Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
12/08/2016 1 FitoterapiaFitoterapia Profª Drª Raquel Donatini E-mail: raquel.donatini@gmail.com Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Nutrição Introdução à Fitoterapia Histórico Definições Legislação brasileira HistóricoHistórico • Plantas eram o único recurso terapêutico até o século XIX • 399 a.C. – Grécia Antiga – execução de Sócrates (ingestão de CICUTA) • 4000 a.C. – Sumérios (ÓPIO) PAPOULA Papaver somniferum L. � Morfina (hipnoanalgésico) � Codeína (antitussígeno) � Papaverina (espasmolítico) Rituais de feitiçaria (alucinógeno) Assassinatos no Império Romano BELADONA Atropa belladonna L. �Atropina (midriático) � Escopolamina (antiespasmódico) Novos fármacos a partir de metabólitos de plantas 12/08/2016 2 VINCA Catharanthus roseus G. Don � Vincristina � Vimblastina Taxus baccata L. � Paclitaxel ou Taxol® • Isolado no final dos anos 60 • Aprovado pelo FDA em 1992 BIODIVERSIDADE � No mundo: aproximadamente 280.000 espécies vegetais conhecidas �No Brasil: cerca de 50.000 plantas descritas (somente 10% já foram estudadas) � Atualmente: – 20% da população brasileira consome 63% dos medicamentos industrializados – 80% utiliza plantas como único recurso terapêutico FITOTERAPIA Ramo da medicina alopata que utiliza plantas, drogas vegetais e preparados delas obtidos para o tratamento das enfermidades. Legislação brasileira • Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA • Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 26, de 13 de maio de 2014 – Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. • Instrução Normativa nº 02 de 13 de maio de 2014 – Publica a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado” 12/08/2016 3 Legislação brasileira • Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA • Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 26, de 13 de maio de 2014 – Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. • Instrução Normativa nº 02 de 13 de maio de 2014 – Publica a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado” Definições • PLANTA MEDICINAL: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Definições • DROGA VEGETAL: planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta/colheita, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Definições • DERIVADO VEGETAL: produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros. Definições • FITOTERÁPICO: produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, incluindo medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal. Definições • São considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância de sua qualidade. 12/08/2016 4 Definições • São considerados produtos tradicionais fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e efetivo publicados na literatura técnico-científica e que sejam concebidos para serem utilizados sem a vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de prescrição ou de monitorização. Definições Planta medicinal Chá medicinal Preparação magistral Droga vegetal Medicamento fitoterápico Produto tradicional fitoterápico Segurança e eficácia baseadas em evidências clínicas Segurança e efetividade baseadas em dados de uso seguro e efetivo (literatura técnico-científica) SEM ADIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS ISOLADAS Definições • CHÁ MEDICINAL: droga vegetal com fins medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção ou maceração em água pelo consumidor. DECOCÇÃO MACERAÇÃO INFUSÃO Definições • INFUSÃO: preparação, destinada a ser feita pelo consumidor, que consiste em verter água potável fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida, tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis ou ainda com boa solubilidade em água. Definições • DECOCÇÃO: preparação, destinada a ser feita pelo consumidor, que consiste na ebulição da droga vegetal em água potável por tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas ou que contenham substâncias de interesse com baixa solubilidade em água. 12/08/2016 5 Definições • MACERAÇÃO COM ÁGUA: preparação, destinada a ser feita pelo consumidor, que consiste no contato da droga vegetal com água potável, a temperatura ambiente, por tempo determinado, específico para cada droga vegetal. Método indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradem com o aquecimento. Legislação brasileira • Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA • Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 26, de 13 de maio de 2014 – Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. • Instrução Normativa nº 02 de 13 de maio de 2014 – Publica a “Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado” e a “Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado” ANVISA - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014 • Lista de registro simplificado: 27 medicamentos e 16 produtos tradicionais Nomenclatura botânica Allium sativum L. Nome popular Alho Parte usada Bulbo Padronização/Marcador Alicina Derivado vegetal Extratos/óleo Indicações/Ações terapêuticas Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial leve a moderada, auxiliar na prevenção da aterosclerose Dose Diária 3 a 5 mg de alicina Via de Administração Oral Restrição de uso Venda sem prescrição médica Nome científico Nome popular Indicação terapêutica Arctostaphylos uva-ursi uva-ursi infecções do trato urinário Actaea racemosa cimicífuga sintomas do climatério Echinacea purpurea equinácea infecções e resfriados Ginkgo biloba ginkgo distúrbios circulatórios periféricos Hypericum perforatum hipérico depressão leve a moderada Piper methysticum kava-kava ansiolítico e insônia Serenoa repens saw palmeto hiperplasia benigna da próstata Tanacetum parthenium tanaceto profilaxia da enxaqueca Valeriana officinalis valeriana sedativo moderado Fitoterápicos COM prescrição médica ANVISA - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014 Exemplos de fitoterápicos SEM prescrição médica ANVISA - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014 A prática da Fitoterapia pelo Nutricionista Profª Drª Raquel Donatini E-mail: raquel.donatini@gmail.com Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Nutrição 12/08/2016 6 A prática da Fitoterapia pelo Nutricionista • BRASIL,CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 525 de 2013. Regulamenta a prática da Fitoterapia pelo Nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos, como complemento da prescrição dietética, e dá outras providências. • BRASIL, CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 556 de 2015. Altera as Resoluções nº 416, de 2008, e nº 525, de 2013, e acrescenta disposições à regulamentação da prática da Fitoterapia para o nutricionista como complemento da prescrição dietética. RESOLUÇÃO CFN Nº 402/2007 – Prescrição fitoterápica de plantas in natura (frescas) ou droga vegetal RESOLUÇÃO CFN N° 525/2013 – Prescrição de plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos RESOLUÇÃO CFN N° 556/2015 – Altera as Resoluções nº 416/2008 e nº 525/2013 REVOGA ALTERA Resoluções do Conselho Federal de Nutricionistas – CFN Resolução CFN nº 525 de 2013 e alterações Regulamenta a prática da Fitoterapia pelo Nutricionista, atribuindo-lhe competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas medicinais e chás medicinais, medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e preparações magistrais de fitoterápicos como complemento da prescrição dietética, e dá outras providências. Resolução CFN nº 525 de 2013 CONSIDERANDO: • A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS que inclui o uso de plantas medicinais e da fitoterapia como prática da assistência em saúde; • A Portaria Interministerial nº 2960, de 9/12/2008, que aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos; • A Resolução RDC nº 10 de 9/03/2010, da ANVISA, que lista as drogas vegetais (e atualizações – IN Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014); • O Código de Ética do Nutricionista: Inciso IV do artigo 5º - o dever do nutricionista de "utilizar todos os recursos disponíveis de diagnóstico e tratamento nutricionais ao seu alcance, em favor de indivíduos e coletividade sob sua responsabilidade profissional“; • O reconhecimento de evidências científicas sobre a efetividade da fitoterapia; • A necessidade de regulamentar a prática da fitoterapia como estratégia complementar da prescrição dietética, para preservar e promover a atuação técnica e ética do nutricionista RESOLVE: • Art. 1º. Regulamentar a prática da Fitoterapia • Art. 2º. O Nutricionista poderá adotar a fitoterapia para COMPLEMENTAR a sua prescrição dietética somente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso relacionadas com o seu campo de atuação e estejam embasadas em estudos científicos ou em uso tradicional reconhecido. (evidências científicas X eficácia X segurança X contra indicações X efeitos colaterais X interações X riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos) Resolução CFN nº 525 de 2013 Art. 3º. (alterado pela Res. CFN 556 de 2015) O exercício das competências do nutricionista para a prática da Fitoterapia como complemento da prescrição dietética deverá observar que: I - a prescrição de plantas medicinais e chás medicinais é permitida a todos os nutricionistas, ainda que sem título de especialista; II - a prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética, é permitida ao nutricionista desde que seja portador do título de especialista em Fitoterapia outorgado pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). Art. 4º. A competência do nutricionista para atuar na Fitoterapia não inclui a prescrição de produtos sujeitos à prescrição médica, seja na forma de drogas vegetais, de fitoterápicos ou na de preparações magistrais. Resolução CFN nº 525 de 2013 12/08/2016 7 Fitoterápicos COM prescrição médica Nome científico Nome popular Indicação terapêutica Arctostaphylos uva-ursi uva-ursi Infecções do trato urinário Actaea racemosa cimicífuga Sintomas do climatério Echinacea purpurea equinácea Infecções e resfriados Ginkgo biloba ginkgo Distúrbios circulatórios periféricos Hypericum perforatum hipérico Depressão leve a moderada Mentha x piperita L. hortelã-pmenta Tratamento da síndrome do cólon irritável Sem prescrição: Expectorante, carminativo e antiespasmódico Piper methysticum kava-kava Ansiolítico e insônia Plantago ovata plantago Tratamento da síndrome do cólon irritável Sem prescrição: obstipação intestinal Serenoa repens saw palmeto Hiperplasia benigna da próstata Tanacetum parthenium tanaceto Profilaxia da enxaqueca Valeriana officinalis valeriana Sedativo moderado Definições Planta medicinal Chá medicinal Medicamento fitoterápico Produto tradicional fitoterápico Preparação magistral Droga vegetal Definições Planta medicinal Chá medicinal Medicamento fitoterápico Produto tradicional fitoterápico Droga vegetal Preparação magistral É aquela obtida em farmácia (manipulação) a partir de prescrições de profissionais habilitados DECOCÇÃO MACERAÇÃO INFUSÃO • Art. 5º. A prescrição de plantas medicinais ou drogas vegetais deverá ser legível, conter o nome do paciente, data da prescrição e identificação completa do profissional prescritor (nome e número do CRN, assinatura, carimbo, endereço e forma de contato) e conter todas as seguintes especificações quanto ao produto prescrito: • I - nomenclatura botânica, sendo opcional incluir a indicação do nome popular; • II - parte utilizada; • III - forma de utilização e modo de preparo; • IV - posologia e modo de usar; • V - tempo de uso. Resolução CFN nº 525 de 2013 Prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais (SEM ESPECIALIZAÇÃO) Itens obrigatórios: � nomenclatura botânica (nome popular opcional) � parte utilizada � forma de utilização e modo de preparo � posologia e modo de usar � tempo de uso • Somente decocção, maceração ou infusão RESOLUÇÃO CFN nº 525/2013 12/08/2016 8 Exemplo Nome: _____________________________ Chá verde (Camellia sinensis), folhas Uso interno Infusão: usar 2 colheres de sopa para 1 litro de água. Esquentar a água até pouco antes da fervura e despejá-la sobre as folhas de chá. Tampar e deixar em repouso por 15 minutos. Coar e beber quente ou frio, duas vezes ao dia, durante 3 dias. Deverá ser consumido no mesmo dia do preparo. Fulano de Tal Nutricionista – CRN_: xxxx Tel. XX XXXX XXXX nomenclatura botânica (nome popular opcional) parte utilizada modo de preparo posologia e modo de usar tempo de uso forma de utilização Prescrição de medicamentos fitoterápicos e preparações magistrais (COM ESPECIALIZAÇÃO) - Mesmos itens obrigatórios anteriores - Incluir, quando disponível na literatura: � Padronização do marcador da planta descrita � Forma ou meio de extração � Forma farmacêutica (exclusivamente para consumo via oral) RESOLUÇÃO CFN nº 525/2013 • Art. 6º. Na prescrição de plantas medicinais e drogas vegetais, considerar que estas devem ser preparadas unicamente por decocção, maceração ou infusão, conforme indicação, não sendo admissível que sejam prescritas sob forma de cápsulas, drágeas, pastilhas, xarope, spray ou qualquer outra forma farmacêutica, nem utilizadas quando submetidas a outros meios de extração, tais como extrato, tintura, alcoolatura ou óleo, nem como fitoterápicos ou em preparações magistrais. Partes de vegetais quando utilizadas para o preparo de bebidas alimentícias, sob forma de infusão ou decocção, sem finalidades farmacoterapêuticas, são definidas como alimento e não constituem objeto desta Resolução. Resolução CFN nº 525 de 2013 � Substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedades funcional e/ou de saúde Ex.: Carotenoides Fitoesteróis FlavonoidesFosfolipídeos Polifenóis Probióticos ANVISA - RDC nº 02/2002 Outras categorias de produtos � Alimentos em cápsulas Ex.: Acerola Berinjela Lecitina de soja Óleo de alho Óleo de cártamo Óleo de linhaça Óleo de prímula A prescrição de preparações magistrais e de fitoterápicos far-se-á exclusivamente a partir de matérias-primas derivadas de drogas vegetais, não sendo permitido o uso de substâncias ativas isoladas, mesmo as de origem vegetal, ou das mesmas associadas a vitaminas, minerais, aminoácidos ou quaisquer outros componentes. Resolução CFN nº 525 de 2013 • Art. 8º. O nutricionista, ao prescrever os produtos objeto desta Resolução, deverá recomendar os de origem conhecida e com rotulagem adequada às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. • Art. 9º. A prescrição dos produtos objeto desta Resolução exige pleno conhecimento do assunto, cabendo ao nutricionista responsabilidade ética, civil e criminal quanto aos efeitos da sua prescrição na saúde do paciente, considerando as reações adversas, efeitos colaterais e interação com outras plantas, medicamentos e alimentos assim como os riscos da potencial toxicidade dos produtos prescritos. Resolução CFN nº 525 de 2013 12/08/2016 9 ANVISA - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014 • Lista de registro simplificado: 27 medicamentos e 16 produtos tradicionais Nomenclatura botânica Allium sativum L. Nome popular Alho Parte usada Bulbo Padronização/Marcador Alicina Derivado vegetal Extratos/óleo Indicações/Ações terapêuticas Coadjuvante no tratamento da hiperlipidemia e hipertensão arterial leve a moderada, auxiliar na prevenção da aterosclerose Dose Diária 3 a 5 mg de alicina Via de Administração Oral Restrição de uso Venda sem prescrição médica ANVISA - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014 ANVISA - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02, DE 13 DE MAIO DE 2014 Atenção: Plantago ou Psyllium Considerações Reflexão: Por que prescrever esse fitoterápico? - Quais seus benefícios? - E seus efeitos adversos? - Faz parte de minha competência e formação? Bom senso e responsabilidade. Fitoquímica e Farmacologia Profª Drª Raquel Donatini E-mail: raquel.donatini@gmail.com Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Nutrição Fitoquímica e Farmacologia COMPOSTOS NATURAIS BIOATIVOS: � METABÓLITOS PRIMÁRIOS - Produtos do metabolismo geral do organismo; característica amplamente distribuída no grupo. � METABÓLITOS SECUNDÁRIOS - Produtos do metabolismo especial; é uma característica restrita a determinados grupos. 12/08/2016 10 Metabolismo Primário macromoléculas (carboidratos, lipídios e proteínas) grande produção distribuição universal funções essenciais - Fornecer energia (ATP) e poder redutor (NADPH) - Biossíntese de substâncias Metabolismo Secundário micromoléculas (diversidade e complexidade estrutural) produção em pequena escala distribuição restrita (especificidade) funções adaptativas Atividades biológicas Principais funções dos metabólitos secundários nos vegetais • Adaptativas – proteção contra perda excessiva de água e irradiação UV • Defesa – predadores e microrganismos • Atração – insetos, aves (reprodução) 1 – TANINOS 2 – FLAVONOIDES 3 – SAPONINAS 4 – ANTRAQUINONAS 5 – CUMARINAS 6 – ALCALOIDES 7 – TERPENOIDES PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 1 - TANINOS -O termo foi cunhado para definir a propriedade adstringente da casca do carvalho, que impedia o apodrecimento da pele. -Formam complexos com proteínas (ação adstringente), polissacarídeos e metais. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Taninos hidrolisáveis Taninos condensados 1 - TANINOS Propriedades farmacológicas: •Formação de camada protetora (pele e mucosas) •Diminuição de irritação e inflamação •Diminuição das secreções •Bactericida •Hemostático •Antioxidante PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 1 - TANINOS Emprego terapêutico Uso externo: •Feridas •Queimaduras •Sangramentos •Hemorroidas •Inflamações locais •Infecções ginecológicas PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Uso interno: •Hiperacidez gástrica •Diarreia •Antídoto para envenenamento com alcaloides e metais pesados 12/08/2016 11 1 - TANINOS Principais espécies vegetais HAMAMELIS – Hamamelis virginiana L. BARBATIMÃO – Stryphnodendron adstringens GOIABEIRA – Psidium guajava PITANGUEIRA – Eugenia uniflora L. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 2 - FLAVONOIDES São compostos que apresentam um esqueleto carbonado C6-C3-C6 Existem mais de 4200 flavonoides identificados Responsáveis pela coloração de flores, folhas e frutos Absorvem radiação UV PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 2 - FLAVONOIDES Propriedades farmacológicas: •Aumento da resistência vascular •Diuréticos •Coleréticos (↑ produção de bile) •Bactericidas •Anti-inflamatórios •Antioxidantes PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 2 - FLAVONOIDES Mecanismos conhecidos - Ação anti-inflamatória: inibição de fosfolipase A2, ciclo- oxigenase, lipo-oxigenase e óxido nítrico sintase, envolvidas na produção de ácido araquidônico, prostaglandinas, leucotrienos e óxido nítrico, respectivamente. - Ação ansiolítica (apigenina e crisina): ligam-se aos receptores benzodiazepínicos no SNC. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 2 - FLAVONOIDES Emprego terapêutico -tratamento local de contusões (arnica, calêndula) -melhora na circulação cerebral (ginkgo) -tratamento de transtornos circulatórios, hemorroidas e varizes (castanha da Índia, uva) -distúrbios do climatério (fitoestrógenos) PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 2 - FLAVONOIDES Principais espécies vegetais ARNICA – Arnica montana L. GINKGO – Ginkgo biloba L. SOJA – Glycine max (L.) Merr. UVA – Vitis vinifera L. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 12/08/2016 12 3 - SAPONINAS Substâncias de natureza heterosídica que, por hidrólise, liberam açúcar e uma outra parte denominada de “sapogenina”. Seu nome vem do fato de que, quando agitadas em água, formam espuma abundante. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Propriedades farmacológicas: •Atividade anti-inflamatória (ácido glicirrético - Alcaçuz) •Expectorante •Complexação com esteroides da membrana celular (modificação da permeabilidade) •Tensoatividade PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 3 - SAPONINAS Empregos Expectorante Diurético Anti-inflamatório Matéria-prima para síntese de hormônios PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 3 - SAPONINAS Principais espécies vegetais CASTANHA DA ÍNDIA – Aesculus hippocastanum ALCAÇUZ – Glycyrrhiza glabra GINSENG – Panax ginseng CENTELA – Centella asiatica PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 3 - SAPONINAS 4 - ANTRAQUINONAS Derivadas do antraceno (três anéis benzênicos conjugados) em diferentes graus de oxidação. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 4 - ANTRAQUINONAS Propriedades farmacológicas: Apresentam importante atividade terapêutica em função de suas propriedades laxativas, podendo, em função da dose empregada e do teor de substâncias presentes na droga vegetal, ocasionar ação purgativa . PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 12/08/2016 13 Laxantes naturais: CUIDADO! Plantas contendo derivados antracênicos (laxantes de contato – irritantes intestinais) Sene (Senna alexandrina) Cáscara sagrada (Rhamnus purshiana) Ruibarbo (Rheum palmatum) Babosa (Aloe sp)Plantas contendo polissacarídeos (laxativos avolumantes ou formadores de massa) Plantago/Psilium (Plantago ovata) Linhaça (Linum usitatissimum) Ameixa (Prunus domestica) Tamarindo (Tamarindus indica) Atividade:Atividade: INGESTÃO: heterosídeos antraquinônicos antraquinonas reduzidas formadas in situ atuação direta nas células epiteliais da mucosa intacta do intestino NO CÓLON: hidrólise (ββββ-glucosidases da microbiota) e redução Obs.: tempo de latência = 6-8 horas H H 4 - ANTRAQUINONAS PG 4 - ANTRAQUINONAS Mecanismos conhecidos - estimulação direta da contração da musculatura lisa do intestino, aumentando a motilidade intestinal - inibição da reabsorção de água, sódio e cloro através da inativação da bomba de Na+/K+-ATPase PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS 4 - ANTRAQUINONAS Emprego terapêutico: Obstipação intestinal eventual Restrições de uso: não utilizar por períodos prolongados (mais de 10 dias): poderá ocorrer dependência, diarreias, cólicas, náuseas, vômitos, melanose colorretal (escurecimento da mucosa), alterações da mucosa e morfologia do reto e cólon (fissuras anais, prolapsos hemorroidais), atonia, transtornos hidroeletrolíticos com hipocalemia. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Fonte: AHMED; GUNARATNAM, 2003. Contraindicações e toxicidadeContraindicações e toxicidade • evitar o uso concomitante com cardiotônicos digitálicos e diuréticos hipocalemiantes • não utilizar mais de 2 drogas vegetais contendo antraquinonas na mesma formulação • não utilizar em crianças e durante a gravidez (ocitotóxico) e lactação (excretado no leite materno) • há um potencial mutagênico, ainda em estudo 4 - ANTRAQUINONAS Drogas vegetais contendo antraquinonas 12/08/2016 14 SENESENE - folíolos e folículos (frutos) de Senna alexandrina Mill. Cassia senna L. (C. acutifolia Delile) = sene-de-Alexandria Cassia angustifolia Vahl. = sene-de-Tinnevelly (CAESALPINIACEAE) �Introduzido na medicina pelos árabes no século IX ou X Teor de derivados hidroxiantracênicos: Frutos: - 4%; folíolos - 2,5% CÁSCARACÁSCARA SAGRADASAGRADA - cascas dessecadas de Rhamnus purshiana D.C. (RHAMNACEAE) • Originária das regiões montanhosas dos EUA e Canadá • Devem ser aquecidos a 100 oC por 1 a 2 horas ou estocados por no mínimo 1 ano antes do uso cascarosídeos A e B: R = CH2OH cascarosídeos C e D: R = CH3 Teor de derivados hidroxiantracênicos: Cascas – 6% RUIBARBORUIBARBO - raízes e rizomas descascados de Rheum palmatum L. e Rheum officinale Baill., POLYGONACEAE. • Originária da China e do Tibete, é uma das plantas mais antigas e conhecidas da medicina tradicional chinesa • Entre outras substâncias, contém taninos, o que pode induzir obstipação após a ação laxativa Teor de derivados hidroxiantracênicos: 3 a 12% BABOSABABOSA - suco desidratado das folhas de Aloe vera L. (Aloe barbadensis Mill.) = aloés-de-Curaçao e Aloe ferox Mill. e seus híbridos com A. africana Mill. e A. spicata Baker = aloés-do-Cabo ASPHODELACEAE/LILIACEAE BABOSA – ALOE EXTRATO SECO • obtido a partir do látex amarelado produzido por células secretoras localizadas abaixo da epiderme, o qual é concentrado até a secura • a droga seca é constituída de, no mínimo, 18% de derivados hidroxiantracênicos, expressos em barbaloína (Farm.Bras., 2010) • pode causar dores abdominais e irritação gastrintestinal e em altas doses, nefrite, diarreia com sangue e gastrite hemorrágica 5 - CUMARINAS PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS -Lactonas do ácido o-hidroxi-cinâmico (ácido o-cumárico) -Descobertas por causarem hemorragia em gado alimentado com trevo de cheiro fermentado (Melilotus officinalis (L.) Pallas) – intenso sangramento intestinal e edemas sob a pele -Dicumarol: inibidor competitivo da vitamina K 12/08/2016 15 Exemplos de cumarinas 1,2-benzopirona (cumarina simples) dicumarol (cumarina dimérica) psoraleno (furanocumarina linear) angelicina (furanocumarina angular) • Imunossupressora, relaxante vascular, hipolipidêmica, hipotensora (escoparona – Artemisia scoparia) • Hipotensora, relaxante da musculatura lisa e cardíaca, anticoagulante (ostol – Angelica pubescens) • Vasodilatador (ostol, xantotoxina, isopimpinelina) • Antiespasmódico (escopoletina – Viburnum sp.) Propriedades farmacológicasPropriedades farmacológicas Fitoterápico GUACO Mikania glomerata Spreng. Mikania laevigata Schultz (Asteraceae) Indicações: Antitussígeno, expectorante, broncodilatador (relaxamento da musculatura lisa) FURANOCUMARINAS: fototoxicidade • Absorvem fortemente energia na região do ultravioleta, portanto são altamente reativas sob a incidência da luz • Quando fotoativadas (300 a 400 nm), podem reagir com DNA, RNA, lipídeos e proteínas, ocasionando a injúria das células que os contém • Fitofotodermatite: erupções bolhosas, hiperpigmentação, eritema e formação de vesículas FURANOCUMARINAS: fotoquimioterapia • Terapia PUVA (psoraleno+UVA): uso tópico ou oral de furanocumarinas acompanhado por exposição controlada à radiação ultravioleta como forma de induzir a repigmentação da pele • Tratamento de vitiligo, psoríase, micoses, eczemas e outras • Efeitos indesejáveis: eritema, formação de bolhas, náuseas, prurido, dor de cabeça e depressão OCH3 8-metoxipsoraleno 12/08/2016 16 CITRUS • Citrus aurantium L. • Citrus medica L. (Rutaceae) Sumo e cascas dos frutos: furanocumarinas 6 – ALCALOIDES: bases orgânicas nitrogenadas com acentuada atividade biológica. Principalmente de origem vegetal. PRINCIPAIS CLASSES QUÍMICAS DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS BELADONA Atropa belladonna L. �Atropina (midriático) �Escopolamina (antiespasmódico) Ação anticolinérgica (antagonistas muscarínicos) PILOCARPINA Ação colinérgica Uso: glaucoma JABORANDI Pilocarpus microphyllus PAPOULA Papaver somniferum L. � Morfina (hipnoanalgésico) � Codeína (antitussígeno) VINCA Catharanthus roseus G. Don � Vincristina � Vimblastina Ação: Inibidores mitóticos Usos: Tratamento de leucemias, doença de Hodgkin, linfomas não-Hodgkin, neuroblastoma. 12/08/2016 17 Ayahuasca Bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (jagube) e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona) chacrona jagube harmina dimetiltriptamina (DMT) www.ayahuasca-info.com/pt/chemistry/ Banisteriopsis caapi Alcaloides inibidores da MAO: Harmina, harmalina, tetra-hidro- harmalina Psychotria viridis Alcaloide derivado indólico : N, N-dimetiltriptamina (DMT) Agonista de receptores da serotonina Atividades biológicas e emprego terapêutico • Colchicina – tratamento da gota • Emetina – amebicida e emético • Ergotamina – tratamento de enxaqueca • Escopolamina – antiespasmódico • Quinina – antimalárico • Quinidina – depressor cardíaco • Reserpina – anti-hipertensivo • Tubocurarina – miorrelaxante Pesquisa e desenvolvimento de fitoterápicos Profª Drª Raquel Donatini E-mail: raquel.donatini@gmail.com Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Nutrição Estudos botânicos Estudos de atividade biológica Estudos agronômicos Estudos químicos Pesquisa de fitoterápicos Seleção de espécies Seleção de espécies • Randômica – aleatoriamente • Quimiotaxonômica – de acordo com a ocorrência de uma dada classe química de substâncias em um gênero ou família • Etnofarmacológica – de acordo com o uso terapêutico por um determinado grupo étnico 12/08/2016 18 Estudos botânicos • Análise de características anatômicas e morfológicas, procurando destacar aquelas consideradas peculiares de uma determinadaespécie • Estabelecer características botânicas comparativas que permitam detectar a presença de espécies adulterantes Estudos agronômicos • Visam à produção abundante e homogênea de matéria-prima, preservando o meio ambiente, a espécie e a biodiversidade • Otimização da produção de biomassa e de constituintes ativos através de estudos: – Edafo-climáticos – Necessidades nutricionais – Ocorrência de pragas – Melhoramento genético Estudos químicos • Identificação dos constituintes mais importantes • Determinação de marcadores • Isolamento de substâncias • Elucidação estrutural Isolamento de substâncias • Cromatografia – método de separação no qual dois ou mais compostos em mistura são separados fisicamente pela sua distribuição entre duas fases: – Uma fase estacionária – um sólido ou um líquido suportado sobre um sólido – Uma fase móvel – gás ou líquido que flui continuamente pela fase estacionária Isolamento de substâncias • Cromatografia em camada delgada Isolamento de substâncias • Cromatografia em coluna 12/08/2016 19 Elucidação estrutural – Espectrometria de infravermelho – Espectrometria de ultravioleta – Espectrometria de massa – Espectrometria de ressonância magnética nuclear • RMN de próton • RMN de carbono Espectro de RMN 1H (δ em ppm, piridina, 300 MHz) da substância 1 ácido ursólico Estudos de atividade biológica • Investigação da atividade farmacológica (eficácia) • Investigação da atividade toxicológica (segurança) Exemplo 1: Lesão gástrica aguda Ratos Wistar fêmeas (n = 10) 30’ HCl 0,3M em etanol 60%, 1mL/100 g, v.o. 1 hora retirada dos estômagos e abertura pela curvatura maior avaliação das ulcerações ATL e ARL Grupo Controle Água (1 mL/100 g, v.o.) Grupos Tratados EHEL (100, 200 e 400 mg/kg, v.o.) Grupo de Referência lansoprazol (30 mg/kg, v.o.) Atividade antiúlcera aguda CONTROLE EHEL 400 mg/kg LANSOPRAZOL EHEL 100 mg/kg EHEL 200 mg/kg Exemplo 3: Atividade cicatrizante Ratos Wistar machos, n = 10 Grupos Tratados (EBLF ou EBLC) Grupo Controle Extratos: 15%, uso tópico (1mL) Água potável, uso tópico (1mL) Incisão na região dorsal (punch- 1cm de diâmetro) Retirada do tecido 7o. e 15o. dia 12/08/2016 20 Atividade Cicatrizante 0 40 80 120 Caule Folha Controle 2o. 10o.8o.6o.4o. 12o. 14o. (7) (7) (7) (10) (10) (7) (10) tratamento (dia) Ár e a de le sã o (m m 2) * *** * * Figura 17: Efeito dos extratos brutos de folhas e caule de C. ferrea, 15% em água, via tópica, no modelo de atividade cicatrizante. No gráfico estão representadas as médias das lesões (mm2) e seus respectivos erros padrões (*p<0.05; ***p<0.001; Teste de Tukey) no 2º, 4º, 6º, 8º, 10º, 12º e 14º dia após a incisão . Entre parênteses está representado o número de animais em cada grupo experimental. Testes toxicológicos Testes fundamentais: Toxicidade de dose única (aguda) Dose única ou mais, dentro de um período de 24 horas Toxicidade de doses repetidas Doses múltiplas no período de 2 semanas a 9 meses � Parâmetros avaliados durante o estudo de toxicidade: • Consumo de ração • Massa corpórea • Modificações na cor • Textura dos pelos • Alterações circulatórias e respiratórias • Anormalidades motoras e de comportamento • Reversibilidade dos efeitos identificados Testes toxicológicos Testes complementares Toxicidade reprodutiva Revelar algum efeito de uma ou mais substâncias ativas na reprodução de mamíferos. Genotoxicidade Detectar o potencial das substâncias sob investigação de causar mutações gênicas e alterações cromossômicas. Tolerância local Avaliar se substâncias (princípios ativos e excipientes) são toleradas em locais do corpo que poderão entrar em contato com o produto em consequência da sua administração na prática clínica. Carcinogenicidade Identificar substâncias que possam causar o desenvolvimento potencial de tumores em algum local por algum mecanismo.
Compartilhar