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Imagens em Medicina Nuclear Princípios de Imagens Médicas Graduação em Física Médica • Exemplos de Diagnóstico – Raio-X Convencional – Tomografia Computadorizada de Raios-X (CT) – Ultra-sonografia – Imagem por Ressonância Magnética – Imagem de Radioisótopos • Exemplos de Terapia – Raios-X e Gama (γ) – Braquiterapia – Radioisótopos Administrar uma dose de radiação na tentativa de curar uma doença. • Remoção de Células Cancerígenas • Impedir a Proliferação • Medida Paliativa Principal Aplicação – Terapia de câncer Combinação de Métodos de Tratamento: • Cirurgia Remoção de Partes do Tumor • Quimioterapia Matar células e Prevenir a Proliferação • Imunoterapia Aproveitamento do Sistema de Defesa • Radioterapia Matar Células Cancerígenas Radioterapia – O Básico As Células Tumorais não estão Isoladas • Tecidos Sadios também receberão uma alta dose de radiação. Tecido Sadio Tumor100% 50% 0% DoseDo P r o b a b i l i d a d eRelação de Morbidade Radioterapia - O Básico Células têm Diferentes Radiosensibilidades Irradiação: Raios de partículas carregadas ou neutras Braquiterapia: Fontes Encapsuladas a uma curta distância do tumor Medicina Nuclear: Fontes Expostas de Radionuclídeos, em contato direto com o órgãos ou com o sangue. • exemplo: 131I para o tratamento da Glândula Tireóide Radioterapia - O Básico A Importância de Imagens no Tratamento Radioterápico A Importância de Imagens no Tratamento Radioterápico Annals of Nuclear Medicine, 17(6), 475-480 (2003) Imagem de Raios-X, CT Transmissão: de Raios-X Projeção da atenuação das propriedades dos tecidos (+ reconstrução de imagem): Detalhes anatômicos Emissão: raios-gama. Projeção da distribuição de radiofármacos pelos tecidos (+ reconstrução de imagem): Informação funcional, Processos metabólicos e anatomia Imagem de Radioisótopos Resumo Histórico Medicina Nuclear: Terapêutica e Diagnóstica pelo uso de Substâncias Radioativas Radioatividade: Radioisótopos que ocorrem Naturalmente, descobertos em 1896 por Becquerel O primeiro radioisótopo artificial foi produzido pelos Curies em 1934 (32P) 1947 - Kohman: “Radionuclídeo” = núcleos de tempo de vida médio mensuráveis 1949 – A primeira imagem de radionuclídeo (131I ) por Cassen absorção na glândula tireóide 1957 - Câmera de Anger (Imagem Planar) 1977 – Kayes & Jaszczak desenvolvem o SPECT independentemente 1976 – O primeiro PET comercial (Phelps & Hoffman) Definições Isótopos: Núcleos de mesmo Número Atômico Z mas diferente Número de Nêutrons (N) e, conseqüentemente, Número de Massa (A): B115 Símbolo AtômicoNúmero Atômico Número de Massa ü 12C 13C 14C ü 1H 2H 3H Estabilidade de Isótopos Quantos isótopos pode ter um elemento? Um átomo pode ter quantos nêutrons? Não; existe um número ideal de combinações de nêutrons e prótons, na qual as forças nucleares aparentemente se balanceiam melhor. Elementos mais leves tendem a ter o mesmo número de prótons que de nêutrons. Os mais pesados aparentemente precisam de mais nêutrons que prótons. Desse modo, isótopos com poucos, ou muitos nêutrons, podem existir por algum tempo, mas são instáveis. ü Por que o núcleo permanece unido? ü De onde vem a Força Nuclear? ü Quarks - Modelo de Gell-Mann & George Zweig (1963) ü Existem 3 tipos de Quarks (u,d,s) ü [(u,2/3e), (d,-e/3), (s,-e/3)] ü Próton = uud ü Nêutron = udd; ü píons, kaons ü Estabilidade do Núcleo ü No. Prótons = No. Nêutrons -- até Z=20 ü Z>20, maior No. de Nêutrons ü Instabilidade = Decaimento Estabilidade do Núcleo Isótopos • Alguns Isótopos são Estáveis. • Os Isótopos Instáveis são os que produzem radioatividade. • Em geral as reações Nucleares são seguidas pela emissão de partículas de três tipos: – alfa – beta – gama • Os nomes foram dados por razões históricas Isótopos Radioativos Existem 2 tipos de isótopos radioativos: 1. naturais: (Becquerel 1896). Todo elemento, depois do Bi (83) é radioativo. 2. induzidos: produzidos pelo bombardeamento de partículas sobre núcleos. Partículas que são emitidas em decaimanetos radioativos (naturais) 1. Partícula alfa: 24He ou 24a Ø Núcleo de He bastante energético Ø Bastante ionizável na matéria Ø Baixo poder de penetração, lento (10% da velocidade da Luz) He Th U 42 234 90 238 92 +→ Partículas que são emitidas em decaimentos radioativos (naturais) 2. Emissão Beta: -10b, -10e Ø Elétrons de Alta velocidade emitido pelo núcleo, se movem a 90% da velocidade da luz. Ø Como sai um Elétron do Núcleo? – Nêutron decai em um próton e um elétron… Ø Um poder de penetração maior e um menor poder de ionização que as partículas alfa. e ON 01- 16 8 14 7 +→ Partículas que são emitidas em decaimentos radioativos (naturais) 3. Raios gama: g : Ø Radiação eletromagnética de comprimento de onda muito pequeno: muito energético. Ø Poder de penetração alto e muito energético. Ø A maioria dos decaimentos radioativos emitem raios gama assim como outras partículas. γ Tc Tc 9943m9943 +→ Radiação Ionizante As radiações Alfa, beta e gama são radiações ionizantes. Alfa e Beta não são tão perigosas, a não ser que sejam ingeridas – causam danos na pele e olhos. A radiação Gama, pelo poder de penetração, pode causar muito dano interno. A Atividade Nuclear O decaimento radioativo é descrito por: N(t), N0: número de radionuclideos em T = 0 e λ: constante de decaimento [1/t] Atividade A = média da razão de decaimento [decaimento por segundo] 0( ) tN t N e λ−= 1/ 2 0.693T λ= 99mTc ( ) ( ) ( ) ( ) 0 tdN tA t N t A t A edt λλ −= − = ⇒ = Radionuclídeos de Uso Clínico A maioria dos isótopos radioativos naturais não são utilizados clinicamente por não possuírem um T1/2 adequado. Isótopos radioativos artificiais produzidos pelo bombardeamento de isótopos estáveis com fótons de alta energia ou partículas carregadas. Essas partículas podem ser produzidas em Aceleradores Lineares 1/ 2 2.5d99 99T mMo Tc e ν= −⎯⎯⎯⎯→ + + Radiofármaco Radionuclídeos são ligados a fármacos específicos a alguma atividade metabólica (câncer, perfusão do miocárdio, perfusão cerebral) Emissor de Gama 99mTc-Sestamibi (Perfusão do Miocárdio, câncer) 99mTc-marcado hexamethyl-propyleneamine (Perfusão Cerebral) 99mTc-marcado perterchnetato (Sistema Digestivo) Utilização do Tecnécio 99 i) O seu tempo de vida médio é de 6 horas. Tempo longo o suficiente para que a investigação seja realizada, e não é tão longa a ponto de expor o paciente a altas doses de radiação. ii) Não existe a emissão de partículas alfa ou beta. Se esse fosse o caso, elas seriam absorvidas pelo paciente, aumentando a dose recebida pelo paciente, não estando, no entanto, contribuindo nada para a formação das imagens. iii) Pode ser incorporado em um grande número de fármacos. v) Relativamente barato. Ciclotron O Ciclotron GE PETtrace, específico para a produção de radionuclídeos a serem utilizados em Medicina Nuclear. Física do Ciclotron qB p qB vmr == . m qB=ω E qBc2=ω Detecção da Radiação Gama Detectores de Cintilação mais comumente utilizados: Cristais: NaI(Ti), BGO, CsF, BaF2 Critério: Tempo de resposta, eficiência e poder de resolução na energia. Detectores de Coleção de íons (Câmaras de Ionização) – não são utilizados devido a sua baixa eficiência e resposta lenta. Detectores Semicondutores (Diodos): Resolução energética excelente, resposta rápida, mas pequenos e caros. Gama Câmara Colimador paralelo ou divergenteNaI:Tl scintilador 6 - 25 mm Guia Proteção deChumbo Circular, diam. 0.2 - 0.6 m, ou Retangular - 0.5 x 0.6 m2 PMTs Imagem de Radioisótopos: um Exemplo; Cintilografia Planar Radiofármaco Detectores 2D Gama câmeraColimadores, cruciais para a formação das imagens Emissão Cintilografia Planar Fósforo marcado com 99mTc, injetado na corrente sangüínea, é transportado para os ossos, produzindo uma visão do esqueleto. Esse método é muito usado, por exemplo, para determinar estados de metástase Outros Exemplos de Radionuclídeos ¾ Iodo 131 ¾ Emite partículas beta e raios gama. ¾ Doses moderadas podem ser usadas no tratamento de hiper-tireoidismo pela morte de algumas células sadias, reduzindo, assim, a sua atividade. ¾ Em doses mais elevadas, pode ser usado no tratamento de câncer de tireóide. Iodo no Tratamento da Tireóide Gama Câmara Radiofármaco Duas Câmeras (girando) Também de 3 Câmeras Single Photon Emission CT Single Photon Emission Computed Tomography (SPECT) Contagem de Fóton Único: Janelamento (reduz o espalhamento) Estatística de Contagem limitado pela dose de radiação do paciente ~ 30 min exame com a câmara Primeiro SPECT - 1963 (Mar IV), usando uma rede de detectores Rotação, Translação Alta razão de Contagem Muitos Componentes A maioria de fatia única Câmera de Gira: Várias Fatias Sistema de Muitas Câmeras Colimadores Ø Propósito: Formação da Imagem Ø Colimador Paralelo Mais simples e comum Magnificação 1:1 Ø Resolução Ø Contraponto: Resolução x Eficiência ( )2a d z bR d + += Aparelho de SPECT Imagem de SPECT A distribuição de um agente radioativo dentro do corpo pode ser mapeada, sendo proporcional à sua concentração. Métodos de projeção ou Tomográficos Imagem funcional de Metabólitos Funções Cerebrais, Perfusão Cerebral, Perfusão do Miocárdio, Dinâmica Gástrica, Detecção de Tumor (metástases) Características: SPECT e Epilepsia Imagem de Ressonância Estrutural Interictal SPECT Ictal SPECT SPECT e algumas Desordens Neurológicas e Psiquiátricas AVC à Direita Alzheimer hipoperfusão difusa Trauma cerebral no PFC esquerdo Depressão Aumento da atividade límbica e redução pré-frontal e do lobo temporal SPECT Cardíaco Perfusão do Miocárdio Normal em stress e repouso Doença da Artéria Coronária em stress e repouso Imagens de SPECT exibem perfusão normal (brilho, forma de “donut”) tanto em repouso quanto stress Imagens de SPECT exibem perfusão alterada (em forma de ferradura) em especial durante stress. SPECT Gástrico Positron Emission Tomography (PET) 9 Início em 1970 9Resolução Espacial (1970) ≅ 2 cm (1990) ≅ 4 mm 9 200 Centros de Pesquisa 9Baseado na Produção de Pósitrons Pósitrons e Aniquilação ¾ O que são Pósitrons? ¾ Eles, depois de produzidos, podem ser aniquilados pela presença de elétrons: ⇒ Dois fótons gama são produzidos nessa aniquilação, cada um com energia de 511 keV, e que viajam em direções diametralmente opostas - 180° Reação de Decaimento em um Pósitron Reação de Aniquilação e+ + e- = 180° e+ 18F • 2 Fótons de 511 keV • Emitidos Simultaneamente • Com um ângulo de 180° Aquisição e Processamento Concentração Diferencial Detectores à Base de Bismuto e Gemânio Detecção Coincidente Septa Detectores BGO + PM Anel Detector (diam. Inter. ~ 0.8 m) Detecção Coincidente Positron Emission Tomography Radiofármacos Comuns em PET Radiofármaco T1/2 % Uso Clínico • Fluor18 / FDG 110 min. 95% • Nitrogênio - Amônia 10 min. 2% • Carbono 11 20 min. 1% • Oxigênio 15 - água 2 min. 2% • Nota: FDG (fluorodeoxiglicose) ainda é o único Radiofármaco prático para fins de distribuição comercial para laboratórios que não possuem um ciclotron dedicado, uma vez que o seu tempo de vida médio é de aproximadamente 2 horas. Aparelho e Imagem de PET 9 Nesse estudo, o paciente foi diagnosticado como tendo um tumor no estágio IIB, baseado nas imagens de CT. Sendo assim, foi indicado à radioterapia intensiva. 9 O exame de PET confirmou o nodo mediastinal (esquerda), mas também encontrou áreas de metástase não diagnosticadas na adrenal esquerda (centro) 9 Além disso, ficou evidenciado uma lesão no lobo hepático (direita). Aplicações Clínicas • Oncologia: – Detecção de Tumor, diferenciação de tecido, grau de Tumor, estágio da doença. – Determinação do tratamento mais apropriado. – Monitorização da resposta à terapia. • Medidas quantitativas. – Evolução longa: detecção de doenças suspeitas de recorrência. • Neurologia – Diferenciação da recorrência de tumor e necrose por radioterapia. – Localização de foco epiléptico em Epilepsia Parcial Complexa. • Cardiologia – Avaliação da Viabilidade do Miocárdio. • Gastroenterologia – Avaliação da Fisiologia Intragástrica. PET e Cocaína Sem Cocaína Com Cocaína Avaliação dos Níveis de Dopamina no cérebro. PET e MRI
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