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16 02 07 12 PODER CONSTITUINTE

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Data: 02.07.2012 
 
 
 
 
 
 
 
I. Poder Constituinte (Continuação): 
 
1.Emenda Constitucional: 
1.1.Proposta da Emenda: 
 
1.1.1.Iniciativa da PEC: é mais restrita do que a para propositura de leis.Ao menos 
-1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou 1/3 dos membros do Senado Federal; 
-Presidente da República (somente na iniciativa que pode participar); 
-Mais de 50% das Assembléias legislativas (ex: pelo menos 14 Assembléias- por maioria relativa 
– maisd de 50% dos presentes dos membros de cada uma delas). 
1.1.2. Discussão e votação: 
-Câmara ou Senado (conforme a iniciativa) 
Uma casa será a que terá a iniciativa e a outra será a revisora. 
1.1.3. Quorum de aprovação: 3/5 do CN (§2º art.60, CF); 
1.14. Promulgação (§3º, art.60 da CF): 
Uma ou outra casa- Câmara ou Senado. 
1.1.5.Publicação: responsável é o Congresso Nacional. 
1.1.6. Espécies de Limitação (§5º, art.60 da CF): 
a.Formal: -Matéria constante de proposta de emenda rejeitada 
Período legislativo- 02.02 a 17.07 
Período Legislativo: 1º de agosto a 22 de dezembro 
Apesar de ser considerada pela maioria da doutrina, como uma limitação formal. O 
Ministro Dias Toffoli em voto proferido, classificou esta limitação como temporal. 
b.Material: Cláusulas Pétreas (§4º do art.60 da CF). 
b.1.Finalidades das Cláusulas Pétreas: 
a) Preservar a identidade material da CF; 
b) Proteger institutos e valores essenciais; 
c) Assegurar a continuidade do processo democrático; 
Poder Constituinte 
 
 
 
 
 
INTENSIVO I
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
INTENSIVO I 
Disciplina: Direito Constitucional 
Profª. Marcelo Novelino 
1.1.6.1.Teorias que tentam justificar porque a Constituição pode impedir que a maioria 
delibere livremente sobre determinados temas (Cláusulas Pétreas): 
1)Teoria do pré-comprometimento (John Elster): as constituições democráticas são 
mecanismos de auto-vinculação (pré-comprometimento) adotados pela soberania popular para se 
proteger de suas próprias paixões e fraquezas. Logo, o objetivo das CP seria proteger metas a 
longo prazo, para evitar que o imediatismo da maioria ávidas por seus direitos possa passar por 
cima de tais metas a longo prazo. 
Ele menciona a odisséia de Homero comparando as viagens de Ulisses, pois a vontade 
dele deve prevalecer sobre a vontade dele no momento de encontro das sereias (tentação 
momentânea). O mesmo deve ocorrer com relação a existência de Cláusulas Pétreas que devem 
prevalecer sobre necessidades momentâneas da sociedade. 
Em uma obra mais recente, cujo nome é “Ulisses unbound”- Ulisses desacorrentado, o 
autor passou a adotar o entendimento de que a maioria não estaria se acorrentando para se 
proteger de suas fraquezas, mas sim estaria acorrentando a minoria para evitar que seus valores 
essenciais sejam alterados no futuro. 
2) Teoria da Democracia Dualista (Bruce Ackerman): 
Ele faz uma distinção entre a política ordinária e a política extraordinária , por isso 
democracia dualista. 
A política ordinária são as deliberações tomadas pelos órgãos de representação 
popular.Ex: leis ordinárias, leis complementares, MP, etc. 
A política extraordinária são as decisões tomadas pelo povo, em momentos de grande 
mobilização cívica. 
1.1.6.2.Análise do §4º do art.60 da CF: 
§ 4º - Não será objeto de deliberação a 
proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e 
periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
-Proposta tendente a abolir Cláusula Pétrea: deve ser interpretada no sentido de proteger o 
núcleo essencial de dados institutos ou princípios elencados no dispositivo.E não como uma 
intangibilidade literal. 
-CESPE/STF voto Sepúlveda Pertence: A forma federativa de Estado é princípio intangível 
desde de nossa primeira Constituição Republicana de 1891.É uma afirmativa constante desta 
banca. 
-Voto direto secreto, universal e periódico: 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
Voto obrigatório: não é Cláusula Pétrea conforme a maioria dos doutrinadores. 
Voto secreto: o que é secreto não é o voto, mas o escrutínio, assim há uma imprecisão do 
legislador. Escrutínio é o modo como o direito de sufrágio se realiza. Logo, é ele que é secreto. 
Universal: é o direito de sufrágio e não o voto. Sufrágio seria o direito de participação, a 
essência do direito político. 
-Direitos e garantias individuais: parte da doutrina (como Ingo Sarlet) considera que as 
cláusulas pétreas abrange não apenas os direitos e garantias individuais, mas todos os direitos 
fundamentais (ou pelo menos, uma boa parte deles). 
Segundo o entendimento que vem sendo cobrado pelo CESPE, nem todos os direitos e 
garantias fundamentais foram incluídos no rol das Cláusulas Pétreas. Isso porque não temos na 
Jurisprudência do STF nenhuma consolidação neste sentido (de inclusão de todos os direitos 
fundamentais como Cláusulas Pétreas. 
Outrossim, é consolidado o entendimento de que os direitos e garantias individuais não 
se restringem ao art.5º da CF.O próprio STF já disse isso, como por exemplo, ao incluir o art.16 
(Princípio da Anterioridade eleitoral) como garantia fundamental na ADI nº 3685/DF. 
O princípio da anterioridade eleitoral foi considerado Cláusula Pétrea por ser uma 
garantia individual do cidadão eleitor. Portanto, dele ser observado não apenas por leis ordinárias 
e leis complementares, mas também por emendas a Constituição. 
Outro exemplo é o Principio tributário da anterioridade (ADI nº 939/ que tinha como 
objeto a IPMF- esse imposto provisório de Movimentações financeiras criado por EC nº ) do 
art.150, inc. III, alínea d) da CF foi considerado uma garantia individual do cidadão contribuinte 
e por isso Cláusula Pétrea. 
O STF também considerou como Cláusula Pétrea, decorrente da forma federativa de 
Estado, o Princípio da imunidade tributária recíproca (art.150, VI, alínea a) da CF). 
 
1.1.6.3.Cláusulas Pétreas implícitas: 
 
a.Art.60 da CF: Entre os autores que assim o consideram estão José Afonso da Silva e Paulo 
Bonavides; 
Isso porque ele consagra as limitações circunstanciais, temporais, formais e materiais, ou 
seja, são limitações impostas pelo Poder Constituinte Originário ao Poder Constituinte 
Reformador. 
Este entendimento é incompatível com a tese da dupla revisão, teoria segundo a qual, 
seria possível afastar uma limitação e em seguida, alterar o conteúdo originariamente protegido. 
Apesar da Constituição não consagrar expressamente o Sistema Presidencialista e a 
forma Republicana de governo como Cláusulas Pétreas, há quem entenda (Ivo Dantas) que a 
realização do plebiscito teria sido uma espécie de transferência por parte do constituinte e em 
favor do povo, da decisão soberana sobre os dois assuntos. 
Atualmente, uma alteração não seria possível, por ser incompatível com a Separação dos 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com
 tatianaconcursos@hotmail.com
 
Poderes que é Cláusula Pétrea. 
Geralmente perguntam se a Constituição consagra expressamente a Forma republicana e 
o sistema presidencialista como Cláusulas Pétreas, a resposta é negativa. 
Os direitos adquiridos, não são oponíveis ao Poder Constituinte originário. É pacífico, ou 
praticamente pacífico na doutrina e a jurisprudência do STF é consolidado neste sentido. 
Há grande controvérsia com relação a possibilidadede uma Emenda Constitucional se 
contrapor ao um direito adquirido. 
Quanto a isso, o STF, por maioria, nas ADI 3133 e ADI 3143 e ADI 3184 (Min. Cezar 
Peluso e o Min. Celso de Melo foram explícitos), entendeu que os direitos adquiridos devem ser 
respeitados, não apenas pelas leis ordinárias e complementares, mas também por emendas a 
Constituição. Assim, nenhuma lei em sentido amplo pode violar direitos adquiridos. 
 
II. Normas Constitucionais: 
2.1. Normas Constitucionais no Tempo: 
1. Teoria da Desconstitucionalização: 
 A tese explorada por Esmein na linha teorica de Carl Schmitt sustenta que 
quando surge uma nova constituição, ocorrem dois fenômenos distintos. A parte da constituição 
anterior cujo conteúdo decorreu de uma decisão política fundamental (ou seja, a Constituição 
propriamente dita) é revogada. As demais normas que constavam do texto constitucional 
anterior, mas que não eram decorrentes de uma decisão política fundamental (leis 
constitucionais) serão recepcionadas pela nova constituição como leis infraconstitucionais, se seu 
conteúdo for compatível com o dela. 
Por exemplo, o dispositivo constante do art.242,§2º da Constituição, segundo esta 
teoria, por ter a natureza de lei constitucional, se tiver o conteúdo compatível com a nova 
Constituição, ao ser recepcionada o será como lei ordinária, logo, haveria uma 
desconstitucionalização deste dispositivo. 
Esta teoria não é aceita pela grande maioria da doutrina brasileira. Prevalece na doutrina 
que no surgimento de uma nova constituição, a anterior será inteiramente revogada. 
2 Recepção: quando do surgimento de uma nova Constituição, as normas 
infraconstitucionais anteriores, se submetem a duas situações distintas. Se forem 
materialmente compatíveis com a nova constituição serão recepcionadas; se não forem 
materialmente compatíveis não serão recepcionadas (Não-recepção). 
A incompatibilidade formal superveniente, em regra, não impedem a recepção, mas faz 
com que a norma adquira uma nova roupagem, um novo status. 
Por exemplo, a lei de imprensa, elaborada antes da atual constituição, foi considerada 
pelo STF como não compatível com a CF de 1988 e por isso não sendo recepcionada. 
A materialmente compatível é recepcionada, a materialmente incompatível não é 
recepcionada. 
O CTN em sua origem era uma lei ordinária, mas com o advento da CF 88, o constituinte 
 
 
Material elaborado por Tatiana Melo
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dispôs que a matéria teria que ser tratada por lei complementar. Assim, O CTN, por ser 
materialmente compatível, foi recepcionado com o status de lei complementar, portanto, agora 
somente poderá ser revogada por meio de nova Lei complementar. 
Exceção: A incompatibilidade formal irá impedir a recepção quando a competência para 
tratar da matéria for transferida de um ente menor para um ente maior. O contrário, não 
impedirá. 
3. Constitucionalidade superveniente: 
De acordo com a Constitucionalidade superveniente, uma lei originariamente 
inconstitucional, pode ter seu vício sanado por uma Emenda ou por uma nova Constituição. 
Esta teoria, no entanto, não é admitida pelo STF que adota o entendimento de que as 
leis inconstitucionais são atos nulos e que, portanto, seu vício de origem não pode ser sanado 
(ADI n 
4. Efeito Repristinatório Tácito ou repristinação tácita: este fenômeno ocorre quando uma 
lei anteriormente revogada, volta a ter vigência novamente em razão da inconstitucionalidade da 
lei que a revogou. 
 A Lei nº 9.868/99 no art.11 trata da ADI e no §2º trata da medida cautelar na 
ADI.Assim, o STF que concede a MC suspende a lei objeto da ADI, a lei anterior revogada, pela lei 
com a eficácia suspensa, automaticamente restaurará sua vigência, salvo se houver 
manifestação em sentido contrário na cautelar. 
Numa ADI onde o STF profere uma decisão de mérito com efeitos “ex tunc” (retroativo) e 
vinculante, considerando a lei B que revogou a lei A por ter sido considerada inconstitucional 
(vício de origem), a lei não poderia ter legitimidade para revogar a lei A, assim é como se nunca 
tivesse existido, passando a considerar a Lei A em vigor. 
5.Mutação Constitucional: 
 São processos informais de alteração da Constituição, sem modificação em seu 
texto.Nela o conteúdo é alterado, mas o texto não sobre qualquer modificação. 
A primeira maneira de modificar informalmente a constituição é através da interpretação. 
Outra maneira é através de uma modificação dos costumes constitucionais.Ela é mais 
comum na Common Law. 
Por exemplo, temos o HC 82959, nele discutiu-se a constitucionalidade da vedação de 
progressão de regime para os apenados por crimes hediondos, havendo uma interpretação do 
Princípio da individualização de pena. 
Limites para que ela seja considerada legítima: 
 
a) deve ser compatível com o texto normativo; 
b) não pode contrariar princípios estruturais; 
O art.52, inc.X da CF que dispõe sobre a suspensão de lei declarada inconstitucional pelo STF, o 
Min. Eros Grau e MIn. Gilmar Mendes queria propor uma mutação interpretando o dispositivo por 
considerar que a competência do Senado se limitaria a (REC 4335/AC) 
 
 
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