Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD Faculdade de Engenharia - FAEN Curso de Engenharia Mecânica JEAN PAULO CARNEIRO JUNIOR REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL E COMERCIAL: SISTEMAS DE ÁGUA GELADA Docente: Liomar Cachuté Agosto, 2017. Sumário 1. Considerações Iniciais ......................................................................................................... 3 2. Resfriador de água chiller .................................................................................................. 3 3. Refrigeração a ar ................................................................................................................. 4 4. Componentes do Resfriador ............................................................................................... 5 4.1. Compressores ................................................................................................................ 5 4.2. Evaporadores ................................................................................................................. 5 4.3. Condensadores .............................................................................................................. 6 4.4. Válvulas de Expansão ................................................................................................... 6 5. Ciclo de refrigeração do Chiller ......................................................................................... 7 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 8 1. Considerações Iniciais Neste trabalho apresentamos os sistemas de água gelada, mais conhecido com Chiller. Esses sistemas entram no mercado apresentando versatilidade de uso e resolução de problemas quando se trata de climatização de ar. De forma resumida, os Water Chillers são mecanismos que aumentam a eficiência térmica de sistemas com a troca de calor entre água e fluido refrigerante, ideal para uso em grande ambientes climatizados e edifícios, onde faz-se uso da climatização centralizada e dos Fan coils. 2. Resfriador de água chiller O resfriador de água Chiller trata-se de um circuito frigorífero onde o produto a ser refrigerado é a água. Esse tipo de refrigerador sai de fábrica pronto para uso, sendo ainda considerado parte fundamental dos sistemas de condicionamento de ar. A Figura 1 apresenta um Chiller com grupo motocompressor. Figura 1 – Chiller com grupo motocompressor. Fonte [1]. Nos dispositivos de condicionamento de ar, a unidade evaporado que insufla ar frio no ambiente a ser refrigerado para absorver calor deste, é chamada unidade evaporadora de expansão direta. No entanto, esse sistema possui limitações quando se trabalha com muitas unidades evaporadoras e um unidade condensadora. Quando isso ocorre, a distribuição da capacidade de refrigeração fica comprometida, uma vez que a carga térmica em cada unidade evaporadora trabalhará com regimes diferentes. Para resolver a problemática apresentada nos sistemas de expansão direta, lança- se mão aos sistemas de água gelada. Isso da-se com o acréscimo de um resfriador na unidade condensadora, de forma que as unidades evaporadoras tem todas suas serpentinas de evaporação consolidadas em um único dispositivo, garantindo a uniformidade para o sistema. Nesse sentido, podemos concluir que o Chiller consiste numa unidade com resfriador, condensador resfriado a água, compressor, uma torre de resfriamento e todos os dispositivos de segurança e acessórios de controle e manutenção que competem a esses sistemas de refrigeração. Em sistemas em que deseja-se refrigerar grandes ambientes opta-se, não raro, pela climatização centralizada ou condicionamento de ar central do tipo Fan Coil. Nesse tipo de sistema, a unidade evaporadora do Chiller manda água gelada para um Fan Coil, responsável pela insuflação do ar refrigerado, através de dutos. Na Figura 2 pode ser observado os dutos por onde o ar é insuflado. Figura 2 – Dutos de climatização. Fonte [2]. Importante comentar que o Chiller possui uma série de vantagens, entre elas citamos a versatilidade no uso de tubulações de aço ou poliméricas, em detrimento das tubulações de cobre. Além disso a manutenção preventiva e preditiva são mais fáceis de se aplicar quando usa-se água como fluido de trabalho. No entanto, como veremos, as torres de resfriamento muitas vezes podem apresenta-se como uma “dificuldade operacional a mais”. 3. Refrigeração a ar As torres de refrigeração, são as unidade de condensação do Chiller, elas são ligadas a esse e muitas vezes apresentam dificuldades operacionais, como o tratamento da água, e de manutenção. Esses pontos levam os usuários a optarem por sistemas de condensação alternativos, como refrigeradores a ar. Nesse caso o Chiller é dividido, de forma que sua refrigeração a ar é montada em campo, facilitando as manutenções e reduzindo o custo operacional. Muitas vezes opta-se pelo uso de condensadores resfriador a ar compactos, onde apenas conexões de água e energia elétrica são necessários para sua instalação, o que reduz o custo do sistema consideravelmente. Na Figura 3 temos um refrigerador de liquido compacto a ar. Figura 3 – Refrigerador a ar. Fonte [3]. 4. Componentes do Resfriador 4.1. Compressores Os Chiller podem ser equipados com compressores tipo semi-hermético, com cárter, tipo parafuso ou Scroll. A escolha do compressor deve ser feita visando aumentar a eficiência térmica do sistema e a redução do consumo elétrico. 4.2. Evaporadores Os evaporadores são frequentemente do tipo expansão seca, onde o fluido refrigerante evapora dentro de tubos e na casca passa água, movimentando-se através da chicanas e tubos deste trocador de calor. Figura 4 – Evaporador de Expansão seca. Fonte [4]. 4.3. Condensadores Os condensadores utilizados também são do tipo casca e tubo, no entanto a operação ocorre de forma inversa aos evaporadores. Nesses a água passa dentro dos tubos e fluido refrigerante na carcaça. A água segue para o evaporador, passando pela válvula de expansão, após trocar calor com o fluido. Figura 5 – Condensador de casca e tubo. Fonte [5]. 4.4. Válvulas de Expansão Antes de seguir para o evaporador a água passa pela válvula de expansão termostática, que reduz sua pressão. Além disso, outros dispositivos e acessórios como visor de líquido e válvulas solenoides, são acrescentadas ao sistema, de forma similar aos sistemas de refrigeração comuns. Figura 6 – Válvula de expansão termostática. Fonte [6] 5. Ciclo de refrigeração do Chiller Água a baixa temperatura entra no condensador de casca e tubo, absorve calor proveniente do vapor de fluido refrigerante, vindo do compressor. O fluido refrigerante segue até a válvula de expansão termostática. Na sequência, o fluido refrigerante com baixa pressão entra no evaporador, onde troca calor com agua de alta temperatura, e segue para o compressor. A água deixa o evaporador de casca e tubo e segue para o resfriador (por exemplo Fan Coil) onde troca calor com ar a ser insuflado no ambiente que deseja- se refrigerar. Água a baixa temperatura segue para o condensador, onde reinicia-se o ciclo. Figura 7 – Diagrama Pressão versus entalpia para um Chiller. Fonte [7]. REFERÊNCIAS [1] Johnson Controls. Chillers Industriais e Comerciais. Disponível em:< http://www.johnsoncontrols.com/pt_br/buildings/hvac-equipment/chillers>.Acesso em: 02 de ago. 2017. [2] Sercel. 5 mitos desvendados sobre o ar-condicionadoDisponível em:< http://www.sercel.com.br/tag/ar-condicionado>. Acesso em: 02 de ago. 2017. [3] Soluções Industriais. Smart Chiller. Disponível em: < http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/maquinas-e-equipamentos/smart- chiller/produtos/refrigeracao-ventilacao-e-exaustao/equipamentos-chiller>. Acesso em: 02 de ago. 2017. [4] CORRÊA, Jorge E. APOSTILA DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO. 2010. [5] MACHADO, Whallans R. C. TROCADORES DE CALOR. 2008. [6] Polipartes. Válvula Expansão Termostatica. Disponível em:< http://www.polipartes.com.br/valvula-expansao-termostatica-tex2-r22-c-rosca- danfoss-068z3209/p >. Acesso em: 02 de ago. 2017. [7] CASTRO, José de. Refrigeração comercial e climatização industrial. 2011.
Compartilhar