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Anatomia e Fisiologia Auditiva

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Otorrino Prof. Cláudio 08/08/2001
Anatomia Auditiva
	O aparelho auditivo é dividido basicamente em 3 partes: ouvido externo, médio e interno. O ouvido externo é formado por 2 estruturas: o pavilhão auricular, mais conhecido como orelha e o meato acústico externo ou conduto auditivo externo.
	O pavilhão auricular apresenta algumas irregularidades (depressões e saliências). É uma estrutura fibrocartilaginosa. Nós temos a saliência chamada de Hélix, Antihélix, Tragos, Antitragos e o lóbulo da orelha. E como depressão nós temos a Concha, que é central. O meato acústico externo apresenta 2,5 cm de comprimento e termina numa estrutura chamada de membrana timpânica. É um canal que possui uma leve sinuosidade e mantém no seu terço mais externo os pêlos, glândulas subepiteliais, que produzem cerumem e abaixo do epitélio nós temos cartilagem. Nos dois terços mais internos não possui glândulas e está em contato direto com o osso temporal. 
	A partir da membrana timpânica nós temos o ouvido médio (a membrana já faz parte do ouvido médio). O tímpano mede aproximadamente 9 mm no seu eixo horizontal e 8,5 mm no vertical. No eixo central nós encontramos uma estrutura óssea que é o cabo do martelo, por trás da membrana. A membrana apresenta duas porções principais : no terço superior é chamada de Pars Flácida e nos dois terços inferior é chamada de Pars Tensa. A flácida possui 2 camadas de tecido: epitelial e mucoso. A tensa tem 3 camadas: epitelial, fibroso e mucoso. A área que mais vibra é a Pars Tensa devido à sua camada fibrosa. E essa camada possui fibras parabólicas, radias e semilunares. Elas se entrelaçam, formando a camada fibrosa. 
	No otoscópio nós observamos a vascularização da membrana timpânica, sempre acompanhando o cabo do martelo (de cima para baixo) e um reflexo luminoso no quadrante antero-inferior. Na caixa do tímpano nós encontramos 3 ossículos articulados que são: o Martelo, a Bigorna e o Estribo, formando a cadeia ossicular. O martelo no latim é chamado de Maleus, a Bigorna de Ictus e o estribo de Estabes. A articulação entre o martelo e a bigorna se chama Icudos-maleolar. Entre a bigorna e o estribo se chama Icudos-estabediana. Essa cadeia ossicular fica fixa através dos ligamentos suspensores da cadeia ossicular. Nós temos 2 músculos importantes que são: m. estapédico que se prende na cabeça do estribo e o m. tensor do tímpano que se prende no colo do martelo. Ainda na caixa do tímpano nós encontramos uma abertura que é chamada Trompa de Eustáquio ou Tuba Auditiva. Ela se abre na porção antero-inferior da caixa de tímpano e vai até o rinofaringe. O estribo está em contato com um orifício chamado de Janela Oval. Existe ainda uma outra abertura abaixo da janela oval que se chama Janela Redonda, vedada por uma membrana. O estribo se movimenta na janela oval. No ouvido médio nós temos ainda um canal ósseo por onde passa o nervo facial (VII), e é chamado Canal de Falópio. Separando o ouvido médio da fossa média cerebral há uma pequena e fina tábua óssea, que é por esse motivo que otites médias de repetição podem levar à meningites de repetição.
 	No ouvido interno nós temos a Cóclea ou Caracol, que é a primeira porção do ouvido interno e a Segunda porção, acima da cóclea, é o Labirinto. A cóclea é um canal ósseo que dá 2 voltas e meia no seu próprio eixo. Num corte transversal nós observamos 3 cavidades, uma superior chamada de Rampa Vestibular que contém um líquido chamado de Perilinfa, uma intermediária chamada de Ducto Coclear, que contém a estrutura sensorial da audição que é o Órgão de Corti. O órgão de corti está envolto em um líquido que é a Endolinfa. E a terceira cavidade que é a Rampa Timpânica que também é preenchida por perilinfa. Bioquimicamente a peri e a endolinfa são opostas. A perilinfa é rica em Na e pobre em K. A endolinfa é rica em K e pobre em Na. O órgão de corti apresenta camadas de células ciliadas internas e externas. E esses cílios estão em contato com uma membrana que envolve essas células que é chamada de Membrana Tectória, dentro do ducto coclear. As fibras nervosas cocleares do VIII par saem do órgão de corti e se dirigem para os seus núcleos ventral e dorsal no tronco cerebral.
Fisiologia Auditiva
	O ser humano capta ondas sonoras na faixa de 16Hz a 20000Hz. As ondas sonoras vão atingir a membrana timpânica, fazendo-a vibrar e essa vibração será transmitida à cadeia ossicular e essa por sua vez vibrará até o estribo na janela oval, dentro da cóclea. A energia sonora vai perdendo a sua força a medida que ela muda do meio aéreo (canal auditivo), passa para o sólido (cadeia ossicular) e chega no líquido (endo e perilinfa). A energia vai se perdendo. Para compensar essa perda de energia existe a diferença de tamanho entre a membrana timpânica e a janela oval (cerca de 17x). A membrana é maior. A outra forma de compensar a perda de energia é a conformação dos ossículos e suas articulações que permitem ampliar em 1,3 a energia por um mecanismo de alavanca. Essa energia poderia ser tão forte a ponto de lesar a membrana do tímpano e para tentar evitar este dano nós contamos com o m. estapédico, fixado na cabeça do estribo. Quando temos um som muito forte (em torno de 90 dB), o estapédio contrai e segura a cabeça do estribo, impedindo que a energia chegue com muita intensidade à janela oval e aos líquidos, evitando que, por pressão, esse líquido cause dano ao órgão de corti. Desenrolando a cóclea nós observamos que a rampa vestibular e timpânica se encontram na ponta da cóclea, motivo pelo qual possuem o mesmo tipo de líquido (a perilinfa). A janela redonda possui uma membrana para poder suportar a pressão que entra pela janela oval. A rampa vestibular é separada do ducto coclear pela membrana de Reissner e o ducto coclear se separa da timpânica pela membrana Basilar. Os pêlos e o cerumem tem função de proteção.
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