos investigativos capazes de coibir 
eficazmente essas transgressões. 
Nesse ínterim, como titular privativo das ações penais públicas, impende ao 
Ministério Público Federal (MPF) zelar pelo fomento da defesa das normas 
constitucionais relativas à cidadania e das premissas legais voltadas ao patrocínio 
daquilo que é expresso na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, os 
famigerados Direitos Humanos. 
Acompanhando o crescimento dessa delinquência amparada na insegurança da 
rede, o Ministério Público Federal criou grupos especializados no combate aos crimes 
cibernéticos em São Paulo (ao ano de 2003) e, posteriormente, no Rio de Janeiro (em 
2006). 
Essa espécie de agrupamento tem o intuito de atuar em processos 
judiciais/extrajudiciais, na celebração de Termos de Compromisso de Integração 
Operacional, de Cooperação, recomendações e TAC, em atividades repressivas 
(Operações da Polícia Federal) e preventivas (realização de oficinas para educadores 
sobre o uso seguro da Internet). 
Também fora criado, com similar propósito, o Grupo de Enfrentamento aos 
Crimes Cibernéticos da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria-Geral 
da República (PGR), que é responsável por uma política institucional de atuação e 
capacitação para os membros do MPF voltada para a efetiva repressão dos crimes 
cibernéticos. Por conseguinte, o aprimoramento desses meios de defesa é realizado 
por intermédio de cursos de treinamento para novos procuradores e também aos já 
integrantes da carreira, de forma que a iniciativa também possa ser ampliada para os 
juízes federais. 
Entre as principais dificuldades no enfrentamento aos crimes digitais, temos: a 
ausência de legislação sobre o assunto (até o Marco Civil da Internet e de artigos 
no CP sobre crimes cibernéticos) – Projeto de Lei do Senado (PLS nº 236/2012) de 
alteração do Código Penal – ou a deficiência na Lei nº 12.737/2012, mais conhecida 
como Lei Carolina Dieckmann; a ausência de canal único de denúncias, o que acaba 
por desencadear investigações duplicadas; sites hospedados em localidades 
estrangeiras com cooperação internacional pouco eficiente; a falta de controle das lan 
houses sobre os usuários e redes abertas, dentre outros. 
De antemão, destacamos que os maiores desafios do Sistema Judiciário vêm 
sendo conseguir acompanhar os avanços tecnológicos, lidar com a resistência de 
empresas em cumprir a legislação brasileira e assegurar a proteção dos dados pessoais, 
vide a resistência de provedores e aplicativos de celular que atuam no Brasil em fornecer 
informações à Justiça, como ocorre com o Facebook e o WhatsApp. 
Para tanto, o Ministério Público Federal atua não somente por meio de 
capacitações ou ações aprimoradas, como também promove parcerias com 
organizações como a ONG SaferNet Brasil que com o apoio do Comitê Gestor da Internet 
no Brasil - CGI.br e coordenação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão - 
PFDC, desenvolve campanhas cidadãs como o Projeto "Ministério Público pela Educação 
Digital nas Escolas" e assim vem mudando a realidade de acesso digital em mais de dez 
capitais brasileiras. 
Por fim, podemos concluir que o MPF, ao longo de toda sua atuação, busca então 
o cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação, em todos 
os níveis de ensino, incluindo a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, 
para o uso seguro, consciente e responsável da Internet como ferramenta para o 
exercício da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico.

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