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RESOLUCAO 001 2010 REGULAMENTACAO EDUC BAS

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
RESOLUÇÃO N° 001 DE 05 DE JANEIRO DE 2010.
O Presidente do CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições, em 
consonância com o disposto no Art. 211 da Constituição Federal e Arts. 8º e 10 da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional – LDB nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e de acordo com 
Reuniões Plenárias realizadas em 15 e 17/12/2009 com aprovação do Anteprojeto de Resolução 
003/2009 CEE/PA:
RESOLVE PROMULGAR A SEGUINTE RESOLUÇÃO:
EMENTA:Dispõe sobre a regulamentação e a 
consolidação das normas estaduais e nacionais 
aplicáveis à Educação Básica no Sistema 
Estadual de Ensino do Pará. 
TÍTULO I
Da Educação
Art. 1º. Em consonância com as normas nacionais e estaduais, a educação no Sistema Estadual de 
Ensino do Pará abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na 
convivência humana, no trabalho, nas Instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e 
nas organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Parágrafo único. Esta Resolução disciplina a educação escolar, no âmbito do Sistema Estadual de 
Ensino do Pará, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em Instituições 
próprias e deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Art. 2º. A educação no Sistema Estadual de Ensino do Pará é dever da família, do Estado e de seus 
Municípios, e tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho, tendo por base os princípios de liberdade e os ideais 
de solidariedade humana, além de:
I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o 
saber;
III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV. respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. coexistência de Instituições públicas e privadas de ensino;
VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. valorização do profissional da educação escolar;
VIII. gestão democrática do ensino público, na forma da legislação do Sistema Estadual de 
Ensino do Pará;
IX. garantia de padrão de qualidade;
X. valorização da experiência extra-escolar;
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XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. compromisso com uma educação anti-racista pela vivência de relações etnicorraciais e a 
 promoção do bem de todos sem preconceito e sem outras formas de discriminação. 
Art. 3º. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do Sistema Estadual de 
Ensino do Pará, terão a incumbência de:
I. elaborar e executar sua proposta pedagógica e seu regimento escolar;
II. administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III. assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidas;
IV. velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V. prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI. articular com as famílias e com a comunidade, criando processos de integração da 
sociedade com a escola;
VII. informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis 
legais, sobre a freqüência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da 
proposta pedagógica da escola; 
VIII. notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca e ao 
respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem 
quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual permitido em lei. 
Art. 4º. Os docentes incumbir-se-ão de:
I. participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento 
de ensino;
III. zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V. ministrar os dias letivos e horas-aulas estabelecidos, além de participar integralmente dos 
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Art. 5º. As Instituições de ensino do Sistema Estadual de Ensino do Pará, dos diferentes níveis, 
classificam-se e enquadram-se nas categorias estabelecidas pela legislação nacional em vigor. 
TÍTULO II
Da Educação Básica
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 6º. A Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino do Pará – formada pela Educação 
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio –, respeitadas as normas nacionais em vigor, poderá 
organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de 
estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por 
forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o 
recomendar.
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre 
estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais, 
bem como as disposições constantes de capítulo próprio da presente Resolução.
§ 2º O calendário escolar poderá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e 
econômicas, mediante autorização deste Conselho Estadual de Educação, sem com isso reduzir o 
número de horas letivas previsto na legislação nacional em vigor.
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Art. 7º. A Educação Básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as 
seguintes regras comuns:
I. a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, 
quando houver;
II. a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do Ensino Fundamental, 
pode ser feita:
a) por promoção, para os alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase 
anterior, na própria escola;
b) por transferência, para os candidatos procedentes de outras escolas, mediante 
apreciação do histórico escolar, que contenha o registro do aproveitamento dos 
conteúdos da base nacional comum do currículo e da parte diversificada;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, 
que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição 
na série ou etapa adequada, de acordo com o seu preparo;
d) em qualquer das hipóteses disciplinadas nas alíneas anteriores, na classificação do 
aluno deverão ser considerados os elementos idade e conhecimento de conteúdos que 
compõem a base curricular comum em nível nacional;
e) para fins do disposto na alínea “b”, o aluno transferido retido em disciplina da parte 
diversificada poderá ser matriculado na série ou etapa subseqüente, a critério da escola 
pretendida, com base em suas disposições regimentais, e/ou no caso da referida 
disciplina não constar em sua matriz curricular;
f) para fins do disposto na alínea “c”, a classificação do aluno se dará por meio de teste 
classificatório, considerando-se o elenco curricular da base nacional comum, do Ensino 
Fundamental ou Ensino Médio, com especial destaque para os conteúdos de Língua 
Portuguesa, ciências da natureza e matemática, história e geografia, devendo os 
resultados do referido teste integrar os documentos acadêmicos do aluno.
III. nos estabelecimentos de ensino que adotam a progressão regular por série e por 
disciplina, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, salvo nas séries 
iniciais do Ensino Fundamental, respeitando-se asseguintes regras: 
a) ocorrerá a progressão parcial nas hipóteses em que o aluno não obtiver 
aproveitamento em, no máximo, três disciplinas da série anterior; 
b) o aluno que não obtiver progressão em mais de três disciplinas por série ficará retido e 
poderá cursar apenas aquelas disciplinas em que não tiver obtido êxito;
c) o estabelecimento de ensino que optar pelo regime de progressão parcial deverá 
disciplinar a matéria em seu Regimento Escolar;
d) fica vedada a progressão do aluno, caso o mesmo não curse ou não obtenha 
aproveitamento satisfatório nas disciplinas cursadas em regime de dependência, no ano 
letivo imediatamente posterior;
e) os estabelecimentos de ensino do Sistema Estadual do Pará deverão, 
obrigatoriamente, proporcionar ao aluno objeto da progressão parcial o direito de cursar 
as disciplinas em dependência no ano letivo imediatamente posterior à respectiva série 
na qual não obteve aproveitamento nessas disciplinas, sob pena da aplicação das 
medidas legais cabíveis, garantindo-se ao aluno o pleno direito à progressão regular de 
seus estudos; 
f) com vistas ao cumprimento das determinações constantes das alíneas anteriores, os 
estabelecimentos de ensino ficam obrigados a ofertar, em benefício dos alunos em 
dependência, as referidas disciplinas, preferencialmente, em turno contrário e/ou, 
excepcionalmente, em regime modular, em períodos em que não há aulas regulares, 
férias escolares e/ou finais de semana;
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g) os estabelecimentos de ensino que optarem pela progressão parcial deverão fazer 
constar em seu Projeto Pedagógico a organização didática da dependência de estudos, 
visando a seqüência curricular, de forma a assegurar o estudo das disciplinas e dos 
conteúdos que constituem pré e co-requisito para aprendizagem;
h) respeitando-se o disposto na alínea “f”, a dependência de estudos será cursada em 
período distinto do qual o aluno estiver regularmente matriculado, estando sujeito ao 
cumprimento da carga horária da disciplina e aos respectivos critérios de avaliação, 
exigindo-se o percentual mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) de freqüência em 
cada uma das disciplinas em dependência; 
i) em casos excepcionais, em que os alunos fiquem retidos na disciplina cursada em 
dependência, quando aprovados na série ou etapa superveniente na mesma disciplina, 
o Conselho de Classe ou Escolar poderá decidir pela matrícula do aluno, na série 
seguinte, sem dependência, tomando por base, também, o aproveitamento global do 
aluno.
IV. poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis 
equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, Artes ou 
outros componentes curriculares;
V. a verificação do rendimento escolar, sob a responsabilidade do estabelecimento de 
ensino, será regulamentada no regimento escolar, observando os seguintes critérios:
a) nos ensinos fundamental e médio será exigida a freqüência mínima de 75% (setenta e 
cinco por cento) do total da carga horária estabelecida para o período letivo em qualquer 
das formas de organização adotada.
b) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos 
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre 
os de eventuais provas finais;
c) avaliação da aprendizagem, considerando-se, obrigatoriamente, os componentes 
curriculares da base nacional comum e, de conformidade com as disposições regimentais 
das Instituições escolares, da parte diversificada.
d) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
e) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
f) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
g) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, 
para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas Instituições de 
ensino em seus regimentos;
VI. o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento, 
sendo exigida a freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas 
letivas para aprovação;
VII. cabe a cada Instituição de ensino, desde que devidamente credenciada e autorizada pelo 
Órgão Normativo do Sistema, expedir históricos escolares, declarações de conclusão de 
série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.
Art. 8º. Com vistas ao acolhimento do disposto no artigo 25 da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional – LDB nº. 9.394/1996, o atendimento à demanda escolar nas unidades escolares 
do Sistema Estadual de Ensino do Pará se dará de acordo com os seguintes requisitos qualitativos 
mínimos:
I. no tocante à relação professor-aluno:
a) até 08 alunos por professor em classes que abriguem crianças de 0 a 1 ano;
b) até 15 alunos por professor em classes que abriguem crianças de 1 a 3 anos;
c) até 25 alunos por professor em classes de pré-escola e nos dois primeiros anos do 
Ensino Fundamental;
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d) até 35 alunos por professor em classes dos demais anos iniciais do Ensino 
Fundamental;
e) até 40 alunos por professor em classes dos anos finais do Ensino Fundamental, do 
Ensino Médio e de Educação de Jovens e Adultos. 
II. no atendimento às demais demandas:
a) matrícula em turno compatível com a idade cronológica, respeitando, inclusive, o turno 
de trabalho do aluno;
b) atendimento, preferencialmente, em escola pública próxima à residência do aluno;
c) oferta de transporte para os alunos residentes na zona rural do mesmo município; para 
os alunos residentes em áreas urbanas de difícil acesso ou para melhor acomodação da 
demanda escolar e para os alunos com deficiência, quando necessário;
d) inclusão do aluno com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento ou altas 
habilidades, sempre que possível, nas unidades escolares que tenham condições 
adequadas de acessibilidade;
e) oferta de vagas àqueles com defasagem de idade/série na modalidade de ensino 
adequada;
f) estabelecimento do número de alunos por sala de aula observando o índice de 
metragem de 1,20 m2 por aluno em carteira individual, correspondendo, no mínimo, a 
1,00 m2 por aluno, exceção feita à Educação Infantil, para a qual recomenda-se a 
utilização de 1,5 m2 por criança atendida em salas de atividades em área coberta;
g) oferta de salas de aula que atendam a padrões de qualidade de iluminação e 
ventilação estabelecidos pelos órgãos nacionais de controle e vigilância sanitária;
§ 1º As Instituições de Ensino terão prazo de três anos, a partir da data de publicação desta 
Resolução, para atender ao limite de número de alunos por professor de que trata o caput deste 
artigo.
§ 2º Além dos requisitos qualitativos mínimos especificados neste artigo, as etapas da Educação 
Básica, de acordo com suas especificidades, receberão tratamento diferenciado em capítulos 
próprios da presente Resolução.
Art. 9º. Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum, a ser 
complementada de acordo com as disposições constantes de capítulos próprios da presente 
Resolução, por uma parte diversificada de, no mínimo, 200 (duzentas) horas anuais, nos termos da 
legislação nacional que disciplina a matéria.
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da Língua 
Portuguesa e da Matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e 
política, especialmente do Brasil.
§ 2º O ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da Educação 
Básica, de forma a promovero desenvolvimento cultural dos alunos, podendo os referidos conteúdos 
ser oferecidos, respeitando-se a organização escolar flexível prevista na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional – LDBEN nº. 9.394/1996.
§ 3º A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular 
obrigatório da Educação Básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
I. que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a 06 (seis) horas; 
II. maior de 30 (trinta) anos de idade; 
III. que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à 
prática da Educação Física; 
IV. amparado pelo Decreto-Lei nº. 1.044, de 21 de outubro de 1969; 
V. que tenha prole. 
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta a diversidade etnicorracial que contribuiu para a 
formação do povo brasileiro, especialmente as matrizes indígenas, africanas e européias. .
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§ 5º A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que 
trata o § 2º deste artigo. 
Art. 10. Nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e de Ensino Médio, públicos e privados, o 
estudo da História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena, torna-se obrigatório como conteúdo 
programático, conforme estabelecido na legislação em vigor. 
§ 1º. O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da História e da 
Cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, 
tais como o estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no 
Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, 
resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do 
Brasil. 
§ 2º. Os conteúdos referentes à História e Cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros 
serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas Artes, Literatura e História 
brasileiras. 
§ 3º. A escola deve promover ações diversas que valorizem a contribuição dos africanos e dos afro-
descendentes para a cultura nacional e incluir, no calendário da escola, com efetivo trabalho escolar, 
o “Dia Nacional da Consciência Negra”, 20 de novembro, e outras datas significativas, como: “Dia da 
Abolição da Escravatura”, “Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo”, 13 de maio, e o “Dia 
Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial”, 21 de março.
Art.11. A Educação Ambiental integrada a proposta pedagógica da escola deverá ser desenvolvida 
transversalmente e preferencialmente na área de ciências e tecnologia, relevando as questões 
regionais e aos cuidados com os recursos naturais de forma sustentável. 
Art. 12. Em atendimento às disposições legais em vigor, a partir do ano letivo de 2011 a língua 
espanhola será ofertada no Sistema Estadual de Ensino do Pará, nas redes pública e privada, de 
forma facultativa no Ensino Fundamental e obrigatória no Ensino Médio. 
§ 1º A oferta da Língua Espanhola pelas redes públicas de ensino deverá ser feita no horário regular 
de aula dos alunos. 
§ 2º Poderão as Instituições de ensino da rede privada adotar diferentes estratégias de oferta da 
língua espanhola, incluindo aulas convencionais durante o horário normal dos alunos até matrículas 
em cursos e centros de estudos de língua moderna. 
Art. 13. Os conteúdos curriculares da Educação Básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
I. a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos 
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II. consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III. orientação para o trabalho;
IV. promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.
CAPÍTULO II 
Da Educação Infantil
Art. 14. A Educação Infantil, direito da criança e obrigação do Estado e da família, enquanto primeira 
etapa da Educação Básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos 
de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da 
família e da comunidade.
Art. 15. A Educação Infantil será oferecida em:
I. creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até 03 (três) anos de idade;
II. pré-escolas, para as crianças de 04 (quatro) e 05 (cinco) anos de idade.
Art. 16. As Instituições de Educação Infantil que atendem, simultaneamente, crianças de zero a 03 
(três) anos em creches e de 04 (quatro) a 05 (cinco) anos em Pré-Escola, poderão constituir Centros 
de Educação Infantil com denominação própria.
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Art. 17. As crianças com necessidades especiais, transtornos globais do desenvolvimento ou altas 
habilidades, serão atendidas sistematicamente, nas próprias creches e pré-escolas, respeitando-se o 
direito ao atendimento adequado em seus diferentes aspectos.
Art. 18. As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem respeitar os 
seguintes Fundamentos Norteadores:
I. Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao 
Bem Comum;
II. Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício da Criticidade e do 
Respeito à Ordem Democrática;
III. Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de 
Manifestações Artísticas e Culturais.
§ 1º As Instituições de Educação Infantil, ao definir suas Propostas Pedagógicas, deverão explicitar o 
reconhecimento da importância da identidade pessoal de alunos, suas famílias, professores e outros 
profissionais, e a identidade de cada Unidade Educacional, nos vários contextos em que se situem.
§ 2º As Instituições de Educação Infantil devem promover, em suas Propostas Pedagógicas, práticas 
de educação e cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, 
afetivos, cognitivo/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e 
indivisível.
§ 3º As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil, ao reconhecer as crianças 
como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprios, com os demais e o próprio 
ambiente de maneira articulada e gradual, devem buscar, a partir de atividades intencionais, em 
momentos de ações, ora estruturadas, ora espontâneas e livres, a interação entre as diversas áreas 
de conhecimento e os aspectos da vida cidadã, contribuindo, assim, com o provimento de conteúdos 
básicos para a constituição de conhecimentos e valores.
§ 4º As Propostas Pedagógicas para a Educação Infantil devem organizar suas estratégias de 
avaliação, através do acompanhamento e dos registros de etapas alcançadas nos cuidados e na 
educação para crianças de 0 a 5 anos, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao 
Ensino Fundamental.
§ 5º As Propostas Pedagógicas e os regimentos das Instituições de Educação Infantil devem, em 
clima de cooperação, proporcionar condições de funcionamento das estratégias educacionais, do 
uso do espaço físico, do horário e do calendário escolar, que possibilitem a adoção, execução, 
avaliação e o aperfeiçoamento de suas diretrizes.
§ 6º Para a consecução de seus objetivos, as Instituições desse nível de ensino deverão organizar 
equipes multiprofissionais, para atendimento específico às turmas sob sua responsabilidade e as 
peculiaridades inerentes às faixas etárias compreendidas pelas creches e pré-escolas, sendo que 
para as primeiras, no mínimo, tais equipes deverão ser integradas por psicólogos, pediatras, 
nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros, dentre outros.
Art. 19. Além das normas gerais constantes da presente Resolução, as Instituições de Educação 
Infantildeverão atender aos seguintes requisitos qualitativos, a fim de favorecer o desenvolvimento 
das crianças de zero a cinco anos: 
I. quando se tratar de turmas de Educação Infantil, em escolas de Ensino Fundamental e/ou 
médio, os espaços destinados à Educação Infantil deverão ser de uso exclusivo das 
crianças de zero a 05 (cinco) anos;
II. somente poderão ser compartilhados com os demais níveis de ensino os espaços que 
permitam a ocupação em horário diferenciado, respeitando a proposta pedagógica da 
escola.
Art. 20. As instalações internas deverão atender às diferentes funções da Instituição de Educação 
Infantil, contemplando estruturas básicas:
I. espaços para recepção;
II. salas para professores e para os serviços administrativo pedagógico e de apoio;
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III. salas para atividades das crianças, com boa ventilação e iluminação, com mobiliário e 
equipamentos adequados;
IV. refeitórios, instalações e equipamentos para o preparo de alimentos, que atendam às 
exigências de nutrição, saúde, higiene e segurança nos casos de oferecimento de 
alimentação;
V. instalações sanitárias completas, suficientes e próprias para uso exclusivo das crianças;
VI. berçário, se for o caso, provido de berço individuais, área livre para movimentação das 
crianças, locais para amamentação e para higienização, com balcões e pia e espaço para 
o banho de sol das crianças;
VII. área coberta para atividades externas compatível com a capacidade de atendimento da 
Instituição por turno.
Art. 21. As áreas ao ar livre deverão possibilitar as atividades de expressão física, artística e de 
lazer, contemplando também áreas verdes.
CAPÍTULO III
Do Ensino Fundamental
Art. 22. O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola 
pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, 
mediante: 
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno 
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das Artes 
e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de 
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de 
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Art. 23. O Ensino Fundamental de 9 (nove) anos de duração compreende a faixa etária de 6 (seis) a 
14 (quatorze) anos de idade, conforme as disposições a seguir:
I. anos iniciais: de 6 (seis) a 10 (dez) anos de idade, com duração de 5 (cinco) anos;
II. anos finais: de 11 (onze) a 14 (quatorze) anos de idade, com duração de 4 (quatro) anos;
Art. 24. Terão direito à matrícula no 1º ano do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos as crianças 
que:
I. tiverem completado 6 (seis) anos de idade até o início do ano letivo;
II. demonstrarem a capacidade de aprendizagem de acordo com a avaliação pedagógica da 
Instituição que as recebem. 
Art. 25. Os Projetos Pedagógicos do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos deverão assegurar a 
transição natural da Educação Infantil, recomendando-se às unidades escolares do Sistema Estadual 
de Ensino do Pará, em consonância com as práticas nacionalmente aceitas, organizar as séries 
iniciais do Ensino Fundamental em ciclos seqüenciais, incluindo, no mínimo, os seus 3 (três) anos 
iniciais.
§ 1º para cumprimento do estabelecido no caput considere-se que os 3 (três) anos iniciais do Ensino 
Fundamental de 9 (nove) anos devem voltar-se à alfabetização e ao letramento, sendo necessário 
assegurar que, neste período, a ação pedagógica desenvolva as diversas expressões e o 
aprendizado das áreas de conhecimento estabelecidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais, 
garantindo-se o estudo articulado das Ciências Sociais, das Ciências Naturais, das Noções Lógico-
Matemáticas e das Linguagens.
§ 2º O Ensino Fundamental regular será ministrado em Língua Portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem.
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§ 3º O Ensino Fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como 
complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
Art. 26. O currículo do Ensino Fundamental no Sistema Estadual de Ensino do Pará incluirá, 
obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, aqueles 
elencados nas respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais e na presente Resolução, bem como 
uma parte diversificada, que deverá ser constituída a partir da seleção dos seguintes conteúdos:
a) Língua estrangeira;
b) Redação e expressão;
c) Literatura;
d) Estudos regionais;
e) Educação ambiental;
f) Estudos paraenses;
g) Informática;
h) Formação profissional e de preparação para o trabalho;
i) Higiene e saúde;
j) Educação para o trânsito;
k) Sociologia;
l) Filosofia;
m) Ciências da natureza (física, química e biologia);
n) Ciência e tecnologia;
o) Cultura e sociedade;
p) Informação sexual;
q) Educação para a cidadania.
Parágrafo único. As Instituições de ensino poderão incluir na parte diversificada de seu currículo 
conteúdos não elencados no caput, visando ao atendimento das necessidades locais.
Art. 27. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir do sexto ano, o 
ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade 
escolar, dentro das possibilidades da Instituição.
Art. 28. O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do 
cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, 
assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de 
proselitismo.
§ 1º Os conteúdos de Ensino Religioso serão definidos pela escola, em seu projeto pedagógico, 
levando em conta os seguintes pressupostos:
I. concepção do conhecimento humano, das relações entre ciência e fé, da 
interdisciplinaridade e da contextualização como referências de sustentação da 
organização curricular;
II. compreensão da experiência religiosa, manifesta nas diversas culturas, reconhecendo 
o transcendente e o sagrado, por meio de fontes escritas e orais, ritos, símbolos e 
outras formas de expressão, identificadas e organizadas pelas tradições religiosas;
III. reconhecimento dos principais valores éticos e morais, presentes nas tradições 
religiosas, e sua importância na formação do cidadão, a promoção da justiça e da 
solidariedade humanas, a convivência com a natureza e o cultivo da paz;
IV. a compreensão de várias manifestações de vivências religiosas no contexto escolar, 
cujo conhecimento deve promover a tolerância e o convívio respeitoso com o diferente 
e o compromisso sócio-político com a equidade social no Brasil;
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V. reconhecimento da diversidade de experiências religiosas e das formas de diálogo 
entre as religiões e a sociedade atual.
§ 2º Os conteúdos de Ensino Religioso serão articuladamente trabalhados com os das outras áreas 
do conhecimento.
§ 3º A carga horária da disciplina de Ensino Religioso será cumprida de acordo com o projeto 
pedagógico, devendo ser acrescida ao mínimo de 800 (oitocentas) horas anuais.
§ 4º A escola estabelecerá horário normal de aulas das classes de Ensino Fundamental para os 
optantes da disciplina Ensino Religioso e de outras atividades pedagógicas para os não optantes.
§ 5º A opção do aluno pelo Ensino Religioso constará do histórico escolar e será efetivada no ato damatrícula pelo aluno ou seu representante legal.
§ 6º São dispensados os resultados da avaliação de aprendizagem de Ensino Religioso para fins de 
promoção do aluno na Educação Básica.
Art. 29. A jornada escolar no Ensino Fundamental incluirá pelo menos 04 (quatro) horas de trabalho 
efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência do aluno na 
escola.
§ 1º São ressalvados os casos excepcionais do ensino noturno e das formas alternativas de 
organização autorizadas nesta Resolução e nas normas nacionais pertinentes.
§ 2º O Ensino Fundamental, em atendimento às disposições legais em vigor, será ministrado 
progressivamente em tempo integral no Sistema Estadual de Ensino do Pará.
CAPÍTULO IV
Do Ensino Médio
Art. 30. O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, terá 
como finalidades:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino 
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar 
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de 
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o 
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV. a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, 
relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Art. 31. O currículo do Ensino Médio observará o disposto no Capítulo I desta Resolução, no que 
couber, e os seguintes parâmetros:
I. destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das 
Letras e das Artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a 
Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e 
exercício da cidadania;
II. adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes;
III. será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela 
comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da 
Instituição.
IV. serão incluídos conteúdos obrigatórios de Filosofia e Sociologia em todo o Ensino Médio 
e, quando a organização desse nível de ensino for seriada, em todas as séries e, ainda, 
caso sua organização se dê disciplinarmente, tais conteúdos serão ofertados em 
disciplinas próprias e específicas. 
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao 
final do Ensino Médio o educando demonstre:
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I. domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
II. conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
§ 2º Os cursos do Ensino Médio terão equivalência legal e habilitarão ao prosseguimento de estudos.
Art. 32. Com a finalidade de consolidar as modernas concepções que norteiam o Ensino Médio 
brasileiro e, com vistas à superação das históricas dificuldades conceituais e de finalidade desse 
segmento da Educação Básica, ratificam-se, na presente Resolução, as Diretrizes Curriculares 
Nacionais, de acordo com o que segue e com os princípios estéticos, políticos e éticos, 
compreendendo: 
I. a Estética da Sensibilidade, que deverá substituir a da repetição e padronização, 
estimulando a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, e a 
afetividade, bem como facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a 
inquietação, conviver com o incerto e o imprevisível, acolher e conviver com a 
diversidade, valorizar a qualidade, a delicadeza, a sutileza, as formas lúdicas e alegóricas 
de conhecer o mundo e fazer do lazer, da sexualidade e da imaginação um exercício de 
liberdade responsável;
II. a Política da Igualdade, tendo como ponto de partida o reconhecimento dos direitos 
humanos e dos deveres e direitos da cidadania, visando à constituição de identidades que 
busquem e pratiquem a igualdade no acesso aos bens sociais e culturais, o respeito ao 
bem comum, o protagonismo e a responsabilidade no âmbito público e privado, o combate 
a todas as formas discriminatórias e o respeito aos princípios do Estado de Direito na 
forma do sistema federativo e do regime democrático e republicano;
III. a Ética da Identidade, buscando superar dicotomias entre o mundo da moral e o mundo 
da matéria, o público e o privado, para constituir identidades sensíveis e igualitárias no 
testemunho de valores de seu tempo, praticando um humanismo contemporâneo, pelo 
reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do outro e pela incorporação da 
solidariedade, da responsabilidade e da reciprocidade como orientadoras de seus atos na 
vida profissional, social, civil e pessoal. 
Art. 33. As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão 
competências básicas, conteúdos e formas de tratamento deles, previstas pelas finalidades do 
Ensino Médio, nos termos a seguir especificados:
I. desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo, da autonomia 
intelectual e do pensamento crítico, de modo a ser capaz de prosseguir os estudos e de 
adaptar-se com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento; 
II. constituição de significados socialmente construídos e reconhecidos como verdadeiros 
sobre o mundo físico e natural, sobre a realidade social e política; 
III. compreensão do significado das ciências, das letras e das Artes e do processo de 
transformação da sociedade e da cultura, em especial as do Brasil, de modo a possuir as 
competências e habilidades necessárias ao exercício da cidadania e do trabalho;
IV. domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção 
moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em seus produtos como em seus 
processos, de modo a ser capaz de relacionar a teoria com a prática e o desenvolvimento 
da flexibilidade para novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
V. competência no uso da Língua Portuguesa, das línguas estrangeiras e outras linguagens 
contemporâneas como instrumentos de comunicação e como processos de constituição 
de conhecimento e de exercício de cidadania. 
Art. 34. Para cumprir as finalidades do Ensino Médio, as escolas organizarão seus currículos de 
modo a: 
I. ter presente que os conteúdos curriculares não são fins em si mesmos, mas meios 
básicos para constituir competências cognitivas ou sociais, priorizando-as sobre as 
informações; 
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II. ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos 
e competências; 
III. adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do 
conhecimento e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e 
outras competências cognitivas superiores; 
IV. reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e 
requerem trabalhar a afetividade do aluno. 
Art. 35. Os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade e Autonomia, da Interdisciplinaridade, 
transdisciplinaridade e da Contextualização serão adotados como estruturadores dos currículos do 
Ensino Médio. 
Art. 36. Na observância da Contextualização, as escolas terão presente que: 
I. na situação de ensino e aprendizagem, o conhecimento é transposto da situação em que 
foi criado, inventado ou produzido, e por causa desta transposição didática deve ser 
relacionado com a prática ou a experiência do aluno a fim de adquirir significado; 
II. a relação entre teoria e práticarequer a concretização dos conteúdos curriculares em 
situações mais próximas e familiares do aluno, nas quais se incluem as do trabalho e do 
exercício da cidadania; 
III. a aplicação de conhecimentos constituídos na escola às situações da vida cotidiana e da 
experiência espontânea permite seu entendimento, crítica e revisão. 
Art. 37. A base nacional comum dos currículos do Ensino Médio será organizada em áreas de 
conhecimento, a seguir especificadas, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais desse 
nível da Educação Básica.
I. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, objetivando a constituição de competências e 
habilidades que permitam ao educando:
a) Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de 
organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, 
comunicação e informação.
b) Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas 
manifestações específicas.
c) Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando 
textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das 
manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
d) Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de 
significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
e) Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a 
informações e a outras culturas e grupos sociais.
f) Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las 
aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que 
se propõem solucionar.
g) Entender a natureza das tecnologias da informação como integração de diferentes 
meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas 
exercem na sua relação com as demais tecnologias.
h) Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida, nos 
processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
i) Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em 
outros contextos relevantes para sua vida.
II. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, objetivando a constituição de 
habilidades e competências que permitam ao educando:
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a) Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se 
desenvolvem por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o 
desenvolvimento científico com a transformação da sociedade.
b) Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das ciências naturais. 
c) Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a 
produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos 
e tecnológicos.
d) Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e 
sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determinação de amostras e 
cálculo de probabilidades.
e) Identificar, analisar e aplicar conhecimentos sobre valores de variáveis, representados 
em gráficos, diagramas ou expressões algébricas, realizando previsão de tendências, 
extrapolações e interpolações e interpretações.
f) Analisar qualitativamente dados quantitativos representados gráfica ou algebricamente 
relacionados a contextos sócio-econômicos, científicos ou cotidianos.
g) Apropriar-se dos conhecimentos da física, da química e da biologia e aplicar esses 
conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e 
avaliar ações de intervenção na realidade natural.
h) Identificar, representar e utilizar o conhecimento geométrico para o aperfeiçoamento 
da leitura, da compreensão e da ação sobre a realidade.
i) Entender a relação entre o desenvolvimento das ciências naturais e o desenvolvimento 
tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propuseram e 
propõem solucionar.
j) Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências naturais na sua vida 
pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida 
social.
l) Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em 
outros contextos relevantes para sua vida.
m) Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e aplicá-las em 
situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
III. Ciências Humanas e suas Tecnologias, objetivando a constituição de competências e 
habilidades que permitam ao educando:
a) Compreender os elementos cognitivos, afetivos, sociais e culturais que constituem a 
identidade própria e dos outros.
b) Compreender a sociedade, sua gênese e transformação e os múltiplos fatores que 
nelas intervêm, como produtos da ação humana; a si mesmo como agente social; e os 
processos sociais como orientadores da dinâmica dos diferentes grupos de indivíduos.
c) Compreender o desenvolvimento da sociedade como processo de ocupação de 
espaços físicos e as relações da vida humana com a paisagem, em seus 
desdobramentos político-sociais, culturais, econômicos e humanos.
d) Compreender a produção e o papel histórico das Instituições sociais, políticas e 
econômicas, associando-as às práticas dos diferentes grupos e atores sociais, aos 
princípios que regulam a convivência em sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, 
à justiça e à distribuição dos benefícios econômicos.
e) Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as práticas 
sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematização e protagonismo 
diante de situações novas, problemas ou questões da vida pessoal, social, política, 
econômica e cultural.
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f) Entender os princípios das tecnologias associadas ao conhecimento do indivíduo, da 
sociedade e da cultura, entre as quais as de planejamento, organização, gestão, trabalho 
de equipe, e associá-las aos problemas que se propõem resolver.
g) Entender o impacto das tecnologias associadas às ciências humanas sobre sua vida 
pessoal, os processos de produção, o desenvolvimento do conhecimento e a vida social.
h) Entender a importância das tecnologias contemporâneas de comunicação e 
informação para o planejamento, gestão, organização, fortalecimento do trabalho de 
equipe.
i) Aplicar as tecnologias das ciências humanas e sociais na escola, no trabalho e outros 
contextos relevantes para sua vida.
CAPÍTULO V
Da Educação Profissional
Art. 38. Para fins da presente Resolução, que disciplina a Educação Básica do Sistema Estadual de 
Ensino do Pará, a educação profissional abrange os seguintes cursos:
I. formação inicial e continuada de trabalhadores;
II. Educação Profissional Técnica de nível médio.
Art. 39. A educação profissional observará as seguintes premissas:
I. organização, por eixos tecnológicos, em função da estrutura sócio-ocupacional e 
tecnológica;
II. articulação de esforços das áreas da educação, do trabalho e emprego, e da ciência e 
tecnologia.
Art. 40. Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no 
inciso I do art. 38, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização 
poderão ser ofertados segundo itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões 
para a vida produtiva e social.
§ 1º Para fins do disposto no caput considera-se itinerário formativo o conjunto de etapas que 
compõem a organização da educação profissional em um determinado eixo tecnológico, 
possibilitando o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos.
§ 2º Oscursos mencionados no caput articular-se-ão, preferencialmente, com os cursos de 
educação de jovens e adultos, objetivando a qualificação para o trabalho e a elevação do nível de 
escolaridade do trabalhador, o qual, após a conclusão com aproveitamento dos referidos cursos, fará 
jus a certificados de formação inicial ou continuada para o trabalho. 
Art. 41. Sem prejuízo das demais disposições desta Resolução, para fins do disposto no inciso II do 
art. 38, o Ensino Médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício 
de profissões técnicas. 
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional 
poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de Ensino Médio ou em cooperação com 
Instituições especializadas em Educação Profissional. 
Art. 42. A Educação Profissional Técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes formas:
I. articulada com o Ensino Médio; 
II. subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o Ensino Médio. 
Parágrafo único. A Educação Profissional Técnica de nível médio deverá observar: 
I. os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo 
Conselho Nacional de Educação; 
II. as exigências de cada Instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico e 
legislação em vigor. 
Art. 43. A Educação Profissional Técnica de nível médio articulada, no Sistema Estadual de Ensino 
do Pará, será desenvolvida de forma:
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I. integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o Ensino Fundamental, sendo o 
curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível 
médio, na mesma Instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno; 
II. concomitante, oferecida a quem ingresse no Ensino Médio ou esteja cursando, efetuando-
se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer: 
a) na mesma Instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais 
disponíveis;
b) em Instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais 
disponíveis;
c) em Instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, 
visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado. 
Art. 44. Os cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio oferecidos na forma integrada 
com o Ensino Médio, na mesma Instituição de ensino ou na forma concomitante com o Ensino 
Médio, em Instituições de ensino distintas, mas com projetos pedagógicos unificados, mediante 
convênio de intercomplementaridade, deverão ter seus planos de curso técnico de nível médio e 
projetos pedagógicos específicos contemplando essa situação, submetidos à devida aprovação 
deste Conselho Estadual de Educação.
Art. 45. Os cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio realizados de forma integrada 
com o Ensino Médio, terão suas cargas horárias totais ampliadas para um mínimo de 3.000 (três mil) 
horas para as habilitações profissionais que exigem mínimo de 800 (oitocentas) horas; de 3.100 (três 
mil e cem) horas para aquelas que exigem mínimo de 1.000 (mil) horas e 3.200 (três mil e duzentas) 
horas para aquelas que exigem mínimo de 1.200 (mil e duzentas) horas.
Art. 46. Os cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio realizados nas formas 
concomitante ou subseqüente ao Ensino Médio deverão considerar a carga horária total do Ensino 
Médio, nas modalidades regular ou de Educação de Jovens e Adultos e praticar a carga horária 
mínima exigida pela respectiva habilitação profissional, da ordem de 800 (oitocentas), 1.000 (mil) ou 
1.200 (mil e duzentas) horas, segundo o correspondente eixo tecnológico.
Parágrafo único – As cargas horárias destinadas aos estágios curriculares dos alunos devem ser 
acrescidas às mínimas estabelecidas no caput, bem como figurar na matriz curricular dos respectivos 
cursos.
Art. 47. Os diplomas de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio, quando 
registrados, terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento de estudos na educação 
superior.
Parágrafo único. O conhecimento adquirido na educação profissional e no trabalho poderá ser 
objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos, 
de acordo com a legislação em vigor e as normas dispostas no regimento escolar das Instituições de 
ensino. 
Art. 48. Os cursos e programas de Educação Profissional Técnica de nível médio, quando 
estruturados e organizados em etapas com terminalidade, incluirão saídas intermediárias, que 
possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após sua conclusão com 
aproveitamento.
§ 1º Para fins do disposto no caput considera-se etapa com terminalidade a conclusão intermediária 
de cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio que caracterize uma qualificação para o 
trabalho, claramente definida e com identidade própria.
§ 2º As etapas com terminalidade deverão estar articuladas entre si, compondo os itinerários 
formativos e os respectivos perfis profissionais de conclusão.
Art. 49. No âmbito do Sistema Estadual de Ensino do Pará, ficam as Instituições obrigadas a 
observar o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio, instituído pelo MEC, que define a 
carga horária mínima para cada um dos cursos dele constantes, bem como um breve descritor do 
curso, possibilidades de temas a serem abordados, possibilidades de atuação dos profissionais 
formados e infra-estrutura recomendada para a implantação do curso.
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Art. 50. Os cursos constantes no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio serão 
organizados por eixos tecnológicos definidores de um projeto pedagógico que contemple as 
trajetórias dos itinerários formativos e estabeleça exigências profissionais que direcionem a ação 
educativa das Instituições e do Sistema Estadual de Ensino do Pará na oferta da Educação 
Profissional Técnica.
Art. 51. As Instituições de ensino que mantenham cursos técnicos de nível médio cujas 
denominações e planos de curso estejam em desacordo com o Catálogo, mas que queiram mantê-
los em caráter experimental, nos termos do artigo 81 da LDB, poderão ofertá-los pelo prazo máximo 
de 3 (três) anos, findo o qual o curso em questão deverá integrar o Catálogo ou a Instituição de 
ensino ficará impedida de efetivar matrícula de novos alunos nesse curso.
Art. 52. Fica ressalvado o pleno direito de conclusão de cursos organizados por áreas profissionais, 
nos termos do artigo 5º e quadros anexos da Resolução CNE/CEB nº. 04/1999, aos alunos neles 
matriculados.
CAPÍTULO VI
Do Curso Normal de Nível Médio
Art. 53. O Curso Normal em nível Médio, previsto no artigo 62 da Lei 9.394/1996, aberto aos 
concluintes do Ensino Fundamental, deve prover, em atendimento ao disposto na Carta Magna e na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN, a formação de professores para atuar 
como docentes na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, acrescendo-se às 
especificidades de cada um desses grupos as exigências que são próprias das comunidades 
indígenas e dos alunos com necessidades educativas especiais.
§ 1º O curso, em função da sua natureza profissional, requer ambiente institucional próprio com 
organização adequada à identidade da sua proposta pedagógica.
§ 2º A proposta pedagógica de cada escola deve assegurar a constituição de valores, conhecimentos 
e competências gerais e específicas necessárias ao exercício da atividade docente que, sob a ótica 
do direito, possibilite o compromisso do Sistema Estadual de Ensino do Pará com a educação 
escolar dequalidade para as crianças, os jovens e adultos.
Art. 54. As propostas pedagógicas das escolas de formação de docentes, inspiradas nos princípios 
éticos, políticos e estéticos, e fundamentadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil, os ensinos fundamental e médio, deverão preparar professores capazes de:
I. integrar-se ao esforço coletivo de elaboração, desenvolvimento e avaliação da proposta 
pedagógica da escola, tendo como perspectiva um projeto global de construção de um 
novo patamar de qualidade para a Educação Básica no país;
II. investigar problemas que se colocam no cotidiano escolar e construir soluções criativas 
mediante reflexão socialmente contextualizada e teoricamente fundamentada sobre a 
prática;
III. desenvolver práticas educativas que contemplem o modo singular de inserção dos alunos 
futuros professores e dos estudantes da escola campo de estudo no mundo social, 
considerando abordagens condizentes com as suas identidades e o exercício da 
cidadania plena, ou seja, as especificidades do processo de pensamento, da realidade 
sócio-econômica, da diversidade cultural, étnica, de religião e de gênero, nas situações de 
aprendizagem;
IV. avaliar a adequação das escolhas feitas no exercício da docência, à luz do processo 
constitutivo da identidade cidadã de todos os integrantes da comunidade escolar, das 
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e das regras da convivência 
democrática;
V. utilizar linguagens tecnológicas em educação, disponibilizando, na sociedade de 
comunicação e informação, o acesso democrático a diversos valores e conhecimentos.
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Art. 55. Na organização das propostas pedagógicas para o curso Normal, os valores, procedimentos 
e conhecimentos que referenciam as habilidades e competências gerais e específicas previstas na 
formação dos professores em nível médio serão estruturados em áreas ou núcleos curriculares.
§ 1º As áreas ou os núcleos curriculares são constitutivos de conhecimentos, valores e competências 
e deverão assegurar a formação básica, geral e comum, a compreensão da gestão pedagógica no 
âmbito da educação escolar contextualizada e a produção de conhecimentos a partir da reflexão 
sistemática sobre a prática.
§ 2º A articulação das áreas ou dos núcleos curriculares será assegurada através do diálogo 
instaurado entre as múltiplas dimensões do processo de aprendizagem, os conhecimentos, os 
valores e os vários aspectos da vida cidadã.
§ 3º Na observância do que estabelece o presente artigo, a proposta pedagógica para formação dos 
futuros professores deverá garantir o domínio dos conteúdos curriculares necessários à constituição 
de competências gerais e específicas, tendo como referências básicas:
I. o disposto nos artigos 9º, 10, 11, 12, 26, 30 e 31 da presente Resolução;
II. o estabelecido nas diretrizes curriculares nacionais para a Educação Básica;
III. os conhecimentos de filosofia, sociologia, história e psicologia educacional, da 
antropologia, da comunicação, da informática, das Artes, da cultura e da lingüística, entre 
outras.
§ 4º A duração do curso normal em nível médio, considerado o conjunto dos núcleos ou áreas 
curriculares, será de, no mínimo, 3.200 (três mil e duzentas) horas, distribuídas em 4 (quatro) anos 
letivos, admitindo-se:
I. a possibilidade de cumprir a carga horária mínima em 3 (três) anos, condicionada ao 
desenvolvimento do curso com jornada diária em tempo integral;
II. o aproveitamento de estudos realizados em nível médio para cumprimento da carga 
horária mínima, após a matrícula, obedecidas as exigências da proposta pedagógica e 
observados os princípios contemplados nestas diretrizes, em especial a articulação teoria 
e prática ao longo do curso.
III. a prática curricular destinada à formação e ao exercício da docência terá duração mínima 
de 800 (oitocentas) horas, contextualizada e transversalizada nas áreas curriculares, 
associando-se teoria e prática.
IV. o estágio supervisionado deverá ser acrescido à estrutura curricular e será constituído de, 
no mínimo, 300 (trezentas) horas, nos termos da legislação nacional que disciplina a 
matéria.
V. a comprovação do efetivo exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental, pelos alunos em formação, os dispensa do cumprimento de 50% 
(cinqüenta por cento) da carga horária do estágio supervisionado.
VI. será permitido o aproveitamento de estudos realizados em curso de nível médio, 
observando-se o cumprimento legal da carga horária mínima, respeitadas as exigências 
da proposta pedagógica do Curso Médio na modalidade Normal e, fundamentalmente, a 
articulação entre teoria e prática durante o processo de formação docente.
Art. 56. As escolas de formação de professores em nível médio na modalidade Normal poderão 
organizar, no exercício da sua autonomia e considerando as realidades específicas, propostas 
pedagógicas que preparem os docentes para as seguintes áreas de atuação, conjugadas ou não:
I. Educação Infantil;
II. educação nos anos iniciais do Ensino Fundamental;
III. educação nas comunidades indígenas;
IV. educação de jovens e adultos;
V. educação de alunos com necessidades educativas especiais;
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VI. educação do Campo assim compreendida a oferecida em favor da população rural - 
agricultores familiares, extrativistas, pescadores Artesanais, ribeirinhos, assentados e 
acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros. 
Art. 57. A formação do professor em Nível Médio na modalidade Normal prevista nesta Resolução 
possibilitará o prosseguimento dos estudos em nível superior.
CAPÍTULO VII
Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 58. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou 
continuidade de estudos no Ensino Fundamental e médio na idade própria.
§ 1º O Sistema Estadual de Ensino do Pará assegurará gratuitamente aos jovens e aos adultos, que 
não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, 
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, 
mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do jovem e adulto na escola, 
mediante ações integradas e complementares entre si, dentre outras:
I. oferta de cursos com opções de trajetória curricular;
II. oferta de exames;
III. convênios com empresas, órgãos e Instituições;
IV. formação docente para o atendimento dos estudantes;
V. garantia da gratuidade;
VI. oferta de condições materiais, equipamentos e recursos auxiliares de ensino;
VII. flexibilidade de horário;
VIII. condições de infraestrutura e garantia de espaço físico. 
§ 3º Em atendimento às Diretrizes Nacionais, a educação de jovens e adultos no Sistema Estadual 
de Ensino do Pará deverá, quando possível, articular-se com a educação profissional e integrar-se 
ao mundo do trabalho. 
Art. 59. O Sistema Estadual de Ensino do Pará manterá cursos e exames supletivos nos níveis dos 
ensinos fundamental e médio, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando 
o educando ao prosseguimento de estudos em caráter regular, estando abertos a candidatos com as 
idades mínimas definidas em lei.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, seguindo as orientações nacionalmente 
estabelecidas, tendo em vista a falta de consenso sobre a matéria, de conformidade com o Parecer 
CNE/CEB nº. 23/2008, até que sejam revogadas as disposições legais em vigor, a idade mínima 
para a matrícula em cursos e/ou para obtenção de certificados de conclusão mediante exames na 
modalidade de Educação de Jovens e Adultos seráde 15 (quinze) anos para o Ensino Fundamental 
e 18 (dezoito) anos para o Ensino Médio.
Art. 60. Os cursos poderão ser ofertados por Instituições públicas ou privadas, de forma presencial, 
semi-presencial ou a distância, observadas as determinações legais em vigor e os requisitos para 
autorização de funcionamento de acordo com as normas específicas baixadas por este Conselho 
Estadual de Educação.
Art. 61. Os cursos de ensinos fundamental e médio, na modalidade Jovens e Adultos, poderão ser 
organizados e estruturados com exames no processo, em qualquer das formas admitidas no art. 6º 
da presente Resolução.
§ 1º Será permitida a organização de experiências pedagógicas, com metodologias e duração 
diferenciadas, desde que aprovadas pelo Conselho Estadual de Educação.
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§ 2º Os modelos estruturais de cursos, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, excetuando o 
uso da metodologia de Ensino Personalizado, deverão obedecer aos requisitos mínimos 
estabelecidos na presente Resolução.
§ 3º Os modelos estruturais de cursos, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, excetuando o 
uso da metodologia de Ensino Personalizado, deverão obedecer aos requisitos mínimos 
estabelecidos na presente Resolução.
Art. 62. Quanto à duração dos cursos presenciais de EJA, o total de horas a serem cumpridas, 
independentemente da forma de organização curricular, será de:
I. para os anos iniciais do Ensino Fundamental, a duração mínima deve ser de 1.600 (mil e 
seiscentas) horas – 2 anos;
II. para os anos finais do Ensino Fundamental, a duração mínima deve ser de 1.600 (mil e 
seiscentas) horas – 2 anos;
III. para o Ensino Médio, a duração mínima deve ser de 1.200 (mil e duzentas) horas – 1 ano 
e 6 meses.
Parágrafo único. Para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio integrada com o Ensino 
Médio, a duração será de 1.200 (mil e duzentas) horas destinadas à educação geral, 
cumulativamente com a carga horária mínima para a respectiva habilitação profissional de nível 
médio.
Art. 63. Os cursos estruturados por etapas terão a seguinte equivalência à modalidade regular: 
I. Anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º): 
a) a 1ª etapa terá duração mínima de 01 (um) ano, equivalente ao 1º, 2º e 3º anos; 
b) a 2ª etapa terá duração mínima de 01 (um) ano, equivalente ao 4º e 5º anos. 
II. Anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º): 
a) a 3ª etapa terá duração mínima de 01 (um ano), equivalente ao 6º e 7º anos; 
b) a 4ª etapa terá duração mínima de 01 (um) ano, equivalente ao 8º e 9º anos. 
III. Ensino Médio: 
a) a 1ª etapa terá duração mínima de 01 (um) ano, equivalente a 1ª e 2ª séries; 
b) a 2ª etapa terá duração mínima de 06 (seis) meses, equivalente a 3ª série.
Art. 64. No ato da matrícula em curso dos ensinos fundamental ou médio, na modalidade Educação 
de Jovens e Adultos, em qualquer modelo estrutural, será exigida a comprovação da escolaridade 
anterior. 
Parágrafo único. Os candidatos que não comprovarem a escolaridade anterior serão submetidos a 
testes classificatórios, nos termos do disposto nas alíneas “c” e “e” do art. 7º. da presente Resolução. 
Art. 65. A estrutura curricular dos cursos oferecidos na modalidade Educação de Jovens e Adultos 
deverá abranger, obrigatoriamente, as disciplinas e/ou componentes curriculares da base nacional 
comum, de acordo com as respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais e disposições constantes da 
presente Resolução.
Parágrafo único. Os conteúdos programáticos deverão ser selecionados pela relevância, 
considerando as experiências dos jovens e adultos e o significado em relação aos contextos sociais 
em que vivem. 
Art. 66. Os exames, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, são ofertados aos candidatos 
para certificação de conclusão dos ensinos fundamental e médio, visando à comprovação de 
habilidades e conhecimentos adquiridos por meios formais ou informais.
§ 1º Os Exames de que trata o caput deste artigo podem ser realizados pela Secretaria de Estado 
Educação – SEDUC ou pelas Secretarias Municipais de Educação, no âmbito das respectivas 
competências, assim compreendidos os níveis de ensino sob a responsabilidade de cada ente 
federado, isoladamente ou em parceria com a União, mediante celebração do competente 
19
instrumento de parceria técnica destinada à adesão aos exames oficiais elaborados pelo órgão 
responsável do Ministério da Educação.
§ 2º Os exames na modalidade de Educação de Jovens e Adultos realizados em parceria técnica 
com a União serão certificados, para fins de comprovação da conclusão de estudos do Ensino 
Fundamental e do Ensino Médio, no âmbito de cada Secretaria de Educação, Estadual ou Municipal, 
por unidade escolar ou órgão especialmente designado para este fim.
§ 3º Nos municípios que não possuem Sistemas próprios as Secretarias Municipais de Educação 
que optarem pela oferta de exames deverão solicitar ao Conselho Estadual de Educação autorização 
para oferta com observância às regras estabelecidas na presente Resolução para os Exames 
Estaduais.
§ 4º Os Exames Estaduais, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, são de 
responsabilidade da Secretaria de Estado Educação – SEDUC, a quem compete programar, 
supervisionar e acompanhar sua execução, por meio da Coordenação de Educação de Jovens e 
Adultos – CEJA.
Art. 67. Os Exames Estaduais serão previstos em programação específica para cada ano, contendo:
I. calendário de execução;
II. indicação dos estabelecimentos de ensino, onde serão realizados;
III. programação dos conteúdos. 
Parágrafo único. Os Exames de que trata o caput deste artigo são de responsabilidade das 
Secretarias de Educação, a quem compete programar, divulgar, supervisionar e avaliar sua 
execução, por meio da Coordenação de Educação de Jovens e Adultos – CEJA.
Art. 68. Os Exames Estaduais na modalidade Educação de Jovens e Adultos serão categorizados 
como:
I. periódicos; 
II. permanentes. 
§ 1º Os exames periódicos serão realizados semestralmente, oportunizando aos candidatos inscrição 
nas disciplinas da base nacional comum em cada exame semestral. 
§ 2º Os exames permanentes serão realizados sempre que o candidato comprovar a falta de até 3 
(três) disciplinas, conteúdos ou componentes curriculares para a conclusão do Ensino Fundamental 
ou até de 4 (quatro) disciplinas, conteúdos ou componentes curriculares, para a conclusão do Ensino 
Médio. 
§ 3º O Centro de Estudos Supletivos (CES) está credenciado a realizar e certificar os Exames 
Estaduais permanentes, a quem compete o desempenho dos atos administrativo-pedagógicos para 
esse fim, podendo ser estendida essa competência aos Núcleos Avançados de Ensino Supletivo – 
NAES. 
Art. 69. No ato da inscrição aos Exames Estaduais periódicos e/ou permanentes, o candidato deverá 
apresentar o histórico escolar e a estrutura curricular do estabelecimento de ensino, para que possa 
obter a dispensa de exames das disciplinas da base nacional comum dos ensinos fundamental, 
médio ou equivalente. 
Art. 70. O setor responsável pela modalidade Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de 
Estado de Educação – SEDUC deverá proceder o tratamento dos dados, referentes aos Exames 
Estaduais periódicos e permanentes, e encaminhar Relatório Anual ao Conselho Estadual de 
Educação, para apreciação e acompanhamento, visando ao aperfeiçoamento das normas. 
Art. 71. O candidato terá direito a prestar anualmente 2 (dois) Exames Estaduais permanentes, nas 
disciplinas, conteúdos ou componentes curriculares em que estiver inscrito. 
§ 1º Caso não consiga aprovação no primeiro exame estadual permanente, deverá realizar o 
segundo exame em até 120 (cento e vinte)dias após a realização da última prova.
§ 2º Poderá ser antecipada a data de realização do segundo exame, estabelecida no parágrafo 
anterior, caso o interessado comprove, documentalmente, sua necessidade. 
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§ 3º. O não comparecimento do candidato ao exame estadual permanente (primeiro/segundo exame) 
implicará em sua automática eliminação, caso não apresente, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, 
contadas a partir da data marcada para a realização do exame, documento comprobatório de 
justificável impedimento.
§ 4º. O candidato que não conseguir aprovação no primeiro ou segundo Exames Estaduais 
permanentes poderá retornar ao completar 6 (seis) meses do último exame realizado.
Art. 72. Os candidatos aos Exames Estaduais periódicos e permanentes que comprovarem 
pertencimento a contextos educacionais do campo, indígenas, quilombolas e pessoas com 
necessidades especiais deverão receber atendimento apropriado às suas condições de vida e de 
trabalho e poderão ter seus estudos aproveitados de acordo com o que estabelece esta Resolução.
Art. 73. Em qualquer situação, a aprovação será feita por disciplina, conteúdo ou componente 
curricular, cuja nota mínima será cinco (5,0). 
Art. 74. Os Exames Estaduais serão realizados mediante a utilização de instrumentos 
confeccionados com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais e normas constantes da presente 
Resolução, observada a base nacional comum e considerada a relevância dos conteúdos em razão 
da modalidade de ensino, relativamente aos níveis fundamental e médio, com o objetivo de verificar 
o nível de conhecimento e/ou de habilidades adquiridos pelos estudantes.
Parágrafo único. Nos Exames Estaduais periódicos e permanentes relativos ao Ensino 
Fundamental não serão abordados conteúdos de língua estrangeira, exceção feita àqueles 
candidatos que, oriundos da escola regular, apresentem reprovação nesse componente curricular, 
constituindo-se essa hipótese forma de regularização da situação acadêmica daqueles alunos 
interessados em retornar ao Ensino Médio.
Art. 75. Será dispensada a comprovação de conclusão do Ensino Fundamental aos candidatos aos 
Exames Estaduais de Ensino Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, que tiverem 
completado 18 (dezoito) anos. 
Art. 76. Os candidatos que comprovadamente utilizarem meios ilícitos e/ou irregulares para inscrição 
nas provas relativas aos Exames Estaduais, dolo ou má fé serão automaticamente eliminados dos 
exames. 
Art. 77. Os resultados dos exames deverão ser divulgados nos prazos: 
I. exames periódicos – 45 (quarenta e cinco) dias úteis; 
II. exames permanentes – 72 (setenta e duas) horas úteis. 
Art. 78. Os estabelecimentos de ensino poderão aproveitar os resultados obtidos nos Exames 
Estaduais, isentando de estudos regulares os candidatos à série terminal dos ensinos fundamental, 
médio ou equivalente, mediante a apresentação do Atestado Parcial de Aprovação expedido pelo 
setor competente da Secretaria de Estado de Educação, desde que seja comprovada a conclusão 
dos estudos anteriores. 
Art. 79. O calendário de Exames Estaduais na modalidade Educação de Jovens e Adultos deverá 
prever período de realização de exames periódicos na Capital e no Interior do Estado, indicando as 
sedes dos municípios, no mesmo período ou em períodos distintos, de acordo com as necessidades 
e condições dos diferentes contextos. 
CAPÍTULO VIII
Da Educação Especial
Art. 80. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Resolução, a modalidade de 
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, na modalidade de 
educação inclusiva, para educandos com necessidades especiais, transtornos globais do 
desenvolvimento ou altas habilidades, visando ao exercício pleno de sua cidadania e garantindo 
metodologias e alternativas de atendimento diferenciadas, de serviços e recursos condizentes com 
as necessidades de cada aluno.
Parágrafo único. A inclusão escolar referida no caput envolve não somente princípios e 
procedimentos para inserção, eliminando-se barreiras e bloqueios para o acesso, mas, sobretudo, 
mudanças atitudinais, relativamente à postura do educador e dos grupos sociais, garantindo a 
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permanência nas classes regulares, aperfeiçoando e otimizando a educação em benefício dos 
alunos com e sem necessidades educacionais especiais.
Art. 81. Os alunos com necessidades educacionais especiais são aqueles que durante o processo 
educacional necessitam de recursos pedagógicos e metodológicos educacionais específicos, 
diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens correspondentes à sua idade, por 
apresentarem:
I. dificuldades acentuadas, limitações, disfunções ou deficiências apresentadas no processo 
de desenvolvimento, que interferem no acompanhamento da aprendizagem curricular;
II. intercorrências na comunicação e sinalização, diferenciadas dos demais alunos, 
demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;
III. altas habilidades/superdotação, facilidade elevada para aprendizagens, permitindo o 
domínio imediato de conceitos, procedimentos, atitudes e competências.
Parágrafo único. As necessidades educacionais especiais, de caráter temporário ou permanente, 
tratadas neste artigo, poderão ser detectadas ao longo de todo o processo educacional, 
compreendendo ainda outras situações não descritas nesta Resolução.
Art. 82. O acesso e o atendimento escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais 
dar-se-ão, para fins da presente Resolução, da Educação Infantil ao Ensino Médio, em todas as suas 
formas e modalidades.
Art. 83. As situações de aprendizagem apresentadas pelos alunos, referidas no artigo 74, serão 
avaliadas pelo professor e pela equipe pedagógica da escola, em suas várias dimensões no âmbito 
institucional, inclusive na família, visando identificar as necessidades especiais e subsidiar a tomada 
de decisão quanto ao atendimento especializado a ser ofertado.
Art. 84. O diagnóstico oriundo das avaliações procedidas pelo professor e pela equipe pedagógica, 
relativamente às necessidades especiais dos educandos, norteará as ações pedagógicas que 
deverão ser implementadas, bem como complementadas pela escola, que poderá contar com a 
colaboração de outros profissionais das áreas da saúde, trabalho, assistência social e jurídica.
§ 1º Quando se fizer necessário diagnóstico e/ou acompanhamento terapêutico por profissionais de 
outras áreas (médica, psicológica e outras) e/ou acompanhamento pedagógico individualizado, 
caberá ao Estado a oferta dos mesmos, cabendo à família a responsabilidade de acompanhar o 
respectivo atendimento apropriado ao educando.
§ 2º Os atendimentos especificados no parágrafo anterior e no caput deste artigo deverão ser 
previstos e assegurados aos alunos com necessidades educacionais especiais pelo Sistema Público 
Estadual, mediado pelo setor próprio do Sistema de Ensino.
Art. 85. Para a consecução dos objetivos da educação especial na modalidade inclusiva, deverão as 
Instituições escolares do Sistema Estadual de Ensino do Pará manter: 
I. sala de apoio pedagógico específico, coordenado por professor especializado, visando 
trabalhar as necessidades específicas dos alunos relacionadas às habilidades cognitivas, 
sensoriais, motoras, afetivo-emocionais, sociais e outras que culminem com o progresso 
do educando em sua formação pessoal e cidadã.
II. sala de Recursos Multifuncionais, espaço pedagógico para atendimento múltiplo, correlato 
com a natureza das necessidades educacionais especiais do alunado, complementando 
e/ou suplementando o processo de escolarização realizado em classes

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