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FACEL Aluno(a): Ana Camila Sousa e Silva Curso: Cybercrime e Cybersecurity - Prevenção e Investigação de Crimes Digitais Disciplina: Cybercrime, Cybersecurity e Inteligência Policial TEMA: Cybercrime, Cybersecurity e a Atuação do Ministério Público Federal A ascensão dos aparatos tecnológicos, principalmente dos contemporâneos à Internet, ocasionou uma maior democratização das informações, bem como, a atenuação das distâncias globais. Todavia, a rede mundial de computadores tornou-se não só o palco das atuais grandes inovações, como também, é um dos cenários mais usuais para a efetivação de delitos diversos. Desta feita, nesse universo informacional, somos cada vez mais familiarizados com termos como Cybercrime e Cybersecurity que nada mais são que, respectivamente, as práticas criminais realizadas através da Web e a segurança cibernética, também conhecida como proteção da tecnologia da informação, que consiste em um sistema de salvaguarda de computadores, redes, programas e dados contra acessos mal- intencionados ou não autorizados. Por conseguinte, quanto as práticas criminosas comuns aos meios digitais, temos que predominam as fraudes bancárias, a pedofilia (Lei nº 8.069/1990, art. 241-A e seguintes) e o racismo (Lei nº 7.716/1989, art. 20). Dessa forma, os envolvidos na estrutura jurídica nacional devem aperfeiçoar métodos investigativos capazes de coibir eficazmente essas transgressões. Nesse ínterim, como titular privativo das ações penais públicas, impende ao Ministério Público Federal (MPF) zelar pelo fomento da defesa das normas constitucionais relativas à cidadania e das premissas legais voltadas ao patrocínio daquilo que é expresso na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, os famigerados Direitos Humanos. Acompanhando o crescimento dessa delinquência amparada na insegurança da rede, o Ministério Público Federal criou grupos especializados no combate aos crimes cibernéticos em São Paulo (ao ano de 2003) e, posteriormente, no Rio de Janeiro (em 2006). Essa espécie de agrupamento tem o intuito de atuar em processos judiciais/extrajudiciais, na celebração de Termos de Compromisso de Integração Operacional, de Cooperação, recomendações e TAC, em atividades repressivas (Operações da Polícia Federal) e preventivas (realização de oficinas para educadores sobre o uso seguro da Internet). Também fora criado, com similar propósito, o Grupo de Enfrentamento aos Crimes Cibernéticos da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), que é responsável por uma política institucional de atuação e capacitação para os membros do MPF voltada para a efetiva repressão dos crimes cibernéticos. Por conseguinte, o aprimoramento desses meios de defesa é realizado por intermédio de cursos de treinamento para novos procuradores e também aos já integrantes da carreira, de forma que a iniciativa também possa ser ampliada para os juízes federais. Entre as principais dificuldades no enfrentamento aos crimes digitais, temos: a ausência de legislação sobre o assunto (até o Marco Civil da Internet e de artigos no CP sobre crimes cibernéticos) – Projeto de Lei do Senado (PLS nº 236/2012) de alteração do Código Penal – ou a deficiência na Lei nº 12.737/2012, mais conhecida como Lei Carolina Dieckmann; a ausência de canal único de denúncias, o que acaba por desencadear investigações duplicadas; sites hospedados em localidades estrangeiras com cooperação internacional pouco eficiente; a falta de controle das lan houses sobre os usuários e redes abertas, dentre outros. De antemão, destacamos que os maiores desafios do Sistema Judiciário vêm sendo conseguir acompanhar os avanços tecnológicos, lidar com a resistência de empresas em cumprir a legislação brasileira e assegurar a proteção dos dados pessoais, vide a resistência de provedores e aplicativos de celular que atuam no Brasil em fornecer informações à Justiça, como ocorre com o Facebook e o WhatsApp. Para tanto, o Ministério Público Federal atua não somente por meio de capacitações ou ações aprimoradas, como também promove parcerias com organizações como a ONG SaferNet Brasil que com o apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br e coordenação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão - PFDC, desenvolve campanhas cidadãs como o Projeto "Ministério Público pela Educação Digital nas Escolas" e assim vem mudando a realidade de acesso digital em mais de dez capitais brasileiras. Por fim, podemos concluir que o MPF, ao longo de toda sua atuação, busca então o cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação, em todos os níveis de ensino, incluindo a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e responsável da Internet como ferramenta para o exercício da cidadania, a promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico.
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