Buscar

PROJETO TEREZA 29 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
TEREZA G. MORANDIN
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SOCIOLOGIA
São Miguel do Oeste / SC
2015
TEREZA G. MORANDIN
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SOCIOLOGIA
Projeto apresentado à UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de São Miguel do Oeste, SC no componente Estágio Curricular Supervisionado em Sociologia III.
Professora: Msc Dirce T. Drebel Sehnen
São Miguel do Oeste/ SC
2015
SUMÁRIO
41 INTRODUÇÃO	�
52 DESENVOLVIMENTO	�
52.1 REFERENCIAL TEÓRICO	�
52.1.1 A HISTORIA DA SOCIOLOGIA	�
72.2 A SOCIOLOGIA: OBJETO E PRINCIPAIS PROBLEMAS	�
72.3 EDUCAÇÃO E SOCIEDADE	�
82.4 AS DISPUTAS TEÓRICAS E POLÍTICAS EM TORNO DO CURRÍCULO PARA A SOCIOLOGIA	�
92.5 O OBJETIVO DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO	�
122.6 O SENTIDO E A ESPECIFICIDADE DA DISCIPLINA:	�
122.6.1 Desenvolver uma nova atitude cognitiva	�
133 PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A DOCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL	�
143.1 A importância do Planejamento	�
163.1.1 - Formas de planejamento do ensino e da aprendizagem	�
183.1.2 Formação do professor: competências e habilidades	�
213.1.3 Práticas educativas e o professor de Sociologia	�
243.1.4 Prática docente e pesquisa: como entender o processo de ensino e aprendizagem	�
274 PROJETO DE OBSERVAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL	�
274. 1 INSTITUIÇÃO DE ENSINO	�
284. 4 OBJETIVOS GERAL	�
284.5 OBJETIVOS ESPECIFICOS	�
284.5.1 OCOTIDIANO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL; NOSSAS CONSTATAÇÕES	�
304.5.2 Diagnóstico da realidade escolar	�
334.5.3 Papel da escola	�
334.5.3.1 Os dispositivos legais	�
344.5.4 Filosofia da Escola	�
354.3.2 TURMA OBSERVADA NO ENSINO FUNDAMENTAL (8ª Série)	�
354. 3.3 TURMA OBSERVADA NO ENSINO MEDIO ( 2º ANO)	�
364.4 GESTÃO ESCOLAR	�
364.4.1 Considerações...........................................................................................................	�
395 RELATORIO COMPONENETE CURRICULAR (Prof. Clair)	�
416 PROJETO DOCENCIA DO ENSINO FUNDAMENTAL	�
416.1 TEMA: DESIGUALDADE DE GENERO NA SOCIEDADE BRASILEIRA	�
416.2 PROBLEMA	�
416.3 JUSTIFICATIVA	�
416.4 OBJETIVOS GERAIS	�
426.5 OBJETIVOS ESPECIFICOS	�
426.5.1 METODOLOGIA	�
426.5.2 DESIGUALDADE DE GÊNERO NA SOCIEDADE BRASILEIRA	�
426.5.3 GÊNERO E CLASSE: O SER MULHER TRABALHADORA	�
436.5.4 Política e economia na sociedade capitalista	�
446.5.5 A Opressão de Gênero	�
456.5.5 A CONFIGURAÇÃO DE UMA “IDENTIDADE FEMININA”	�
466.6.1 O TRABALHO FEMININO E OS MOVIMENTOS QUE ROMPERAM BARREIRAS	�
476.6.2 A IDENTIDADE DE GÊNERO COMO UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL E DISCURSIVA	�
496.6.3 A MULHER NA HISTÓRIA	�
516.6.4 DESIGUALDADE DE GENERO	�
553.2.3 A MULHER NA SOCIEDADE MATRIARCAL E PATRIARCAL	�
563.2.4 O TRABALHO FEMININO E OS MOVIMENTOS QUE ROMPERAM BARREIRAS	�
583.2.5 Movimento Feminista	�
614 METODOLOGIA	�
614.1 CRONOGRAMA	�
614.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	�
624.3 RECURSOS DIDÁTICOS	�
624.3.1 AVALIAÇÃO	�
634.3.2 PLANOS DE AULA	�
71REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	�
�
�
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade, compreender como a sociologia nos ajuda a entender melhor as questões que envolvem nosso cotidiano, seja ela de caráter pessoal, grupal, ou ainda, relativo a sociedade à qual pertencemos ou a todas as sociedades. Mas o fundamento da sociologia é fornecer os conceitos e outras ferramentas para analisar as questões sociais e individuais de um modo mais sistemático e consistente, indo além do senso comum. A sociologia, quando se coloca numa posição crítica, incomoda muito, porque, como outras ciências humanas, revela aspectos da sociedade que certos indivíduos ou grupos se empenham em ocultar.
Pensar, analisar a sociedade com o olhar mais complexo, nos mais diversos âmbitos que somente o sociólogo poderá observar e descrever o comportamento humano, relações sociais, organização, política, poder, visão especializada na sociedade, que em alguns momentos encontra-se com problemas, crises econômicas. 
Sendo a escola um espaço de construção de conhecimentos historicamente produzido historicamente, a sociologia, desde o seu início, sempre foi algo mais do que uma mera tentativa de reflexão sobre a sociedade moderna. Suas explicações sempre contiveram intenções práticas, um forte desejo de interferir no rumo desta civilização. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.1 A História da Sociologia
A Sociologia, ao lado da Economia, da Antropologia, da Ciência Política e de várias outras disciplinas das humanidades, constitui uma área de conhecimento muito importante para o historiador em razão da relativa pobreza conceitual da história. Portanto, frequentemente quando diante de teorizações, generalizações ou formulação de problemas, os historiadores buscam o apoio teórico e conceitual de outras disciplinas, a Sociologia inclusive. Inversamente, foi à História que a Sociologia recorreu quando teve de contextualizar mais profundamente a realidade social pensada a partir de suas teorias e modelos. No entanto, a relação entre História e Sociologia nunca foi, como ainda não é, muito tranquila. É como se houvesse entre elas uma tensão básica que, desde as origens das duas disciplinas, as atrai e as afasta. 218 História e Sociologia
Weber, Marx e Durkheim, os grandes fundadores do pensamento sociológico, estavam preocupados com processos macrossociais oriundos da grande transformação da Europa no século XIX. 
A sociologia não precisa ser o estudo de qualquer parte isolada, mas o estudo do todo, disciplina especial que considera a sociedade como sua unidade de analise, com o objetivo de descobrir como as sociedades estão relacionadas entre si, com diferentes sistemas sociais.
As sociedades são sistemas complexos de instituições pensadas como sistemas complexos de relações sociais, a família, por exemplo, é constituída por muitos conjuntos de relações que existem entre o homem e mulher, pai filho, irmão e irmã.
A partir da análise podemos sustentar que tais relações constituem um objeto especifico e de propriedades comuns e podem ser estudadas em si e por si mesmas. Para compreender a sociologia, precisamos evidentemente, saber algo de seu objeto, e ao conhecer o objeto da sociologia, se tornam muito importantes ao tomar decisões quanto a vários assuntos quanto ao método para pesquisa-los. A sociologia é uma ciência do comportamento, procurando explicar o comportamento humano, contemporâneo ou passado, tal como o experimentamos diretamente ou encontramos em artefatos de lei e livros. 
A sociologia se dedica ao estudo de todos os aspectos da sociedade e acentua a inter-relações entre conjuntos e organizações, enquanto que a ciência política se restringe ao estudo de poder. Enquanto a psicologia procura compreender o comportamento organizado numa personalidade individual. A sociologia ao contrario procura compreender o comportamento na medida em que é organizado numa sociedade e é determinado por alguns fatores, tais como o número de pessoas e de sua cultura. 
Num perspectiva sociológica, a psicologia social inclui qualquer estudo de processos sociais que sistematicamente mostre como as propriedades psicológicas de qualquer homem, ou as disposições de personalidade de homens específicos, ao agir em uma situação, influem no resultado do processo social. (INKELES, 1980, p, 43).
Na maioria das vezes, a distinção entre perspectiva sociológica e a psicologia social, desaparece na realização da pesquisa e estudos de opinião publicam, de ação de multidão, tumultos ou linchamentos, movimentos na política e na religião. A cultura pode ser definida de maneira restrita com o sentido básico do sentido básico do sistema simbólico.
Uma das qualidades da sociologia é a aceitação se novos campos de estudos que interessam a sociólogos por sistema de ação social e inter-relações e leva a lidar com todos aspectos da vida social do homem, não existeum tribunal para dirigir decisões e disputa, cada disciplina apresenta um assunto especifico e apresenta questões provocantes, são contribuições de conhecimento, a sociologia que procura descobrir e descrever e explicar a ordem que caracteriza a vida social do homem. Ao falar desta ordem dos acontecimentos ocorrem em uma sequência e padrão, esta ordem permite que cada indivíduo siga seu caminho pessoal, sem interferir seriamente na busca que outros fazem de seus objetivos e atenções. Portanto a sociologia procura explicar a continuidade no tempo dos sistemas sociais, de acordo com Inkleles (1980, p. 51):
O processo de mudanças não casual, embora as vezes pareça caótico, e frequentemente esteja fora de controle consciente de individuo do controle consciente de indivíduos e a sociedade como um todo. Portanto a sociologia descreve a mudança nos processos sociais. 
Cada sociólogo tem um pensamento, o sociólogo não é diferente de qualquer outro cientista. O modelo de sociedades e do homem tem consequências morais e políticas muito evidentes e imediatas.
Os sociólogos selecionam para os diferentes fatos de acordo com o modelo de sociedade e fazem analise de qual o modelo de sociedade que prefere, cada sociólogo tem uma concepção de homem, e esta concepção vai influir na pesquisa social e na vida social, compreende a concepção de Homem na sociedade influencia no comportamento do homem.
A sociologia é o estudo dos sistemas sociais, um ato social de uma determinada cultura é o fato de um homem levantar o chapéu e dizer “Boa Tarde” a uma senhora que conhece.
2.2 A SOCIOLOGIA: OBJETO E PRINCIPAIS PROBLEMAS
O sociólogo precisa estar preparado para reconhecer, descrever e explicar as diferentes formas e funções assumidas pela interação social nesses vários níveis de organização de vida, e interação social, talvez o sociólogo possa exagerar, quando pretende explicar tudo através de um condicionamento social, quando usamos este termo, é porque se respeita a historicidade, por exemplo, para casarmos com quem decidimos casar, o quadro de conhecimento de pessoas diferentes, situação econômica, cultural e social, nossa decisão existe e está influenciada por inúmeros fatores e as vezes não temos plenamente consciência, diremos talvez que não casamos, mas somos levados a casar pelas circunstancias, e os condicionamentos sociais são vistos por vezes como obstáculos a liberdade e criatividade, assim a sociologia é uma visão especializada na sociedade. 
2.3 EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
O currículo refletia naquele momento, acompanhada de uma tecnificação mais ampla do mesmo, a “sociologia perde cada vez mais espaço na educação básica, direção diametralmente oposta que toma o ensino de sociologia em nível de graduação e pós graduação, com o incremento de cursos em nível de mestrado e doutorado, também acompanhado de uma contínua perda de interesse por parte de tais pesquisadores da educação enquanto objeto de investigação sociológica” (SILVA, BRANCO, PERA,2010).
Com o fim da ditadura militar e com o processo de redemocratização o cenário não se alterou tão substancialmente quanto o esperado, o currículo caminhou para um processo contínuo de flexibilização (SILVA, 2008), culminando com uma série de políticas educacionais assumidas nos anos 90, em consonância com as políticas mais amplas em nível político e econômico que o país assumia naquele momento, sua flexibilização dificultou a entrada da sociologia num currículo comum, ainda que alguns Estados, de forma isolada, tenham tomado a iniciativa de retomar a disciplina em suas grades curriculares (SANTOS, 2002) Sua reintrodução efetiva a partir dos anos 2000, com o parecer CNE nº 38/06, e posteriormente com a lei nº 11684 que tornaram o ensino da sociologia (e da filosofia) obrigatório em todas as séries do ensino médio, trouxe um novo fôlego à reflexão sociológica em torno da temática, aumentando consideravelmente o número de publicações sobre a temática, bem como incitando a abertura de novas licenciaturas nos últimos ano.
Claro que tudo que é novo é novidade, por assim dizer, a questão da identidade dos cursos de ciências sociais ainda é uma questão fulcral, que se incrusta num nível de subjetividade que não pode ser resolvido apenas no âmbito da legislação. No entanto, as condições objetivas, a conjuntura em que estes cursos se inserem, os levam a iniciar uma reflexão em torno de suas identidades como cursos de formação professores. O ensino de sociologia se coloca como uma questão para a qual não há escapatória que não o debate e a sua problematizarão. Acerca da introdução desta questão na academia Oliveira (2007) nos coloca a Seguinte reflexão:
2.4 AS DISPUTAS TEÓRICAS E POLÍTICAS EM TORNO DO CURRÍCULO PARA A SOCIOLOGIA
Se nas décadas de 80 e 90, período de mobilização em prol da obrigatoriedade do ensino da Sociologia, parece ter predominado o debate em torno da construção de currículos ou programas para a disciplina, hoje o debate parece ter-se centrado na discussão metodológica e na formação do professor. No entanto, a questão do projeto curricular está longe de ter perdido sua importância, como demonstram manifestações em torno das Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Sobre este ponto existem diferentes perspectivas, presentes em manuais didáticos, nos PCN e nas OCN. 
Conforme Moraes (apud SARANDY, 2009, p. 22),
As equipes contratadas para discutir os PCN e elaborar as OCN tiveram cada uma, um comportamento diverso: umas caminharam para propor uma lista de conteúdos, outras, como nós [autores das OCN], resolveram parar nas Orientações mesmo. Entendemos que o melhor que podíamos fazer era elaborar um documento que viesse a refletir sobre a realidade dos professores de Sociologia e sobre a história da disciplina; trazer também uma reflexão ou, menos do que isso, uma legitimação das práticas e recursos usados pelos professores nas salas de aulas. 
Em meio ao debate sobre a pertinência de um programa único (e sobre qual deveria ser este programa, mas quase sempre olvidando a questão sobre quem deveria defini-lo), curiosamente a mesma crítica feita anteriormente aos PCN foi reproduzida quanto às OCN, de que tais documentos teriam se orientado por uma perspectiva “neoliberal”, porque “flexibilizante”. Curiosamente porque tais críticas foram dirigidas a objetos tão distintos quanto os dois documentos.
Ao primeiro se criticou – corretamente, a meu ver – sua fundamentação na “pedagogia das competências”, sua adequação acrítica à visão de educação orientada à qualificação profissional e à preparação para o ingresso no mercado de trabalho. O mecanismo ideológico da noção de flexibilidade se percebe na justificação da diluição da Sociologia em outras disciplinas, para dizer apenas de um de seus efeitos. Isto porque a noção de “flexibilidade”, em seus vínculos com a ideologia neoliberal, figura como uma chave discursiva a justificar e demandar o ajuste às mudanças em diferentes domínios, consideradas irreversíveis.
2.5 O OBJETIVO DA DISCIPLINA SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO
Para compreendermos o sentido da sociologia como componente curricular da matriz curricular do Ensino Médio deveremos, antes de tudo, compreender os objetivos que por meio dela se pretende atingir. Esses objetivos podem ser divididos em duas classes: os que são específicos para a disciplina e os que não se restringem à ela, indo ao encontro dos que foram traçados para o Ensino Médio a partir da Lei n.º. 9.394, de 1996.
Entretanto, antes de se estabelecer os objetivos para a disciplina, deveremos dimensionar a importância da sociologia enquanto disciplina do nível médio de ensino, o que significa perguntar sobre seu sentido, buscar compreender o que ela tem de específico que não encontramos nas disciplinas de história, geografia ou filosofia; enfim, perguntar qual sua especificidade em relação às demais disciplinas de humanidades. Essa pergunta não é de fácil resposta e todo pesquisador da área de ciências humanas sabe que as fronteiras entreas suas diversas áreas são bastante tênues. 
E acrescenta-se a isso o fato de que transformar os saberes científicos em saberes escolares implica em um grau de diferenciação e criação de identidades entre as diversas disciplinas. A história e a geografia, provavelmente devido à longa tradição no meio escolar, estão bem estabelecidas, possuem um discurso construído sobre a realidade já aceito e amplamente disponível para os professores do ensino médio. A sociologia conta com este agravante, qual seja, construir um saber organizado de modo a ser viável sua introdução no nível médio de ensino. Acredito ser importante criar diferenças entre as disciplinas e afirmar uma identidade para a sociologia, ainda que isso pareça contrariar a noção de interdisciplinaridade, tão em voga atualmente.
Mas isto não responde à questão proposta: o que marca a especificidade da sociologia e torna importante sua introdução nos meios escolares? O filósofo e sociólogo Gilson Teixeira Leite (Jornal A Gazeta em 11/12/00) afirmou que “se é imprescindível dominar a informática e todas as novas tecnologias para uma colocação qualificada no mercado de trabalho, também se faz necessário, no universo educacional, problematizar a vida do próprio aluno, sua existência real num mundo real, com suas implicações nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico, religioso, cultural e econômico”. E conclui que “a volta das disciplinas humanísticas - filosofia, sociologia, antropologia, psicologia, entre outras - tem muito a contribuir com a formação do jovem naquilo que lhe é mais peculiar: o questionamento. Desmistificando ideologias e apurando o pensamento crítico das novas gerações, poderemos continuar sonhando, e construindo, um país, não de iguais, mas justo para mulheres e homens que apenas querem viver”.
Isto nos remete à contribuição que a sociologia pode dar para o desenvolvimento do pensamento crítico, não porque teria um conteúdo imprescindível - não devemos pensar de modo messiânico na sociologia; nem o pensamento crítico se desenvolve devido à aprendizagem de algum tipo especial de conteúdo ou disciplina. Como Gilson bem expressou, a sociologia tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, ao lado de outras disciplinas, pois promove o contato do aluno com sua realidade, e podemos acrescentar, bem como o seu confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente nesse movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e de aproximação sobre realidades outras que desenvolvemos uma compreensão crítica.
A cientista política Marta Zorzal e Silva (Gazeta Mercantil também em 11/12/00), numa interessante reflexão sobre as mudanças no mundo contemporâneo – no campo das tecnologias, nas relações de trabalho e nas relações culturais – devido “aos impactos dos processos que têm sido denominados de globalização”, afirma que a informação tornou-se elemento estratégico para o mundo globalizado.
A autora ainda observa que “a informação em si é um dado bruto (…) o ato de transformar a informação em conhecimento não é uma tarefa simples. Exige capacidade de processamento da mesma. Significa (…) saber o que pode ser feito com os “tijolos de saberes” que o sistema de ensino fornece (…) isto implica em capacidade de raciocínio, de questionamento, do confronto de outras fontes e experiências, enfim, habilidades que se adquire ao ser treinado a ver os mesmos panoramas a partir de diferentes perspectivas. Essa é a habilidade que se adquire por excelência com o estudo das ciências humanas e, em especial, com a filosofia e a sociologia. É da essência destes campos de conhecimento a tarefa de desenvolver o pensamento, sem nenhuma utilidade ou objetivo prático. A preocupação maior está em educar o olhar e processar tanto informações como saberes já produzido”.
Diante do desafio de nosso tempo ela questiona a nossa capacidade de desenvolvermos o gerenciamento da informação para que possamos ter competitividade no mercado global. Mas lembra que a maioria dos países do Leste Asiático superou suas condições e tornaram-se competitivos. Entre os vários fatores que permitiram esse avanço, Marta Zorzal afirma que se destaca a educação: “todos construíram sólidos alicerces fundados na boa educação pública estendida a maioria da população”. Mas a educação deve conter esse aspecto de permitir o confronto de diferentes perspectivas e que é por excelência o que faz a sociologia.
Eis aqui uma contribuição fundamental da sociologia para os jovens educando: o estudo e o conhecimento da realidade social, em si mesma dinâmica e complexa, a compreensão dos processos sociais e seus mecanismos e a percepção de nossa própria condição enquanto atores sociais capazes de intervir na realidade. Essas competências e habilidades fornecem os elementos necessários para a formação de uma pessoa, de um cidadão e de um profissional, seja em que área for consciente de sua posição, potencialidades e capacidade de ação.
O conhecimento sociológico certamente beneficiará o educando na medida em que lhe permitirá uma análise mais acurada da realidade que o cerca e na qual está inserido. Segundo a socióloga Cristina Costa “o conhecimento sociológico é mais profundo e amplo do que a simples formação técnica – representa uma tomada de consciência de aspectos importantes da ação humana e da realidade na qual se manifesta. Adquirir uma visão sociológica do mundo ultrapassa a simples profissionalização, pois, nos mais diversos campos do comportamento humano, o conhecimento sociológico pode levar a um maior comprometimento e responsabilidade para com a sociedade em que se vive”. 
Vivemos a herança de um difícil processo de transição para a democracia e por isso é imprescindível que a escola assuma seu papel neste processo, preparando as crianças e os jovens para o exercício consciente e responsável da vida democrática e minorando os efeitos sociais de toda uma geração educada para a passividade e o embotamento do pensamento crítico e comprometido. 
Para que isso ocorra, além de exigências político-institucionais é de fundamental importância a introdução, nas instituições escolares, de um tipo de reflexão e pesquisa que se paute no conhecimento das ciências sociais e que oriente a formação de nossos alunos para o fortalecimento da democracia enquanto valor social fundamental e para sua construção a partir da vida cotidiana. 
O ensino da sociologia deve fornecer, então, condições para um aprendizado que permita uma interferência consciente na sociedade por parte de seus cidadãos a fim de que sejam garantidas as mudanças necessárias à superação dos desafios atuais de nossa sociedade.
2.6 O SENTIDO E A ESPECIFICIDADE DA DISCIPLINA:
2.6.1 Desenvolver uma nova atitude cognitiva
A discussão iniciada nos itens anteriores abre-nos um campo interessante de reflexão que merece ser explorado; as respostas sobre a importância e especificidade da sociologia referem-se tanto a uma abordagem especial – que nenhuma outra disciplina promoveria –, quanto aos conteúdos de nossa ciência – seu quadro teórico-conceitual. Ora, podemos perguntar: estaria o sentido do ensino de sociologia na construção de um plano curricular? É tecendo um elenco de conceitos ou temáticas que estaremos delimitando o campo da disciplina nos currículos do ensino médio? 
Temos dado muita ênfase ao velho debate acerca do ensino conceitual ou temático que não fazem mais que tornar o professor de sociologia um arquiteto de planos de curso, empobrecendo a possibilidade da disciplina na escola na mesma medida em que a aproxima do modo como são tratados os conhecimentos já instituídos, que fornecem retratos de um mundo estático e a falsa identidade do saber com a noção corrente de verdade.
Desenvolvido por Damatta (1997) Com as mudanças políticas que ocorreram nas décadas subsequentes, dando um especial destaque para a ditadura militar instituída no Brasil a partir de 1964, culminando com a substituição das disciplinas de sociologia e filosofiano currículo escolar pelas de OSPB, e Educação Moral e Cívica, refletindo a tomada ideológica.
3 PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A DOCÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL 
Para pensar a Sociologia como disciplina escolar no Ensino Fundamental e Médio é preciso pensar no sentido da escola na qual segundo Arroyo “não se define basicamente como um lugar de falas, mas de práticas, de afazeres”. (ARROYO, 2000, p. 152). 
Nesse sentido, é preciso refletir as práticas utilizadas e as possibilidades de mudança para uma Sociologia que parece aos estudantes, extremamente abstrata.
É, portanto, necessário discutir as práticas adotadas no decorrer dos anos e a influência da tecnologia capaz de promover mudanças nas práticas de ensino, assim como nas formas de aprendizagem. Além disso, convém considerar as possíveis ferramentas que podem ser utilizadas pelo professor objetivando a aproximação do conteúdo sociológico do senso comum do estudante, podendo através de discussões e reflexões chegar à compreensão da sociedade em que vivemos. 
O cotidiano é aquilo que nos é dado cada dia (ou que nos cabe em partilha), nos pressiona dia após dia, nos oprime, pois existe uma opressão do presente. Todo dia, pela manhã, aquilo que assumimos, ao despertar, é o peso da vida, a dificuldade de viver, ou de viver nesta ou noutra condição, com esta fadiga, com este desejo. (CERTEAU, 1998, p. 31).
Dessa forma, pensar o cotidiano em uma sala do Ensino Fundamental e Médio é questionar as realidades nas quais pertencem, e, sobretudo, as informações diante de um determinado assunto no qual através da mídia, seja ela impressa ou televisiva, o estudante tem acesso. Na docência de Sociologia no Ensino Fundamental e Médio, é preciso compreender as barreiras que o professor deve ultrapassar que não estão presentes apenas nos estudantes, mas também nas práticas de ensino e metodologias do professor de Sociologia. 
Barreiras que estão intrinsecamente ligadas a professores sobrecarregados de trabalho e a falta de conhecimento sobre o sentido e a finalidade da disciplina de sociologia no Ensino Fundamental e Médio, onde tal desconhecimento acaba por levar a uma desvalorização da disciplina dificultando assim as discussões e a possibilidade da reflexão sociológica em sala de aula. 
Refletir o cotidiano na docência de Sociologia no Ensino Fundamental e Médio é também refletir quanto às formas metodológicas de incorporá-lo em sala de aula, ou seja, o professor deve ter em mente que para trazer o cotidiano para discussão, a teoria sociológica não pode ser deixada de lado. Nesse sentido, as técnicas e metodologias utilizadas na docência não podem fugir da realidade.
3.1 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
A ação de planejar faz parte da história do homem, pois a vontade de transformar aspirações em realidade objetiva é uma preocupação que acompanha a maioria das pessoas. Pensar e planejar são atos que agem concomitantemente. Sobre isso podemos citar Hernández (1998, p. 63) que coloca que:
Percebe-se, assim, que o passar dos tempos altera o modo de planejar a vida. Por isso, mesmo que sejam utilizados conceitos semelhantes, o contexto é diferenciado, e é por isso que em momentos diferentes o planejamento assume papéis singulares.
Ao iniciar o dia, o homem já começa planejando, pensa e distribui suas atividades de acordo com o seu tempo e com suas necessidades: o que irá fazer como fazer, para que fazer e com o que fazer. Nas mais simples ações humanas do dia-a-dia, quando o homem pensa de forma a atender seus objetivos, ele está planejando, sem necessariamente registrar de forma técnica as ações que irá realizar durante o dia. 
Assim, pode-se dizer que a ação de planejar ou o planejamento, faz parte da vida. Aquele que não mais planeja, corre o risco de realizar as coisas de forma mecânica, alienada e como consequência, sua ação não ter um sentido definido. 
A todo momento se está planejando. Mas, afinal, para que se planeja? Segundo Gandin (2005, p. 17) a primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos sobre a finalidade do planejamento é a eficiência, que segundo ele é a execução perfeita de uma tarefa que se realiza. Então, pode-se dizer que quando se planeja, independente do que está sendo planejado, quer se obter o melhor resultado, há a intenção de que dê certo, inclusive se é algo que realmente seja importante que se faça. É por isso que Gandin (2005, p. 17) aponta que além da eficiência, “o planejamento visa também à eficácia”. 
Gandin (2001, p. 83) ponta que as ideias que envolvem o planejamento são amplamente discutidas nos dias atuais, mas um dos complicadores para o exercício da prática de planejar parece ser a compreensão de conceitos e o uso adequado dos mesmos. 
Planejar é elaborar o plano de intervenção na realidade, com intencionalidades para colocá-los em ação, em prática (RAPACK, 2010, p. 10). “Por sua vez, a elaboração do plano, ou seja, o planejamento, não é ainda a ação, mas um processo mental, de reflexão, de tomada de decisões, de posicionamentos com base numa realidade observada.” (RAPACK, 2010, p. 10). O plano que nada mais é do que o registro das ideias pensadas e com as ações definidas para fazer a intervenção. 
O planejamento é um processo que exige sistematização organização, decisão e previsão e ele está inserido em vários setores da vida: faz-se planejamento urbano, econômico familiar, habitacional, educacional. E este último, que é o objeto desse estudo, é um ato político-pedagógico, pois explicita suas intenções, bem como os objetivos que se pretendem atingir.
Planejamento Curricular é o "processo de tomada de decisões sobre a dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar do aluno". Portanto, essa modalidade de planejar constitui um instrumento que orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através dos diversos componentes curriculares (VASCONCELLOS, 1995, p. 56).
O planejamento escolar é uma ferramenta usada por toda a equipe docente, que facilita o seu trabalho. Tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino. Através do planejamento escolar, um professor programa e planeja as atividades que vai propor aos seus alunos, e determina quais os objetivos pretendidos para cada atividade. Existem três modalidades nesta área: o plano de ensino, plano de aulas e plano da escola.
Pode se disser que o plano de aula é um norte para o professor seguir durante a sua pratica de ensino diária, ele é essencial tanto na tomada de decisões e como na execução das tarefas. Através dele o professor traça seus objetivos e suas metodologias que serão usadas a cada dia, o que lhe permite posteriormente também ter um feedback de sua pratica. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes. (OLIVEIRA, 2010, p.1)
Plano de ensino é aquele que compreende todo o processo ensino/aprendizagem durante o ano letivo. Ele está vinculado diretamente a prática docente e aos objetivos que se pretende alcançar no final de todo o ano letivo. 
Já o planejamento escolar é um instrumento que possibilita perceber a realidade, através de um processo de avaliação, baseado em um referencial futuro. Para tanto, ele deve ser elaborado de acordo com o contexto social e os fatores externos do ambiente. (OLIVEIRA, 2010, p.1) Dessa forma, se faz necessário conhecer a realidade concreta da instituição compreendendo todo o conjunto das atividades que aí se realizam, para que posteriormente sejam diagnosticados os problemas e apontadas às soluções.
Para tanto visa-se um planejamento participativo, baseado em princípios democráticos, cuja característica principal é a participação de todos os membros da comunidade escolar nos processos decisórios da escola, para que de fato as medidas tomadas se adequem a realidadee as necessidades da escola.
Falar de planejamento escolar parece ser um assunto tão e desgastado, porém, com o passar do tempo é importante perceber que a maneira de se planejar hoje não é a mesma que há vinte anos. Conforme aponta Hernández, “quando não existia a síndrome do excesso de informação, ou há 40, quando se pensava que as disciplinas se articulavam por regras estáveis, ou há 80, quando muitos campos disciplinares estavam em fase de definição” (HERNÁNDEZ, 1998, p. 63). 
Percebe-se, assim, que com passar dos tempos altera o modo de planejar a vida, a educação e os próprios planos de ensino. Por isso, mesmo que sejam utilizados conceitos semelhantes, o contexto quase sempre é diferenciado, é por isso que em momentos diferentes o planejamento assume papéis diferentes. 
Por fim cabe ressaltar que independente da área, da modalidade ensino, da disciplina ou da instituição um bom planejamento é essencial para o bom andamento das atividades escolares e do processo de ensino.
3.1.1 - Formas de planejamento do ensino e da aprendizagem
 
“O planejamento é uma necessidade constante em todas as áreas da atividade humana. Planejar é analisar uma realidade e prever as formas alternativas da ação para superar as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados.” (BRUINI, 2014, p.1).
Quando falamos em planejar o ensino, ou a ação didática, estamos prevendo as ações e os procedimentos que o professor vai realizar junto a seus alunos e a organização das atividades e da experiência de aprendizagem, visando atingir os objetivos educacionais estabelecidos previamente. 
“O planejamento didático é um processo que também envolve operações mentais, como: analisar, refletir, definir, selecionar, estruturar, distribuir ao longo do tempo, e prever formas de agir e organizar”. (BRUINI, 2014, p.1). O processo de planejamento da ação docente é o plano didático. Em geral, o plano didático assume a forma de um documento escrito, pois é o registro das conclusões do processo de previsão das atividades docentes e discentes (BRUINI, 2014, p.1).
Neste sentido podemos HAIDT (1995), que coloca que planejar a ação didática é:
Analisar as características da clientela (aspirações, necessidades e possibilidades dos alunos); Refletir sobre os recursos disponíveis; Definir os objetivos educacionais considerados mais adequados para a clientela em questão; Selecionar e estruturar os conteúdos a serem assimilados, distribuídos ao longo do tempo disponível para o seu desenvolvimento; Prever e organizar os procedimentos do professor, bem como as atividades e experiências de construção do conhecimento consideradas mais adequadas para a consecução dos objetivos estabelecidos; Prever e escolher os recursos de ensino mais adequados para estimular a participação dos alunos nas atividades de aprendizagem; E prever os procedimentos de avaliação mais condizentes com os objetivos propostos.
O planejamento da aprendizagem está diretamente ligado ao êxito ao fracasso da ação pedagógica, sem um planejamento consistente com objetivos bem definidos a ação pedagógica pode ficar confusa e perder seu proposito durante o percurso.
A aprendizagem escolar acontece de diferentes formas para diferentes pessoas e não há como pensar na sala de aula contemporânea sem pensar naquilo que é diverso, devido a isso ressalta-se a necessidade de um bom planejamento da pratica de ensino e aprendizagem para que não haja possíveis surpresas. 
O aluno, no contesto atual, é o protagonista em sala de aula e por isso o professor em sua pratica deve buscar compreender suas necessidades para torna-lo um aluno ativo, participante, reflexivo, questionador, crítico e interpretador dos conteúdos. Para melhor compreender os temas abordados é necessário que o educando demonstre interesse e dedicação e envolvimento, só assim o aluno poderá estar inserido no processo de ensino aprendizagem. Segundo Perrenoud (2000, p. 106):
A participação dos alunos justifica-se”, com efeito, por um duplo ponto de vista, é o exercício de um direito do ser humano, o direito de participar, assim que tiver condições para isso, das decisões que lhe dizem respeito, direito da criança e do adolescente, antes de ser um direito do adulto; é uma forma de educação para a cidadania, pela pratica.
Podemos entender, que enquanto o aluno obter possibilidades é um direito dele de participar ativamente do ensino aprendizagem, educando-o para a exercer a cidadania. 
Por fim cabe ressaltar que o plano de ensino é apenas um roteiro, um instrumento de referência e como tal, é abreviado, esquemático, sem colorido e aparentemente sem vida (BRUINI, 2014, p.1). Compete ao professor que o confeccionou dar-lhe vida, no ato de sua execução, impregnando-o de sua personalidade e entusiasmo, enriquecendo-o com sua pratica, habilidade e expressividade.
3.1.2 Formação do professor: competências e habilidades
A diferença entre competência e habilidade, em uma primeira aproximação, depende do recorte. Resolver problemas, por exemplo, é uma competência que supõe o domínio de várias habilidades. Calcular, ler, interpretar, tomar decisões, responder por escrito, etc. são exemplos de habilidades requeridas para a solução de problemas de aritmética. Mas, se saímos do contexto de problema e se consideramos a complexidade envolvida no desenvolvimento de cada uma dessas habilidades, podemos valorizá-las como competências que, por sua vez, requerem outras tantas habilidades. Qual a diferença entre competência e habilidade de ler? Saber ler, com habilidade, não é o mesmo que saber ler com competência.
O conceito de competência varia de autor para autor Perrenoud diz que "competência orquestra um conjunto de esquemas. Envolve diversos esquemas de percepção, pensamento, avaliação e ação". Segundo Fascio (2008, p.1) “competências se constituem num conjunto de conhecimentos, atitudes, capacidades e aptidões que habilitam alguém para vários desempenhos da vida”; mas apesar de diferentes conceitos é comum entre todos concordarem que competências estão intimamente ligadas a ação e à capacidade de bem realizar uma tarefa.
Quanto ao conceito de habilidade este também varia de autor para autor, mas é consenso que habilidade está relacionada ao domínio eficiente da pratica. Segundo Fascio (2008, p. 1) habilidades se ligam a atributos relacionados não apenas ao saber-conhecer mas ao saber-fazer, saber-conviver e ao saber-ser.
As habilidades são inseparáveis da ação, mas exigem domínio de conhecimentos. As competências pressupõem operações mentais, capacidades para usar as habilidades, emprego de atitudes, adequadas à realização de tarefas e conhecimentos. Desta forma as habilidades estão relacionadas ao saber fazer. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades Fascio (2008, p. 1). Na educação habilidade é o saber fazer. É a capacidade do indivíduo de realizar algo, como classificar, montar, calcular, ler, observar e interpretar.
Para desenvolver uma boa pratica docente o professor precisa ter certas habilidades dentro da sala de aula cujo algumas só serão desenvolvidas com passar do tempo com a experiência, Universia (2013, p. 1) indica algumas habilidade que é essencial o professor possuir:
(...) 4 habilidades modernas que os professores precisam desenvolver: 1. Diplomacia: Professores precisam ser pacientes e diretos – flexíveis em suas ideias enquanto são confiantes nas suas decisões. Na verdade, professores são diplomatas, o que significa que eles precisam ser cuidadosos no relacionamento. 2. Liderança: Um bom professor deve ser visto como mentor ou guia. Portanto, apenas dizer aos estudantes para realizarem uma tarefa não é suficiente. Você precisa deixar claro o que quer que eles façam por meio de exemplos valiosos. Os professores devem encorajar seus estudantes a buscarem mais e se comunicar claramente pode ajudar. 3. Organização: Comoprofessor, você precisa ser capaz de se manter próximo do cronograma, mas ser flexível para mudar de direção caso seja necessário. É preciso ter sempre um segundo plano para quando algo não funcionar direito. A capacidade de se organizar e preparar para as mais diversas circunstâncias é fundamental para um ensino eficiente. 4. Aprendizagem: Mais que ensinar, um professor deve estar sempre aberto para novos aprendizados. 
O professor precisa ter a habilidade de se readaptar constantemente, pois com o novo contexto que estamos vivendo onde as tecnologias estão transformando a cultura e a sociedade como um todo, cada vez mais é preciso aprender a usar as mídias sociais na educação, adaptando-se a esses ambientes onde os estudantes convivem e se expressam. Trazer para sala de aula alguns conceitos, expressões e conteúdos que estão circulando no Twitter e Facebook, por exemplo, aproxima o conhecimento do dia a dia dos alunos.
Apesar das inúmeras transformações tecnológicas e sociais uma sala de aula hoje e há cem anos não é muito diferente. Apesar das novidades em equipamentos e dos avanços na gestão dos espaços escolares, uma ‘classe’ ainda é, na maioria das vezes, caracterizada pela homogeneização. Cadeiras iguais, devidamente organizadas, com alunos uniformizados e sentados, muitas vezes em ordem alfabética, como se aprendessem todos ao mesmo tempo e da mesma forma. 
Nas últimas décadas, no entanto, pesquisadores da área da educação estão desmistificando este tipo de prática. Cada vez mais, termos como “diversidade” e “heterogeneidade” povoam os planejamentos escolares e os projetos político-pedagógico das instituições de ensino. Ideias e conceitos como o da pedagogia diferenciada e as novas competências para ensinar, desenvolvidos pelo sociólogo Philippe Perrenoud, tomam as salas de aula e os espaços de formação. 
Perrenoud, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra, é autor do livro Dez Novas Competências para Ensinar para que a sala de aula tradicional possa, enfim, mudar. Nós passamos anos formando professores com base no pressuposto de que o aluno aprende de determinada forma. “Mas a própria formação foi mostrando que o aluno seria um sujeito epistêmico”. Perrenoud diz ‘gente, vamos parar para pensar nas possibilidades e desconstruir a ideia de professor detentor de saber.
O professor precisa dedicar mais energia e atenção aos alunos com mais dificuldades de aprendizagem. Assim se faz uma pedagogia diferenciada, que ajuda a desenvolver métodos para que a aprendizagem aconteça para todos os alunos. “Cinquenta alunos de uma mesma turma não aprendem da mesma forma”. Isso depende de condições sociais, biológicas e psicológicas. 
Para que essa transformação realmente aconteça e as habilidades dos alunos comecem a ser enxergadas separadamente, Perrenoud indica que o educador deve ser detentor de uma série de competências trabalhadas desde o início da sua formação. “Nós precisamos de uma formação de professores que discuta o processo de ensino e aprendizagem profundamente, uma formação de um indivíduo que seja capaz de pensar, construir e desconstruir práticas a partir da teoria que aprendeu”.
Neste sentido cita-se Perrenoud (2002, p.23) que expõem as dez competências necessárias pra ensinar: 
Organizar e dirigir situações de aprendizagem – Planejar projetos didáticos, envolver os alunos nessas atividades e saber lidar com erros e obstáculos.
Administrar a progressão das aprendizagens – Conhecer o nível e as possibilidades de desenvolvimento dos alunos, além de acompanhar sua evolução e estabelecer objetivos claros de aprendizagem. 
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação – Trabalhar com a heterogeneidade, oferecer acompanhamento adequado a alunos com grande dificuldade de aprendizagem e desenvolver o trabalho em equipe.
Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho – Instigar o desejo da aprendizagem nos alunos, integrá-los nas decisões sobre as aulas e oferecer a eles atividades opcionais.
Trabalhar em equipe – Elaborar projetos em equipe com a turma e com outros professores, trocar experiências e colaborar com outras atividades promovidas pela escola.
Participar da administração da escola – Elaborar e disseminar projetos ligados à instituição, além de incentivar os alunos a também participarem dessas atividades.
Informar e envolver os pais – Conversar, promover reuniões frequentes e envolver as famílias na construção do saber. 
Utilizar as novas tecnologias – Conhecer as potencialidades didáticas de diferentes recursos tecnológicos.
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão – Lutar contra preconceitos e discriminações, prevenir a violência e desenvolver o senso de responsabilidade. 
Administrar sua própria formação continuada – Estabelecer um programa pessoal de formação continuada e participar de grupos de debate com colegas de profissão.
Mas mais importante do que envolver a comunidade, o educador deve, antes de tudo, colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem. “Perrenoud diz que se o professor não integrar o aluno e mostrar claramente como aquilo é importante para ele, é impossível que se consiga ensinar.”
E não é apenas a interação entre o aluno e o professor que começa a mudar neste cenário, mas principalmente a interação entre os próprios estudantes. A professora Karina afirma que o trabalho em grupo é algo a ser trabalho dentro das escolas, com os alunos ensinando uns aos outros. Além disso, também é primordial que os professores conversem mais entre si, trocando ideias e experiências, para que os projetos escolares enriqueçam. “Por que não ajudar o outro”? Você sai da perspectiva de competição e passa para a da colaboração.
O uso das novas tecnologias potencializa a ideia de pedagogia diferenciada, já que recursos como os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e as plataformas de ensino adaptativo, por exemplo, configuram-se como meios indiscutíveis para atender de forma mais adequada os alunos.
“A tecnologia nos mostra um ambiente diferenciado, extremamente atrativo e que possibilita desconstruir o espaço de sala de aula física e criar um ambiente virtual”, explica Karina Pagnez. Para a educadora, contudo, é preciso cuidado na hora de utilizar essas ferramentas: “O professor precisa de boa formação para entender que a tecnologia”.
As competências de ensino indicadas por Perrenoud apresentam o perfil do bom professor do século 21. O suíço propõe uma discussão que vai além do debate sobre utilizar ou não às tecnologias, mas aprofunda-se ao propor uma transformação geral da sala de aula, voltada principalmente às relações estabelecidas na comunidade escolar. A ideia de que a aprendizagem depende de um conhecimento detalhado sobre cada aluno está cada vez mais em evidência. Entretanto, esta grande mudança está diretamente relacionada à melhoria na formação dos professores, que também deve começar a ser vista sob uma nova perspectiva para que a escola seja, de fato, rica por sua diversidade.
3.1.3 Práticas educativas e o professor de Sociologia
Ensinar é uma prática social ou, como Freire (1974) imaginava, uma ação cultural, pois se concretiza na interação entre professores e alunos, refletindo a cultura e o contextos sociais a que pertencem.
A educação como um todo então pode ser considerada como prática educativa e assim em um sentido amplo está “compreende os processos formativos que ocorrem no meio social” (LIBÂNEO, p. 17). Podendo estes processos educativos serem tanto informais como formais ou intencionais ou não.
“Assim, não se pode reduzir o conceito da prática educativa às ações de responsabilidade do professor e que, normalmente, ocorrem em sala de aula. O ato de educar, a ação educativa, transcende às ações dos professores e extrapola os limites físicos da sala de aula.” (FERREIRA, 2001, p. 1). Podemos citar como exemplo disso os conhecimentos que o aluno adquire dentro da família onde emboraa forma de ensinar e a forma de aprendizado sejam diferentes das práticas educativas desenvolvidas nas escolas. 
A prática educativa desenvolvidas nas escolas está intimamente ligada ao trabalho docente, que por sua vez esta determinada por fins e exigências sociais, políticas e ideológicas, independente da área ou disciplina ministrada. 
O professor de sociologia mais que os outros professores das demais áreas de conhecimento precisa estar ciente do novo contexto social de nossa sociedade e incluir na sua pratica educativa analises sobre a nossa nova realidade social repleta de transformações, uma vez o objeto da sociologia é o estudo da própria sociedade. 
Neste sentido Sampaio (2001, p. 10) coloca:
Hoje o professor precisa estar preparado para realizar o seu trabalho com competência, consciente de que vivemos num mundo, em constante transformação, onde diversos meios podem levar ao raciocínio e ao conhecimento e de que a aprendizagem pode acontecer de várias maneiras, além da tradicional aula expositiva. 
Novos conceitos, novas posturas, exigem um “novo professor” com uma mentalidade diferente, que inclua em sua pratica docente essa nova realidade e trabalhe dentro desse novo contexto de forma dinâmica e diferenciada.
Assim, o desafio hoje é deixar de ver a mudança com um fator negativo como uma deficiência, mas torna-la um desafio a ser vencido (GUILHERME, 2010, p. 16). “O professor deve se atentar para a especificidade do seu trabalho e buscar métodos que contribuam significativamente com a aprendizagem dos alunos.” (GUIMARÃES, p. 6). Cabe a ele orientar seus alunos no sentido de compreender e avaliar o impacto que conjunto de transformações nas suas próprias vidas e estimula-los a serem cidadãos ativos e críticos no meio social.
Neste sentido podemos citar Guilherme (2010, p. 16) que expõem sobre a importância do professor de sociologia na formação crítica do educando:
(...) Se faz necessário o professor da disciplina de sociologia se colocar numa postura de levar os alunos a perceberem a importância da mesma e que seu conhecimento pode levá-los a conhecer e reconhecer o contexto que estão inseridos, a cultura que vivenciam e os problemas que se apresentam em sua sociedade de forma crítica e científica.
O professor de sociologia deve estimular, de diferentes formas, os educandos a ver além das aparências e a desenvolver seu senso reflexivo e critico, para que este possa de fato ser um cidadão ativo no meio social. “Não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do professor de sociologia.” (SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ, 2008, p. 87). 
Neste sentido podemos citar Cortelazzi (2009, p. 1) que aponta o perfil que professor de Sociologia deve apresentar:
1. Contribuir para o estabelecimento da distinção entre o conhecimento de senso comum e o conhecimento científico, e explicitar a especificidade da tarefa do sociólogo enquanto cientista social. 2. Entender que o conhecimento sociológico é produzido a partir de uma postura diante dos fatos sociais, marcada pelo estranhamento e desnaturalização, compreendendo que os processos sociais são fruto de fenômenos históricos, culturais e sociais. 3. Compreender que o ensino da sociologia deve ter como objetivo desenvolver no aluno um olhar sociológico ou uma sensibilidade sociológica que lhe permita entender o seu lugar na sociedade e situar-se nela. 4. Dominar os conhecimentos sociológicos necessários que permitam ao aluno perceber as dinâmicas de relação e interação sociais e construir explicações a respeito da sociedade e de suas transformações. 5. Compreender que o ensino das ciências sociais deve propiciar o conhecimento da e o respeito à sociedade brasileira, de sua posição no contexto internacional, bem como da diversidade, das desigualdades e diferenças que a constituem. 6. Ser capaz de, ao desenvolver as atividades pedagógicas, a partir do aluno, do seu contexto social de origem, das suas vivências e experiências como forma de introdução, desenvolvimento e apreensão do saber sociológico. 7. Reconhecer a importância da formalização dos direitos de cidadania, do conhecimento sobre o papel do cidadão e da participação política, desenvolvendo formas de reflexão e debate que capacitem o aluno a exercer de forma plena e consciente seus direitos e deveres civis, sociais e políticos. 8. Dominar as teorias clássicas e contemporâneas da sociologia, das metodologias científicas de investigação e das formas de ensiná-las, adequando-as à capacidade cognitiva dos alunos. 
Outro ponto condizente com o perfil do professor é saber reconhecer a importância da pesquisa como recurso didático fundamental para o desenvolvimento do olhar sociológico do educando, envolvendo o aluno em situações que lhe permitam observar e refletir criticamente sobre o mundo que o cerca.
Além disso, o professor precisa ainda constantemente auto avaliar sua pratica de ensino para verificar acertos e possíveis correções que sejam necessárias a serem feitas. Isso pode até parecer difícil, mas pelo contrário é muito fácil o professor pode usar até mesmo a avaliação dos próprios alunos o professor para se auto avaliar. Onde por meio do êxito ou não dos educandos ele possa verificar se a forma que ele repassou os conteúdos surtiu o efeito esperado ou não e se a metodologia usada conseguiu provocar o interesse dos educando nos assuntos abordados, para que a partir daí ele possa ter subsidio para melhorar sua própria pratica de ensino. 
Dentro desse contesto podemos ainda mencionar o uso da linguagem como um fator crucial em que o professor precisa estar atento em sua pratica educativa, pois esta se usada corretamente pode garantir que o educando tenha uma boa compreensão dos conteúdos ou não. 
O mau uso da linguagem pode “emperrar a prática educativa”, fazer com que o professor seja mal interpretado e desmotivar o aluno na busca por conhecimento. (CORTELAZZI, 2009, p.1) A linguagem, portanto pode se contribuir para o sucesso ou em um fracasso da pratica educativa do professor dependendo da forma que ela é usada no processo de ensino.
O professor precisa ainda ter claro ensino da sociologia não envolve apenas a manipulação e o domínio da discussão sociológica contemporânea ou clássica, mas também, o cuidado e o respeito pelos conhecimentos e pela vivência dos alunos. (CORTELAZZI, 2009, p.1) Mais do que ser capaz de estabelecer com os jovens os debates mais atuais e sofisticados em sociologia o professor deve exercitar junto aos jovens uma certa sensibilidade sociológica para a sua realidade mais próxima e para questões mais amplas da atualidade, por meio da discussão de temas consagrados da análise sociológica.
No entanto sempre haverá processos que o professor obterá êxito em sua pratica de ensino e outros deficitários onde os objetivos não serão alcançados, pois nem sempre o andamento das atividades decorre como o planejado. A pratica educativa é um eterno fazer e refazer metodológico aonde ajustes sempre serão necessários, pois nenhum aluno e nenhuma turma é igual, e o professor precisa ter isso claro para adaptar e readaptar sua pratica de ensino e sua metodologia conforme as necessidades.
Por fim cabe ressaltar que não existem formulas prontas e incontestáveis sobre o que ensinar e como ensinar, bem como não há uma única e incontestável metodologia que funciona em qualquer espaço de ensino, o que temos são nortes e bases que podemos usar para desenvolver um bom o processo de ensino e aprendizagem, que por sua vez também sempre estará em constante transformação e renovação.
3.1.4 Prática docente e pesquisa: como entender o processo de ensino e aprendizagem
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa inclusãoe atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. 
Assim, o objetivo é identificar as propostas sobre a aprendizagem escolar. As ideias de Ausubel, cujas formulações iniciais são dos anos 60, encontram-se entre as primeiras propostas psicoeducativas que tentam explicar a aprendizagem escolar e o ensino a partir de um marco distanciado dos princípios condutistas. 
Para Ausubel, o objetivo maior do ensino acadêmico é que todas as ideias sejam aprendidas de forma significativa. Isso porque é somente deste jeito que estas novas ideias serão “armazenadas” por bastante tempo e de maneira estável. Além disso, a aprendizagem significativa permite ao aprendiz o uso do novo conceito de forma inédita, independentemente do contexto em que este conteúdo foi primeiramente aprendido. 
Segundo, Piaget (1974, p. 34):
(...) a aprendizagem não se confunde necessariamente com o desenvolvimento, e que, mesmo da hipótese segundo a qual as estruturas lógicas não resultam da maturação de mecanismos inatos somente, o problema subsiste em estabelecer se sua formação se reduz a uma aprendizagem propriamente dita ou depende de processos de significação ultrapassando o quadro do que designamos habitualmente sob este nome.” Piaget (1988) analisou os fatores biológicos e os sociais na constituição do ser humano. Na análise da gênese do conhecimento, certamente o ser humano nasce com estruturas inatas do sistema nervoso (próprio da espécie) e forma adaptação biológica.
A aprendizagem ocorre de diferentes formas depende de cada ser e do fator biológico e desenvolvimento e resultados que cada um desenvolve ao longo do processo de ensino e maturação de desenvolver suas habilidades.
A concepção defendida aqui é que o processo de ensino-aprendizagem é uma integração dialética entre o instrutivo e o educativo que tem como propósito essencial contribuir para a formação integral da personalidade do aluno. O instrutivo é um processo de formar homens capazes e inteligentes. Entendendo por homem inteligente quando, diante de uma situação problema ele seja capaz de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível se ele for formado mediante a utilização de atividades lógicas. O educativo se logra com a formação de valores, sentimentos que identificam o homem como ser social, compreendendo o desenvolvimento de convicções, vontade e outros elementos da esfera volitiva e afetiva que junto com a cognitiva permitem falar de um processo de ensino-aprendizagem que tem por fim a formação multilateral da personalidade do homem.
As contribuições da teoria construtivista de Piaget, sobre a construção do conhecimento e os mecanismos de influência educativa têm chamado a atenção para os processos individuais, que têm lugar em um contexto interpessoal e que procuram analisar como os alunos aprendem, estabelecendo uma estreita relação com os processos de ensino em que estão conectados. Os mecanismos de influência educativa têm um lugar no processo de ensino aprendizagem, como um processo onde não se centra atenção em um dos aspectos que o compreendem, mas em todos os envolvidos. Se analisarmos a situação atual da prática educativa em nossas escolas identificaremos. 
A família é um grupo fundamental na formação humana para o convívio social e tem um papel especial que só a ela cabe: introduzir as primeiras lições de cidadania e de respeito ao próximo, além de exemplos de condutas adequadas. 
Outra característica a ser levada em conta no comportamento das famílias em relação ao investimento educacional diz respeito à trajetória social da família: ascendente ou descendente. No primeiro caso, o investimento em educação tende a ser mais efetivo; no segundo caso, o investimento ficaria comprometido, ou, pelo menos, elas teriam menos esperanças na escolarização dos filhos. Isso, para alguns autores, pode aproximar a relação com a educação de famílias de posições diferentes na sociedade. (MELO, 2011b, p. 97).
Esses valores éticos adquiridos na família, antes da etapa de escolarização permitirão que a criança torne-se capaz de conviver harmonicamente com outras pessoas, acatando os princípios da responsabilidade, solidariedade, reconhecimento dos direitos dos outros e compreensão das regras comuns na escola.
Se a família não desenvolver esses valores, ficará a cargo da escola, assumir a responsabilidade de desenvolvê-los. Desta forma, entende-se que deve haver um bom relacionamento entre toda a comunidade escolar para que de fato aconteça uma educação participativa e de qualidade. Para que isto se torne realidade, o precisa-se efetivamente incorporar os princípios de eficiência e democracia.
4 PROJETO DE OBSERVAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL
4. 1 INSTITUIÇÃO DE ENSINO
ESCOLA: EEB. São Miguel
RUA: La Salle nº1824
BAIRRO: Centro
MUNICIPIO: São Miguel do Oeste SC
SÉRIE: 7ª e 8ª 
DISCIPLINA: Sociologia
DIRETORA: Liane Lourde R. Sehnem
PROFESSORA TITULAR: Rosangela Gava Périco
ACADÊMICA: Tereza G. Morandin
DIA:
HORÁRIOS: 14h:45min as 17h:15min
 
4. 2 TEMA: Desigualdade de Gênero na sociedade Brasileira
4. 3 JUSTIFICATIVA
A Sociologia busca compreender a sociedade, sua gênese e transformação como um processo aberto, ainda que historicamente condicionado e os múltiplos fatores que nelas intervém, como produtos das contradições que alimentam a ação humana; a si mesmo como protagonista agente social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica de conflitos dos interesses dos diferentes grupos e gêneros sociais. Diz-se que a Sociologia compreende o papel histórico das instituições de poder e dominação associando-as às práticas das diferentes classes, estamentos, grupos e atores sociais, aos princípios éticos e culturais que regulam a convivência em sociedade, aos direitos e deveres da cidadania, a justiça e a distribuição dos benefícios econômicos no sentido de uma interpretação crítica do progresso civilizatório e da realização da liberdade e igualdade humana. Despertando ao educando a compreensão da desigualdade de gênero para aprofundar conhecimentos. Enfocar os diversos casos de desigualdade de gênero presente diariamente em nossa sociedade.
4. 4 OBJETIVOS GERAL
Compreender o surgimento da Sociologia e sua relevância para a compreensão do comportamento humano ao longo da história. Identificando os diferentes modelos de análise social que caracterizam os principais autores da Sociologia relacionando as principais teorias sociológicas com os elementos da realidade para identificar a função do Estado nos diferentes contextos históricos e sociais. Relacionar ideologias e modelos de pensamento social com as diferentes estruturas e modelos de Estado presentes na história.
4.5 OBJETIVOS ESPECIFICOS
Proporcionar um espaço de ampliação de conhecimento e identificar a desigualdade de gênero existentes em nossa sociedade.
A pesquisa visa um trabalho interdisciplinar com temas motivadores para competências curriculares.
4.5.1 O cotidiano escolar no ensino fundamental; nossas constatações
A Escola de Educação Básica São Miguel, estabelecimento da Rede Estadual Pública de Ensino, mantida pelo Estado de Santa Catarina e administrada pela Secretaria de Estado da Educação e do Desporto, possui, atualmente atende 650 alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental e Médio, distribuídos nos três turnos de funcionamento: matutino, vespertino e noturno. Os alunos são do Município de São Miguel do Oeste. Alguns vêm de comunidades vizinhas, utilizando-se do transporte escolar. 
As principais dificuldades apresentadas pelos alunos é a falta de leitura, acesso aos meios de informações fora do ambiente escolar e aos bens culturais. Os alunos do ensino noturno são alunos trabalhadores e isso traz algumas dificuldades no processo de ensino e aprendizagem.Além disso, a Escola enfrenta diversas dificuldades que são consequências da realidade socioeconômica, política e cultural da sociedade. E nesse contexto, as famílias, a maioria assalariada, delegam à Escola além da educação formal e sistematizada, parte de responsabilidades pertinentes à família. Por outro lado, a instituição dentro de sua realidade tem oferecido condições de acompanhar e proporcionar aos alunos o ensino e aprendizagem, assim como o acesso ao desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, o cultural. 
Com relação ao corpo docente, temos um quadro qualificado e, na sua maioria, com especialização em suas respectivas áreas. Hoje, esse quadro é permanente, ou seja, os professores são efetivos, o que garante, em partes, um trabalho contínuo. As reuniões e dias de planejamento estão voltados para a capacitação pedagógica e temas transversais que atendam às necessidades dos professores no atendimento ao aluno. Há uma programação voltada para a saúde, combate ao uso de drogas, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis entre outros, no sentido de informar a comunidade escolar desde situações corriqueiras até as mais graves
Para atender à demanda dos alunos, a escola possui uma biblioteca com 15.000 mil exemplares, assinatura de Revistas tais como: Nova Escola, Carta Escola, Mundo Jovem e Bravo Assinatura de jornais Folha do Oeste, O Diário Catarinense, Imagem, Gazeta, Regional entre outros. Conta também, com excelentes livros de literatura recebidos do Governo Federal. Além disso, desenvolve atividades e projetos distribuídos ao longo do ano letivo, com vistas também ao atendimento à diversidade, inclusão da pessoa com deficiência, educação ambiental, valorização à vida, quais sejam: Projeto de Preservação do Meio Ambiente, Relações Humanas, Bulling, Programa de Controle do Peso Corporal para Crianças e Adolescentes da Escola São Miguel, Projeto de Leitura, Literatura e Escrita: formando o cidadão, Escola no cinema, Feira da Ciência e Conhecimento, Atividades culturais, esportivas e para-desportivas. Esses projetos, além de atenderem ao currículo, trabalham os temas transversais e contribuem com a formação cultural e o senso crítico do aluno. 
Hoje, a escola tem algumas necessidades e prioridades das quais destacam-se:
Trabalhar o conhecimento teórico, crítico e prático relacionado à realidade nas diversas dimensões: social, econômico, cultural, político, histórico, etc., de forma sistematizada;
Desenvolver práticas pedagógicas que questionem os valores humanos baseados nos princípios da sociedade de produção e consumo, promovendo outros condizentes para a transformação social; 
Maior unidade e integração entre os componentes curriculares, visando ações coletivas e interdisciplinares;
Dar continuidade às discussões sobre Educação e encaminhamentos, visando à produção coletiva e avaliação do projeto Político Pedagógico da Escola;
Permanente aquisição de material didático-pedagógico;
Reforma ampla de todo os espaços físico da instituição;
Existência de uma política que não atende as necessidades dos profissionais da Educação;
 Preservação da vida e valorização do estudo, aplicando o saber escolar no dia a dia;
Necessidade de avaliação periódica envolvendo todos os segmentos;
Aquisição de equipamentos para os laboratórios de informática, ciências biológicas, físicas e químicas; 
Disponibilizar pessoas especializadas para o atendimento permanente nos laboratórios;
Capacitação dos recursos humanos, (GERED –UE).
Participação na tomada de decisões e assumir em conjunto, buscando uma linha comum de ação;
Tornar o ambiente escolar mais atraente e prazeroso;
Maior integração e participação dos pais na escola;
Elaborar projetos e promover campanhas visando a obtenção de recursos financeiros para manter e melhorar as condições da escola;
Avaliar o processo educativo periodicamente envolvendo a Comunidade Escolar.
A escola desenvolve um trabalho coletivo com a Associação de Pais e Professores que visam a atividades educativas comprometidas com a formação cidadã do aluno. 
Considerando a realidade da escola, suas necessidades e prioridades, a comunidade que a compõe e com base na Proposta Curricular de Santa Catarina e a Lei de Diretrizes e Bases, esse Projeto Político Pedagógico está pautado numa concepção que aponta a escola como uma instituição que deseja um espaço de reflexão, participação e, sobretudo, seu objetivo maior: uma educação pública de qualidade.
4.5.2 Diagnóstico da realidade escolar
A Escola de Educação Básica São Miguel, estabelecimento da Rede Estadual Pública de Ensino, mantida pelo Estado de Santa Catarina e administrada pela Secretaria de Estado da Educação e do Desporto, possui, atualmente atende 650 alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental e Médio, distribuídos nos três turnos de funcionamento: matutino, vespertino e noturno. Os alunos são do Município de São Miguel do Oeste. Alguns vêm de comunidades vizinhas, utilizando-se do transporte escolar. 
As principais dificuldades apresentadas pelos alunos é a falta de leitura, acesso aos meios de informações fora do ambiente escolar e aos bens culturais. Os alunos do ensino noturno são alunos trabalhadores e isso traz algumas dificuldades no processo de ensino e aprendizagem.
Além disso, a Escola enfrenta diversas dificuldades que são consequências da realidade sócioeconômica, política e cultural da sociedade. E nesse contexto, as famílias, a maioria assalariada, delegam à Escola além da educação formal e sistematizada, parte de responsabilidades pertinentes à família. Por outro lado, a instituição dentro de sua realidade tem oferecido condições de acompanhar e proporcionar aos alunos o ensino e aprendizagem, assim como o acesso ao desenvolvimento tecnológico e, sobretudo, o cultural. 
Com relação ao corpo docente, temos um quadro qualificado e, na sua maioria, com especialização em suas respectivas áreas. Hoje, esse quadro é permanente, ou seja, os professores são efetivos, o que garante, em partes, um trabalho contínuo. As reuniões e dias de planejamento estão voltados para a capacitação pedagógica e temas transversais que atendam às necessidades dos professores no atendimento ao aluno. Há uma programação voltada para a saúde, combate ao uso de drogas, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis entre outros, no sentido de informar a comunidade escolar desde situações corriqueiras até as mais graves
Para atender à demanda dos alunos, a escola possui uma biblioteca com 15.000 mil exemplares, assinatura de Revistas tais como: Nova Escola, Carta Escola, Mundo Jovem e Bravo Assinatura de jornais Folha do Oeste, O Diário Catarinense, Imagem, Gazeta, Regional entre outros. Conta também, com excelentes livros de literatura recebidos do Governo Federal. Além disso, desenvolve atividades e projetos distribuídos ao longo do ano letivo, com vistas também ao atendimento à diversidade, inclusão da pessoa com deficiência, educação ambiental, valorização à vida, quais sejam: Projeto de Preservação do Meio Ambiente, Relações Humanas, Bulling, Programa de Controle do Peso Corporal para Crianças e Adolescentes da Escola São Miguel, Projeto de Leitura, Literatura e Escrita: formando o cidadão, Escola no cinema, Feira da Ciência e Conhecimento, Atividades culturais, esportivas e para-desportivas. Esses projetos, além de atenderem ao currículo, trabalham os temas transversais e contribuem com a formação cultural e o senso crítico do aluno. 
Hoje, a escola tem algumas necessidades e prioridades das quais destacam-se:
Trabalhar o conhecimento teórico, crítico e prático relacionado à realidade nas diversas dimensões: social, econômico, cultural, político, histórico, etc., de forma sistematizada;
Desenvolver práticas pedagógicas que questionem os valores humanos baseados nos princípios da sociedade de produção e consumo, promovendo outros condizentes para a transformação social; 
Maior unidade e integração entre os componentes curriculares,visando ações coletivas e interdisciplinares;
Dar continuidade às discussões sobre Educação e encaminhamentos, visando à produção coletiva e avaliação do projeto Político Pedagógico da Escola;
Permanente aquisição de material didático-pedagógico;
Reforma ampla de todo os espaços físico da instituição;
Existência de uma política que não atende as necessidades dos profissionais da Educação;
 Preservação da vida e valorização do estudo, aplicando o saber escolar no dia a dia;
Necessidade de avaliação periódica envolvendo todos os segmentos;
Aquisição de equipamentos para os laboratórios de informática, ciências biológicas, físicas e químicas. 
Disponibilizar pessoas especializadas para o atendimento permanente nos laboratórios.
Capacitação dos recursos humanos, (GERED –UE).
Participação na tomada de decisões e assumir em conjunto, buscando uma linha comum de ação;
Tornar o ambiente escolar mais atraente e prazeroso;
Maior integração e participação dos pais na escola;
Elaborar projetos e promover campanhas visando a obtenção de recursos financeiros para manter e melhorar as condições da escola;
Avaliar o processo educativo periodicamente envolvendo a Comunidade Escolar.
A escola desenvolve um trabalho coletivo com a Associação de Pais e Professores que visam a atividades educativas comprometidas com a formação cidadã do aluno. 
Considerando a realidade da escola, suas necessidades e prioridades, a comunidade que a compõe e com base na Proposta Curricular de Santa Catarina e a Lei de Diretrizes e Bases, esse Projeto Político Pedagógico está pautado numa concepção que aponta a escola como uma instituição que deseja um espaço de reflexão, participação e, sobretudo, seu objetivo maior: uma educação pública de qualidade.
4.5.3 Papel da escola
4.5.3.1 Os dispositivos legais 
A implantação da Lei Nº 9394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – suscita um novo momento, em que se apresenta o desafio de encontrar soluções para os grandes problemas enfrentados pela educação.
Para desencadear a construção do Projeto Político Pedagógico, a Lei Nº 9394/96 pressupõe que todas as instâncias do sistema de ensino, num processo de construção coletiva, busquem, a partir da discussão, da análise e da interpretação dos dispositivos legais, a consolidação de um Projeto Político Pedagógico que assegure o direito à educação de qualidade.
Da mesma forma, a Lei Complementar 170/98 – Sistema estadual de Educação – artigos 15 e 16, fazem referência à elaboração e à execução do Projeto Político Pedagógico, acrescido dos princípios gerais do regimento escolar. 
O Parecer Nº 781/045 do Conselho Estadual de Educação – CEE/SC – define as diretrizes para a elaboração do Projeto Político Pedagógico das Escolas — PPP —, destacando que sua construção parte do diagnóstico da escola. Ressaltamos ainda, que a escola precisa refletir discutir e pôr em prática suas concepções e formulações para que efetivamente ocorra o que se propõe no PPP. 
A construção do Projeto Político Pedagógico, além de representar um desafio para a comunidade escolar, constitui-se numa importante decisão política, uma vez que representa o compromisso dessa comunidade com uma educação de qualidade e a construção do sujeito para a cidadania. Nasce e consolida-se do movimento “ação-reflexão-ação”, conforme determina a Proposta Curricular de Santa Catarina, construído e vivenciado, em todos os momentos, por todos os envolvidos no processo educativo. Consiste, portanto, num importante instrumento de gestão democrática. E como instrumento organiza e orienta toda a ação da Escola e, nesse sentido, deve retratar efetivamente a realidade escolar, construindo sua identidade e autonomia por meio de um processo educativo dinâmico, conforme apontado acima. Destaca-se, dessa perspectiva, que o desejo da comunidade que representa a Escola de Educação Básica São Miguel, Escola de Ensino Fundamental e Médio, é o desejo de uma educação pública e gratuita de qualidade, que contribua com a construção e reconstrução do conhecimento, com a formação da cidadania e da qualidade de vida da comunidade na qual está inserida. Além disso, o Projeto Político Pedagógico que se quer está pautado em um processo participativo e dialógico. 
Assim, a Escola de Educação Básica São Miguel, será regida também por este Projeto Político Pedagógico que tem a seguinte filosofia:
 4.5.4 Filosofia da Escola 
Pensar e executar, coletivamente, um ensino público e gratuito de qualidade, que resgate a função social da Escola como espaço de produção e apropriação do conhecimento, possibilitando aos alunos a construção de sua identidade e seu espaço na sociedade na qual está inserido, tendo postura crítica, reflexiva e atuante diante da realidade que os cerca, formando-os integralmente para serem agentes da construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Cabe destacar, que a filosofia da escola permeia todo o processo educativo, abarcando seus princípios, objetivos e finalidades. 
4.1.2.3 Princípios norteadores e objetivos
Com base no disposto pela LDB, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, pelas Diretrizes para O Projeto Político-Pedagógico do Estado (Proc. PCEE 781/045) a
E.E.B. São Miguel objetiva sua ação educativa fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso e permanência, da obrigatoriedade do Ensino Fundamental e da gratuidade escolar;
A proposta é uma escola de qualidade, democrática, dinâmica, participativa e comunitária, como espaço cultural de socialização e desenvolvimento do educando, preparando-o para o exercício de direitos e o cumprimento dos deveres, sinônimo de cidadania;
Oferecer um ensino de qualidade, a partir da postura político-pedagógica e da concepção teórica dos docentes, que definirão a prática educativa;
Proporcionar ao educando a socialização e a construção do conhecimento elaborado e sistematizado, considerando os princípios e valores de uma educação libertadora, com visão e postura reflexiva e crítica frente à realidade, buscando sua transformação;
Instrumentalizar o educando a partir do currículo com vistas à compreensão e transformação da realidade econômica, político-cultural e social;
Primar pela autonomia da escola como capacidade de auto governar-se, dentro dos limites legais, observando seu compromisso social;
Valorizar os profissionais da escola, possibilitando-lhes o constante aperfeiçoamento para que atuem com competência na formação do aluno.
4.3.2 Turma observada no Ensino Fundamental (8ª Série)
A turma Observada foi o 8º Ano da EEB. São Miguel, com o total de vinte (20) alunos, sendo quinze (15) meninas e cinco (5) meninos. Professor titular: Professor Paulinho disciplina Sociologia.
Durante as aulas Observadas a turma, demonstrou ser calma, não apresentou problemas visíveis durante as aulas observadas. As aulas foram expositivas e dialogadas, e como metodologia o Professor utilizou-se do quadro branco e canetão, se usando os conteúdos, Durkhein, Taylor, Fordimo, os alunos são participativos, mas não são todos, alguns, perguntam e contribuem, com o que já sabem.
O Professor Titular é tranquilo, e tem um equilíbrio, diante da turma.
4. 3.3 Turma Observada no Ensino Médio (2º Ano)
A turma observada foi o 2º Ano do Ensino Médio nº 225, da EEB. São Miguel, O Professor titular da Turma é o Professor: Paulinho, e a Disciplina Sociologia, no total são vinte e um alunos (21), sendo doze (12) meninas e nove (9) meninos. O Colégio está passando por reformas, Os alunos são tranquilos, mas nem todos são comprometidos com a aprendizagem, em alguns momentos manuseiam celular, embora não ser permitido o uso do mesmo em sala de aula. 
Em alguns momentos os alunos faltam com respeito ao Professor, as notas dos alunos são baixas.
Em alguns momentos os alunos pesquisam na sala de informática, onde preparam seus trabalhos em Multimídia para depois serem apresentados no coletivo,

Outros materiais