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Sinais Vitais e Índices Antropométricos

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Habilidades 
Clínicas
Competência conceitual:
 
1- Importância da técnica de medidas e valores antropométricos adequada, pelo exame físico e anamnese;
2- Importância do uso de EPIs, assim como higienização e antissepsia de mãos;
3- Uso errôneo e/ou falta de instrumentos para uma anamnese.
Perspectiva histórica:
 
Ignaz Semmelweis 
Nascido na região de Buda (atual Budapeste);
Formou em medicina pela Universidade de Viena;
Descobriu que as infecções e mortes por febre puerperal eram causadas pela não higienização das mãos dos profissionais de saúde.
Perspectiva histórica:
 
Louis Pasteur
Cientista Francês;
Precursor das técnicas de esterilização;
Sua maior contribuição para esterilização foi a sua teoria das doenças causadas por germes.
Antissepsia X Assepsia:
 
Assepsia – conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem.
Ex. Álcool 70%, Cloro.
As medidas de assepsia abrangem:
Desinfecção da unidade;
Desinfecção dos materiais;
Desinfecção dos mobiliários cirúrgicos e equipamentos;
Desinfecção do piso e áreas externas.
Antissepsia X Assepsia:
 
Antissepsia – consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os microoorganismos em sua superfície. (ANVISA).
Ex.: Iodos, cloro-hexidina, álcool e hexaclorofeno.
Antissepsia das mãos; das mucosas bucal, ocular, vaginal e intestinal, ou dos locais em que pode haver lesão.
Importância da higienização das mãos:
 
Medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde.
A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pela higienização das mãos com água e sabão sendo eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução antisséptica:
Água e sabão:
Ao iniciar e terminar o turno de trabalho;
Antes de preparo e manipulação de medicamentos;
Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado.
Importância da higienização das mãos:
 
Preparação alcoólica
Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas nas situações:
	- Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
	- Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico;
	- Após risco de exposição a fluidos corporais.
Importância da higienização das mãos:
 
Antisséptico degermante
Associam detergentes com antissépticos e se destinam:
- Higienização anti-séptica das mãos
	- Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes;
	- Nos casos de surtos.
- Degermação da pele das mãos:
	- No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico;
	- Antes da realização de procedimentos invasivos (e.g., inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros).
Técnica de higienização das mãos:
 
Sinais vitais
 
Expressam o funcionamento e as alterações dos órgãos e/ou sintomas mais relacionados com a manutenção da vida.
Pulso (P – bpm)
Pressão arterial (PA – mmHg)
Ritmo e frequência respiratórios (FR – irpm)
Temperatura corporal (T - °C)
Dor (leve, moderada, intensa)
Nível de consciência
Oximetria de pulso
Pulso
Nome que se dá à dilatação pequena e sensível das artérias, produzida pela corrente circulatória.
Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura.
Em geral, faz-se análise do pulso radial;
Pode-se, porém, palpar o pulso carotídeo ou, mais raramente, o pulso femoral.
Outras artérias: braquial, poplítea e do dorso do pé, também podem ser utilizadas.
Pulso Radial
Características semiológicas 
Estado da parede arterial
Ritmo
Frequência
Amplitude ou Magnitude
Tensão ou Dureza
Tipos de Onda
Comparação com o lado homólogo
Pulso Radial
Estado da parede arterial
Em condições normais, percebe-se uma parede lisa, sem tortuosidades e que se deprime facilmente.
Ritmo
Verificado pela sequência das pulsações.
Pulso regular: as pulsações ocorrem com intervalos iguais.
Pulso irregular: os intervalos entre as pulsações ora são mais longos ora mais curtos. Traduz arritmia cardíaca.
Pulso Radial
Frequência
Deve-se contar as pulsações durante um minuto inteiro.
Varia com a idade e com diversas outras condições fisiológicas.
Em adultos: 60 a 100 bpm, em repouso.
É conveniente comparar com a frequência cardíaca (FC). Quando o número de pulsações no pulso for menor que a FC - déficit de pulso - sinal que tem valor clínico - fibrilação atrial e extrassistolia.
Pulso Radial
Lactentes: 120 a 160 bpm
Pré-escolar: 80 a 110 bpm
Idade Escolar: 75 a 100 bpm
Adolescente: 60 a 90 bpm
Adulto: 60 a 100 bpm
Pulso Radial
Principais alterações da frequência:
Taquisfigmia ou Taquicardia: acima de 100 bpm. Causas: exercício físico, emoções, gravidez, estados febris, hipertireoidismo, fibrilação arterial, hipovolemia.
Disfigmia ou Bradicardia: menos de 60 bpm. Causas: bradicardia sinusal, icterícia, infecções virais, treinamento físico intenso.
Pulso radial
Amplitude ou magnitude
Avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole.
Sístole refere-se à contração da musculatura cardíaca que se alterna com período de repouso ou relaxamento, a diástole.
Tensão ou Dureza
Depende da pressão diastólica e não deve ser confundida com endurecimento da parede arterial.
Pulso duro indica hipertensão arterial;
Pulso mole indica hipotensão arterial.
Pulso Radial
Comparação com o lado homólogo
Averigua-se a igualdade ou a desigualdade dos pulsos radiais apalpando-se simultaneamente as duas artérias radiais – comparar a amplitude das pulsações.
A desigualdade dos pulsos aparece nas afecções da aorta.
Pulso Radial
Semiotécnica
A artéria radial situa-se entre a apófise estiloide do rádio e o tendão dos flexores;
Para palpá-la, empregam-se as polpas dos dedos indicador e médio, variando a força de compressão até obter-se impulso máximo;
O polegar fixa-se delicadamente no dorso do punho do paciente;
O examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo do paciente e vice-versa;
A mão do paciente deve repousar no leito ou na mesa de exame em completa supinação;
Pressão Arterial
Pressão arterial (PA) ou tensão arterial (TA) é a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos.
Fatores determinantes: DC; RP; Elasticidade da parede dos grandes vasos; Volemia; Viscosidade Sanguínea. 
Sofre variações contínuas, dependendo da posição da pessoa, das atividades e das situações em que se encontra.
Pressão Arterial
PA = Débito Cardíaco (DC) X Resistência Periférica (RP)
DC = Volume Sistólico (VS) X Frequência Cardíaca (FC)
DC relaciona-se diretamente com a capacidade contrátil do miocárdio e com o retorno venoso, influindo na pressão sistólica.
Pressão Arterial
Resistência periférica
Representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este o fator mais importante na manutenção e regulação da pressão diastólica.
Depende, em parte, da ação dos sistema nervoso simpático, por meio dos receptores alfa (vasoconstritores) e beta (vasodilatadores).
Influência humoral angiotensina e catecolaminas – vasoconstrição; prostaglandinas e cininas - vasodilatação
Pressão Arterial
Elasticidade da parede dos grandes vasos
A elasticidade da aorta, como ocorre nas pessoas idosas, resulta em aumento da pressão sistólica sem elevação concomitante da diastólica.
Volemia
Volume de sangue contido no sistema arterial interfere de maneira direta
e significativa nos níveis de pressões sistólica e distólica.
Ao reduzir a volemia no sistema arterial – redução da PA
Pressão Arterial
Viscosidade sanguínea
Nas anemias graves, a diminuição da viscosidade sanguínea pode ser o responsável por níveis pressóricos baixos.
Nas policitemias, o aumento da viscosidade pode acompanhar-se de elevação da pressão arterial.
Pressão Arterial
Instrumentos de aferição:
Esfigmomanômetro
Manguito deve ser de tamanho adequado ao diâmetro do braço do paciente.
A largura do manguito deve ser 20% maior que o diâmetro do braço.
Calibrado.
Estetoscópio
Técnica Auscultatória
Paciente
Repouso mínimo de 3 min;
Posição: sentada, deitada ou em pé; 
Em qualquer posição, deve-se manter a artéria braquial ao nível do coração, tomando-se o cuidado de deixar o paciente em posição confortável, com o braço ligeiramente flexionado, apoiado sobre uma superfície firme, estando a palma da mão voltada para cima. 
Manômetro em plano perpendicular ao plano visual;
Observador
Técnica Auscultatória
Localizar as pulsações da artéria braquial;
Colocar o manguito 2 cm acima da fossa cubital;
Palpar o pulso radial (pode também ser feito na artéria braquial);
Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial; em seguida, desinsuflar o manguito lentamente. Quando reaparecer o pulso, será obtido o valor da pressão sistólica.
Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e insuflar o manguito cerca de 30 mmHg acima do valor encontrado para a pressão sistólica pelo método palpatório
Soltar o ar, de maneira contínua, à razão de 2 a 3 mmHg/segundo, até o completo esvaziamento da câmara.
Fases de Korotkoff
À medida que se desinsufla o manguito, volta a ocorrer os ruídos chamados sons de Korotkoff, classificados em cinco fases:
Fase I (surgimento de sons): o primeiro som é claro como uma pancada. O peso da onda sistólica é maior do que a pressão do manguito e o sangue na artéria. Pressão arterial sistólica.
Fase II (batimentos com sopro): com a dilatação da artéria pressionada, a contracorrente reverbera e cria sopros na parede dos vasos sanguíneos.
Fases de Korotkoff
Fase III (sopro desaparece): os batimentos passam a ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu constrição continua a se dilatar com a redução da pressão do manguito
Fase IV (abafamento dos sons): os batimentos repentinamente tornam-se menos acentuados
Fase V (desaparecimento de sons): restabelece-se o calibre normal da artéria e o sangue não mais provoca ruídos perceptíveis à ausculta da artéria radial. Pressão arterial diastólica.
Hiato auscultatório: é o desaparecimento dos sons, durante a última parte da fase I e na fase II. O hiato pode cobrir uma faixa de 30 a 40 mmHg, podendo, desse modo, de subestimar o nível da pressão sistólica ou superestimar o nível da pressão diastólica. 
O modo de evitá-lo é realizar sempre o método palpatório antes do auscultatório
Devemos pensar não em um valor da pressão, mas em uma curva pressórica – teremos valores tão mais próximos do real quanto maior o número de medidas que obtivermos.
Portadores de hipertensão arterial: Indivíduos maiores de 18 anos com PA maior ou igual a 140 X 90 mmHg.
Não existem níveis de PA mínimos considerados normais.
Frequência Respiratória
Número de ciclos respiratórios (inspiração – expiração) que o organismo realiza por minuto.
Frequência Respiratória
Varia, principalmente em função da idade, aceitando-se como normais os valores:
Idade
Frequência respiratória
Recém-nascidos
40 a 45 irpm
Lactentes
25 a 35irpm
Pré-escolares
20 a 35 irpm
Escolares
18 a 35 irpm
Adultos
16 a 20irpm
Frequência Respiratória
Eupneia: FR normal sem dificuldade respiratória.
Taquipneia: FR acima dos valores normais.
Condições fisiológicas: esforço físico, emoções.
Condições patológicas: febre, lesões pleuropulmonares.
Bradpneia: FR inferior aos valores normais.
Condições fisiológicas: Sono, atletas.
Condições patológicas: lesões cerebrais com depressão do centro respiratório.
Apneia: Parada respiratória.
Frequência Respiratória
Ritmo respiratório normal: Sucessão regular de movimentos respiratórios, de profundidade mais ou menos igual.
Alterações na sequência, na forma ou na amplitude dos movimentos respiratórios ocasionam os ritmos respiratórios anormais:
Respiração dispneica: Sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente. 
Insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite, pneumonia.
Frequência Respiratória
Respiração de Cheyne-Stokes (dispneia periódica): paciente apresenta de modo cíclico, incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os movimentos começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apnéia; se isso acontece, o paciente permanece sem respirar alguns segundos, ao fim dos quais repete-se a mesma sequência.
AVC, TCE.
Frequência Respiratória
Respiração de Biot: Ocorrência de períodos de apneia que interrompam a sequência das incursões respiratórias. Mau prognóstico.
Meningite, neoplasias.
Respiração Kussmaul: Lembra a respiração de um peixe fora d’água. Amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apneia.
Cetoacidose diabética, insuficiência renal.
Temperatura corporal
Verificada por intermédio do termômetro clínico de mercúrio ou digital.
Há diferentes locais para se medir a temperatura corporal. Os mais comuns: oco axilar, boca, reto.
Temperatura axilar: termômetro colocado no oco axilar. Habitual no Brasil
Temperatura bucal: termômetro colocado sob a língua, posicionando-o no canto do lábio.
Temperatura retal: termômetro especial aplicado na ampola retal.
Temperatura
Valores normais de temperatura corporal:
Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, em média de 36 a 36,5°C.
Temperatura bucal: 36 a 37,4°C.
Temperatura retal: 36 a 37,5°C.
Temperatura
Alterações da temperatura corporal
Hipotermia: valores abaixo dos normais.
Febre: valores acima dos normais.
Hipertermia: valores acima dos normais com presença de fatores ambientais (insolação, atividade física extenuante).
Temperatura
Tendo em vista a intensidade a febre pode ser classificada como:
Febre leve ou febrícula: até 37,5°C
Febre moderada: 37,6°C a 38,5°C
Febre alta ou elevada: acima de 38,6°C
Hipotermia
A Tax não é adequada para se reconhecer hipotermia, porém abaixo de 35,5°C, deve-se valorizar o achado.
Ocorre com mais frequência em crianças e idosos.
Técnica para a medição da Tax
Desinfectar o termômetro de mercúrio com algodão embebido em álcool a 70%;
Observar se a coluna de mercúrio está igual ou inferior a 35°C;
Secar a região axilar se necessário;
Colocar o bulbo do termômetro por aproximadamente 5 min, aproveitando esse período para observar os outros sinais vitais;
Técnica para a medição da Tax
Retirar o termômetro segurando pelo lado oposto ao bulbo;
Realizar a leitura da temperatura;
Abaixar novamente a coluna de mercúrio.
Os termômetros digitais dependem de bateria. São mais sensíveis, bastando a permanência de 1 min na região axilar
Oximetria de Pulso
Uso de dispositivo eletrônico que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue do paciente – informa sobre a saturação de O2.
Pode ser colocado no dedo ou no lobo da orelha – resultado em poucos segundos na forma de saturação do oxigênio do sangue, juntamente com a FC.
Taxas normais: 95 a 100%.
Causas de instauração: Insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca e hipotensão arterial.
Nível de Consciência
Avaliação realizada pela observação geral do paciente e suas reações às solicitações habituais, incluindo respostas a respostas simples.
Condições:
Normal: paciente está alerta, atento ao que acontece a seu redor, responde às perguntas de modo coerente, reage aos estímulos de maneira apropriada.
Consciência
alterada: a alteração pode ser de grau leve ou intenso (torpor, indiferença ao ambiente, confusão mental)
Inconsciente: Não responde aos estímulos, mesmo os dolorosos.
Dor
Índice de massa corporal (IMC)
 
Obtido a partir do peso de um indivíduo pela sua estatura ao quadrado;
Juntamente com outras variáveis (circunferência da cintura) permite a identificação de risco de doenças cardiovasculares e analisam os padrões de distribuição da gordura corporal;
Permite a classificação de indivíduos e grupos segundo seu estado nutricional.
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs):
 
Todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde do trabalho (NR6)
Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde estabelece as medidas de segurança que devem ser aplicadas em todos os ambientes destinados a serviços da saúde para minimizar, controlar ou eliminar os riscos ambientais. (NR32)
Ex.: Avental descartável, toucas,luvas de
segurança, mascaras respiratórias, óculos de
segurança e sapatos de segurança.
FIM
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo de busca.”
Paulo Freire

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