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ART. 14 DA CF

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Direitos Políticos
Arts. 14 ao 17 da CF/88
Professora Karina Jaques - OAB e Concursos
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O que são Direitos Políticos?
Conjunto de regras destinadas ao exercício da soberania popular.
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O que são Direitos Políticos?
Os Direitos Políticos envolvem três aspectos: direito de conhecer, manifestar e decidir sobre as questões políticas do Estado; a organização do Direito Eleitoral e a regulamentação dos partidos políticos.
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O que é soberania popular?
A soberania popular é o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce por intermédio dos seus órgãos constitucionais representativos.
O povo é soberano (J.J. Rosseau).
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Art. 1º, parágrafo único, da CF/88
“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”
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O que é soberania popular?
“Todo poder emana do povo...”
Titularidade do Poder: Povo
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O que é soberania popular?
“...que o exerce por meio de representantes eleitos...”
Exercício do Poder: Representantes
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O que é soberania popular?
“...ou diretamente, nos termos desta Constituição”
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O que é soberania popular?
O texto constitucional adota a chamada democracia semidireta ou participativa, um sistema misto com características de democracia representativa, mas com a participação direta do povo, desde que prevista constitucionalmente. 
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O que é soberania popular?
Normalmente, quem exerce o poder, em nome do povo, são os representantes. Entretanto o povo também exerce diretamente seu poder, mas nos termos do texto constitucional.
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Quando o povo exerce o poder diretamente?
Voto;
Plebiscito;
Referendo;
Iniciativa Popular;
Ação Popular;
Elegibilidade.
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Art. 14, caput da CF/88
“ A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal...”
A Constituição Federal de 1988 nos remete ao sufrágio.
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O que é o sufrágio?
No sentido amplo da palavra, é o direito público subjetivo de natureza política no qual o cidadão pode eleger, ser eleito e participar do governo. Pode ser quanto à extensão – universal ou restrito e quanto à igualdade - igual ou desigual. no Brasil contemporâneo o sufrágio é universal.
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O que é o sufrágio?
Sufrágio, no sentido restrito a palavra, pode ser usado no sentido de voto.
O voto representa a expressão máxima do sufrágio (sentido amplo)
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O que é o voto?
É a manifestação do sufrágio no plano prático, é o ato político que materializa o direito de votar, Seu resultado reflete a vontade real do povo e deve ser acatado na sua totalidade. 
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O que é o voto?
O voto tem uma natureza dúplice, pois tanto é político como jurídico. É político porque configura uma das formas de participação do indivíduo no poder, escolhendo seus representantes. Mas também é ato jurídico, porque, regulamentado pelo Direito Eleitoral, é gerador de direitos e obrigações.
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O que é o voto?
“O voto é uma fração da soberania popular” (José de Alencar - 1868)
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Características do Voto
O voto caracteriza-se como secreto, igual, livre, pessoal, universal, obrigatório, periódico e direto.
A obrigatoriedade de voto limita-se aos brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos.
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Plebiscito
Consulta prévia que a Casa Legislativa faz ao povo. 
O termo “povo” deve ser entendido com eleitor. 
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Momento da consulta
A consulta é feita antes do ato político ou do ato legislativo, ou seja, o povo é primeiramente consultado pelos representantes (que haviam sido eleitos).
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Quem faz a consulta?
A Casa Legislativa que faz a consulta pode ser Congresso Nacional, Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores, dependendo da esfera da consulta.
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Criação de Estados-membros e Municípios
No Título III – Organização do Estado - a Constituição determina a consulta através de plebiscito para a criação de novos estados e municípios (art. 18, §§ 3º e 4º da CF/88). 
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Exemplo
Um exemplo de plebiscito foi o ocorrido em dezembro 2011 no estado do Pará. Os eleitores foram consultados sobre a criação de dois novos estados: Carajás e Tapajós. A resposta dos eleitores foi pela manutenção territorial do estado do Pará e a decisão popular foi acatada.
 
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Referendo
Consulta posterior que a Casa Legislativa faz ao povo.
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Momento da consulta
A casa legislativa realiza a consulta depois do ato político ou legislativo.
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Quem faz a consulta?
A Casa Legislativa que faz a consulta pode ser Congresso Nacional, Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores, dependendo da esfera da consulta.
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Exemplo
Um exemplo de referendo foi o ocorrido em 2005, sobre o comércio de armas no Brasil.
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Iniciativa Popular
Apesar do Texto Constitucional não citar expressamente que esta é a Iniciativa Popular de Lei, a doutrina majoritária interpreta-a desta forma. 
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Iniciativa Popular de Lei
A iniciativa popular de Lei Federal está prevista no art. 61, §2º da CF/88 no qual determina que 1% do eleitorado brasileiro, distribuídos em pelo menos 5 estados brasileiros, com não menos de 0,3% de cada estado, poderá subscrever um projeto de lei federal.
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Iniciativa Popular de Lei
O projeto de Lei de iniciativa popular (ordinária ou complementar) pode ser proposto, desde que a iniciativa não seja privativa de outra autoridade ou órgão.
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Iniciativa Popular de Lei
O projeto de Lei de iniciativa popular deverá ser apresentado a Câmara de Deputados Federais que encaminhará para a tramitação legislativa.
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Iniciativa Popular de Lei
A Constituição também disciplina a iniciativa de lei municipal, no art. 29, XIII da CF/88, que prevê a possibilidade de 5% do eleitorado do Município subscrever projeto de lei de interesse do município, distrito ou bairro. 
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Iniciativa Popular de Lei
No caso de iniciativa popular de lei estadual, cabe a cada Estado-membro determinar, através de sua Constituição Estadual e leis próprias, a iniciativa popular de lei estadual.
“Art. 27, § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.”
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Iniciativa Popular
Uma doutrina minoritária acrescenta que além da Iniciativa Popular de Lei, temos a Iniciativa Popular propriamente dita que seria definida como qualquer manifestação lícita e espontânea do povo acerca de assuntos políticos como, por exemplo, uma passeata, um abaixo-assinado, um manifesto de protesto. 
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Ação Popular
A ação popular é um remédio constitucional, está prevista no art. 5º, LXXIII da CF/88 e disciplinada pela Lei 4.717/65. É meio constitucional útil para anular atos lesivos ao patrimônio público, patrimônio histórico e cultural, meio ambiente
e moralidade administrativa.
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Ação Popular
Para ajuizar uma Ação Popular o impetrante deverá ser cidadão e estar no gozo dos direitos políticos.
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Elegibilidade
É o exercício da capacidade eleitoral passiva, ou seja, de ser votado, concorrendo a cargo público eletivo.
A CF/88 elenca as condições de elegibilidade, no art. 14, §3º. Vejamos:
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Art. 14, § 3º da CF/88
	§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
	I - a nacionalidade brasileira;
	II - o pleno exercício dos direitos políticos;
	III - o alistamento eleitoral;
	IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
	V - a filiação partidária
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Art. 14, § 3º da CF/88
	VI - a idade mínima de:
	a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
	b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
	c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
	d) dezoito anos para Vereador.
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Inelegibilidade
É a incapacidade ou impossibilidade de exercer a capacidade eleitoral passiva, ou seja, de ser votado e consequentemente eleito. As inelegibilidades também podem ser chamadas de direitos políticos negativos (juntamente com os casos de perda ou suspensão dos direitos políticos). 
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Inelegibilidade
As inelegibilidades podem ser classificadas como inelegibilidade absoluta (Art. 14, §4º) e inelegibilidades relativas (art. 14 (§§ 5º ao 9º).
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Inelegibilidade Absoluta
Ocorre quando o indivíduo não pode concorrer a nenhum cargo eletivo, devido apresentar um impedimento. Caso se livre deste impedimento poderá concorrer a cargos eletivos. O único caso de inelegibilidade absoluta está prescrito no texto constitucional. Vejamos:
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Inelegibilidade Absoluta
Art. 14, § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
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Quem são os inalistáveis?
	Os estrangeiros e os conscritos. 
Vejamos:
	Art. 14, § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
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Quem são os inalistáveis?
Os estrangeiros não tem vínculo jurídico-político com o Estado brasileiro, portanto não podem exercer nem a capacidade eleitoral ativa, nem a passiva, a não ser que adquiram a nacionalidade brasileira, através da naturalização. 
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Quem são os inalistáveis?
	Já o conscrito é aquele que está cumprindo o serviço militar obrigatório, após ser alistado e convocado pelas Forças Armadas, e somente após o cumprimento do período obrigatório poderá exercer sua capacidade eleitoral ativa e passiva.
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Inelegibilidade Absoluta
Importante destacar que o analfabeto pode se alistar como eleitor e votar facultativamente, mas está impedido de exercer a capacidade passiva, salvo se for alfabetizado.
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Inelegibilidade Absoluta
Concluímos então que são dois os inalistáveis (estrangeiros e conscritos) e três os inelegíveis (estrangeiros, conscritos e analfabetos).
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Inelegibilidade Relativa
Ocorre quando o indivíduo (cidadão) está impedido de se eleger para um determinado cargo, ou para cargos de uma determinada circunscrição, ou precisa se desincompatibilizar para livrar-se da inelegibilidade. 
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Inelegibilidade Relativa
Os casos de inelegibilidade relativa, previstos na CF/88, estão listados exemplificativamente. Outros casos de inelegibilidade relativa estão previstos em leis complementares.
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Inelegibilidade Relativa
Art. 14, § 5º - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. 
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Exemplo
Determinado Governador de Estado, cumprindo seu segundo mandato eletivo, pretende concorrer a nova eleição. Ele pode concorrer a um terceiro mandato consecutivo?
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Exemplo
E a um terceiro mandato não consecutivo? É possível a candidatura?
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Inelegibilidade Relativa
Art. 14, § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
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Exemplo
Caso o mesmo Governador de Estado queira concorrer a um cargo de Senado da República. 
É possível a candidatura?
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Qual a exigência constitucional? 
Faz diferença se ele está no primeiro ou no segundo mandato como Governador de Estado?
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Inelegibilidade Relativa
Art. 14, § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
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Súmula Vinculante nº 18
“A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do art. 14 da CF.”
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Exemplo
O pai do Prefeito de determinado Município pretende concorre, pela primeira vez, ao cargo de vereador na mesma circunscrição onde o filho é Prefeito. Ele é elegível? 
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Exemplo
E se o pai do Prefeito já fosse vereador e candidato a reeleição? Seria elegível?
E se ele quisesse concorrer a cargo eletivo em outro Município? Seria possível a candidatura?
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Inelegibilidade Relativa
	§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
	I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
	II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
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Exemplo
Determinado militar da ativa, não conscrito, pretende concorrer às eleições. Ocorre que ele conta com 6 anos de atividade militar. Deve ocorrer seu afastamento temporário ou definitivo?
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Inelegibilidade Relativa
§ 9º  Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
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Inelegibilidade Relativa
Por permissão constitucional, somente leis complementares poderão estabelecer outros casos de inelegibilidade relativa, observando os seguintes critérios:
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Inelegibilidade Relativa
proteção da probidade administrativa;
moralidade para o exercício do mandato;
observância da vida pregressa do candidato;
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Inelegibilidade Relativa
normalidade e legitimidade das eleições;
 proibição de influência econômica;
proibição do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração pública direta ou indireta.
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Inelegibilidade Relativa
São exemplos de Leis Complementares que prescrevem casos inelegibilidade relativa as seguintes: LC 64/1990, LC 81/1994, LC 135/2010.
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