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Princípios de Imagens Médicas PrincPrincíípios de Imagens pios de Imagens MMéédicas dicas DrDrááulio B. de Araulio B. de Araúújo jo USP - Ribeirão Preto Introdução à MRI História da Imagem por Ressonância Magnética Evolução da MRI 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 1924 - Pauli propõe que partículas nucleares têm momento angular (spin). 1937 – Rabi mede o momento magnético do núcleo. 1944 – Rabi ganha o prêmio Nobel de Física. 1946 – Purcell mostra que a matéria pode absorver energia em uma frequëncia de ressonância 1946 – Bloch demonstra que a “precessão” nuclear por ser medida por bobinas. 1952 – Purcell e Bloch dividem o Nobel de Física. 1972 – Damadian deposita uma patente de um equipamento grande de RMN para a detecção de tumores cancerígenos. 1959 – Singer mede o fluxo sanguíneo de ratos usando a RMN (em ratos). 1973 – Lauterbur publica um método para gerar imagens usando RMN através de gradientes. 1973 – Mansfield publica, independentemente, um método de gradientes para RMN. 1975 – Ernst desenvolve uma transformada de Fourier-2D para RM. NMR se transforma em MRI Equipamento de MRI são usados na rotina clínica. 2003 – Mansfield e Lauterbur ganham o prêmio Nobel de Medicina. 1985 – Os planos de saúde começam a pagar exames de MRI 2003 – Damadian fica Louco!!!!! A Descoberta da Absorção Magnética Nuclear Ressonante (1946) Bloch e Purcell descobriram independentemente como medir o momento nuclear em uma amostra macroscópica (1946) Determinaram o tempo de relaxação Eles mostraram que certas amostras absorviam energia quando excitadas em uma freqüência específica. Além disso, a re-emissão foi detectada por bobinas de indução. Eles dividiram o prêmio Nobel em 1952. Felix Bloch Edward Purcell Primeira utilização de RMN De início a RMN era usada somente para análise química. Não existiam aplicações médicas; 1971 – Damadian publicou e patenteou a idéia de usar a RMN para a distinção entre tecido sadio e cancerígeno: “Tumor detection by nuclear magnetic resonance”, Science; Ele propõe, para tanto, as diferenças dos tempo de relaxação; Não propôs nenhum método de formação de imagens. 1973 – Lauterbur descreve um método de projeção para criar MRI. Mansfield (1973) descreve, independentemente, um método similar. Nobel de Medicina - 2003 Peter Mansfield Paul Lauterbur A primeira imagem de NMR ZMR Lauterbur, P.C. (1973). Image formation by induced local interaction: Examples employing nuclear magnetic resonance. Nature, 242, 190-191. Experiências Iniciais (Damadian) Damadian – NINK5 - (1977) Raymond Damadian ¾ SPIN ¾ Energia e Mecânica Quântica ¾ Ressonância Magnética Nuclear ¾ Imagem por Ressonância Magnética Campos Magnéticos Vetor Magnetização Campos magnéticos nos deixam manipular essa magnetização de forma que podemos construir um mapa [ou imagem] de suas características dentro do tecido do corpo. Trabalhamos com 2 tipos de campos: Campos Magnéticos Estáticos. Campos de Rádio-Freqüência. ♦ B0 pouco intensos produzem pequenas magnetizações M ♦ A agitação térmica tenta tornar as distribuições de M aleatórias. ♦ B0 mais intensos produzem magnetizações M maiores, alinhadas. ♦ Apenas 0.0003% dos prótons são alinhados, por Tesla Precessão da Magnetização M Campo magnético Bo faz M girar (ou precessionar) em torno da direção de B (~42 MHz), por Tesla. ω = γ Bo Uma Analogia Mecânica Um Giroscópio em um Campo Gravitacional Como Tornar M não-paralelo a Bo ? Um modo que não funciona: “Ligar” um segundo grande campo magnético B1 perpendicular ao campo principal B0 (por segundos) B0 B1 B0+B1 M tomaria uma posição entre B0 e B1 ¾ Desligaríamos B1; M agora não é mais paralelo a B0 Uma Analogia Uma pessoa sentada em um Balaço – sem se balançar ela está alinhada à “gravidade” Para fazer com que a pessoa ganhe altura, poderíamos simplesmente empurrá-la com uma força intensa de modo a “ganhar” da gravidade. Análogo a forçar M pela aplicação de um campo B1 A outra maneira seria a de empurrar com uma pequena força, em sincronia com a pessoa balançando. ♦ O Efeito de B1 é o de fazer com que M “espirale” para longe da direção de Bo ♦ B1≈10–4 Tesla ♦ A ressonância!!! ♦ Se a freqüência de B1 próxima à de oscilação do sistema, nada acontece. De modo análogo ao balanço, para girar M, aplicamos um campo B1, de freqüência próxima à freqüência natural de oscilação de M. Tempo = 2–4 ms Depois... Quando a excitação acaba, M está direcionado com algum ângulo de B0 [flip angle] M [Mxy] agora está girando com velocidade muito alta Leitura do Sinal de RF O vetor M, agora no plano x-y, irá gerar uma voltagem oscilante, que pode ser detectada por bobinas posicionadas no mesmo plano – Indução Magnética. Essa voltagem corresponde ao sinal de RF detectado, e a sua manipulação é o princípio fundamental para a geração da imagem. A cada instante de tempo, nós podemos medir o valor dessa voltagem V(t), que é diretamente proporcional ao valor do vetor de magnetização transversal, Mxy. Relaxação: Nada é para Sempre... Na ausência de B1, M retornará para a posição alinhada a B0— isso é chamado relaxação! Parte de M, perpendicular a B0 diminui [Mxy] Essa parte de M é chamada magnetização transversal A parte de M paralela a B0 aumenta [Mz] Essa parte de M é chamada magnetização longitudinal z y x Brf B0 Bobina detectora Relaxação da Magnetização Tempos de Relaxação Característicos T1: Relaxação de M de retorno à direção de B0 Geralmente 500-1000 ms no cérebro. T2: Decaimento intrínseco da magnetização transversal. Geralmente entre 50-100 ms no cérebro. Tempos de Relaxação ¾ Tempo de relaxação T2 ¾ Tempos de relaxação T1 Detecção do Sinal - FID Começo - Quando todas as fases são quase iguais. Freqüência Característica - ω Decaimento – Perda de Fase. Relaxação e Sinal de NMR Diferentes tecidos podem alterar o campo magnético local A taxa de decaimento do sinal depende da estrutura do tecido ou material. A intensidade do sinal medido depende dos detalhes do tecido Se o tecido muda, o sinal também muda. O Conceito de Contraste Imagens pesadas em T1 Imagens pesadas em T2 Imagens pesadas em DP Outras Leitura do Sinal de RF O vetor M, agora no plano x-y, irá gerar uma voltagem oscilante, que pode ser detectada por bobinas posicionadas no mesmo plano – Indução Magnética. Essa voltagem corresponde ao sinal de RF detectado, e a sua manipulação é o princípio fundamental para a geração da imagem. A cada instante de tempo, nós podemos medir o valor dessa voltagem V(t), que é diretamente proporcional ao valor do vetor de magnetização transversal, Mxy. z y x Brf B0 Bobina detectora Relaxação da Magnetização Detecção do Sinal - FID Começo - Quando todas as fases são quase iguais. Freqüência Característica - ω Decaimento – Perda de Fase. Relaxação e Sinal de NMR Diferentes tecidos podem alterar o campo magnético local A taxa de decaimento do sinal depende da estrutura do tecido ou material. A intensidade do sinal medido depende dos detalhes do tecido Se o tecido muda, o sinal também muda. Localização Espacial Gradientes e FFT Localização Espacial Eixo-z 40 KHz o Deliberadamente fazemos, agora, com que o campo magnéticoB dependa, também, do local no interior daquela fatia. 9 Para isso, aplicamos mais dois gradientes de campo, ao longo do eixo x e eixo y. 9 Assim, a freqüência do sinal de RF depende de onde ele é proveniente na amostra. p Para sabermos de que parte da amostra ele está vindo, aplicamos uma técnica de decomposição de sinal: a transformada de Fourier. 9 O sinal total é quebrando em componentes de freqüência, provendo mais informação de localização. Sinais de Diferentes Freqüências A transformada de Fourier fornece a possibilidade de encontrar as componente de freqüência de um sinal complicado. Se sabemos as componente de freqüência e a forma dos gradientes, sabemos de onde eles estão vindo, uma vez que: Gr = (Bo + Gr.r) r. O Equipamento Siemens 1.5T Scanner Equipamento de MRI Segurança em MRI Incidentes com MRI Problemas com Marca-passo acarretando óbito Pelo menos 5 até 1998 (Schenck, JMRI, 2001) Em 2001 um senhor faleceu na Austrália depois de fazer um exame de MRI mesmo tendo sido perguntado 2 vezes se tinha um marca-passo. Cegueira devido ao movimento de objeto metálico no olho. Pelo menos 2 incidentes (1985, 1990) Deslocamento de clipe de aneurisma (1992) Danos por Projétil (Tipo de incidente mais comum) Fratura craniana causada por cilindros de oxigênio (1991, 2001); Uma tesoura acertou um paciente na cabeça, causando uma lesão grave (1993) Um revolver foi sacado da mão de um policial, atingiu a parede e disparou. Não feriu ninguém. Rochester, NY (2000) “Hospital Nightmare Boy, 6, Killed in Freak MRI Accident July 31, 2001 — A 6-year-old boy died after undergoing an MRI exam at a New York-area hospital when the machine's powerful magnetic field jerked a metal oxygen tank across the room, crushing the child's head. …” ABCNews.com Efeitos de Projéteis: Externos “Large ferromagnetic objects that were reported as having been drawn into the MR equipment include a defibrillator, a wheelchair, a respirator, ankle weights, an IV pole, a tool box, sand bags containing metal filings, a vacuum cleaner, and mop buckets.” -Chaljub et al., (2001) AJR Chaljub (2001) Chaljub (2001) Schenck (1996) Efeitos de Projéteis/Torção: Interno Movimento de implantes médicos metálicos Clipes, by-pass, válvulas, etc... Movimento ou rotação de pequenos objetos Risco primário: fragmentos metálicos no olho. Irritação da pele devido à movimentação de partículas de óxidos de ferro em tatuagens e maquiagens. Questões de Segurança em MRI Efeitos de Campo Magnético Riscos conhecidos Projéteis, campos de alta freqüência, aquecimento por RF, claustrofobia, e ruído acústico. Cartão de Crédito !!! Riscos potenciais Indução de corrente nos tecidos em campos altos Alterações sobre cérebros em desenvolvimento. Estudos Epidemiológicos de Risco Exposição longa a campos magnéticos. Dificuldade subjetiva de acessar as experiências individuais - Em um estudo, 45% dos voluntários expostos a um campo de 4T relataram sensações “estranhas” (Erhard et al., 1995) Possíveis Efeitos de Campos Magnéticos Fisiológicos Células vermelhas do sangue podem alterar sua forma na presença de um campo magnético. Sensações (Geralmente em alto campo) Náusea; Vertigem; Gosto metálico; Visuais. Energia da Radiofreqüência Aquecimento de Tecido Specific Absorption Rate (SAR; W/kg) Seqüências de pulso estão limitadas de modo a causar um aquecimento menor de 1 grau Celsius na temperatura global do corpo. Os Scanners podem ser operados até 4 W/kg (uma grande margem de segurança) para voluntários normais, 1.5 W/kg em pacientes, crianças, ou fetos. Claro: o peso do paciente é crítico para o cálculo da SAR. Queimaduras Voltas de fios podem agir como antenas de RF e focalizar a energia em uma área pequena. Problemas mais comuns: eletrodos de ECG; Correntes de pescoço, brincos, piercings, oxímetros, etc... Ruído Acústico Problema potencial em todos os equipamentos Efeitos de longo e curto prazo Nível de ruído usuais permitidos 1.5T: 93-98 dB (EPI) 4.0T: 94-98 dB (EPI) Duração aconselhada 2-4 horas por dia nos níveis permitidos. Protetores de ouvido reduzem esses valores em 14- 29 dB, aproximadamente. Mudanças de Gradiente de Campo Estimulação de Nervo Periférico Podem ser até dolorosos. Esses riscos são aumentados por voltas de fios condutores. Braços cruzados; Pernas cruzadas. Risco teórico de estimulação cardíaca. Não existem evidências sob as condições usadas em MRI. Claustrofobia O problema mais comum Aproximadamente 10% dos pacientes; Melhoram com medidas de conforto Conversa com o paciente; Fluxo de ar pelo equipamento; Botão de “pânico”; Espelho. Quenching Definição: Decréscimo rápido do campo magnético pela perda de supercondutividade. Só pode ser iniciado voluntariamente (não existe possibilidade de ocorrer automaticamente) devido aos perigos envolvidos no procedimento. Magneto aquece devido à perda de corrente. Efeitos O fluido criogênico (Hélio) aquece e evapora. Deslocamento de ar na sala do equipamento; Resfriamento da sala. A condensação reduz a visibilidade Defeitos permanentes podem aparecer no equipamento.
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