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1 MutaMutaçção e ão e Reparo do DNAReparo do DNA Capítulo 14 Griffiths 8ª edição Fidelidade da Replicação do DNA •A replicação do DNA possui alta fidelidade •DNA pol. III possui atividade exonucleásica 3’Æ 5’ permite remover nucleotídeos incorporados erroneamente durante a replicação do DNA – Essencial para correção de nucleotídeos que foram incorporados erroneamente – Sem a correção a taxa de erro (taxa de mutação) é de 1 x 10‐6 – Com a correção a taxa de mutação é de 1 x 10‐9 (diminuição de 1000 vezes) Reparo do DNA • Entretanto, erros ainda podem ocorrer durante a replicação • Além disso, modificações químicas podem ocorrer no DNA além da replicação • Se estas alterações não forem corrigidas antes da próxima replicação, ela será fixada no DNA genômico do organismo (MUTAÇÃO) • Classificação: – Mutação ao nível do DNA – Mutação ao nível da proteína Mutações ao nível do DNA Mutações de ponto • Substuição de uma base por outra – Transição: pirÆpir ou purÆ pur – Transverção: pirÆ pur ou purÆ pir • Inserções/Deleções – adição ou remoção de bases Nobel de Medicina (1968) Khorana, Nirenberg e Holley O Código Genético é reduntante Tipos de mutações Ao nível da proteína • Mutações sinônimas ou silenciosas– ela altera um códon para um aminoácido em outro códon para o mesmo aminoácido • Mutações de sentido trocado – o códon para um aminoácido é mudado em um códon para outro aminoácido • Mutações sem sentido – o códon para um aminoácido é mudado para um códon de término de tradução (fim) • Mudanças de matriz de leitura – adição ou deleção de um único par de bases no DNA muda a matriz de leitura dos códons 2 Mutações ao nível da proteína • Mutações sinônimas ou silenciosas – ela altera um códon para um aminoácido em outro códon para o mesmo aminoácido Mutações ao nível da proteína • Mutações de sentido trocado – o códon para um aminoácido é mudado em um códon para outro aminoácido Mutações ao nível da proteína • Mutações sem sentido – o códon para um aminoácido é mudado para um códon de término de tradução (fim) DNA: ATG ACT CAC CGA GCG CGA AGC TGA mRNA: AUG ACU CAC CGA GCG CGA AGC UGA Proteína: Met Thr His Arg Ala Arg Ser Para DNA: ATG ACT CAC TGA GCG CGA AGC TGA mRNA: AUG ACU CAC UGA GCG CGA AGC UGA Proteína: Met Thr His Para Mutações ao nível da proteína • Mudanças de matriz de leitura – adição ou deleção de um único par de bases no DNA muda a matriz de leitura dos códons Mutação Espontânea Oxidação (setas vemelhas) Hidrólise (setas azuis) Metilação (setas verdes) Origem do dano no DNA Desaminação Mutação Espontânea 3 Uracila pode parear com Timina Hipoxantina pode parear com Citosina Desaminação mais frequente Falha no reparo de desaminação Mutação de ponto: transição Hidrólise Hidrólise Mutação Espontânea Deleção Falha no reparo de depurinação Mutação Induzida Origem do dano no DNA • Mutágenos atuam por pelo menos 3 mecanismos diferentes: – Substituição de base – Alteração de base – Danificação de base Substituição de base • Alguns compostos químicos são suficientemente similares às bases nitrogenadas normais do DNA de modo a serem incorporadas no lugar das bases normais (ANÁLOGOS DE BASES) • Os análogos de bases possuem propriedades de pareamento diferentes das de bases normais, e assim podem produzir mutações pela inserção incorreta de nucleotídeos no curso da replicação 4 Exemplo: 5‐Bromouracil • 5‐Bromouracil é um análogo da timina que faz par com a guanina causando transições 5‐Bu Timina Alteração de base • Alguns mutágenos alteram a base do DNA, causando um mal pareamento específico – Agentes alquilantes – agentes que adicionam grupos alquila (etil ou metil) a muitas posições de todas as 4 bases EMS – Etilmetanosulfonato Alteração de base • Alguns mutágenos alteram a base do DNA, causando um mal pareamento específico – Agentes intercalantes – são moléculas planares achatadas que mimetizam pares de bases e são capazes de se intercalar com as bases nitrogenadas empilhadas no centro da dupla hélice Danificação de base • Alguns mutágenos danificam uma ou mais bases e com isto o pareamento específico não é mais possível. • O resultado é um bloqueio da replicação do DNA, pois a DNA pol. não consegue continuar a síntese na ausência de molde • Ex. luz ultravioleta (UV) aflotoxina B1 Luz Ultravioleta •O maior dano causado pela UV é a formação de dímeros de timina • Os dímeros criam uma dobra no DNA que bloqueia a progressão da DNA polimerase • Se o dímero não for corrigido, a DNA pol salta estas bases, o que resulta em uma pequena deleção 5 Aflotoxina B1 • Produto natural isolado de amendoins infectados pelo fungo Aspergillus • A aflotoxina se liga a guanosina • A adição da aflotoxina leva a quebra da ligação entre a base e o açúcar, o que provoca um depurinação Mecanismos de Reparo •Existem várias fontes e tipos de dano ao DNA •Portanto, a célula possui vários sistemas para verificar e corrigir o DNA •A natureza da dupla hélice é chave para a detecção e reparo do dano •Ou seja, o dano causa um mal pareamento (detecção) das bases • E as fitas não danificadas servem de molde para a correção do dano (reparo) Bases incorretas são fáceis de serem identificadas pelo sistema de reparo do DNA Sistemas de Reparo • Reparo de despareamento • Reparo por excisão de base • Reparo por excisão de nucleotídeos • Reversão Direta • 1970 ‐ H. Smith e Wilcok isolaram independentemente as primeiras enzimas de restrição – Eles descreveram as enzimas de restrição como um mecansimo de defesa bacteriana contra a invasão de bacteriófagos. • 1971 ‐ Ray Tomlinson inventa o programa de email Os maiores eventos da Biologia Molecular 1970s Descobrindo as enzimas de restrição 1978 • Enzimas de restrição foram isoladas em bactérias. • A ação destas enzimas consiste em cortar o DNA em sequências específicas. • A função das enzimas de restrição é de proteger a bactéria contra a invasão do DNA viral • Exemplo: EcoRI – da E. coli Werner Arber Hamilton Smith Daniel Nathans 6 Enzima de restrição ‐ EcoRI Molecular Cell Biology, 4th edition •EcoRI reconhece uma sequência palindrômica de 6 pares de bases GAATTC •Eco RI produz fragmentos de DNA com extremidades coesivas específicas e que podem ser unidas por ação da ligase. Extremidade coesiva Como a E. coli protege seu próprio DNA da ação EcoRI? •DNA da E. coli é protegido pois possui uma DNA metilase correspondente (EcoRI metilase) que adiciona um grupo metil no par de base central da sequência GAATTC impedindo que a EcoRI reconhecea a sequência e a clive HindII isolada da Haemophilus influenzae, produz fragmentos de DNA com extremidades cegas e que podem ser unidas por adição de adaptadores. Enzimas de restrição ‐ HindII Reparo de despareamento • Apesar da extraordiária fidelidade da DNA polimerase, erros ainda podem ocorrer • Estes tipos de erro podem ser detectados e reparados após a replicação pelo sistema de reparo de despareamento • Defeitos no sistema de reparo de despareamento aumenta a taxa de mutação espontânea 10 a 1000x • Em procariotos este sistema envolve pelo menos 3 enzimas MutL, MutS e MutH • Sistema semelhante já foi identificado em vários eucariotos Como distinguir a fita com a base alterada? •O reparo por despareamento só pode ajudar na fidelidade da replicação do DNA se conseguir distinguir entre a fita antiga (não danificada) e a fita novo (danificada) •Em E. coli, isto é alcançado através de metilação das adeninas na sequência GA*TC pela enzima Dam metilase • A proteínaMutL forma um complexo com MutS no despareaemento • MutH reconhece a fita antiga se ligando ao grupo metil • MutH possui atividade endonucleásica e cliva somente sítos GATC não metilados • Enzimas exonucleásicas removem nucleotídeos de um trecho ao redor do despareamento • DNA polimeras I preenche a lacuna e ligase sela a lacuna 7 Reparo por excisão de base • É a principal via para reparo de bases modificadas, incorporação errada de uracil e dano oxidativo • Este tipo de reparo é feito pela DNA glicosilase que cortam a ligação base‐açúcar, liberando assim a base alterada • Existem várias DNA glicosilases. A uracil DNA glicose é essencial para remover uracila do DNA causada principalmente pela desaminação da citosina Reparo por excisão de base • A enzima DNA glicosilase reconhece a lesão e remove a base na ligação glicosídica criando um sítio abásico ou sítio AP (apurínico ou apirimidínico) Reparo por excisão de base •Uma enzima AP endonuclease remove o esqueleto fosfodiéster adjacente ao sítio AP •O nucleotídeo AP é removido por uma exonuclease e a lacuna é então preenchida pela DNA pol e selada pela ligase Reparo por excisão de nucleotídeos •Este mecanismo reconhece lesões de DNA que causam grandes distorções na estrutura do DNA como por exemplo dímeros de timina • É feito um corte nos dois lados da lesão e um pequeno segmento de DNA é removido Reparo por excisão de nucleotídeos •A lacuna é preenchida pela DNA polimerase e selada pela DNA ligase •Na E. coli este sistema é mediado pelas proteínas UvrABCD Reversão direta • Também chamado de reparo por luz ou fotorreparo • Alguns tipos de lesões podem ser reparadas por reversão direta como por exemplo dímero de pirimidina causado por luz UV • O dímero de pirimidina é reparado pela enzima fotoliase • A enzima liga‐se ao dímero e o quebra na presença de alguns comprimentos de onda de luz visível para regenerar as bases originais 8 Fotoliase N5,10‐‐THF Foton Ação da fotoliase União terminal Não Homóloga Reparo por Recombinação Homóloga Reparo por Recombinação Homóloga Rad51 (Rec A) • Material genético recuperado • Note que a sequência do cromossomo parental é idêntica ao cromossomo maternal na região reparada • Heterozigosidade é perdida Reparo por Recombinação Homóloga A importância do sistema de reparo Reparo por recombinação homóloga Câncer na mama e ovário BRCA‐2 Reparo de excisão de base Câncer de pela, sensitividade pela UV Xeroderma Pigmentoso Reparo de despareamento Câncer do cólonMSH2 DefeitoFenótipoDoença
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