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Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
DESCRIÇÃO DO MÓDULO
Objetivo Fornecer os conhecimentos fundamentais e principais equipamentos doprocesso de lingotamento continuo. Ao final deste módulo você deverá estar dotadode conhecimento dos fundamentos do processo Desta área da Aciaria.
Etapas de Aprendizagem....................................................................Páginas1 – Introdução..................................................................................... 022 – História do LC................................................................................ 033 – Física Básica................................................................................. 054 – Composição Química.................................................................... 085 – Tipos de Máquinas........................................................................ 136 – Produtos........................................................................................ 157 – Fluxo do Processo......................................................................... 168 – Componentes................................................................................ 179 – Panelas de Aço............................................................................. 1810 – Válvula Gaveta............................................................................ 2011 – Reoxidação.................................................................................. 2212 – Suporte de Panelas..................................................................... 2413 – Distribuidores.............................................................................. 2614 – Controle de Fluxo Distribuidor – Moldes .................................... 2815 – Proteção de Jato......................................................................... 3216 – Suporte de Distribuidores............................................................ 33
ÍNDICE
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
16 – Suporte de Distribuidores............................................................ 3317 – Aquecedor de Distribuidores........................................................ 3418 – Resfriamento Primário................................................................. 3519 – Resfriamento Secundário............................................................ 4020 – Agitador Eletromagnético............................................................. 4421 – Controle de Solidificação.............................................................. 4822 – Guiamento do Raio...................................................................... 5023 – Extração e Desempeno................................................................ 5324 – Barra Falsa................................................................................... 5525 – Controle Automático de Nível....................................................... 5826 – Mesa Intermediária....................................................................... 6127 – Pinch Roll..................................................................................... 6228 – Unidades de Corte........................................................................ 6329 – Sistema de Transferência de Tarugos.......................................... 6930 – PTL............................................................................................... 7931 – Qualidade...................................................................................... 8032 – Controle de Operação e Processo............................................... 8133 – Defeitos ........................................................................................ 8634 – Segurança..................................................................................... 97
Critérios de AvaliaçãoApós ter estudado todos os conteúdos abordados, você submeter-se-á auma Avaliação Teórica.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 1 2016
O QUE É LINGOTAMENTO ?
lin·go·ta·men·to(lingote + -ar + -mento)substantivo masculino.Ato ou efeito de moldar em lingotes. Metal em estado de fundição
TIPOS DE LINGOTAMENTO
Lingotamento ConvencionalO aço é vazados em lingoteiras (formas) e pode ser de duas formas:Direto: o aço é vazado diretamente na lingoteira;Indireto: o aço é vazado num conduto vertical penetrando na lingoteira pela sua base;
É um processo pelo qual o aço fundido é solidificado dentro da lingoteira respeitando um tempo de resfriamento conforme a sua qualidade, tempo esse dividido em duas etapas: Tempo padrão e alternativo, nunca sendo retirado da lingoteira em tempo intermediário, visto que há uma curva de resfriamento a ser respeitada e o não atendimento a este requisito pode implicar em trincas no lingote.
Lingotamento ContinuoÉ um processo pelo qual o aço fundido é solidificado em um produto semi-acabado por um 
INTRODUÇÃO
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
É um processo pelo qual o aço fundido é solidificado em um produto semi-acabado por um equipamento de forma a efetuar horas ou ate mesmo dias de produção sem interrupção, os produtos deste processo são tarugo, blocos ou placas para subseqüente laminação ou forjaria.
Lingotamento ContínuoLingotamento Convencional
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 2 2016
Um pouco de história
Criação O conceito de lingotamento contínuo surgiu em 1840 , com o americano George Sellers, na tentativa de lingotar tubos de chumbo. Em 1846, Henry Bessemer idealizou uma máquina de lingotamento contínuo para aços. O projeto dessa máquina consistia em lingotar as placas de aço entre dois cilindros refrigerados a água. Devido à qualidade irregular das placas de aço produzidas, o processo desenvolvido por Bessemer não obteve êxito e foi abandonado, sendo utilizado industrialmente, apenas, para não ferrosos de baixa temperatura.Em 1887, o alemão R. M. Daelen elaborou uma proposta para uma planta de lingotamento contínuo, que corresponde ao desenho similar às máquinas atuais. Algumas inovações incrementais foram realizadas, a fim de viabilizar a implementação do equipamento. Essa planta incluía: molde refrigerado à água, aberto no topo e no fundo, alimentado por um fluxo de metal líquido, uma seção de refrigeração secundária, uma barra falsa, rolos extratores e um aparelho de corte para o veio.Porém, a planta desenvolvida por Daelen ainda apresentava algumas dificuldades e barreiras que a impedia de ser realizada em escala industrial. O principal problema consistia em extrair o produto sem rasgar a pele solidificada que permanecia agarrada às paredes do molde. Para evitar a adesão do metal às paredes do molde, Siegfried Junghans, em 1933, patenteou um sistema de oscilação do molde. Essa inovação 
HISTÓRIA DO LC
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Junghans, em 1933, patenteou um sistema de oscilação do molde. Essa inovação incremental tornou viável a produção de aço em escala industrial e a implementação efetiva do lingotamento contínuo na siderurgia, inúmeras inovações incrementais no processo e no equipamento começaram a ser desenvolvidas.AperfeiçoamentoNo ano de 1959, Halliday aperfeiçoou o sistema de oscilação do molde, introduzindo o conceito de “estripagem negativa” (ou estripamento negativo), processo utilizado atualmente. Essa técnica reduziu, significativamente, o risco de aderência do metal ao molde e a ruptura do veio, conseqüentemente acompanhado do aumento de produtividade. O princípio de estripamento negativo é determinado pela relação entre a velocidade de oscilação do molde e a velocidade de extração do lingote.O proposto método de estripamento negativo, Halliday notou os seguintes pontos principais:A fim de reduzir ao mínimo o perigo e aderência do metal o molde, este último não deve andar na mesma direção e velocidade queo veio lingotado, exceto nos pontos de reversão de direção. Se em qualquer momento a ruptura do metal parece provável, a ligeira pressão descendente ou força de compressão exercida pelo molde durante aproximadamente 3/4 do ciclo, sobre as paredes do lingote, cria condições favoráveis para que tais fissuras se caldeiem antes que o lingote deixe o molde.Na situação onde ocorre o estripamento negativo, o molde tem um movimento descendente ainda mais rápido que a peça lingotada, o que causa um ligeiro esforço de compressão na casca, permitindo assim, fechar quaisquer rupturas incipientes e diminuir a porosidade, aumentando a resistência da casca antes da placa emergir do molde. Dessa forma, em momento algum (exceto instantaneamente durante a inversão de direção), o molde se desloca com a mesma velocidade da placa.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 3 2016
Resolvido o problema de aderência do metal ao molde, o processo de lingotamento contínuo ainda encontrava barreiras que permitissem o aumento de escala do equipamento. Portanto, havia-se ainda, a necessidade de aperfeiçoamento de alguns parâmetros e técnicas operacionais, tais como:
•tempo de manutenção e reparo do equipamento;•tempo de preparação da máquina;•variações na seção do produto;•troca de panelas;•troca de distribuidores;•lingotamento sequencial;•alterações no projeto de máquina.
Os tempos de preparação, reparo e manutenção estão associados ao índice de funcionamento do equipamento. A diminuição desses tempos propicia elevados índices de funcionamento e, conseqüentemente, alta produtividade. Os reparos e manutenção das máquinas eram onerosos e demandavam muito tempo, para tanto, uma inovação incremental foi desenvolvida a fim de reduzir esse tempo.As máquinas passaram a ser projetadas com o molde e o segmento de rolos de suporte formando um conjunto único. Dessa forma, o alinhamento e o reajuste do conjunto poderia ser feito fora da máquina, podendo, com isso, reduzir em até 75% o tempo de recuperação da máquina, comparando-se com o tempo gasto na troca 
HISTÓRIA DO LC
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
tempo de recuperação da máquina, comparando-se com o tempo gasto na troca independente das partes. [1]Já no tempo de preparação das máquinas, duas operações são determinantes: a inserção da barra falsa e o ajuste do molde. A barra falsa é uma peça metálica que é inserida ao molde e serve de base de apoio para a solidificação inicial do aço. O aço se solidifica rapidamente e assim que a altura normal de lingotamento é atingida, começa-se a descer o tarugo falso e mantém-se um nível constante do aço líquido no interior do molde, variando-se a vazão, atuando sobre a haste do tampão do distribuidor. A colocação da barra pode ser feita por baixo ou pelo topo. [4]Com relação ao ajuste do molde, o tempo de preparação é diminuído com a troca automática da largura do molde. Por muitos anos, observou-se nas plantas de lingotamento contínuo, a utilização de moldes com espessura única. Em meados da década de 70, um novo modelo de desenho do molde foi desenvolvido empresa suíça Concast. Cada vez que a especificação do produto a ser lingotado era alterada, havia-se a necessidade de interromper o processo de lingotamento para que se fizesse a troca de largura do molde, que iria determinar o tamanho da seção do produto lingotado. A troca automática da largura do molde realizava essa operação sem que houvesse a necessidade de interrupção do equipamento, proporcionando, assim, maiores índices de funcionamento da máquina, aliado ao aumento de produtividade.Outro parâmetro que afeta a produtividade da máquina de lingotamento contínuo é a eficiência nas trocas de panela. O início de uma operação de lingotamento contínuo se dá pela transferência do aço líquido, proveniente dos convertedores LD ou dos fornos a arco elétrico, através das panelas. Na concatenação forno-máquina, o sinergismo entre as operações deve ser completo, pois este interfere no rendimento do processo.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 4 2016
Estados Físicos da matéria
SÓLIDO
LÍQUIDO
GASOSO
FÍSICA BÁSICA
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 5 2016
Estado Sólido
FÍSICA BÁSICA
REDE CRISTALINAREDE AMORFA
Este sistema cúbico simples é a base para os sistemas que existem nos açossólidos, que dão origem a átomos dispostos como abaixo.
Estrutura Cristalina
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
As esferas representam os volumes ou espaços nos quais os átomos vibram. Seaplicarmos calor num aço, aumenta a vibração dos átomos e,conseqüentemente, as esferas serão maiores. Isto provoca a expansão devolume quando se aquece o aço, ao se resfriar o volume diminui.
Mudança de estado
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 6 2016
Mudança de estado
Estado Sólido Estado Líquido
Átomos muito ligadosForças de ligação grandesAlta resistência à deformação
 Átomos pouco ligados Forças de ligação fraquíssimasBaixíssima resistência à deformação
FÍSICA BÁSICA
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Estado Denominação
Inicial Final
Sólido Líquido Fusão
Líquido Sólido Solidificação
TRANSFORMAÇÃO DE ESTADO - FUSÃO
O LC retira energia!Calor é energia, sendomedido pela temperatura
LD
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 7 2016
Composição Química
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Soma dos máximos = 0,12 + 0,60 + 0,20 = 0,92 %Subtraindo de 100, temos a participação do ferro, na mistura:100 – 0,92 = 99,08 % de ferroDeu para ter uma boa idéia da percentagem de ferro no aço líquido?Será que é tudo isto?Vamos, então, acrescentar outros elementos que este aço normalmente possui e que também fazem parte das especificações. 
Ccarbono Mnmanganês Sisilício
Min 0,06 0,30 0,10
Max 0,12 0,60 0,20
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Soma dos máximos = 0,30 + 0,05 + 0,20 + 0,25 + 0,04 + 0,04 = 0,88Acrescentada a soma anterior 0,92 + 0,88 = 1,80 %100 – 1,80 = 98,2 % de ferro)
Cucobre Snestanho Crcromo Niníquel Pfósforo Senxofre
Min - - - - - -
Máx 0,30 0,05 0,20 0,25 0,04 0,04
HHidrogênio OOxigênio NNitrogênio
0,0005 0,0070 0,0070
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 8 2016
Composição Química
A soma das três parcelas dá 0,0135%, que subtraído de 98,2%, apresenta o valor deferro em torno de 98%. Existem outros aços que apresentam na composição outroselementos e que podem gerar valores de ferro menores.
O principal componente do aço é o ferro.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Componentes Finalidade Forma em que se encontram
C, Si, Mn Atender os requisitos finaisdo produto – resistência,dureza, deformação, ...
Dissolvidos no aço, e, se combinadoscom o oxigênio, formam óxidos,chamados de micro ou macroinclusões, dependendo do tamanho.
P, S, Cu, ... Na maioria dos aços,aparecem comoconseqüência das matérias-primas e processo. Salienta-se que, em alguns aços,deseja-se a participaçãodestes elementos.
Dissolvidos e podendo estarcombinados com outros elementos.Dificilmente são encontradoscombinados com o oxigênio.
H, N, O Estão no aço devido,principalmente, ao processode fabricação.
Dissolvidos e na forma elementar oucombinados com outros elementos.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 9 2016
Classificação dos tipos de aço
Quanto ao tipo de aço
Há um número muito grande de formas e tipos de produtos de aço. A grande variedade dos aços disponíveis no mercado deve-se ao fato de cada uma de suas aplicações demandar alterações na composição e forma.Em relação à composição química do aço,ao processamento, controles e ensaios (visando atender especificações dos clientes), além de sua utilização final, os aços podem ser classificados da seguinte forma:
Aços Ligados / EspeciaisSão aços ligados ou de alto carbono, de composição química definida em estreitas faixas para todos os elementos e especificações rígidas.
Aços construção mecânicasão aços ao carbono e de baixa liga para forjaria, rolamentos, molas, eixos, peças usinadas, etc.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Aços ferramentasão aços de alto carbono ou de alta liga, destinados à fabricação de ferramentas e matrizes, para trabalho a quente e a frio, inclusive aços rápidos.
Aços CarbonoSão aços ao carbono, ou com baixo teor de liga, de composição química definida em faixas amplas.
Basicamente os aços carbono, podem ser divididos nos seguintes tipos:
•Aços para Fundição;•Aços Estruturais;•Aços para Chapas;•Aços para tubos;•Aços para arames, fios e molas;•Aços para usinagem fácil;•Aços para cementação e nitretação;•Aços par fins especiais;•Aços criogênicos e Aços Ligados;
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 10 2016
Classificação Normativa SAE
A classificação normativa SAE é a classificação dos aços segundo as normas da SAE (Society of Automotive Engineers - EUA), a mais utilizada em todo o mundo para aços-carbono (aços sem adição de elementos de liga, além dos que permanecem em sua composição no processo de fabricação) e aços de baixa liga (aços com baixas porcentagens de elementos de liga).A classificação SAE é baseada na composição química do aço. A cada composição normalizada pela SAE corresponde a uma numeração com 4 ou 5 dígitos. A mesma classificação também é adotada pela AISI (American Iron and Steel Institute-EUA). Um extrato contendo exemplos das classificações de alguns aços mais comuns é apresentado na listagem a seguir.No total são previstas muitas dezenas de classificações. Nelas, os 2 dígitos finais XX indicam os centésimos da porcentagem de C (Carbono) contida no material, podendo variar entre 05, que corresponde a 0,05% de C, a 95, que corresponde a 0,95% de C. Se a porcentagem de C atinge ou ultrapassa 1,00%, então o final tem 3 dígitos (XXX) e a classificação tem um total de 5 dígitos.
SAE 1XXX – aço-carbono Simples
•SAE 10XX – aço-carbono simples (outros elementos em porcentagens desprezíveis, teor de Mn de no máximo 1,0%)•SAE 11XX – aço-carbono com S (Enxofre)•SAE 12XX – aço-Carbono com S e P (Fósforo)
Composição química
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
•SAE 12XX – aço-Carbono com S e P (Fósforo)•SAE 13XX – aço com 1,6% a 1,9% de Mn (Manganês) (aço-Manganês)•SAE 14XX – aço-Carbono com 0,10% de Nb (Nióbio)•SAE 15XX – aço-Carbono com teor de Mn de 1,0% a 1,65% (aço-Manganês)
SAE 2XXX – aço-Niquel
•SAE 23XX – aço com Ni entre 3,25% e 3,75%•SAE 25XX – aço com Ni entre 4,75% e 5,25%
SAE 3XXX – aço-Níquel-Cromo
•SAE 31XX – aço com Ni entre 1,10% e 1,40% e com Cr entre 0,55% e 0,90%•SAE 32XX – aço com Ni entre 1,50% e 2,00% e com Cr entre 0,90% e 1,25%•SAE 33XX – aço com Ni entre 3,25% e 3,75% e com Cr entre 1,40% e 1,75%•SAE 34XX – aço com Ni entre 2,75% e 3,25% e com Cr entre 0,60% e 0,95%
SAE 4XXX – aço-Molibidênio
•SAE 40XX – aço com Mo entre 0,20% e 0,30%•SAE 41XX – aço com Mo entre 0,08% e 0,25% e com Cr entre 0,40% e 1,20%•SAE 43XX – aço com Mo entre 0,20% e 0,30%, com Cr entre 0,40% e 0,90% e com Ni entre 1,65% e 2,00%•SAE 46XX – aço com Mo entre 0,15% e 0,30%, com Ni entre 1,40% e 2,00%•SAE 47XX – aço com Mo entre 0,30% e 0,40%, com Cr entre 0,35% e 0,55% e com Ni entre 0,90% e 1,20%•SAE 48XX – aço com Mo entre 0,20% e 0,30%, com Ni entre 3,25% e 3,75%
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 11 2016
Classificação Normativa SAE
SAE 5XXX – aço-Cromo
•SAE 51XX – aço com Cr entre 0,70% e 1,20%
SAE 6XXX – aço-Cromo-Vanádio
•SAE 61XX – aço com Cr entre 0,70% e 1,00% e com 0,10% de V
SAE 7XXX – aço-Cromo-Tugstenio
SAE 8XXX – aço-Níquel-Cromo-Molibdênio
•SAE 81XX – aço com Ni entre 0,20% e 0,40%, com Cr entre 0,30% e 0,55% e com Mo entre 0,08% e 0,15%•SAE 86XX – aço com Ni entre 0,30% e 0,70%, com Cr entre 0,40% e 0,85% e com Mo entre 0,08% e 0,25%•SAE 87XX – aço com Ni entre 0,40% e 0,70%, com Cr entre 0,40% e 0,60% e com Mo entre 0,20% e 0,30%
Composição química
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
SAE 92XX – aço-Silício-Manganês
•SAE 92XX – aço com Si entre 1,80% e 2,20% e com Mn entre 0,70% e 1,00%•SAE 93XX, 94XX, 97XX e 98XX – aço-Níquel-Cromo-Molibdênio•SAE 93XX – aço com Ni entre 3,00% e 3,50%, com Cr entre 1,00% e 1,40% e com Mo entre 0,08% e 0,15%•SAE 94XX – aço com Ni entre 0,30% e 0,60%, com Cr entre 0,30% e 0,50% e com Mo entre 0,08% e 0,15%•SAE 97XX – aço com Ni entre 0,40% e 0,70%, com Cr entre 0,10% e 0,25% e com Mo entre 0,15% e 0,25%•SAE 98XX – aço com Ni entre 0,85% e 1,15%, com Cr entre 0,70% e 0,90% e com Mo entre 0,20% e 0,30%
Apesar da classificação SAE ser bastante extensa e completa, conforme mostrado no extrato apresentado, muitos aços comumente usados não se enquadram nela, devido aos elementos de suas ligas não estarem dentro das faixas previstas nesta classificação.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 12 2016
TIPOS DE LINGOTAMENTO CONTÍNUO
TIPOS DE MÁQUINAS
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 13 2016
LINGOTAMENTO CONTÍNUO DE TIRAS
TIPOS DE MÁQUINAS
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Segundo Mizoguchi et al.(1996) e Costa Neto et al.(1997), o sistema de alimentaçãodo metal líquido é considerado uma condição crítica para a operação corrente doprocesso, pois este deve garantir a mínima variação da temperatura do metal na poçalíquida, proporcionar uma forma de controle fácil e imediato, assegurar o controle donível de metal líquido no distribuidor, otimizar as condições do fluxo e arraste deimpurezas, flutuações e turbulência na superfície do líquido e, ainda, prever outrasoperações como condições de vazamento e superaquecimento.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 14 2016
PRODUTOS DO LINGOTAMENTO CONTÍNUO
PRODUTOS
BILLETBLOOM
200 X 200 
500 X 500 500 Ø 140 Ø
ROUNDS
CONVENTIONALBEAM BLANKS
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
BEAM BLANKS
1048 X 450 
438 X 381 
400 X 100 NEAR-NET SHAPE BEAM BLANK
THIN-SLAB 1680 X 100 850 X 250 
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 15 2016
FLUXO DE PRODUÇÃO DE AÇOS
FLUXO DO PROCESSO
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 16 2016
COMPONENTES DO LINGOTAMENTO CONTINUO DE BLOCOS ETARUGOS
COMPONENTES
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
O Lingotamento Contínuo pode ser dividido em oito seções: Panela,distribuidor, molde oscilante (resfriamento primário), câmara despray (resfriamento secundário), extração e desempeno, máquinas decorte, barra falsa e sistema de transferência de tarugos.
PANELA
DISTRIBUIDOR
CÂMERA SPRAY
MOLDE
EXTRAÇÃO
PTL
S. TRANSFERÊNCIADE TARUGO
OXICORTE
LEITO DE RESFRIAMENTO
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 17 2016
PANELA DE AÇO
PANELA DE AÇO
A matéria-prima do LC chega contida num recipiente chamado de panela.A panela é um vaso metálico com revestimento refratário (tijolos ouconcreto) interno usada para transportar até as máquinas de lingotamento Contínuo oaço Líquido vazado pelo convertedor.Na parte superior, deve vir coberta com uma mistura de óxidos chamadade escória, e como última camada, umisolante térmico, que na maioria das Usinas écasca de arroz. Sobre isso tudo, se coloca uma tampa, para aumentar o isolamento.
Veja bem, na descrição, o aço está o mais isolado possível, e isto é planejado parareduzir as perdas térmicas. Não se esqueça: quanto maiores forem as perdastérmicas, maiores serão as energias gastas para o aço chegar na mesma temperaturana panela e no LC. Energia, sob qualquer forma, custa dinheiro!Com relação ao modo de vazamento do aço para o distribuidor. Aspanelas podem ser classificadas em três tipos: Panela com o bico, a panela comtampão e a panela com válvula gaveta.
Mesmo com todo o isolamento, ainda assim existem perdas térmicas. Nestas condições, só existe uma maneira de reduzi-la, que é ficando com o aço líquido dentro da panela o mínimo tempo possível.Faça a seguinte analogia: a quantidade de água que você perde se tiver uma torneira 
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Desenho da uma panela com válvula gaveta
aberta depende do tempo que você a mantiver aberta. A mesma coisa ocorre com a energia contida no aço :
Mais tempo com aço líquido na panela = maiores perdas de energia e menores temperaturas do aço líquido
Plug Poroso
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 18 2016
PANELA DE AÇO
A panela combico transfere o aço para odistribuidor através de seubasculamento. Nos tempoiniciais de lingotamentoContínuo, quando acapacidade das panelas erapequena e o tempo delingotamento era bastantelongo, era o tipo de panelamais utilizado. Esse tipo depanela ainda é utilizado emequipamentos de pequena
Estas perdas são chamadas de variáveis com o tempo e dependem, em grande parte, da operação do LC.Supondo que uma panela tenha perda térmica de 0,5°C / min, se você deixar 30 min, perderá 15°C. Se deixar uma hora, perderá o dobro!
As perdas térmicas são muito reduzidas em função da sua atuação!
CONTROLE O TEMPO!
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equipamentos de pequenacapacidade.
Atualmente épossível atingir altasvelocidades de lingotamentodevido a melhorias noequipamento e nas técnicasoperacionais, sendo possívelmanter o tempo delingotamento em menos deuma hora por corrida,mesmo para panelas degrande capacidade. Temhavido sensíveis melhoriasnos materiais dos tampões eválvula gaveta. Com oresultado, a panela comtampão é utilizada emalgumas usinas. Contudonos dias de hoje o tipo depanela mais utilizada é acom válvula gaveta. Desenho da uma panela com tampão
Foto da uma panela com bico de vazamento
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VALVULA GAVETA
VÁLVULA GAVETA
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O aço contido na panela começa a fluir por um orifício no fundo da panela, chamado deválvula e controlado por uma placa deslizante; o conjunto recebe o nome de válvula-gaveta .O aço que sai da panela é recebido num outro recipiente chamado de distribuidor.
BARRA DE COPMPRESSÃO
MANCAL DA BARRA DE COMPRESSÃO
PARAFUSOS DA BARRA DE COMPRESSÃO
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VÁLVULA GAVETA
VALVULA GAVETA
Válvula Aberta
Válvula Fechada
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Válvula Estrangulada
A partir daí acompanhe atentamente o fluxo da panela e o nível do distribuidor de modo que este sejao mais estável possível com jatos homogêneos e sem risco de acidentes.
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REOXIDAÇÃO
VALVULA LONGA
O aço contido na panela começa a fluir por um orifício no fundo da panela, chamado deválvula e controlado por uma placa deslizante; o conjunto recebe o nome de válvula-gaveta .O aço que sai da panela é recebido num outro recipiente chamado de distribuidor.
VÁLVULA LONGAMuitas usinas protegem o jato de aço com uma peçarefratária chamada de válvula longa.Esta peça tem por objetivo reduzir as perdas térmicas doaço e evitar o contato do aço líquido com o oxigênio do ar,que provoca a reoxidação do mesmo.
MANIPULADOR DE VALVULA LONGA
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O aço líquido, após ser desoxidado, fica extremamente ávido pelooxigênio, formando mais óxidos além dos já existentes. Isto se chama de reoxidação, egrandes aglomerados de óxidos são formados, chamados de macro inclusões.Estas macro inclusões são indesejáveis nos aços a serem solidificados,até porque não tem composição de aço, e sim de escória.
REOXIDAÇÃO
O manipulador éum dispositivo que serve paraacoplar a válvula longa no coneexterno da placa deslizante dosistema de válvula gaveta dapanela e durante a troca depanela possibilita a remoçãodesta válvula para que seja feitauma limpeza do tudo de refratáriocom auxilio de Oxigênio
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REOXIDAÇÃO
POR QUE SE OXIDA O AÇO.
Este desenho demonstra que o manganês e o silício metálico ( Si e Mn) existentes no aço oxidaram novamente, formando grandes aglomerados de óxidos. Eles não desaparecem e, sim, mudam para óxidos.Não se esqueça que desoxidar é retirar o oxigênio, enquanto que oxidar é adicionar o oxigênio. No forno se adiciona o oxigênio; quando se adicionam as ligas, se retira o oxigênio. Os compostos formados, chamados de óxidos, e produtos da reação das ligas com o oxigênio, vão para a escória ou ficam no aço.Quando se diz que os óxidos vão para a escória, é preciso entender que sem nada para ajudá-los,muitos óxidos vão muito lentamente, e outros, nem chegam na escória, permanecendo no aço .É preciso estimulá-los!Este estímulo é chamado de flotação ou rinsagem.
Elemento Aço após desoxidado Aço em reoxidação
Oxigênio
Silício
Manganês
Óxidos Pequenos Grandes
O mecanismo de formação destes óxidos poderia assim ser representado:
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POR QUE SE OXIDA O AÇO.Se oxida para: Gerar energia química e reduzir a elétrica, Retirar do aço alguns elementos indesejáveis, como o fósforo (P).
Durante o vazamento e no FP, se retira o oxigênio que existe no aço líquido, ao seadicionar as ligas e fluxantes (cal, alumina, fluorita, ...).
Se o aço tivesse muito oxigênio ao ser lingotado, ele apresentaria pinholes ou macroinclusões no produto final, que poderiam afetar as características mecânicas exigidas no produto final.Lembre-se sempre que os óxidos são o mesmo que escória. Zerar a quantidade dos mesmos é impossível, porém, é preciso controlar!
É indesejável, porém, em alguns casos, é impossível evitá-la, como é o casode usinas que operam sem proteção dos jatos de aço. O que deve ser feito nestes casos éprocurar não aumentar este efeito. Manter sob controle um efeito é atribuição daoperação.
POR QUE SE DESOXIDA.
Ventiladores voltados para aço líquido (jatos) são causas de reoxidação
E A REOXIDAÇÃO?
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SUPORTE DE PANELAS
CARRO PANELA E TORRE GIRATÓRIA
Até início da década de 70 as trocas de panela eram realizadas através de carros panelas, que posteriormente foram modificadas pelas torres giratórias. Essas são constituídas de dois braços giratórios independentes, cada um com seu sistema de levantamento e pesagem.Os carros panela apresentam as seguintes desvantagens sobre a torre giratória:a estrutura das máquinas de lingotamento contínuo deve ser forte suficiente para suportar a carga adicional dos carros panela e o próprio peso da panela;a transferência do aço líquido se dá junto à máquina, sendo um risco operacional no caso de panelas cheias;o lingotamento seqüencial é praticável apenas pela coordenação de dois carros panela para uma máquina, gerando assim, altos investimentos e elevados custos de manutenção.As vantagens das torres giratóriassão:a posição das torres se encontra distante da área ocupada pela máquina de lingotamento contínuo, possibilitando ainda facilidade nas operações de emergência, em caso de acidentes; a rotação de 90º da torre, permite o acesso à todas as partes da plataforma de lingotamento.
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Carro panela n° 1 com panela em operação (posição de lingotamento)
1 21 2
1 2
Carro panela n° 2 com panela recebimento (posição de recebimento)
1 21 2
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SUPORTE DE PANELAS
TIPOS DE SUOPORTE
DANIELI
DANIELI
DANIELI
LIFTABLE SADDLES (Option)
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Fixed arms turret
Indipendent arms turret "S" type arms turret
Liftable arms type 
DANIELI
DANIELI
DANIELI
Fixed LiftableDouble type
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DISTRIBUIDORES
DISTRIBUIDOR
O distribuidor é um recipiente intermediário que recebe o aço da panela edistribui este aço para os veios. Sua principal finalidade é permitir o controle da vazão do açopara o molde pois a pressão ferrostática é bastante diminuída em relação à pressão o jato dapanela. Outra Vantagem é permitir a flotação de impurezas que tenha sido arrastadas.
O distribuidor é revestido internamente com refratários e em seu fundo, sãoinstaladas válvulas (que permitem a passagem do aço) de acordo com o numero de veios quea máquina possuir.
A capacidade e o método de controle da vazão são dois fatores que devem sertomados em consideração a estrutura do distribuidor. Levando em conta fatores como aflotação de materiais oriundos da desoxidação, estabilidade do jato de aço da panela eremoção de refratário no ponto de impacto do jato de aço da panela. Além disso é necessárioum volume suficiente para permitir o lingotamentos seqüencial de corridas (troca de panelas).
PANELA,
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Esquema transferência de aço da panela para o distribuidor e do distribuidor para os moldes;
MOLDES
DISTRIBUIDOR
Principais funções do distribuidor:
- Distribuir aço para os moldes;- Propiciar a flotação das inclusões;- Equalizar a temperatura do aço vazado da panela;- Permitir um melhor monitoramento datemperatura do aço;- Diminuir consideravelmente o jato de aço paraabastecimento da máquina;- Permitir que os moldes sejam abastecidos com açoDurante a troca de panela;
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DISTRIBUIDORES
Controle de Temperatura
Tipo de jato Superfície exposta ao ar Perdas térmicas
Como se fosse um sólido – poucooscilante e regular. Baixa Baixas
Como se fosse uma corda –muito oscilante e irregular. Alta Altas
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JATO REGULAR JATO IRREGULAR
Até o início do lingotamento, não se quer perder energia. A temperatura do aço tem queser dentro da faixa de temperatura de lingotamento, para se poder produzir produtosbons com o mínimo de gasto de energia
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CONTROLE FLUXO DISTRIBUIDOR - MOLDES
Controle de Fluxo DistribuidoresXMoldes
Assim como o controle do fluxo de aço deve ser controlado da panela para odistribuidor, temos que controlar este fluxo do distribuidor para o molde, controlando avelocidade de lingotamento, garantindo assim a qualidade do material e a segurançaoperacional evitando overflows (transbordamentos) e break outs (perfurações).
Dispositivos usados no controle de fluxo:
• Válvula direta: consiste em uma válvula refrataria de diâmetro pré determinadoque ao ser aberta só pode ser fechada com auxilio de um tampão;• Válvula Gaveta: consiste em uma válvula fixa e outra móvel sistema idêntico aousados em controle de fluxo de panelas;• Válvula trocável: consiste em uma válvula interna fixa e outra abaixo destainserida por acionamento de um cilindro onde se controla a velocidade delingotamento alterando válvulas de diâmetro diferentes o veio neste sistema éencerrado com a inserção de uma placa sem orifício conhecida como placa cega oupor um tampão de cobre ou aço.• Tampão: consiste em um sistema mecânico de acionamento onde semovimenta um cilindro de refratário que controla o fluxo de aço obstruindo ouaumentando a passagem de aço para a válvula.
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 28 2016
Tampão
Acionamento mecânico Tampão refratário
Distribuidor
Aço Líquido
CONTROLE FLUXO DISTRIBUIDOR - MOLDES
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Alavanca de movimentação
Válvula interna
Molde
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Controle de Fluxo
Válvula Convencional do Distribuidor 
VÁLVULA CONVENCIONAL
CONTROLE FLUXO DISTRIBUIDOR - MOLDES
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PEÇA TROCÁVEL
PARTE FIXA
DISPOSITIVO GUIA
VÁLVULA NOVA
VÁLVULA GASTA
DISPOSITIVO GUIA
Sistema de troca Rápida
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Sistema de Troca Rapida
 
1 2Válvula a ser utilizada em posição Cilindro acoplado
CONTROLE FLUXO DISTRIBUIDOR - MOLDES
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43 Jato marcado pela troca da válvula Volta à posição de origem
Onde Ti = temperatura ideal de lingotamento TL = temperatura liquidus TSA = temperatura de sobre-aquecimento
Ti = TL + TSA
Temperatura de Sobre-Aquecimento
Altas Baixas
 Má qualidade interna dos tarugos Pode causar interrupçõesoperacionais devido a perfurações(break outs). Alto consumo energético, gastouenergia além do necessário.
 Má lingotabilidade, interrompendoseqüenciamento. Não consegue lingotar nada, açofrio. Alto consumo energético, gastoumuita energia para não obterproduto.
A correta observação dos Padrões de Temperatura existente nos LCs é diferencial na qualidade e quantidade do aço produzido.
Temperatura de Lingotamento
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PROTEÇÃO DE JATO 
• Jato aberto: Onde não existe a exigênciade aço com qualidade interna estes sãomateriais considerados com qualidadecomercial, são usados em vergalhões ealguns tipos de laminação de perfis.
• Jato protegido por selagem: consisteem um sistema que envolve o jato do
SISTEMA INERTIZAÇÃO DO JATO
Para fabricação de alguns tipos de aço existe ou não a necessidade deevitar a reoxidação controlando assim o nível de formação de inclusões garantindomaior qualidade interna. Esta necessidade vai de encontro a 2 fatores importantes,aplicação do aço e custo de fabricação. Basicamente são 3 situações distintas:
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em um sistema que envolve o jato dodistribuidor para o molde onde se injeta umgás inerte (argônio ou nitrogênio) que criauma atmosfera livre de oxigênio evitandoassim a reoxidação.
• Jato protegido por Tubo Submerso :Este é o sistema mais eficiente e o mais carotambém, normalmente não se aplica emfabricação de tarugos pois sua utilização empequenas sessões no lingotamento são dedifícil operação. São usados em aços maisnobres onde a exigência de controle dainclusões deve ser máxima. Aços especiaise aciaria de produtos planos utilizam muitoeste sistema;
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SUPORTE DO DISTRIBUIDOR
SUPORTE DO DISTRIBUIDOR
Normalmente o distribuidor é colocado sobre um carro que se desloca aolongo da plataforma operacional. Esse carro tem a finalidade de posicionar odistribuidorpara aquecimento ou para colocá-lo na posição de lingotamento paraoperação. Este sistema é similar ao carro panela, a diferença é que a máquina delingotamento possui apenas um carro de distribuidor.
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Torre do distribuidor
Os distribuidorestambém possuem umsistema de suporte tipoTorre que funciona damesma maneira que astorres de panelas, estesistema é pouco usual eé um conceito que ficoupara tras no final dosanos 80. Quando eramusados em maquinas delingotamento de placa ede apenas 1 veio.
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AQUECEDOR DO DISTRIBUIDOR
AQUECEDOR DO DISTRIBUIDOR
As unidades de aquecimento dos distribuidores possuem a função desecagem da massa e aquecimento do refratário através de um sistema de maçaricos,onde podem ser utilizados como combustível óleo diesel, Gás Natural, GLP, gás de Altofornos e etc.
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Atualmente existem refratários de distribuidores que não utilizam a funçãode aquecedor, estes são apenas colocados na curva de secagem da massa pararemoção de umidade presente dentro do distribuidor estas massas são conhecidascomo “partida a frio”. Equipamento similares a este principio são utilizados paraaquecer panelas.
Aquecedor de panelas vertical Aquecedor de panelas horizontal
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RESFRIAMENTO PRIMÁRIO
(RESFRIAMENTO PRIMÁRIO)
Os moldes empregados no lingotamento contínuo devem ser de materialde boa condutividade térmica e boa resistência mecânica. Usa-se o cobre puro ouuma liga de cobre revestida com cromo ou níquel, como forma de aumentar aresistência a abrasão.Internamente os moldes são refrigerados pela passagem, em rasgos oufuros, da água a alta pressão.A forma do molde pode ser dividida em 3 tipos: Blocos, tubular e placasajustáveis, na nossa máquina de lingotamento é utilizado o tipo tubular.As principais funções do molde são: promover a refrigeração primariaformando a primeira pele do veio, dar forma ao produto e sustentar o veio nosestágios iniciais de lingotamento.
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Desenho do molde abastecido com aço líquido e vista lateral do porta moldes.
SENTIDO DA SOLIDIFICAÇÃO E DO CALOR
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RESFRIAMENTO PRIMÁRIO
Internamente, os moldes são invariavelmente cônicos para acomodar a contração do aço, mas o grau de conicidade depende da aplicação;
Moldes de dupla e tripla conicidade e moldes de conicidade parabólica tem sido usados mais regularmente para aumentar a espessura da camada solidificada na saída do molde, permitindo assim aumentos de velocidade de mais de 50 % em relação ao molde convencional; 
Outros desenhos da geometria interna tem sido propostos pôr diferentes fabricantes de máquina, com sucesso em algumas aplicações, mas moldes de maior comprimento (~1000 mm ) e conicidades parabólicas adequadas, tem sido o suficiente para garantir ganhos significativos de velocidade, no que diz respeito à geometria do molde de cobre; 
Materiais que são feitos os moldes
•O material do molde deve transmitir o calor do aço solidificado rapidamente para a água de refrigeração e, portanto, uma boa condutividade térmica é fundamental;
• As ligas de cobre tem sido empregadas para minimizar as distorções devido às tensões térmicas. Neste sentido moldes em Cu-Ag tem tido uma aplicação mais ampla, bem como outras ligas;
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Composição Química Propriedades Mecânicas (mínimas) Cond. Elétrica
Cu 
(%)
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ros
 
(%) Res
istê
n
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Tra
ção 0,2 
% 
“Pr
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” 
Res
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(HB
)
% IA
CS 
(20°
C)
99,9 - 200 40 40 45 98
Cu + Ag 99,9 Ag0,07 / 0,12 250 200 10 80 98
Cu + Ag 99,9
P
0,004 / 0,915
Ag
0,07 / 0,12
250 200 15 80 85
98 Cr0,5 / 1,5 350 280 10 110 80
98
Cr
0,5 / 1,50
Zr
0,08 / 0,30
350 280 10 110 70
98
Cr
0,5 / 1,50
Zr
0,08 / 0,30
300 240 15 100 70
bem como outras ligas;
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RESFRIAMENTO PRIMÁRIO
12
4
5
6
3
1 – MOLDE
2 – CAMISA
3 – CAIXA DE MOLDE
4 – PLACA SUPORTE
5 – LUBRIFICAÇÃO
6 – PLACA DE COBERTURA
7 – ÁGUA DE REFRIGER. DO MOLDE
7
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CONJUNTO MOLDE
AÇO LÍQUIDO
CASCA
GAP OU VÃO
SOLIDIFICAÇÃO NO MOLDE
O aço, ao cair dentro do molde, está todo líquido e entra em contato com aparede do molde, sofrendo um resfriamento brusco, pois a água natemperatura ambiente (25ºC), retira o calor que passa com facilidade pelaparede do molde.
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RESFRIAMENTO PRIMÁRIO
Zona coquilhada e Zona Colunar
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RESFRIAMENTO BRUSCO RESFRIAMENTO MODERADO
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RESFRIAMENTO PRIMÁRIO
O molde é dotado de um movimento de subida e descida chamadooscilação. Normalmente o tipo de oscilação empregada é o senoidal (como a de umpêndulo). O equipamento responsável por este trabalho é denominado Oscilador domolde. A principal razão da existência de tal oscilação é a de evitar que haja umcolamento do aço com a parede do molde . A oscilação atua como uma bomba,fazendo com que o óleo fluxante penetre entre o aço e o molde, lubrificando e
No presente módulo somente se mencionam as finalidades de lubrificar o molde.A principal função da lubrificação é reduzir o atrito entre a casca solidificada no molde e este, prevenindo a aderência da mesma ao molde.
Outros benefícios são:
• Reduzir o desgaste do molde;• Formar uma atmosfera protetora, reduzindo a reoxidação;• Formar uma superfície protetora contra a reoxidação.
Lubrificação
Oscilação
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fazendo com que o óleo fluxante penetre entre o aço e o molde, lubrificando eimpedindo o contato entre os dois.A combinação ideal do curso (amplitude) e a freqüência de oscilação temcomo objetivo melhorar a lubrificação e a qualidade superficial da placa obtida, é feitalevando-se em consideração o tipo de aço lingotado, a velocidade de lingotamento e otipo de fluxante empregado.
MOLDE NO PONTO INFERIOR
MOLDE NO PONTO SUPERIOR
POSIÇÃO PARADO
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ZONA DE RESFRIAMENTO SECUNDÁRIO
A espessura da pele do veio na saída do molde varia de 10 a 30 mmsuficiente para suportar a pressão exercida pelo aço líquido em seu interior (pressãoferrostática). O resfriamento secundário que inicia-se abaixo do molde tem afinalidade de acelerar a solidificação do veio, evitando o seu rompimento.A zona de resfriamento é composta por rolos guias que sustentam eguiam a seção lingotada e numerosos bicos de spray (dispostos nas faces do tarugo)divididos em 3 zonas cuja a vazão é controlada a fim de que a solidificação se façacom rapidez sem contudo comprometer a qualidade superficial do tarugo.
RESFRIAMENTO SECUNDÁRIO
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Bico de spray tipo jato cônico;
Foto da câmara de spray com o veio em operação;
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RESFRIAMENTO SECUNDÁRIO
Resfriamento Secundário
A zona de resfriamento secundário de um lingotamento contínuo é onde a retirada decalor é feita pela água, que incide diretamente sobre a superfície do tarugo emsolidificação.Como o tarugo sai do moldecom uma fina pele solidificada, a maior parte dasolidificação se processa nesta zona, e ela tem grande influência na qualidade interna( e, mesmo, externa) do tarugo.
Os objetivos desta zona são:
• Promover a solidificação total do aço, antes de entrar na zona deendireitamento / corte. Colocamos corte e endireitamento, pois apesar do idealser que a solidificação esteja completa até chegar ao endireitamento, muitasusinas o fazem no corte, pois as propriedades finais dos aços produzidos não sãoafetadas quando se realiza a solidificação um pouco antes do corte.• Promover a solidificação total controladamente, levando-se em consideração:
Que a extração de calor deve ser o mais homogêneapossível em toda a largura do tarugo, com as menoresdiferenças de temperaturas superficiais possíveis. Nãopermitir o reaquecimento da superfície do tarugo, devido àredução da retirada de calor.
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
O reaquecimento da superfície é um fenômeno de transmissão de calor existente no açoem solidificação, que ocorre ao mudar o meio de extração, como por exemplo, quando oaço passa do molde para a refrigeração secundária.O ponto importante de controle é a temperatura superficial do tarugo, para resistir astensões mecânicas provocadas pelo endireitamento do tampo.
Sumarizando:
 Em temperaturas superficiais muito altas, acima de 1100°C, o tarugo não temcapacidade de resistir à deformação trincando.
redução da retirada de calor.
 Nas temperaturas superficiais compreendidas entre 700°C a 900°C, o tarugotambém tem pouca capacidade de deformação. Isto é particularmente observadonos aços que possuem titânio, vanádio, boro, alumínio, nióbio e zircônio. Istoconduz ao aparecimento de trincas superficiais.
 Em temperatura abaixo de 700°C, os esforços para endireitar são muitoelevados, sendo inviável sob o ponto de vista de equipamentos e produçãodesejada.
 Então, as temperaturas superficiais dos tarugos devem estar situadas na faixade 1000°C a 1100°C, sendo controlada pela água de refrigeração. Por isso, arefrigeração secundária é dividida em zonas de refrigeração, sendo reduzida dasaída do molde até o endireitamento.
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 41 2016
Estrutura de solidificação na zona secundária
No molde, formam-se dois tipos de estruturas: a coquilhada e a colunar. Durante arefrigeração secundária, a estrutura colunar continua a crescer até que começam asurgir grãos dispersos no aço líquido, crescendo de forma aleatória, formando o que sechama de grãos equi-axiais.
A explicação mais simples para a formação desta zona é que a temperatura do açolíquido dentro do tarugo está tão próxima da temperatura liquidus, que ele é resfriadorapidamente, provocando a solidificação com grãos dispersos. Existem inúmeras teoriassobre a formação desta zona; o comprovado é que, quanto menor for a temperaturade sobre-aquecimento, maior será esta zona, o que é desejado!
RESFRIAMENTO SECUNDÁRIO
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Crescimento Dendrítico
Segregação dos solutos no desenvolvimento das dendrítas
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RESFRIAMENTO SECUNDÁRIO
ZONAS DE SOLIDIFICAÇÃO
Zona
Características Coquilhada Colunar Equiaxial
Grãos Pequenos e dispostos sem regras (aleatórios). Zona compacta.
Grãos alongados “puros” e afinado em direção ao centro do tarugo.
Grãos pequenos esparsos.
Homogeneidade Extremamente homogênea. Heterogênea, dendritas puras e zona interdendrítica impura.
Zona em que os cristais e o líquido impuro estão misturados.
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Estrutura Desejada
O que se deseja é diminuir a zona colunar, pois a mesma é formada somente por grãosalongados e puros, sendo os constituintes mais impuros expulsados para o meio dotarugo em solidificação, concentrando-se na ultima zona a solidificar, que é a equi-axial,e provocando concentrações grandes de elementos mais impuros no meio do tarugo.Como na zona equiaxial não existem os grãos alongados da colunar e concentrações deelementos impuros, o ideal seria que a zona equiaxial fosse a maior possível, com adistribuição de elementos impuros o mais aleatoriamente possível.
Como se pode reduzir o efeito negativo da zona colunar
Três formas são possíveis:
• Reduzindo os elementos enxofre, fósforo e carbono, o que nem sempre épossível, devido, nas especificações de composição químicas, constarem esteselementos. Considere, também, o efeito custo. Baixar P e S do aço líquido não éde graça.• Reduzindo-se a temperatura de superaquecimento. Altas temperaturas delingotamento propiciam estruturas colunares maiores, segregando mais no centrodo tarugo em solidificação.
impura.
Local MOLDE MOLDE E REFRIGERAÇÃO SECUNDÁRIA
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 43 2016
AGITADOR ELETROMAGNETICO
Agitador eletromagnético
Função do stirrer.
O stirrer é um sistema eletromagnético que tem como função, promoveruma agitação no aço líquido, durante o processo de solidificação.Esta agitação faz com que sejam eliminadas algumas impurezas,contribuindo para a melhoria da qualidade do tarugo.O aço líquido não pode ser movido magneticamente, visto que ele estásempre acima da temperatura Curie e conseqüentemente não é magnetizável.Nós não usamos agitação magnética, mas sim agitação eletromagnética.Em outras palavras, nós usamos as forças eletromagnéticas como em um motor elétricoassíncrono AC.Um agitador rotacional atua assim como o estator de um motor de AC.Possui alimentação trifásica ou às vezes bifásica em uma freqüência f e cria um campomagnético rotativo dentro do espaço vazio em seu interior.
Métodos de instalação dentro do molde.
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AGITADOR ELETROMAGNETICO
Funcionamento
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Instalação
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AGITADOR ELETROMAGNETICO
Tipos de bobinas
Local de instalações dos agitadores
Dependendo das aplicações dos aços a serem fabricados na aciaria existemalgumas empresas que desenvolveram sistema de agitação eletromagnética abaixo domolde também. E alem do sistema rotativo existe também o linear aplicado normalmente emusinas de placas.
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Agitador usado no final da câmara de Spray.
Curiosidade
Algumas usinas usam o principio doagitador eletromagnético para homogeneizar acomposição química e a temperatura no fornopanela, este equipamento pode ser usado comoauxilio a rinsagem ou até mesmo substituindo amesma.
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AGITADOR ELETROMAGNETICO
Teste com um sistema de Agitador usando diferentes correntes elétricas
ResultadosOs resultados serão apresentados na forma de vetores de velocidade, distribuição de temperaturas e fluxo de calor para dois casos em estudo: correntes de 340A e 680A.
Campo de velocidades na altura do agitador
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Vetores de velocidade no plano central. Fluxo de calor nas paredes do molde
Vetores de velocidade na região do menisco.
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CONTROLE DE SOLIDIFICAÇÃO
Nestas máquinas, a curvatura acompanha o processo de solidificação, sendo necessárioendireitar o aço assim solidificado.
A operação de endireitamento é executada através de rolos, chamados deendireitadores / extratores. A função destes rolos pode ser dupla, puxando a barra(tração) e endireitando (deformação).
Para que haja a deformação, quepropicia transformar o aço curvo em reto, precisa-seconhecer onde a solidificação final ocorre. Isto pode ser calculado, simplificadamente,através de uma fórmula, chamada de fórmula de cálculo do comprimento metalúrgico.
D = K t1/2 
Onde D = espessura da pele sólida (mm)t = tempo após o início da solidificação (min)K = constante de solidificação (mm / min1/2)
O valor de K é aproximado 27 mm / min1/2 no cálculo expedito, consideradas asrefrigerações normalmente usadas nos LCs.
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Com o objetivo de conhecer-se a que distância do menisco termina a solidificação, éanalisada uma seção 120 x 120, operando com velocidade de 2 m / min.
Você observou o conceito de velocidade de lingotamento expresso em metros porminuto. Isto é importante, pois é a velocidade que o aço tem durante o processo desolidificação.Voltando ao cálculo, quando a pele for de 60 mm, em uma seção de 120 mm, então eleestará completamente sólido.Substituindo os valores na equação anterior, tem-se
60 mm = 27 mm t1/2 t1/2 = 60 mm oumin1/2 27 mmmin1/2 
t1/2 = 2,22 min1/2  t  4,94 min 
Se a velocidade é de 2m / min, a distância serát = dv
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onde t = tempo após solidificação
d = distância do aço, desde a parte superior do aço no molde (menisco) até o final da solidificação 
d = 2 m / min x 4,94 min  10 m
 A distância do menisco até os rolos de endireitamento, A secção produzida, As temperaturas superficiais da casca do aço em solidificação, As quantidades de calor extraídas, principalmente na zona de refrigeraçãosecundária.
A velocidade de lingotamento é considerada variável. Esta velocidade, ao crescer,aumentará o comprimento metalúrgico, e isto poderá ter conseqüências nas trincasinternas geradas no endireitamento, ou mesmo espirrar aço da barra, ao ser cortadano final.
O que fazer?
Em caso de necessitarmos aumentar a velocidade de lingotamento para obtermos
CONTROLE DE SOLIDIFICAÇÃO
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Em caso de necessitarmos aumentar a velocidade de lingotamento para obtermosmaior produção, vamos colocar seis alternativas, que certamente poderão serimplementadas.
 Baixar o conteúdo energético do aço líquido, através da redução da temperatura desobre-aquecimento.
 Esta é a alternativa operacionalmente mais procurada e de melhores resultados narelação custo x benefício, porém exige um planejamento que envolve o forno, forno-panela e LC.
 Alterar a geometria dos moldes, objetivando reduzir os gaps formados durante asolidificação entre a casca e o molde. Esta ação requer a implantação de moldes devários tipos: parabólicos, de múltipla conicidade, etc...
 Para execução desta alternativa, há necessidade de testes muito bem planejados,pois podem ocorrer problemas de atritos excessivos na casca do aço em solidificaçãocom o molde.
 Melhorar as condições de circulação da água de refrigeração do molde.Normalmente, o que se procura é aumentar a velocidade da água de refrigeração.
Esta alternativa requer a participação de especialistas para, através de cálculosteóricos, viabilizar os ganhos.
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GUIAMENTO DO RAIO
Guiamento do raio
O guiamento do raio tem a função de levar o veio até a unidade de extração edesempeno de maneira mais centralizada possível possibilitando um resfriamentohomogêneo pelo alinhamento com os bicos dos sprays.
Tipos de Guiamento
Em máquinas de lingotamento de blocos e tarugos normalmente se utilizamguiamentos com rolos livre na parte inferior, algumas máquinas possuem um ou mais rolossuperiores que também não possuem sistema de tração. Já nas maquinas de placasdesde a saída do molde ate o final do guiamento existem rolos inferiores e superiores commúltiplos sistemas de extração.
Guiamento do raiode uma maquinade placas
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Guiamento do raiode uma maquinade blocos etarugos
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GUIAMENTO DO RAIO
Rolos Guias
Rolos superiores:
Algumas maquinas de lingotamento possuem um sistema de rolos guias naparte superior do veio a função deste é manter a centragem dos veios e impedir que emcaso de uma parada da linha o veio já enrijecido venha a danificar as parte superiores dosbicos (raio interno). Este sistema normalmente exerce uma pressão sobre o veio podendoesta vir de origem pneumática, hidráulica e mecânica através de um sistema decontrapeso.
Sem rolo guia superior Com rolo guia superior
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Porque o veio não encosta no rolo inferior?
Possíveis agarramentos nos moldes devido a tapers muito acentuados fazemcom que o veio não permaneça no raio da maquina assim como desalinhamento dos rolosguias também assim como excesso de água no resfriamento secundário contribuem paraeste problema.
Sem rolo guia superior
Molde
UED
Rolo Guia
Veio
Espaço veio x rolo
Com rolo guia superior
Molde
UED
Rolo Guia
Veio
Rolo Superior
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GUIAMENTO DO RAIO
Rolos Guias
Rolos Verticais
Os roletes verticais servem para manter o alinhamento do veio no sentidolateral da maquina mantendo a Centragem do aço em relação as bananas laterais o melhorpossível. O fator importante neste sistema é verificar a regulagem para cada tipo desessão pois caso o espaçamento esteja regulado para uma sessão maior que a daprodução provavelmente irão gerar defeitos como Romboidade e Abaulamento.
Sem rolete lateral Com rolete lateral
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Rolete lateral desregulado Rolete lateral regulado
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EXTRAÇÃO E DESEMPENO
Extração e Desempeno
A unidade de extração e desempeno é o equipamento responsável pela extração do tarugo sendo lingotado e pelo endireitamento do tarugo em máquinas curvas. Esta unidade está conectada ao sistema automático de controle de nível, ou potenciômetro em máquinas com controle de nível manual, para definir a velocidade de extração do tarugo em cada veio.Durante o endireitamento dos veios, tensões de tração e compressão são geradas na superfície e interface líquido/sólido do tarugo, sendo função do raio de curvatura da máquina e da seção lingotada.No passado a definição do raio da máquina era função das seções a serem lingotadas e dos tipos de aço à produzir. Historicamente a relação Raio/Seção se situava entre 25 e 50, com grande concentração de máquinas com relação na faixa de 30 e 40 Posteriormente com o desenvolvimento de sistemas de endireitamento de 2 pontos, multi-pontos e até progressivo, as tensões de deformação foram divididas ao longo do tarugo e graus mais críticos puderam ser lingotados em máquinas com menor altura, diminuindo o investimento global
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EXTRAÇÃO E DESEMPENO
Existem dois tipos básicos de desenho de máquinas de LC:
• Curvas com raio único;• Curvas com raio múltiplo.
CURVA COM RAIO ÚNICO CURVA COM RAIO MÚLTIPLO
Extração e Desempeno
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A função dos rolos extratores é suportar a seção lingotada e extraí-la comvelocidade determinada pelo nível de aço no molde. A velocidade da unidade deextração é em função do controle automático do nível de aço no molde.Cada veio possui uma unidade de extração e unidade é formada por umpar de rolos extratores.A unidade de desempeno tem a função de desconectara barra falsa nosestágios iniciais do lingotamento e realizar a função de endireitar a seção lingotada.
Fotos da unidade de extração e desempeno do veio;
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BARRA FALSA
Na partida do lingotamento de aço ou no reinicio de veio(s)eventualmente interrompido(s) por algum motivo é indispensável que algo auxilie nacondução do aço a partir dos moldes.
Este papel é exercido pelas barras falsas que tem a função de criarum fundo falso no molde ate que o mesmo seja preenchido de aço durante aabertura do veio e após um certo nível preenchido a extração se inicia onde a barratem a função de levar o veio ate as unidades de Extração e Desempeno.
Barra falsa
As Barras falsas podem ser articuladas, semi rígidas ou rígidas.
Tipos de Barra falsa
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Foto – Barra falsa rígida
Foto – Barra falsa articulada
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BARRA FALSA
A barra falsa rígida é coletada e inserida por um equipamentoapelidado de Gôndola que se consiste em uma estrutura metálica que articulaposicionando a barra no raio da maquina quando esta se encontra em uma área deestocagem . Este acionamento pode ser pneumático, hidráulico ou elétrico. Sãoimportantes para evitar que o calor dos veios venha a danificar a barra falsa.
Vantagem da Barra Falsa rígida:
• Fácil guiagem;• Menor desgaste do molde durante sua introdução;• Partidas dos veios sem trancos e movimentações fora do raio;• Menor tempo de recuperação dos veios e armazenagem;• Fácil sistema de desconexão;• Baixa manutenção;• Pode servir de gabarito de alinhamento do veio e dos sistema de sprays.
Barra falsa Rígida
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Parking position
Working position
Esquema de introdução da barra falsa rígida por meio da gôndola
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BARRA FALSA
A cabeça da barra falsa deve ser preparada com materiais quesolidifiquem o aço liquido ao entrar no molde após a abertura do veio. A cabeçatambém pode ser preparada por um conseal ou a chamada cabeça pronta.
Preparação da cabeça da Barra falsa
MATERIAL RESFRIANDO O AÇOFORMANDO ADERINDO A CABEÇA DA BARRA FALSA
JATO DE AÇO DO DISTRIBUIDOR.
MOLDE PRONTO PARA PARTIDA
BARRA FALSA INTRODUZIDA 
CABEÇA COM MATERIALREFRIGERANTE.
MOLDE
BARRA FALSA
MOLDE
BARRA FALSA INTRODUZIDA NO MOLDE
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DA BARRA FALSABARRA FALSA INTRODUZIDA NO MOLDE
Esquema de introdução da barra falsa epartida de máquina
JATO DE AÇO DO DISTRIBUIDOR.
PELE SOLIDIFICADA TRACANDO CALOR COM A PAREDE DO MOLDE
AÇO SOLIDIFICADO NACABEÇA DA BARRA FALSA
JATO DE AÇO DO DISTRIBUIDOR.
PELE SOLIDIFICADA TRACANDO CALOR COM A PERADE DO MOLDE
AÇO SOLIDIFICADO NACABEÇA DA BARRA FALSA
BARRA FALSA SENDO EXTRAIDA DANDO INICIO AO LINGOTAMENTO
Modelos de tipos de cabeçasprontas
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CONTROLE AUTOMATICO DE NÍVEL
Como o próprio nome diz este sistema é responsável por controlarautomaticamente a altura do nível do molde no distribuidor. Nos primórdios dasiderurgia este controle era feito manualmente ao longo to tempo algumastentativas de controle foram sendo aprimoradas ate que desenvolveram algumasalternativas, as mais conhecidas e utilizadas são o sistema magnético e o sistemaradioativo . Em distribuidores com tampão ou válvula gaveta o sistema trabalhano controle do fluxo de aço do distribuidor para o molde variando a vazão emantendo a velocidade estável na extração, já nos distribuidores com válvulasconvencionais ou troca rápida onde a vazão tende a ser controladas pelo diâmetroe altura do aço dentro do distribuidor o sistema trabalha variando a velocidade daEUD, porem a tabela abaixo mostra os diversos tipos de tecnologias aplicadas aeste sistema:
Sistema de Controle automático de Nível no molde
Método Detecção Sistema Comentários
Ótico Emissão infravermelho do aço
FotodiodoFotodiodo PoncetCEDA
Mais viável para lingotamento aberto sem póNecessita alguma 
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aço Reflexão de feixe Laser
Fotodiodo(Time of flight) CEDALadar Necessita alguma reflexão do pó de lingotamento
Radioativo Fonte Radioativa Cs137, Co60
Contador de cintilação Vários Alguma interferência do pó de lingotamento
Térmicos Termopares na parede do molde
Posição de máxima temperatura NSCUSEC Resposta lenta
Sistema Eddy Current Bobinas de emissão e Detecção
Sofisticado sistema eletrônico de DetecçãoUso de componentes especiais de bobinas
NKKConemAlcem
 Não é afetado pelo pó; Resposta rápida; Alguns sistemas exigem cuidados no set-up para eliminar distorções, etc.
Mecânicos Bóias de refratário
Diferença de nível Vida limitada
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CONTROLE AUTOMATICO DE NÍVEL
SISTEMA MAGNÉTICO
Uma bobina no interior do sensor gera um campo eletromagnético,penetrando profundamente para dentro do molde. Como resultado correntes deFoucault são induzidos na camada superior do metal fundido. Estas correntes deFoucault, por sua vez gerar um campo eletromagnéticos neutralizante - a sua forçaé proporcional à distância entre o sensor e o metal fundido no interior do molde.Desta forma, o nível de molde pode ser determinada muito precisamente eindependentemente da lubrificação por óleo, pó ou escória .
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Esquema do sistema de controle de nível magnético externo. Mas este também possuiuma instalação fixa no molde em algumas maquinas de Lingotamento Continuo.
Sensor do sistemade controle denível
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CONTROLE AUTOMATICO DE NÍVEL
SISTEMA RADIOATIVO
A radiação gama é atenuada, uma vez que passa através do molde.Esta atenuação é medida por um detector. O grau em que a radiação é atenuadadepende do nível do molde. Quanto maior o nível de metal fundido no molde, amenos radiação irá atingir o detector. Desta maneira, o nível de molde pode serfiavelmente monitorizada - independentemente de poeiras, a temperatura evibrações, ou seja o sistema que utiliza radiação funciona com um cintilômetro quecapta a variação do campo de Raios Gama convertendo esta variação em altura donível.
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Esquema do sistema de controle automático de nível no molde
1234
Shielding
Source
Transmitter dual channel
Junction Box
Cable (optional)
5
6
7
2 3
1
Typical Mold Level System Layout
Detector 
Transmitter single channel
7
45
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MESA INTERMEDIÁRIA
Mesa Intermediaria
Para que o veio chegue as unidades de corte (que veremos a seguir)este passa um uma mesa de rolos, nas maquina de LC com barra falsa articuladasservem também para guiar a barra falsa ate as unidade de extração para que sejaintroduzida no molde, esta mesa de rolos pode ser tracionada ou não, dependendodo conceito adotado pelo fabricante normalmente estas mesas são concebidas comsistemas de rolos e guias individuais por veio, no passado tentou-se construirmesas com rolos comuns mas não foi um conceito bem aplicado .
SENTIDO DE LINGOTAMENTO
VISTA SUPERIOR
VISTA LATERAL
ROLOS DA MESA
GUIAS DE TARUGOS
GUIAS DE TARUGOS
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ROLOS DA MESA
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PINCH ROLL
PINCH ROLL
A função deste equipamento é auxiliar a extração do veio duranteolingotamento aliviando a pressão exercida pela unidade de extração e desempeno eno final de lingotamento remover o veio até as máquina de corte assim que o mesmosai dos rolos extratores.O Pinch roll é posicionado antes das máquinas de corte e são dotadosde movimento de elevação;
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Fotos de Pinch Rolls com base de acionamento dos rolos superior e inferior
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UNIDADES DE CORTE
A função deste equipamento é cortas a seção lingotada (veio) emcomprimentos pré 3 tipos de maquinas de corte utilizados em processos deLingotamento Contínuo: - Corte a Plasma;- Tesoura;- Máquina de oxicorte; (maçarico oxicorte).
O corte normalmente é feito por maçaricos que empregam uma chamafeita com oxigênio/Acetileno ou oxigênio/GLP (utilizado na SINOBRAS).
Máquina de oxicorte.
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Tesoura hidráulica.
Tesouras Mecânicas vs Oxicorte
• Os sistemas mais utilizados são as tesouras mecânicas e os sistemas de corte utilizando maçaricos automáticos a oxigênio;• Os sistemas de tesouras mecânicas tem sido substituídos pelas unidades oxicorte devido ao alto grau e custo de manutenção requeridos pôr aqueles sistemas; • No passado acreditava-se que as perdas em rendimento com o oxicorte não justificavam o investimento. Entretanto hoje, observa-se que a confiabilidade do sistema supera as perdas;
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UNIDADES DE CORTE
OXICORTE
O processo de oxicorte, nas linhas de lingotamento contínuo, tem como objetivos:
• Cortar, automaticamente, as barras no tamanho determinado;• Efetuar o corte emergencial (manualmente), caso o corte automatizado falhe;• Recolher amostras ao longo da produção do lingotamento.
O processo tem como princípio a aplicação de uma chama de pré-aquecimento com posterior injeção de um jato de oxigênio puro que, por reação química, promoverá a oxidação de ferro na sua temperatura de ignição (870 oC) e, conseqüentemente, o corte.
O balanço das reações de oxidação :
( 1 ) Fe + O  FeO + calor (267 kJ)
( 2 ) 3Fe + O2  Fe3O4 + calor (1120 kJ)
( 3 ) 2Fe + 1,5O2  Fe2O3 + calor (825 kJ)
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calor (825 kJ)
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UNIDADES DE CORTE
INFLUENCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA NO PROCESSO DE OXICORTE
• Alumínio - Sua influência só é verificada em teores acima de 10%.
• Carbono - Não se observam problemas até níveis de 0,25 a 0,30%. A partir deste nível, carbono pode impedir a reação do oxigênio com o ferro e prejudicar o corte . Teores de carbono mais elevados requerem pré-aquecimento para evitar aumento de dureza e possíveis trincas.
• Cobre - Teores acima de 2% prejudicam o corte.
• Cromo - Teores acima de 5% prejudicam sensivelmente o corte e requerem técnica e equipamentos especiais (ver corte de aços inoxidáveis).
• Enxofre - A presença de pequenos teores, como os existentes nos aços, não produz efeitos prejudiciais. Em percentuais elevados, no entanto, reduz a velocidade de corte além de aumentar a geração de fumos.
• Fósforo - Em teores normais, não afeta o oxi-corte.
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• Manganês - Teores normais encontrados nos aços não provocam efeitos sensíveis. No entanto, teores acima de 14% combinados com teores acima de 1,5% de carbono tornam o corte difícil, além de necessitar de pré-aquecimento.
• Molibdênio - Os efeitos deste elemento são semelhantes ao do cromo e também necessitam de técnica especiais.
• Níquel - Teores acima de 3% prejudicam sensívelmente o corte e requerem técnica e equipamentos especiais (ver corte de aços inoxidáveis).
• Silício -Teores normais encontrados nos aços não provocam efeitos sensíveis. Teores elevados, no entanto, provocam escória rica em sílica, que possue baixa fluidez, dificultando sua retirada pelo jato de corte.
• Tungstênio - Teores até 14% não afetam o oxi-corte sensivelmente, o que não se torna possível, no entanto, se os teores ultrapassarem 20%.
• Vanádio - Teores normais encontrados nos aços podem melhorar o corte ao invés de prejudicá-lo.
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UNIDADES DE CORTE
TIPOS DE BICO
Bico de sede planaBico de sede cônica
No tipo “mistura no punho” a mistura é feita no interior do maçarico junto ao punho, fato esse que aumenta consideravelmente o risco de um retrocesso de chama.O maçarico de “mistura na cabeça”, a mistura combustível/oxigênio é feita no ponto de montagem do bico de corte , diminuindo sensivelmente a quantidade da mistura inflamável. Considerado como o mais seguro, o maçarico de “mistura no bico” tem a mistura combustível/oxigênio feita dentro do próprio bico, em várias câmaras independentes envolvendo, portanto um pequeno volume de mistura inflamável.
Maçarico de Corte Manual
Aciaria GGRJ-ACI-LC-020 Preparação do Distribuidor para Partida ‹nº› 17/05/03
Por serem maçaricos de corte emergencial, não é raro algumas usinas optarem por mantê-los permanentemente acesos durante o processo de lingotamento, para não colocar o veio em risco de parada caso o corte principal falhe e o maçarico de emergência apresente algum problema ao ser colocado em operação.De um modo geral, os maçaricos manuais não são arrefecidos a água, apesar de existir esta opção. Por serem longos e por requerem maneabilidade na área de trabalho, seu peso, mangueiras extras e um sistema adicional de controle, tornam a opção praticamente inviável;
CURSO BÁSICO DE LINGOTAMENTO CONTINUO CRISTIANO FAUSTINO ALMEIDA 66 2016
UNIDADES DE CORTE
O maçarico automático é instalado diretamente na máquina de lingotamento contínuo realizando o corte transversalmente à peça. Sua “cabeça” é montada em 180o no sentido do maçarico, utilizam de forma geral o bico tio sede plana, e seu movimento de corte pode ser linear, recomendado para cortes de chapas ou barras de grande dimensão, ou de movimento pendular. Por estarem submetidos a temperaturas elevadas sobre o veio, além de possuírem uma grande potência de chama, os maçaricos automáticos são arrefecidos a água, além de serem consideravelmente robustos.Em geral, cada linha apresenta um maçarico independente, sendo que algumas linhas contêm maçaricos aos pares, permitindo o corte simultâneo da barra, assim como de amostras. Seu distanciamento é de acordo com o tamanho padrão de amostras, sendo ambos montados no mesmo dispositivo de transporte.
MAÇARICO AUTOMÁTICO
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UNIDADES DE CORTE
OXICORTE AÇOS INOXIDAVEISPara sobrepor o efeito refratário dos óxidos formados em aços alta liga, é necessária a adição de uma fonte adicional de ferro à região a ser cortada, permitindo o início do processo de oxidação e de sua conseqüente geração de calor. Isto é permitido pela adição de um fluxo de pó-de-ferro (eventualmente acrescentado de alumínio) na extremidade do bico de corte, na região da chama;
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SISTEMA DE TRANSFERÊNCIA DE TARUGOS
SISTEMA DE TRANSFERÊNCIA DE TARUGOS
A ala de saída das máquinas de lingotamento de tarugos ou blocos é formada pelos seguintes equipamentos:
• Mesa de saída;• Batente móvel;• Mesa de transferência;• Batente fixo;• Marcadores de tarugos;• Elevadores;• Leito de resfriamento;• Mesas de enforcamento à quente
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SISTEMA DE TRANSFERÊNCIA

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