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Resumão AV2 Ciências Sociais

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IV - Etnocentrismo
Segundo Everardo Rocha, em O que é Etnocentrismo, trata-se da “visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc. “.
Esse autor, Everardo Rocha, nos alerta, ao analisar o etnocentrismo, para a questão do choque cultural.
Como ele afirma, “de um lado conhecemos o "nosso" grupo, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, empresta à vida significados em comum e procede, por muitas maneiras, semelhantemente. Aí, então, de repente nos deparamos com um "outro", o grupo do "diferente" que, às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E mais grave ainda, este “outro" também sobrevive à sua maneira, gosta dela, também está no mundo e ainda que diferente, também existe.
V – Relativismo cultural
	É a postura, privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro. 
Roberto da Matta, no texto “você tem cultura?” demonstra que “essa é a experiência antropológica, buscar compreender a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se “aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, a Antropologia nos convida a compreendê-la e verificar que ao seu jeito, uma outra vida é vivida segundo outros modelos de pensamento e de costumes. O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como consequência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural.
O conceito de cultura, assim, permite uma perspectiva mais consciente de nós mesmos. Precisamente diz que não há homens sem cultura, e permite comparar culturas e configurações culturais como entidades iguais, deixando de estabelecer hierarquias em que inevitavelmente existiriam sociedades “superiores e inferiores”.
 Cada sociedade humana conhecida é um espelho onde nossa própria existência se reflete.” (Roberto da Matta)
IV - O darwinismo social
Foi também nessa época que se desenvolveu a teoria de Charles Darwin sobre a evolução e adaptação das espécies. 
Darwin foi um naturalista britânico que alcançou destaque no meio acadêmico ao desenvolver a teoria da evolução da vida na Terra. Em seu livro publicado em 1859, A Origem das Espécies, ele introduziu a ideia de evolução a partir de um processo aleatório de seleção natural. Este princípio se tornaria a explicação científica dominante para a diversidade das espécies no mundo natural.
Nesta obra, em consonância com o espírito da época, Darwin defendeu a noção de variação gradual dos seres vivos graças ao acúmulo de modificações pequenas, sucessivas e favoráveis e não por modificações extraordinárias surgidas repentinamente. Nessa obra Darwin apresentou o núcleo da sua concepção evolutiva: a seleção natural ou a persistência do mais capaz; com o passar dos séculos, a seleção natural eliminaria as espécies antigas e produziria novas espécies.
Logo as teses de Darwin estavam sendo discutidas em todo o meio científico e o próprio liberalismo econômico adotou o pressuposto da competição. Ao defender a propriedade privada, o liberalismo postula que todo homem compete em igualdade no acesso à propriedade privada. Aquele que não a conquista, não o faz porque é vicioso ou preguiçoso. É claro que essa tese, presente em nossas mentes até hoje, interessava e interessa à manutenção do domínio da classe burguesa.  
Se o liberalismo apropriou-se do conceito de competição, de Charles Darwin, não foi o único. Logo surgiu o Darwinismo Social.
O filósofo inglês Herbert Spencer foi o principal representante dessa corrente nas ciências humanas. Ele especulava sobre a existência de regras evolucionistas na natureza antes de seu compatriota, o naturalista Charles Darwin, que foi o autor da teoria da evolução das espécies. É dele a expressão "sobrevivência do mais apto", muitas vezes atribuída a Darwin. Os princípios do darwinismo social foram construídos a partir da obra de Spencer.
Por outro lado, as sociedades foram divididas em raças superiores e inferiores, cabendo aos mais fortes dominar os mais fracos e, consequentemente, aos mais desenvolvidos levar o desenvolvimento aos não desenvolvidos. A civilização deveria ser levada a todos os homens. 
É claro que o Darwinismo Social serviu para justificar a ação imperialista das nações europeias.
Foi nesse cenário de constantes conflitos sociais, políticos, econômicos e religiosos, cenário marcado pela industrialização e pelo cientificismo, que nasceu a Sociologia. 
I- O Iluminismo: a base filosófica da criação do Estado burguês
Com o surgimento do Iluminismo, no século XVIII, a sociedade passa a ser cada vez mais abordada como uma problemática maior para os adeptos da "filosofia das luzes". A partir daí, estabelece-se importante discussão para a compreensão da vida em sociedade: a passagem do “estado de natureza” para o “contrato social”. 
Segundo Marilena Chauí, em Convite à Filosofia, o conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social na qual os indivíduos existem isoladamente. Duas foram as principais concepções do estado de natureza:
II - Os contratualistas
A concepção de Hobbes (no século XVII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. 
Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias, a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
Na concepção de Rousseau (no século XVIII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza hobbesiano da guerra de todos contra todos.
O estado de natureza de Hobbes e o estado de sociedade de Rousseau evidenciam uma percepção do social como luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o poder da força. Para fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder político e as leis. A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O contrato social funda a soberania.
Outro autor importante para a formação do pensamento burguês foi John Locke, pioneiro do pensamento político liberal.
Para esse autor, o Estado existe a partir do contrato social. Tem as funções que Hobbes lhe atribui, mas sua principal finalidade é garantir o direito natural da propriedade.
Dessa maneira, a burguesia se vê inteiramente legitimada perante a realeza e a nobreza e, mais do que isso, surge como superior a elas, uma vez que o burguês acredita que é proprietário graças ao seu próprio trabalho,enquanto reis e nobres são parasitas da sociedade.
O burguês não se reconhece apenas como superior social e moralmente aos nobres, mas também como superior aos pobres. De fato, se Deus fez todos os homens iguais, se a todos deu a missão de trabalhar e a todos concedeu o direito à propriedade privada, então, os pobres, isto é, os trabalhadores que não conseguem se tornar proprietários privados são culpados por sua condição inferior. São pobres, não são proprietários e são obrigados a trabalhar para outros seja porque são perdulários, gastando o salário em vez de acumulá-lo para adquirir propriedades, seja porque são preguiçosos e não trabalham o suficiente para conseguir uma propriedade.
III - As revoluções burguesas
Foi neste contexto que a Europa viu acontecer muitas e importantes mudanças no cenário político, econômico e social, como as Revoluções Francesa e Industrial. 
Essas revoluções formaram, assim, a base do Estado moderno. Por isso, o que se chama normalmente de revolução burguesa é o processo pelo qual o sistema capitalista passou a dominar a vida humana. Burguesia é a classe social surgida no mundo feudal da Idade Média europeia. Originalmente são os artesãos de diversos ofícios e os comerciantes que se concentram em locais que virão a serem as cidades medievais. A palavra burguês significa homem do burgo, isto é, da cidade medieval. Era, pois, uma classe citadina que se formava e que trazia um modo de produção diferente, baseado na exploração do trabalho como fonte de riqueza. 
É interessante observar que a palavra alemã Bürger, homem do burgo, da cidade, pode significar burguês ou cidadão. O Código Civil alemão (BGB), tão importante para os estudos jurídicos, significa livro de leis do cidadão.
A revolução burguesa é um processo europeu que se estendeu pelo mundo inteiro. Embora países como a Holanda e Portugal tenham vivenciado o capitalismo mercantil antes, Inglaterra e, depois, França mergulharam nessa sucessão de transformações sociais que marcaram a transformação radical da vida social humana.
III.1 - A Revolução Francesa
Esse movimento revolucionário é adotado como uma referência histórica da revolução burguesa que se processava pelo mundo ocidental. 
A França do final do século XVII vivia sob o regime da Monarquia Absolutista. Em 5 de maio de 1789 o rei Luís XVI inaugura os Estados Gerais, em Versailles (símbolo do poder real). 
Os três estados eram as representações dos estratos que compunham a sociedade, o primeiro deles a nobreza, o segundo, o clero e o terceiro o povo. Neste último estavam incluídos a burguesia urbana, os artesãos, os camponeses, todos, enfim, que não cabiam entre os outros dois estados. 
A burguesia era a classe social hegemônica no terceiro estado. 
O povo pobre de Paris era conhecido como os sans-culottes. Tinham este nome porque não usavam os culotes, calças até pouco abaixo dos joelhos, vestimenta característica dos pertencentes aos estratos mais abastados. Eram, antes de tudo, igualitários; mas não eram hostis à propriedade. Seu ideal era uma sociedade de pequenos produtores e de pequenos proprietários livres.
Em maio de 1789 o rei Luís XVI, pressionado pelas reivindicações da classe burguesa emergente e pelos sans-cullotes, convocou a Assembleia dos Estados Gerais, o Parlamento Francês, dominado pelo monarca absoluto, para discutir a grave crise econômica que se instalara.
Nessa assembleia, a burguesia e os sans-cullotes decidiram romper com o Rei. Em episódio conhecido, invadiram a prisão política da Bastilha que simbolizava o poder do Estado, 
O Rei foi preso e condenado à morte, pondo fim ao Antigo Regime. A Revolução Francesa e os processos sociais ligados a ela permitiram que a humanidade olhasse a sociedade como objeto da ciência.
III.2 Revolução Industrial e o Neocolonialismo
O século XIX foi marcado pela Revolução Industrial e pelo Neocolonialismo, cujas consequências se projetaram para os séculos XX e XXI.
No plano político e econômico o termo  revolução é usado para expressar um movimento de transformação que, na visão dos seus protagonistas, traz transformações significativas, positivas e benéficas para a sociedade. 
De fato, as revoluções trazem grandes transformações e com a revolução industrial não poderia ter sido diferente. Tais transformações já se fizeram presentes na transição do feudalismo para o capitalismo.
O desenvolvimento industrial se fez acompanhar pelo desenvolvimento científico, que por sua vez impulsionou ainda mais a indústria em função de descobertas e invenções. Nos centros urbanos europeus respirava-se desenvolvimento e acreditava-se que a tecnologia e a máquina resolveriam todos os problemas do homem. A indústria cresceu e com esse crescimento vieram as crises de produção porque a superprodução não era acompanhada pelo consumo. A solução para a crise de consumo foi encontrada no neocolonialismo ou imperialismo do século XIX.
Diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, o neocolonialismo representou nova etapa do capitalismo, do momento em que as nações europeias saíram em busca de matérias-primas para sustentar as indústrias, de mercados consumidores para os produtos europeus e de mão-de-obra barata. Esse colonialismo se direcionou para a África e a Ásia, que foi partilhada entre as nações europeias. 
A América escapou desse colonialismo porque se tornara independente pouco antes. Porém, se não foi dominada politicamente pela Europa e pelos EUA, o foi economicamente, pois dependia dos banqueiros e do capital industrial europeu. Naquela época, por exemplo, grupos franceses e ingleses iniciaram  a exploração da borracha na região amazônica porque era mais barato produzir aqui e exportar para a Europa e para os EUA: afinal, aqui se encontrava a matéria-prima, a mão-de-obra barata e o favorecimento governamental.
A África e a Ásia foram o cenário onde atuou uma infinidade de cientistas e religiosos que assumiram o fardo do homem branco. Na Índia, por exemplo, qualquer membro da raça branca era tido como membro da classe dos amos e senhores, respeitado e reverenciado. Situações semelhantes fizeram o fundador da República do Quênia, na segunda metade do século XX, referir-se assim à dominação imperialista: "Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a Bíblia; depois eles nos ensinaram a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a Bíblia e eles as terras". 
Todas as tentativas de reação por parte das nações dominadas pelos impérios europeus foram enfrentadas com o uso das armas por parte das nações europeias.  
Nem a China ficou de fora da corrida imperialista: foi dominada economicamente e teve territórios ocupados pelos japoneses.
Foi neste cenário de expansão imperialista que surgem inéditas tentativas de explicação da realidade social. A primeira delas, como veremos a seguir, foi o chamado darwinismo social.
A sociologia cientifica de Émile Durkheim 
Sociólogo francês, natural de Épinal (1858 – 1917) herdeiro do positivismo. Partindo da afirmação de que o fato social é o objeto da Sociologia, desenvolveu diversos conceitos que mostram a influência do social sobre o indivíduo. Através da célebre frase “a sociedade é nosso cárcere, se dela nós não nos sentimos prisioneiros é porque a ela nos conformamos” evidencia-se toda sua vocação coletivista.
Para Durkheim, é preciso delinear com clareza os fatos que podem e devem ser objeto de estudo da Sociologia. Eles não se confundem com fenômenos orgânicos, pois consistem em representações e ações coletivas; nem com os fenômenos psíquicos que tem por substrato o indivíduo.
O processo de socialização
O crescimento de um indivíduo é acompanhado de outro processo simultâneo, a socialização, sem a qual ele não se integraria à sociedade. Por socialização se entende “os processos pelos quais os seres humanos são induzidos a adotar os padrões de comportamento, normas, regras e valores do seu mundo social”. Começam na infância e prosseguem ao longo da vida. A socialização é um processo de aprendizagem que se apoia, em parte, noensino explícito e, também em parte, na aprendizagem latente – ou seja, na absorção inadvertida de formas consideradas evidentes de relacionamento com os outros.. 
Em “As regras do método sociológico” Durkheim afirmará que "...a educação tem justamente por objeto formar o ser social... A pressão de todos os instantes que sofre a criança é a própria pressão do meio social tendendo moldá-la à sua imagem, pressão de que tanto os pais quanto os mestres não são senão representantes e intermediários." Émile Durkheim em “As regras do método sociológico”. 
Mais uma vez esta frase pode sugerir a existência de uma entidade sociológica superior quando diz que os responsáveis pelos processos de socialização, os pais e mestres, são meros intermediários. Mas Durkheim está querendo dizer que eles também não inventaram as instituições sociais, que eles também foram formados sob a sua influência e que agora estão repassando este conhecimento, este conteúdo social.
Que é Fato Social? Qual a importância de se definir um fato social? 
Em primeiro lugar Durkheim procura demonstrar que existe toda uma ordem de fenômenos que devem ser explicado através do que ele denomina "fato social". É porque estes tais "fatos sociais" existem que a Sociologia existe. Do contrário poderíamos explicar a ação humana e a ordem social através de outras disciplinas. 
O que seriam, então, estes "fatos sociais"? 
"É fato social toda maneira de agir, fixa ou não , suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter." 
A primeira observação importante é que a Sociologia deve explicar apenas os fatos sociais e não todo e qualquer fenômeno que tenha "algum interesse social". Assim Durkheim enumerará fatos de importância social mas que não fazem parte da província explicativa sociológica, como comer, dormir e beber, enquanto atos fisiológicos, isto é, a necessidade de comer, beber e dormir para manter-se vivo.
A educação é um componente primordial para entendermos os fatos sociais. Pois é principalmente através da educação que os fatos sociais, que são externos e coercitivos, se impõem a nós.
Nas palavras de Durkheim, “quando nascemos nos deparamos com uma infinidade de instituições que nós não criamos, por exemplo, "os sistemas de sinais de que sirvo para exprimir meus pensamentos, o sistema de moedas que emprego para pagar as dívidas, os instrumentos de crédito..., as práticas seguidas na profissão. Estamos, pois, diante de maneiras de agir, de pensar e de sentir que apresentam a propriedade marcante de existir fora das consciências individuais."(As regras do método sociológico) 
Mais uma vez, a consciência individual é aquela que é apenas do indivíduo tomado isoladamente e o fato dele, já ao nascer, se encontrar emergido nesta profusão de instituições previamente existentes faz com que a sua consciência se torne social.
Regras relativas à distinção entre o normal e o patológico
Para Durkheim a sociedade, como todo organismo vivo, apresenta estados normais e patológicos (saudáveis e doentes). Émile Durkheim desenvolveu a ideia do caráter normal e patológico dos fatos sociais. 
Como ele define o que é fenômeno normal? 
 Os fenômenos sociológicos são definidos como normais pela:
Sua generalidade (comum aos membros de uma sociedade) na “espécie” social a que pertencem (“são normais suas formas que se repetem em todos os casos observados”).
Sua correspondência às condições de vida social (pois existem fenômenos que persistem em toda a extensão da espécie, embora não correspondam mais as exigências da situação).
Quando se encontra generalizado pela sociedade; é unânime, é consenso social e é vontade coletiva.
Quando desempenha alguma função importante para a adaptação ou evolução da sociedade, isto é, é útil à saúde da sociedade. 
Assim, é normal o fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de determinada sociedade que refletem as condutas mais aceitas pela maior parte da população.
Diante disso, afirma que uma instituição, uma prática costumeira, uma conduta, uma regra moral, serão considerados normais ou patológicas conforme se aproximam ou se afastem, respectivamente, do tipo “médio” da sociedade.
Desta forma, a distinção entre normal e patológico passa pela fuga do mediano. O que é normal varia de sociedade para sociedade.
Como ele define o que é fenômeno patológico? 
Os fenômenos considerados patológicos variam na proporção inversa daqueles considerados normais. Assim patológicos são aqueles fenômenos que se encontram fora dos limites permitidos pela ordem social e moral vigente. Eles são transitórios e excepcionais assim como as doenças.
O crime como fato social normal
“... os atos qualificados de crime não são os mesmos em toda a parte; mas sempre e em todo lugar existiram homens que se conduziram de maneira a chamar sobre si a repressão penal.” Frequentemente consideramos o crime como um fenômeno sociológico patológico da sociedade. 
Para Durkheim ele deve ser avaliado como um fato social normal nas espécies sociais:
É encontrado em todas as sociedades de todos os tipos (ou seja, em qualquer sociedade sempre há uma forma de criminalidade) e em todos os tempos; 
O crime pode ser entendido como necessário (útil) para uma sociedade, pois se a consciência coletiva (moral) fosse excessiva, se cristalizaria e a consciência individual inovadora não se manifestaria. Desse modo, onde o crime existe é porque os sentimentos coletivos estão no estado de maleabilidade necessária para tomar nova forma.
Representa um fato social que integra as pessoas em torno de uma conduta valorativa, que pune o comportamento considerado nocivo, que fere a consciência coletiva.
O crime é normal porque seria inteiramente impossível uma sociedade que se mostrasse isenta dele.
“...é impossível que a consciência moral da sociedade seja encontrada por inteiro em todos os indivíduos e com suficiente vitalidade para impedir qualquer ato que a ofendesse, fosse esta falta puramente moral ou propriamente um crime.”
 Quando os sentimentos coletivos são fortemente atingidos, algumas ofensas passam de faltas morais para delitos e crimes.
É por essa lógica que ele irá avaliar o castigo imposto, não como forma de acabar com o crime, mas sim para mantê-lo na taxa social “média”.
Coesão, solidariedade social e consciência coletiva 
A “solidariedade social”, para Durkheim, é formada pelos laços que ligam os indivíduos, membros de uma sociedade, uns aos outros formando a coesão social.
Há dois tipos diferentes de solidariedade social. Esses tipos têm relação com o “espaço” ocupado na mentalidade dos membros da sociedade pela consciência coletiva e pela consciência individual. 
A consciência coletiva é representada pelo “conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade que forma um sistema determinado que tem vida própria”. São as crenças, os costumes, as ideias que todos que vivem em um mesmo grupo e compartilham uns com os outros.
A consciência individual é aquilo que é próprio do indivíduo, que o faz diferente dos demais. São crenças, hábitos, pensamentos, vontades que não são compartilhados pela coletividade, mas que são especificamente individuais.
Evolução das sociedades e das formas de solidariedade entre os homens
Para Durkheim a substância (conteúdo, cimento, matéria, base) da sociedade é a solidariedade (relações de harmonia, consenso, integração social, articulação funcional de todos elementos da realidade social).
Solidariedade mecânica: era aquela que predominava nas sociedades pré-capitalistas, onde os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos costumes; permanecendo em geral independentes e autônomos em relação a divisão trabalho social (a consciência coletiva exerce todo seu poder de coerção sobre o indivíduo).
Solidariedade orgânica: é aquela típicadas sociedades capitalistas; onde, pela acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos se tornam interdependentes. (Nas sociedades capitalistas a consciência coletiva se afrouxa).
Solidariedade orgânica: é aquela típica das sociedades capitalistas; onde, pela acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos se tornam interdependentes. (Nas sociedades capitalistas a consciência coletiva se afrouxa).
Os indicadores dos tipos de solidariedade:
Segundo Quintaneiro et al (Um toque de clássicos. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2009), Durkheim utiliza-se da predominância de certas normas do Direito como indicador da presença de um ou do outro tipo de solidariedade, já que esta, por ser um fenômeno moral, não pode ser diretamente observada. Não obstante se sustente nos costumes difusos, o Direito é uma forma estável e precisa; e serve, portanto, de fator externo e objetivo que simboliza os elementos mais essenciais da solidariedade social. Por outro lado, as sanções que são aplicadas aos preceitos do Direito mudam de acordo com a gravidade destes, sendo assim possível estudar suas variações. 
O papel do Direito seria, nas sociedades complexas, análogo ao do sistema nervoso: regular as funções do corpo. Por isso expressa também o grau de concentração da sociedade devido à divisão do trabalho social, tanto quanto o sistema nervoso exprime o estado de concentração do organismo gerado pela divisão do trabalho fisiológico, isto é, sua complexidade e desenvolvimento. Enquanto as sanções impostas pelo costume são difusas, as que se impõem através do Direito são organizadas. A maior ou menor presença de regras repressivas pode ser atestada através da fração ocupada pelo Direito Penal ou Repressivo no sistema jurídico da sociedade.
A partir dessas constatações, Durkheim classifica o Direito em duas classes:
Direito repressivo - no qual as sanções infligem ao culpado uma dor, uma diminuição, uma privação. 
Direito restitutivo - que faz com que as coisas e relações perturbadas sejam restabelecidas à sua situação anterior, levando o culpado a reparar o dano causado. 
A sociologia compreensiva de Max Weber
O sociólogo Max Weber parte do princípio de que a sociedade não é apenas algo exterior aos indivíduos. Ao contrário ela seria o resultado de uma imensa rede de relações entre os seus membros. Para analisar esta rede de interações não basta observá-la de modo distante, é necessário se aproximar, interagir e a partir daí assimilar os diferentes tipos de racionalidade que motivam as relações sociais existentes. 
Para ele era necessário a compreensão do sentido subjetivo das ações dos indivíduos que se relacionam com os demais membros da sociedade ou grupo que é a base da sociologia weberiana. Neste sentido, para Weber a sociologia seria uma ciência compreensiva. Neste aspecto, ele se diferencia dos outros autores clássicos aqui estudados. 
Ao contrário de Durkheim, Weber não se preocupa com a coercitividade dos fatos sociais sobre o indivíduo, mas sim em perceber que as normas sociais se tornam concretas quando se apresentam como motivação que impulsiona o indivíduo a agir no meio social.
Diferentemente de Marx, Weber se preocupava com a intervenção política do cientista social com vistas à transformação da sociedade. Para ele, o cientista social deveria agir intelectualmente de acordo com as exigências científicas, diferentes, das exigências do exercício da ação política.
Como nos é mostrado no capítulo 5 do Livro Didático de Ciências Sociais (pgs 125-126), “intervir na realidade era tarefa de políticos; cientistas deveriam permanecer neutros tanto quanto fosse possível, contribuindo apenas para a melhor compreensão dos fenômenos sociais. Não caberia ao cientista social dizer se o socialismo era superior ao capitalismo, ou vice-versa. A Sociologia não poderia responder à questão de qual seria a melhor causa a defender, ou o melhor partido. Tudo o que a Sociologia poderia oferecer era a compreensão mais detalhada e abrangente das causas em disputa, dos partidos em concorrência e da arena social na qual estes conflitos se desenrolam”. 
Ação social
É a conduta humana dotada de um significado atribuído pelo agente (o indivíduo que a pratica) e tem relação com a conduta de outros indivíduos. Para Weber, o objetivo da Sociologia é compreender os sentidos (significado) das ações sociais. 
Assim, muitas vezes a omissão do agente em uma situação social terá um significado que deve ser buscado para se entender a motivação que guiou o indivíduo. Por exemplo, se você presencia um delito e não toma uma atitude, essa omissão vai ter um significado específico dentro daquela situação.  
Por exemplo, se vemos uma multidão tentando linchar uma pessoa, podemos tentar convencer as pessoas de que estão agindo errado, podemos chamar a Polícia para tentar contê-las; ou mesmo não fazermos nada, seja por medo de represália, ou por julgar que a vítima merece tal castigo. Em qualquer das hipóteses, estamos praticando uma ação social, na perspectiva weberiana.
Os quatro tipos de ação social
A partir da percepção do valor que cada indivíduo atribui à sua ação, Weber construiu uma tipologia das ações sociais, classificando-as em quatro tipos, a saber:
Ação Racional com relação a fins – motivada por fins objetivos, ou seja, para atingir seus fins, o indivíduo planeja e executa seus planos utilizando-se dos meios que considera mais adequados para atingir seus objetivos. A racionalidade econômica capitalista é exemplo desse tipo de ação. Nesta perspectiva, para Weber, o individualismo e a racionalização de condutas são elementos centrais da modernidade. 
Ação Racional com relação a valores – motivada por crenças em valores morais, religiosos, políticos etc. Neste tipo de ação o que importa para o indivíduo é seguir os princípios que mais lhe são caros, não importando o resultado de sua conduta, o que lhes impele é a lealdade aos valores que orientam sua conduta. É o caso dos agentes que abrem mão de vantagens financeiras em função da preservação ambiental, por exemplo.
Ação Afetiva - guiada por uma conduta emocional. Sentimentos como raiva, ódio, paixão, desejo, ciúme orientam sua conduta. Muitas vezes, o resultado dessas ações não é o esperado pelo agente, em virtude da irracionalidade de seu ato. Os crimes passionais são exemplos típicos deste tipo de ação social.
Ação Tradicional - guiada pela tradição, costumes arraigados que fazem com que os indivíduos ajam em função deles. É uma espécie de reação a estímulos habituais. Exemplo disso é o hábito de saudarmos as pessoas com expressões como “bom dia”, “boa noite”, “fique com Deus”, independentemente de termos grande afinidade com elas ou mesmo alguma fé. Para Weber é difícil perceber até que ponto o agente age conscientemente ao empreender este tipo de ação.
Relação social – se estabelece quando os agentes partilham o sentido de suas ações e agem reciprocamente de acordo com certas expectativas que possuem do outro. Como mostram Quintaneiro et al, em Um Toque de Clássicos (Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2009), são exemplos de relações sociais a amizade, relações de hostilidade, trocas comerciais, relações políticas etc. Segundo as autoras, “tanto mais racionais sejam as relações sociais, mais facilmente poderão ser expressas sob a forma de normas, seja por meio de um contrato ou de um acordo, como no caso das relações de conteúdo econômico ou jurídico, da regulamentação das ações de governo, de sócios etc.”.
O conceito de tipo ideal
Para Weber, os tipos ideais ou tipos puros, seriam instrumentos ou conceitos criados pelo cientista social, para análise da sociedade por meio de um princípio de comparação. Todo conceito seleciona alguns aspectos da realidade infinita, enquanto exclui outros.
Tipos de dominação legítima 
A dominação deve ser entendida, segundo Weber, como uma probabilidade de mando e de legitimidade deste. A crença é condição fundamental para que a relação entre aquele que manda (domina) e aquele que obedece (dominado) se realize. Portanto,não é toda e qualquer relação de poder que é legitimada, é preciso que aquele que obedece acredite voluntariamente naquele que tem poder de mando. O poder é sempre uma probabilidade, pois depende de outro para ser exercido.
Ele fornece o exemplo da relação de poder entre senhor e escravo que é carente de uma relação voluntária, não havendo, portanto, legitimidade e sim obrigação; a consequência é que na primeira oportunidade os indivíduos fogem desta relação, abandonam seus senhores.
Weber define três tipos puros de dominação como: racional-legal ou burocrática, dominação tradicional e a carismática. 
	 A dominação racional-legal ou burocrática é exercida dentro de um quadro administrativo composto de regras e leis escritas que devem ser seguidas por todos, não havendo privilégios pessoais. Ela é apoiada na crença de uma “legitimidade de ordens estatuídas e nos direitos de mando dos chamados a exercer autoridade legal”. Esta é baseada em relações impessoais e os funcionários são incorporados ao quadro administrativo através de um contrato, não por suas características pessoais mas por sua competência técnica. Eles são livres, sendo que suas obrigações se limitam aos deveres e objetivos de seus cargos que estão dispostos dentro de uma hierarquia administrativa e suas competências são rigorosamente fixadas. 
Realizam seu trabalho e em troca recebem um salário fixo e regular que varia conforme a responsabilidade do cargo, que é exercido em forma exclusiva ou como principal ocupação. Há possibilidade de fazer carreira, podendo subir na hierarquia da profissão através do tempo de serviço, por competência ou ambos. Importante ressaltar que os funcionários trabalham em seus cargos sem a apropriação dos mesmos. A dominação burocrática é puramente técnica, com o objetivo de atingir o mais alto grau de eficiência e nesse sentido é, formalmente, o mais racional conhecido meio de exercer a dominação sobre os seres humanos.
A dominação tradicional repousa na crença das tradições, costumes que existem desde de outros tempos. É a legitimidade na crença dos indivíduos nas ordens e poderes senhoriais tradicionais. A autoridade é exercida e legitimada pela tradição e por normas escritas. O quadro administrativo, neste caso, pode ser recrutado não pela competência técnica mas por vínculos pessoais e laços de fidelidade. As tarefas não estão claramente definidas, como na dominação racional, e os privilégios e deveres encontram-se sujeitos a modificações de acordo com a vontade do governante.
Há outros tipos de dominação tradicional que são: o patriarcalismo, onde o poder é exercido segundo regras fixas de sucessão; e o patrimonialismo ou gerontocracia, que é autoridade exercida pelos mais velhos, em idade, sendo os melhores conhecedores da tradição sagrada. Em um corpo administrativo encontramos o patrimonialismo quando os funcionários ligam-se ao chefe por laços de fidelidade pessoais.
Segundo Roberto da Matta, em O que faz o Brasil, Brasil? (Rio de Janeiro, Ed. Sala, 1984), “o dilema brasileiro residiria na oscilação, ou seja, no que existe de limiar, entre “um esqueleto nacional feito de leis universais cujo sujeito era o indivíduo, e situações onde cada qual se salvava e se despachava como podia, utilizando para isso seu sistema de relações pessoais”. Nesse sentido, o brasileiro oscilava entre uma série de leis que, teoricamente, todos os indivíduos da sociedade deveriam cumprir, e uma série de expedientes passiveis de serem utilizados para burlas estas normas com bases em uma rede de contatos pessoais facilitados pelo nosso próprio sistema burocrático e hierárquico. Deste conflito nasceriam situações que todos nós estamos acostumados a vivenciar, como o jeitinho, que sempre está ao nosso alcance (pra tudo tem um jeito), e o famoso “você sabe com quem está falando?”.
A dominação carismática pode ser caracterizada pelo seu caráter de tipo extraordinário e irracional. Weber define carisma como uma qualidade pessoal considerada extraordinária, atribuída a um indivíduo que possui poderes ou qualidades sobrenaturais. Esses indivíduos são enviados por Deus para o cumprimento de uma “missão”. Portanto, este indivíduo é reconhecido como um líder por seus seguidores e assim a autoridade carismática é legitimada. Os carismáticos, geralmente são profetas religiosos, políticos, demagogos; apresentam, na maioria das vezes, provas de seu poder, fazendo milagres ou revelações divinas. 
Entretanto Weber aponta para possibilidade de uma existência permanente de um líder carismático, tal fenômeno foi chamado de rotinização do carisma. Para que isso ocorra são necessárias mudanças profundas, pois implicam a transformação da autoridade carismática em tradicional ou legal. Sendo assim as atividades do corpo administrativo passam a ser exercidas de forma regular seja através da constituição de normas tradicionais seja por promulgação de regras legais. Haverá um problema a ser resolvido que é o da sucessão, pois não será eleito, geralmente o líder carismático escolhe entre aqueles de sua confiança ou então por hereditariedade.

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