Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Processos Orgânicos I Prof. Filipe Nery Refino – Craqueamento Catalítico • Processo de craqueamento catalítico - FCC (“Fluid catalytic cracking”), —Carga: gasóleo proveniente da destilação a vácuo ‐ O gasóleo seria utilizado como óleo combustível ‐ Carga alternativa: óleo desasfaltado — Catalisador + Pressão + Temperatura elevada (Etapa Química) —Processo: Ruptura (“cracking”) das cadeias moleculares —Produto: Mistura de hidrocarbonetos mais leves (fracionamento) ‐ 3 a 12 átomos de carbono Refino – Craqueamento Catalítico • Produtos: —Gas combustível – 5% —GLP – 20 % —Nafta (Gasolina) – 50 % —Gasóleo leve (diesel de craqueamento) – 12% —Gasóleo pesado (óleo combustível) – 8 % —Coque (resíduo de alto teor de carbono) – 5% Refino – Craqueamento Catalítico • Objetivo: —Contribuir eficazmente com a refinaria no ajuste de sua produção às necessidades do mercado consumidor local e devido à sua grande flexibilidade operacional; • Alta rentabilidade, na transformação de frações residuais, de baixo valor comercial, em derivados nobres de alto valor, tais como gasolina e GLP, o craqueamento catalítico aumenta significativamente os lucros da refinaria. • Produção de nafta de alta octanagem, o derivado que aparece em maior quantidade, de 50 a 65% do volume em relação à carga processada. Refino – Craqueamento Catalítico • Coque: — Coque se deposita no catalisador —Etapa de regeneração do catalisador: queima integral do coque ‐ Formação de um gás de combustão de alto valor energético usado na geração de vapor d’água de alta pressão. Refino – Craqueamento Catalítico • Catalisador: —Permitir que as reações químicas ocorram sob condições de pressão e temperatura bem mais baixas que aquelas do craqueamento térmico; —Servir como agente de transporte do coque depositado em sua superfície para o regenerador, onde ocorre geração de calor através da queimado coque. • Quando o catalisador é atravessado por uma corrente gasosa, como a carga vaporizada, seu comportamento se assemelha ao de um fluido (fluidização). Refino – Craqueamento Catalítico • Catalisador https://www.youtube.com/watch?v=nTse5_wXup4 7,5 Å 150 a 360 °C Refino – Craqueamento Catalítico • Catalisador de FCC —Composto ‐ estrutura —Reação —Condições de processo ‐ rendimento ‐ seletividade —Regeneração ‐ ciclos Refino – Craqueamento Catalítico • Fluxograma do processo Refino – Craqueamento Catalítico • Processo —Seção de Reação ou Conversão ‐ Composta por equipamentos de reação e regeneração de catalisador para promoção das reações químicas do processo. — Seção de Fracionamento ‐ Promove a separação do efluente do reator em vários produtos, bem como recupera e recicla parte dos gasóleos não-convertidos. https://www.youtube.com/watch?v=-3bcCC82KS8 https://www.youtube.com/watch?v=ErZ7F0BKN2s Refino – Craqueamento Catalítico • Processo: —Seção de Recuperação de Gases: ‐ Promove a separação de frações leves convertidas segundo cortes de gasolina, GLP e gás combustível. —Seções de Tratamentos: ‐ Promove o tratamento da gasolina, GLP e gás combustível para possibilitar sua comercialização ou transformação posterior em outros produtos, com uma sensível redução em seu teor de enxofre. Refino – Craqueamento Catalítico • Processo: Refino – Craqueamento Catalítico • Processo: Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: Alta temperatura (≈ 700ºC) ↓ Instantânea vaporização da carga, fluidizando o catalisador. https://www.youtube.com/watch?v=-3bcCC82KS8 https://www.youtube.com/watch?v=ErZ7F0BKN2s Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: O REATOR propicia a separação inicial do catalisador. https://www.youtube.com/watch?v=-3bcCC82KS8 https://www.youtube.com/watch?v=ErZ7F0BKN2s Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: Os vapores de óleo tendem a saturar os poros do catalisador e, portanto, ele deve ser retificado com vapor d’água antes de ir ao regenerador. Esta operação ocorre no “STRIPPER” ou “RETIFICADOR https://www.youtube.com/watch?v=-3bcCC82KS8 https://www.youtube.com/watch?v=ErZ7F0BKN2s Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: O coque que se depositou na superfície do catalisador é queimado com ar. + Calor necessário para o aquecimento e vaporização da carga https://www.youtube.com/watch?v=-3bcCC82KS8 https://www.youtube.com/watch?v=ErZ7F0BKN2s Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: 80% de N2; 10% de CO2 e 10% de CO ↓ Caldeiras de CO CO em CO2 ↓ +++ energia Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: Frações mais leves (nafta de craqueamento, GLP e gás combustível), que após serem resfriadas, são coletadas no tambor de acúmulo. -------------------- GÁS + HIDROCARBONETOS + ÁGUA Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Conversão e Fracionamento: frações pesadas residuais de craqueamento e de partículas de catalisador. ------ Óleo decantado (ou clarificado) isento de partículas sólidas Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Compressão e resfriamento: C3 e C4 (Hidroc. mais pesados) fração líquida C1 e C2 fração gasosa Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Torre absorvedora primária: C1 e C2 fração gasosa + Nafta Instabilizada Caso haja na corrente gasosa algum C3 ou C4, estes serão absorvidos pela nafta. Topo: Gás + nafta de absorção Fundo: nafta Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Torre absorvedora secundária: Gás + Óleo leve Óleo leve de reciclo após a absorção retoma à torre fracionadora. Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Seção de tratamento (DEA) Remoção do H2S da mistura Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Torre desetanizadora: Separa o gás que sai no topo (gás residual) Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Torre debutanizadora: Topo: Vapores de GLP Fundo: Estabilização da nafta Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Tratamento cáustico: Utilização de solução aquosa de NaOH ou KOH para lavar uma determinada fração de petróleo (Mercaptanas) Refino – Craqueamento Catalítico • Processo – Seção de Recuperação de Gases: Tratamento cáustico: catalisador organometálico (ftalocianina de cobalto) Refino – Craqueamento Catalítico • Conversão: —Porcentagem de carga fresca que é convertida em produtos mais leves —Os níveis de conversão variam de 70 a 85%. Refino – Craqueamento Catalítico • Carga – Limitações: —Faixa de destilação: cargas com faixa de destilação entre340 °C e 570 °C. —Resíduo de carbono: deve ser baixo, geralmente inferior a 1,5% em peso, a fim de minimizar a formação de coque. —Fator de Caracterização (KUOP): Teor de parafinas > 11,5 ‐ Determina o teor de parafinas na carga; ‐ Quanto mais parafínica for a carga, mais facilmente ela será craqueada (maior KUOP); ‐ Condições de operação menos severas Refino – Craqueamento Catalítico • Carga – Limitações:—Teor de metais: Para que a atividade e a seletividade do catalisador não sejam afetadas, o teor de metais da carga deve obedecer à seguinte recomendação Refino – Craqueamento Catalítico • Proutos: —Gás combustível (GC) ‐ Combustível utilizado nos fornos e caldeiras da refinaria; ‐ Vendido para outras industrias. —Gás líquido de petróleo (GLP) – C3 e C4 ‐ Combustível doméstico ‐ Carga para outras unidades da refinaria e petroquímica —Nafta de craqueamento ‐ Hidrocarbonetos olefínicos, parafínicos ramificados e aromáticos ‐ Unidade de hidrodessulfurização (HDs) ‐ Gasolina Refino – Craqueamento Catalítico • Proutos: —Óleo leve ‐ Faixa de destilação próxima ao óleo diesel ‐ Diluente de óleo combustível industrial —Óleo pesado ‐ Alto teor de aromáticos policondensados ‐ Diluente de óleo combustível ‐ Carga para unidade de coqueamento retardado Refino –Hidroqueamento Catalítico • Quebra de moléculas existentes na carga de gasóleo com a ação do catalisador, com altas temperaturas e pressões (acima de 100 atm), na presença de H2. • Complementação ao FCC, com a conversão de cargas que não podem ser tratadas neste processo (resíduos de vácuo, gasóleos de reciclo, extratos aromáticos, dentre outras). • Benefícios obtidos com a adição de H2: —Reduzir a deposição de coque sobre o catalisador; — Hidrogenar os compostos aromáticos polinucleados, facilitando a sua decomposição; Refino –Hidroqueamento Catalítico —Fazer a hidrogenação de olefinas e diolefinas formadas no processo de craqueamento, aumentando a estabilidade química dos produtos finais; —Eliminação de compostos de enxofre e nitrogênio. —Altos rendimentos em gasolina de boa octanagem e óleo diesel; —Produção de uma quantidade volumosa da fração GLP; —Melhor balanceamento na produção de gasolina e frações intermediárias destiladas; Refino –Hidroqueamento Catalítico • Catalisadores: —Características de craqueamento e hidrogenação — Óxido de níquel-molibdênio (NiOMoO) ou óxidos de níquel-tungstênio (NiO- WO3),sobre um suporte de sílica-alumina(SiO2-Al2O3) • Reações Refino –Hidroqueamento Catalítico • Reações Refino –Hidroqueamento Catalítico • Processo Reator é de leito fixo: várias camadas de catalisador, alternadas de distribuidores de fluxo Reações de hidrogenação são fortemente exotérmicas: Corrente de hidrogênio frio - “quench”. Refino –Hidroqueamento Catalítico • Processo Primeiro reator: Pré-tratamento - a temperatura é mantida a um nível tal que permita converter 40 a 50% de carga, além de provocar sua dessulfurização e denitrificação Temp.: 250 a 450 °C, Pressão: 85 e 140 kg/cm2. Quanto mais pesada e aromática a carga, mais severas deverão ser as condições de reação Refino –Hidroqueamento Catalítico • Processo Torre fracionadora: Topo: vapores de GLP e nafta leve Lateral: nafta pesada, querosene e diesel Fundo: hidrocarbonetos pesados que não foram convertidos Produto de fundo é bombeado ao segundo estágio de hidrocraqueamento, onde a conversão final é realizada. Refino –Hidroqueamento Catalítico • Processo Primeiro reator: Temp.: 450 a 550 °C, Pressão: 180 e 250 kg/cm2. Quanto mais pesada e aromática a carga, mais severas deverão ser as condições de reação Refino –Hidroqueamento Catalítico Unidades instaladas nos Estados Unidos operam visando à maximização de nafta, enquanto que plantas européias e japonesas trabalham visando à maximização de querosene de jato e óleo diesel. https://www.youtube.com/watch?v=YqokaZ1e5MY Refino –Hidroqueamento Catalítico • Desvantagens: —Elevado vado investimento entre US$ 400.000.000 a US$ 700.000.000; —Elevadas pressões e temperaturas são usadas, o que obriga a utilização de equipamentos caros e de grande porte; —Necessidade de implantação de uma grande unidade de geração de hidrogênio, cujo consumo no processo é extremamente alto. Refino – Alquilação • A alquilação ou alcoilação catalítica consiste na reação de adição de duas moléculas leves para a síntese de uma terceira de maior peso molecular, catalisada por um agente de forte caráter ácido. • Com a obtenção de cadeias ramificadas a partir de olefinas leves, caracteriza-se por constituir a rota utilizada na produção de gasolina de alta octanagem a partir de componentes do GLP, utilizando como catalisador o HF ou o H2SO4. Atividade em Sala!
Compartilhar