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Aula 07 Revisão FIL DA EDU

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Aula 07 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Slide Aula 07 – O Empirismo e o Liberalismo Político
Nesta aula, abordaremos os seguintes conteúdos:
A tradição empirista, sua origem e suas linhas mestras: Locke, Bacon e Hume;
A filosofia política do liberalismo, e suas implicações na sociedade moderna: Hobbes, Locke e Rousseau.
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O empirismo
A palavra empirismo, deriva da palavra grega empeiria, que significa uma forma de saber derivada da experiência sensível, e de informações acumuladas com base nesta experiência, permitindo a realização de fins práticos.
O empirismo, então, é a posição filosófica que toma a experiência como guia e critério de validade do conhecimento.
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A frase de inspiração aristotélica resume a posição empirista: “Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”.  Significa que todo conhecimento resulta de uma base experimental, de percepções ou impressões sensíveis. Os empiristas rejeitam a noção de ideias inatas ou de um conhecimento anterior à experiência ou independente desta.
Francis Bacon e método experimental
Podemos distinguir dois aspectos inter-relacionados da contribuição de filosófica de Bacon:
a concepção de pensamento crítico contida na teoria dos ídolos. Bacon propõe um modelo para a nova ciência. O homem deve despir-se de seus preconceitos, tornando-se “uma criança diante da natureza”; somente assim alcançará o verdadeiro saber. 
-
a defesa do método indutivo no conhecimento científico e de um modelo de ciência antiespeculativo e integrado com a técnica. O novo método científico é o da indução que, a partir da observação atenta da natureza, permite formular leis científicas, a partir das quais se pode controlar a natureza e dela tirar benefícios para o homem.
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O empirismo de John Locke
Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e preparatória para a construção da ciência. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculativo e antimetafísico de conhecimento.
Locke afirma que todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento. Portanto, não existem ideias inatas. 
-
Para Locke, a mente é como uma folha em branco, a tabula rasa, na qual a experiência deixa as suas marcas. Desta forma, para processarmos o conhecimento em nossa mente, precisamos da reflexão, assim como distinguir entre as qualidades primárias e as secundárias das substâncias.
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O empirismo de David Hume
Hume foi, sob muitos aspectos, o mais radical dos empiristas, levando essas teses as suas últimas consequências e assumindo uma posição filosófica cética.
O ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal.
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A causalidade resulta apenas de uma regularidade ou repetição em nossa experiência de um conjunto constante entre fenômenos que, por força do hábito, acabamos por projetar na realidade, tratando-a como se fosse algo existente. A conexão necessária entre causa e efeito não é uma característica do mundo natural.
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O empirismo de David Hume
A crítica à identidade pessoal segue a mesma linha. Hume questiona o modelo cartesiano de mente como substância pensante, a res cogitans de Descartes. Sustenta que não podemos ter representação alguma de nossa mente independente de nossa experiência. Jamais podemos apreender a nós mesmos sem algum tipo de percepção. 
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O “eu” (sef) é um feixe de percepções que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepções variam. Estamos, assim, em constante mudança, pois a cada momento novas percepções são acrescentadas ao feixe, e outras empalidecem ou desaparecem. A força do hábito, o costume e a memória é que assegura a continuidade do “eu”.
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Thomas Hobbes
Hobbes tem uma visão pessimista da natureza humana. O homem é o lobo do homem: homo homini lupus.
Neste sentido, o estado de natureza. – abstraída a ideia de Estado, de obrigação legal e de sociedade - é um estado de guerra de todos contra todos.
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Para que fossem garantidas a vida e a propriedade, o indivíduo, que só visa ao seu interesse próprio, consente assinar um pacto social. Isto significa transferir parte do poder dos indivíduos a um soberano todo poderoso que Hobbes denomina de Leviatã. Assim, nasce a ideia de Estado, que recolhe o poder de cada um dos indivíduos, garantindo-lhes, em troca, o direito à vida e à propriedade.
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John Locke
Segundo a concepção de Locke, a sociedade resulta de uma reunião de indivíduos, visando a garantir suas vidas, sua liberdade e sua propriedade. É em nome dos direitos naturais do homem que o contrato social entre os indivíduos, que cria a sociedade, é realizado, e o Estado deve, portanto, comprometer-se com a preservação destes direitos. 
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A legitimidade desse poder reside, em sua origem, no consentimento entre os indivíduos que o constituíram, e que podem, portanto, retirá-lo daqueles que não governam no interesse da maioria ou que ameaçam a liberdade e os direitos dos indivíduos.
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Jean-Jacques Rousseau
O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe”. 
Segundo a teoria do contrato social, a soberania política pertence ao conjunto dos membros da sociedade. O fundamento dessa soberania é a vontade geral, que não resulta apenas na soma da vontade de cada um. 
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A vontade particular e individual de cada um diz respeito a seus interesses específicos, porém, enquanto cidadão e membro de uma comunidade, o indivíduo deve possuir também uma vontade que se caracteriza pela defesa do interesse coletivo, do bem comum. É papel da educação a formação da vontade geral dos membros da sociedade transformando, assim, o indivíduo em cidadão, em membro de uma comunidade.
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Nessa aula, você refletiu sobre a contribuição do grande filósofo Descartes, considerado o “pai” da filosofia moderna.
Analisou e conheceu a adoção da posição racionalista no processo do conhecimento, enfatizada pela necessidade do método para bem conduzir a razão.
Compreendeu a importância fundamental da filosofia de Descartes para a modernidade.
Texto Aula 07 – O Empirismo e o Liberalismo Político
Nessa aula, você conhecerá o que é o empirismo, a sua origem, e as suas linhas mestras e consequências para a educação.
Conhecerá também a importância da filosofia política do liberalismo, assim como a tradição iluminista e suas implicações na sociedade moderna.
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O empirismo e o racionalismo (pensamento cartesiano) constituíram conjuntamente algumas das principais correntes do pensamento moderno na sua fase inicial.
A palavra empirismo, deriva da palavra grega “empeiria”, que significa basicamente uma forma de saber derivado da experiência sensível, e de informações acumuladas com base nesta experiência, permitindo a realização de fins práticos.
Podemos dizer que o empirismo é a posição filosófica que toma a experiência como guia e critério de validade de suas afirmações, especialmente nos campos da teoria do conhecimento e da filosofia da ciência.
O grito de guerra do empirismo é a frase de inspiração aristotélica: “Nada está no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos”.  Ou seja, todo conhecimento resulta de uma base empírica, de percepções ou impressões sensíveis sobre o real, elaborando-se e desenvolvendo-se a partir desses dados da realidade sensorial. Os empiristas, portanto, rejeitam a noção de ideias inatas ou de um conhecimento anterior à experiência ou independente desta.
A seguir, você conhecerá os três principais pensadores do empirismo clássico: Francis Bacon (1561-1626), John Locke (1632-1704), e David Hume (1711-1776).
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Bacon e o método experimental
Podemos distinguir dois aspectos inter-relacionados da contribuição de filosófica de Bacon:
a concepção de pensamento crítico contida na teoria dos ídolos;
A filosofia de Bacon, assim como a de Descartes,caracteriza-se por uma ruptura bastante explícita em relação à tradição anterior, sobretudo a escolástica de inspiração aristotélica.
A preocupação fundamental de Bacon é com formulação de um método que evite o erro e coloque o homem no caminho do conhecimento correto. É nesse contexto que encontramos a sua teoria dos ídolos.
Os ídolos são ilusões ou distorções que, segundo Bacon, “bloqueiam a mente humana”, impedindo o verdadeiro conhecimento. Os ídolos podem ser de quatro tipos: ídolos da tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro e ídolos do teatro.
a defesa do método indutivo no conhecimento científico e de um modelo de ciência antiespeculativo e integrado com a técnica.
Bacon propõe um modelo para a nova ciência. Segundo ele, o homem deve despir-se de seus preconceitos, tornando-se “uma criança diante da natureza”, somente assim alcançará o verdadeiro saber.
O novo método científico é o da indução que, a partir da observação atenta da natureza, permite formular leis científicas que são generalizações indutivas, a partir das quais se pode controlar a natureza e dela tirar benefícios para o homem.
Bacon é um pensador que acredita no progresso. Para ele, o conhecimento se desenvolve na medida em que adotamos o método correto e a experiência como guia. Ele teve uma importância fundamental no sentido da ruptura com a tradição.  
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A teoria das ideias de Locke e a crítica ao inatismo
Locke vê a filosofia como uma tarefa crítica e preparatória para a construção da ciência. Ele desenvolve um modelo empirista, antiespeculativo e antimetafísico de conhecimento.
Locke afirma que todas as nossas representações do real são derivadas de percepções sensíveis, não havendo outra fonte para o conhecimento. Portanto, não existem ideias inatas. Isto é, o conhecimento não é inato, mas resulta da maneira como elaboramos os dados que nos vêm da sensibilidade por meio da experiência.
Para Locke, a mente é como uma folha em branco, a “tábula rasa”, na qual a experiência deixa as suas marcas. Desta forma, para processarmos o conhecimento em nossa mente, precisamos da reflexão, assim como distinguir entre as qualidades primárias e as secundárias das substâncias.
Locke é considerado como um dos primeiros filósofos do período moderno a desenvolver uma filosofia da linguagem, mais especificamente uma teoria do significado. Ou seja, para esse filósofo, o significado das palavras é a ideia correspondente a elas em nossa mente, e é por meio das ideias que as palavras se referem às coisas. Esta é para Locke a semântica ideacional. A Linguagem é, assim, a expressão de um pensamento, criado anteriormente à linguagem e independente dela.
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O ceticismo de David Hume
O ceticismo de Hume pode ser interpretado a partir do questionamento que dirige a dois princípios ou pressupostos fundamentais da tradição filosófica: a causalidade e a identidade pessoal.
Casualidade
Segundo Hume, a causalidade é uma forma nossa (humana) de perceber o real, uma ideia derivada da reflexão sobe as operações de nossa própria mente, e não uma conexão necessária entre causa e efeito, uma característica do mundo natural.
Identidade pessoal
Para Hume, jamais podemos apreender a nós mesmos sem algum tipo de percepção. O “eu” (sef) é um feixe de percepções que temos em um determinado momento e que varia na medida em que essas percepções variam. Estamos, assim, em constante mudança, pois a cada momento novas percepções são acrescentadas ao feixe, e outras empalidecem ou desaparecem.
A única coisa que assegura o nosso “eu” , o que somos e temos, é a força do hábito, do costume e da memória que conseguimos. Portanto, para esse filósofo, jamais temos um conhecimento certo e definitivo; toda a ciência é apenas resultado da indução, e o único critério de certeza que podemos ter é a probabilidade. É neste sentido e por esses motivos que ele é considerado um cético.
Por outro lado, Hume também afirma que a maneira pela qual conhecemos e pela qual agimos no real depende apenas de nossa natureza, de nossos costumes e de nossos hábitos. Por esta razão ainda não se chegou a definir se ele é mais cético ou mais naturalista.
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A contribuição valiosa de Jean-Jacques Rousseau
Rousseau (1712-78) nasceu em Genebra e foi um dos mais importantes pensadores franceses do século XVIII no campo da política, da moral e da educação, influenciando os ideais do Iluminismo e da Revolução Francesa (1789).
O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de natureza humana representada pela famosa ideia: “O homem nasce bom, a sociedade o corrompe” (Contrato Social, livro I, cap. 1), à qual se acrescenta a ideia de que “o homem nasce livre e por toda parte se encontra acorrentado”.
Para Rousseau, é possível, portanto, formular um ideal de sociedade em que os homens sejam livres e iguais, ideal este que servirá de inspiração à Revolução Francesa.
A grande questão para Rousseau consiste em saber como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar que a vida em sociedade pode lhe oferecer. Sua resposta se encontra fundamentalmente no Contrato Social, mas também é possível observá-la em outros textos.
Segundo a teoria do contrato social, a soberania política pertence ao conjunto dos membros da sociedade. O fundamento dessa soberania é a vontade geral, que não resulta apenas na soma da vontade de cada um. 
A vontade particular e individual de cada um diz respeito a seus interesses específicos, porém, enquanto cidadão e membro de uma comunidade, o indivíduo deve possuir também uma vontade que se caracteriza pela defesa do interesse coletivo, do bem comum.
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Segundo a teoria do contrato social, é papel da educação a formação da vontade geral dos membros da sociedade transformando, assim, o indivíduo em cidadão, em membro de uma comunidade.
O processo educativo pressupõe o conhecimento profundo e deve dar a devida importância às leis psicológicas do desenvolvimento do educando. Essas leis devem orientar todo o processo educativo, deixando de lado todas as especulações teóricas a esse respeito.
Na proposta de Rousseau, para que o processo educativo não degenere num exercício estéril e até nocivo, é indispensável partir da estrutura específica do educando. Não se deve ver na criança um adulto em miniatura, como era costume na época, uma etapa passageira, provisória, da existência humana, pois a criança tem uma existência própria e acarreta direitos específicos.

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