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Relatório Estágio em Docência Educação Infantil - Patricia Souza

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1 
 
 
UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ 
 
 
 
 
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência Educação Infantil 
 
 
 
PATRICIA ARRUDA DE SOUZA SANTOS 
 
 
 
Araruama, 
ABRIL/2017 
 
2 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em 
Docência Educação Infantil 
 
 
 
 
 
Relatório exigido como parte dos 
requisitos para conclusão da disciplina 
de Prática de Estágio Supervisionado em 
Docência de Educação Infantil sob a 
orientação da Professora Adelaide 
Rezende de Souza. 
 
Curso: Pedagogia 
 
 
 
Araruama, 
ABRIL DE 2017 
3 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO.......................................................................................................04 
1 - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO.....................................05 
1.1 – CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA.....05 
1.2 - CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR...................................................................08 
 
2 - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES 
 
OBSERVADAS E REALIZADAS...........................................................................12 
 
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS......12 
 
2.2 – ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO........................................17 
 
3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................22 
 
REFERÊNCIAS.....................................................................................................25 
 
ANEXOS...............................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 O presente relatório do Estágio Supervisionado em Docência da Educação 
Infantil do curso de Pedagogia, tem por finalidade relatar as observações 
relacionadas ao processo pedagógico – a escola, os espaços educativos, as 
crianças e as práticas docentes. 
 A finalidade da prática do estágio fortalece a compreensão das teorias 
estudadas, bem como a aplicabilidade e reflexão sobre o exercício que se inicia 
neste momento, indispensáveis à formação docente. 
 Os assuntos aqui abordados relacionam-se ao reconhecimento da estrutura 
e funcionamento de uma escola de educação infantil, observando e analisando 
aspectos no que se refere às práticas docentes, como plano de aula, 
metodologia, avaliação e etc. 
 O estágio foi realizado na Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho 
das Flores, no ano de 2017, no período de 20/03/2017 à 11/04/2017, com carga 
horária de 66 h, na turma 11 do Pré II, regida pela professora Andréa Dias 
Pereira Peclat. A referida turma é composta por 22 crianças da faixa etária de 
cinco anos. Foram realizadas atividades de observação da rotina escolar, 
participação e colaboração em atividades das práticas diárias junto à turma. 
 O relatório está organizado em três seções que dispõe sobre o 
desenvolvimento do estágio: na primeira sessão apresento a descrição do local 
onde foi realizado o estágio, observando sua estrutura física e o levantamento do 
quadro de profissionais ativos, bem como do cotidiano escolar, que envolve o 
cuidar, o educar e o brincar. Na segunda sessão, ressalto a observação dos 
aspectos constitutivos de uma sala de aula, bem como das atividades realizadas. 
Na terceira sessão, concluo as minhas expectativas ao começar o estágio, 
minhas experiências vivenciadas e principalmente todas as atividades das quais 
participei e que desenvolvi durante o estágio. Ao final, são acrescentados alguns 
anexos relevantes que completam a documentação do relatório. 
 
5 
 
CAPÍTULO 1 
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA E DO COTIDIANO 
1.1 - CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA. 
 Fundada em 1988, a Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das 
Flores pertence à rede pública municipal, mantida pela Prefeitura de Araruama - 
RJ. Fica localizada na Rua Monlevale, s/nº, no bairro Fazendinha, primeiro distrito 
do município de Araruama - RJ. Encontra-se próximo a uma grande rodovia que 
liga a Região dos Lagos a outros municípios. 
 O bairro é bem populoso e possui características de periferia urbana. Possui 
muitas residências e comércios como padarias, depósitos de doces, mercados, 
peixaria, vidraçaria, bazar, entre outros. A clientela é formada por alunos de 4 a 
12 anos, que moram no bairro e não apresentam as mesmas condições 
socioeconômicas, porém isso não interfere no relacionamento e na aprendizagem 
dos mesmos. 
 A escola oferece educação infantil: Pré I e Pré II e ensino fundamental do 
primeiro segmento: do 1º ao 5º ano. As turmas funcionam em 2 turnos: manhã e 
tarde. 
 Ao todo são 980m2 de área construída. O prédio foi totalmente reformado há 
um ano, oferecendo uma ótima infra-estrutura à comunidade. Os banheiros, 
bebedouros, mesas e cadeiras são adaptados ao tamanho da criança, tornando 
os ambientes mais aconchegantes. Também estão presentes os recursos de 
acessibilidades para alunos com limitações físicas e motoras, tais como: rampas 
de acesso e corrimão nos diversas áreas da escola. 
 A Instituição possui nove salas de aula amplas e arejadas. Uma sala de 
vídeo, uma sala de leitura (biblioteca) com livros à disposição de qualquer 
educador que tiver interesse e necessidade de usá-los, uma sala de recursos, 
uma sala de informática, uma sala de direção, uma sala de secretaria, uma sala 
de orientação, uma sala dos professores, um refeitório com capacidade para 40 
crianças, uma cozinha, uma cantina, oito banheiros femininos, oito banheiros 
6 
 
masculinos (adaptados ao tamanho da criança e também aos portadores de 
necessidades especiais), um pátio amplo e coberto para a realização de várias 
atividades e uma quadra de areia. 
 A escola é bem distribuída. A educação infantil possui uma entrada 
separada dos demais alunos, garantindo maior segurança. 
 No que se refere aos recursos didáticos, a escola possui datashow, 
computadores, impressora, aparelho de som, televisão, aparelho de DVD, entre 
outros. 
 As salas de aula contêm armários para guardar materiais didáticos, quadros 
brancos, mural, ventiladores, carteiras e cadeiras apropriadas. Na educação 
infantil, as salas também contam com cantinhos lúdicos como: cantinho da leitura, 
cantinho dos jogos e cantinho do vídeo (TV/DVD). 
 Nas paredes da sala de aula têm algumas atividades realizadas pelos 
alunos e de modo geral estão na altura das crianças, seguindo o método 
pedagógico utilizado. É possível perceber em cada trabalho, a individualidade de 
cada aluno. 
 O quadro de funcionários contém 51 pessoas: uma diretora, uma vice-
diretora, uma secretária, um oficial administrativo, três orientadoras pedagógicas, 
duas orientadoras educativas, dois professores de educação física, duas 
professoras de recursos, duas professoras de leitura, duas professoras de artes, 
seis professoras da educação infantil, onze professoras do ensino fundamental, 
duas professoras de apoio, três auxiliares de disciplina, cinco ASG, quatro 
merendeiras, dois vigias e um guarda. 
 A Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das Flores desenvolve 
um projeto sustentável há cinco anos, onde todos os alunos, docentes e 
funcionários participam juntando material reciclável durante o ano e todo mês deoutubro, o material é vendido e a renda é revertida para a realização da festa das 
crianças, onde são distribuídos doces e brinquedos. 
7 
 
 Quanto ao planejamento da escola, existe o Projeto Político Pedagógico que 
foi elaborado há muitos anos por funcionários da instituição e com a participação 
da comunidade escolar. Esse documento busca definir a identidade da escola, 
enfatizando sobre o tipo de indivíduo que queremos formar, e que mundo 
desejamos construir. Atualmente, o PPP da escola está sendo revisado e tem 
como proposta o resgate da identidade e a valorização da cultura, na perspectiva 
de formar cidadãos e cidadãs que integrem e contribuam para sua comunidade. 
Sempre que há necessidade ele é alterado de acordo com as necessidades. A 
metodologia utilizada na escola oscila entre a tradicional e a construtivista. 
 A sala de aula da turma estagiada é ampla, arejada, bastante colorida e 
atrativa. Os móveis são adequados ao tamanho das crianças. Há uma TV, um 
aparelho de DVD e três ventiladores de teto. Possui armários, onde são 
guardados os materiais utilizados para a aula. Existe um quadro branco onde são 
passadas algumas atividades, um varal onde são colocadas as atividades 
realizadas pelas crianças. Acima do quadro tem o alfabeto em caixa alta. Na 
parede ficam expostos os numerais e vogais. Possui também um cartaz de 
chamada contendo os nomes de todos os alunos em ordem alfabética. Todos os 
cartazes foram confeccionados em EVA. A sala também possui um cantinho da 
leitura, com livros de histórias e contos de fadas, onde a professora utiliza sempre 
no início e no final da aula. 
Sugestões para melhoria dos espaços observados: 
 Mesmo sendo uma estrutura recém reformada, percebe-se que ainda pode 
ser melhorada. Um exemplo disso é a ausência de uma brinquedoteca, 
possibilitando o brincar de forma significativa e criativa, promovendo o 
descobrimento de si mesmo, de suas capacidades, da maneira de pensar 
diferente dos outros perante as mesmas brincadeiras. Segundo Kishimoto (1990) 
apud Carvalho (2011, p. 28); 
“Atualmente as brinquedotecas são consideradas espaços de 
animação sociocultural que se encarregam da transmissão da 
cultura infantil bem como do desenvolvimento da socialização, 
integração e construção de representações infantis”. 
8 
 
1.2 – CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR 
 O cuidar e o educar são processos indissociáveis que estão sempre 
presentes na rotina pedagógica da educação infantil, como no momento da 
higiene, da alimentação e tantos outros que podem e devem ser trabalhados 
dentro do aspecto educativo. Portanto cuidar e educar na educação infantil 
significa ter situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de 
forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento da criança. 
 Na Pré Escola, o educar não se trata de preparar o aluno para o ensino 
fundamental. A importância dessa fase é levar a criança a formar uma imagem 
positiva de si, fortalecendo a auto-estima, bem como desenvolver a comunicação 
e a interação social através das relações que se estabelecem com o outro. 
 O momento da acolhida na escola estagiada é de muita atenção e cuidado, 
a professora sempre chega mais cedo e recebe os alunos com um “bom dia” bem 
alegre. Durante todo o período de estágio, observei que ela proporcionava 
diariamente momentos para que os alunos pudessem brincar no pátio livremente 
ou em atividades organizadas por ela. Porém pude notar que algumas vezes a 
professora utilizava desse momento como punição quanto ao mau 
comportamento de alguns alunos. 
 O brincar faz parte das atividades diárias dos alunos. Não deve ser utilizada 
como premiação ou punição. A professora deve buscar outros meios para lidar 
com o mau comportamento das crianças, como o diálogo e as regras 
combinadas. 
 A prática docente deve ser prazerosa, dinâmica e eficiente ao usar o brincar 
como instrumento de aprendizagem e indispensável na formação de identidade 
da criança, propiciando aos mesmos uma aprendizagem significativa, 
despertando o interesse, a autonomia, a criatividade e o prazer nas realizações 
das atividades propostas. Brincando, a criança aprende novos conceitos, adquire 
informações e tem um crescimento saudável. Nada melhor para a criança, que 
aprender através daquilo que ela mais gosta de fazer: brincar. 
9 
 
 Moreira (2005, p. 20) afirma que para melhor conhecer a criança é preciso 
aprender a vê-la, observá-la enquanto brinca, o brilho dos seus olhos, a mudança 
de expressões em seu rosto, os movimentos do seu corpo. Devemos estar 
atentos à maneira como ela desenha o seu espaço e aprender a ler a maneira 
como ela escreve a sua história. 
 A relação da professora com os alunos da classe observada se dá de forma 
próxima e afetiva. Esta relação está pautada no diálogo, na compreensão, na 
afetividade. A professora conversa com os alunos, escuta, incentiva, é atenciosa, 
e tem voz altiva, levando em consideração os limites que devem ser impostos em 
alguns casos. Essas atitudes podem ter importantes contribuições no 
desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança, pois, segundo Souza (2012, p. 
31), “ao retornar para si o olhar e as palavras impregnadas de sentidos que o 
outro lhe transmite, a criança acaba por construir sua subjetividade a partir dos 
conteúdos sociais e afetivos que este olhar e estas palavras lhe revelam”. Sendo 
assim, cada palavra e cada gesto que o professor transmite ao seu aluno pode 
interferir no processo de aprendizagem da criança, visto que expressamos 
nossos sentimentos através linguagem corporal. 
 A professora estimula a responsabilidade e a organização das crianças. Na 
entrada, elas colocam suas mochilas penduradas no local reservado, e ao 
brincar, todos devem juntar e guardar os jogos. Quando há algum conflito entre 
os alunos, a professora sempre resolve em sala mesmo. O manejo dela frente à 
turma possibilitava um ambiente de boa convivência. 
 Em relação aos alunos pode se dizer que são participativos, demonstram 
interesse em aprender, possuem um bom relacionamento e trata a professora 
com respeito. Não têm dificuldades em emprestar os jogos e participam juntos 
das brincadeiras. De um modo geral, eles são afetuosos uns com os outros. 
 Quanto ao aspecto cognitivo, todos os alunos necessitam de auxílio para 
desempenhar as atividades propostas. Alguns apresentam maiores dificuldades 
cognitivas do que outras, enquanto que outras têm maior habilidade motora. Logo 
foi visível que o desenvolvimento humano não é linear. 
10 
 
 Por serem crianças da faixa etária de cinco anos, conseguem utilizar o 
banheiro sozinhas, mas havendo necessidade a professora auxilia. 
 Quanto à gestão escolar, é participativa e democrática, havendo um bom 
relacionamento entre todos. A orientadora pedagógica acompanha o trabalho da 
professora de perto, sempre chega à porta pra observar como está o andamento 
das aulas. Bimestralmente acontecem reuniões de pais para discutirem assuntos 
sobre a aprendizagem e comportamentos dos alunos. O corpo docente da escola 
busca juntamente com a família um ensino de melhor qualidade. 
 A anamnese é feita no ato da matrícula. Os pais ou responsáveis pelo aluno 
são entrevistados pela orientadora que também registra em uma ficha todos os 
dados históricos necessários da criança. 
 Os professores participam do curso de formação continuada oferecido 
gratuitamente pela secretaria municipal de educação. 
 A escola oferece refeições às crianças. Antes de entrar em sala tomam leite 
que pode ser misturado comchocolate. No horário do recreio serve comida com 
cardápio variado, que é elaborado pelas merendeiras. Algumas crianças têm o 
costume de levar seus lanches. Não existe o momento para higiene bucal, onde 
deveriam escovar os dentes, quando terminam a merenda, as crianças lavam as 
mãos e em seguida a professora as conduzem à quadra para brincadeiras livres. 
 Percebemos que a escola oferece um ambiente propício para desenvolver a 
aprendizagem. Para (Davis e Oliveira 2010), 
“A escola deve ser um ambiente acolhedor, que promova a 
liberdade de pensamento, que incentive a ousadia nas formas de 
expressão e valorize a descoberta do novo. (...) um local onde os 
outros possam aperfeiçoar seus processos sensoriais, 
perceptivos e imaginativos. Isso pode ser alcançado por meio de 
experiências que estimulem a exploração, a experimentação e a 
criação. Esta postura contribui para que a escola confirme sua 
função de instituição social voltada para uma ação que leve as 
crianças a construírem conhecimentos cada vez mais complexos 
11 
 
e também a se engajarem em novas possibilidades de ação. É 
conhecendo, explorando e criando que as crianças se constituem 
enquanto sujeitos”. (DAVIS e OLIVEIRA, 1994, p. 70) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
CAPÍTULO 2 
DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES OBSERVADAS E 
REALIZADAS 
 
 A experiência do Estágio Supervisionado na Educação Infantil é um 
momento de grande importância para a formação docente, seja ela inicial ou 
continuada. Durante esse período é possível observar com se dá e processo de 
ensino e aprendizagem e a relação estabelecida entre todos os envolvidos no 
contexto escolar. É através do estágio que os estudantes podem compreender 
melhor os conhecimentos teóricos adquiridos durante o curso. Durante esse 
processo, busquei observar todos os aspectos que pudessem contribuir para 
minha formação, bem como compreender o desenvolvimento da aprendizagem 
da criança, refletindo a qualidade do trabalho educativo. 
 Nesse capítulo, estão descritos minhas análises quanto aos acontecimentos 
da turma observada, das práticas da professora e das atividades planejadas por 
mim. 
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DA TURMA E DAS ATIVIDADES OBSERVADAS 
 O estágio foi realizado na turma do Pré II, com crianças da faixa etária de 
cinco anos. A turma é composta de 22 alunos que são bastante comunicativos e 
participativos e conta somente com a professora regente. 
 Ao chegar à escola, a professora regente recebeu-me com muito carinho e 
apresentou-me à classe. Sentei-me próximo às crianças que demonstravam 
bastante curiosidade com minha presença. Confesso que antes desse momento 
me sentia ansiosa. Porém a cada dia me familiarizava mais com toda a classe. 
 As aulas seguem uma rotina diária estabelecida pela professora. No 
momento da acolhida, as crianças se cumprimentam através da música: “Bom dia 
amiguinho”. Logo após, a professora fala sobre o tempo e pergunta: como está o 
dia hoje? Está fazendo sol? Todas as crianças respondem. Logo em seguida a 
professora pergunta que dia da semana é hoje? Nesse momento uma responde: 
13 
 
hoje é sexta feira, outra diz: hoje é sábado. Elas ainda não sabem se orientar 
pelo dia da semana. 
 Dando seqüência, tem o momento da roda de conversa onde a professora 
conta uma história e ao terminar deixa as crianças comentarem suas novidades e 
interesses. Após esse momento, as crianças voltam para o seu lugar para fazer 
suas atividades. 
 A professora utilizou várias estratégias de ensino como brincadeiras, 
pinturas, colagem, montagem, datas comemorativas e outras competências 
educacionais, sempre de forma interativa e incentivando a participação dos 
alunos. 
 A educação infantil é um lugar que tem a função pedagógica específica, em 
sintonia com os sujeitos a que se destina, almejando o pleno desenvolvimento 
infantil e levando em consideração as características concretas de cada um. 
 O plano de aula é desenvolvido semanalmente pela professora e revisado 
pela coordenadora pedagógica, sendo sujeito a alterações se necessário. 
 Apesar de planejar antecipadamente as aulas, havia momentos em que as 
crianças ficavam ociosas enquanto a professora preparava algo de improviso. 
Nesses momentos, ela oferecia alguns joguinhos como: quebra cabeça, jogo de 
encaixe, figurinhas. Nessas atividades, os objetivos não eram esclarecidos, 
servindo apenas para preencher o tempo. 
 O planejamento é um aspecto fundamental na prática docente. O ensino não 
pode ser espontaneísta, sem embasamento, é preciso pesquisa e traçar objetivos 
que queira alcançar com a execução de cada atividade. Isso não significa que o 
ensino deva ser estático, sem possibilidade de mudanças, é preciso haver 
flexibilidade a fim de que os interesses dos alunos possam ser respeitados. 
O plano de aula deve satisfazer os interesses e as necessidades 
dos alunos, sem afastar-se dos pontos essenciais a serem 
desenvolvidos”. (Cazaux Haydt, p. 105). 
14 
 
 Quanto a avaliação da Educação Infantil, é realizada durante o decorrer do 
ano letivo, através das atividades individuais e em grupo aplicadas pelos 
professores. É feita a partir de observação, registro das atividades, produção de 
portifólio individual e relatórios semestrais. De acordo com o art. 31 da LDB 
9394/96, a avaliação na educação infantil não tem objetivo de promoção das 
crianças mesmo para o ensino fundamental e deve ser feita mediante registro do 
desenvolvimento das crianças. 
 No portifólio individual especifica-se o desenvolvimento das crianças em 
cada matéria estudada: Como foi esse desenvolvimento, o que aprenderam, se a 
aprendizagem foi significativa, de que forma se comportaram frente a situações 
de adversidades, como foi o comportamento diário em sala de aula. 
 Os principais aspectos observados, segundo a professora são: 
desenvolvimento da linguagem oral, desenvolvimento emocional, capacidade de 
realizar atividades propostas e o nível de dificuldade que apresentam nessa 
resolução e aspectos de desenvolvimento da capacidade motora fina. 
ATIVIDADES REALIZADAS PELA PROFESSORA: 
Atividade 1: Com objetivo de desenvolver a linguagem oral, áudio visual e 
criatividade, a professora após terminar a leitura da história “O sapo 
apaixonado”, perguntou se algum aluno poderia reproduzir a história. Cada 
criança contou uma parte, recriando e imaginando a história. Foi um momento de 
muita interação entre elas. Logo após cantaram a música “O sapo não lava o pé”. 
Análise crítica: A atividade proporcionou para que as crianças pudessem recriar a 
história, ressaltando os principais trechos, utilizando a imaginação e a 
criatividade. Foi bem interativa, onde teve a participação da maioria dos alunos. 
Ao interagir com o livro de maneira prazerosa, podemos reconhecê-lo como fonte 
de múltiplas informações e conhecimentos. 
Fundamentação Teórica: Através da leitura, o professor estará ampliando o 
repertório literário de seus alunos, proporcionando uma construção autônoma e 
motivando o hábito de leitura. De acordo com essa perspectiva, o 
15 
 
desenvolvimento da autonomia é incentivado, pois é através da participação ativa 
e autônoma que podemos levar nossos a alunos a uma aprendizagem eficaz. 
Segundo Paulo Freire: 
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades 
para a sua própria produção ou a sua construção.” 
Atividade 2: - Dia da água. A professora explicou a importância da água, 
ressaltando sua utilização em várias ocasiões no dia adia. Pediu que a turma 
participasse explicando em quais momentos eles utilizavam a água. Eles 
relataram alguns exemplos como: tomar banho, beber, fazer comida. Depois 
dessa conversa, a professora entregou uma folha e pediu que cada um fizesse 
um desenho livre com o tema apresentado. 
Análise Crítica: As crianças interagiram demonstrando interesse, introduzindo 
seus conhecimentos acerca do tema trabalhado. Observei o quanto gostam de 
desenhar espontaneamente. 
Fundamentação teórica: O conhecimento que o aluno traz é importante para o 
processo de aprendizagem, para que esse processo seja realmente significativo e 
não um amontoado de palavras que não fazem parte da vivência cultural dos 
educandos. Paulo Freire (1989) salienta a importância da leitura do mundo para 
que se faça a posterior leitura da palavra. 
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a 
posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da 
leitura daquele”. 
Atividade 3: Nessa atividade a professora trabalhou a introdução de algumas 
letras do alfabeto. A atividade consistia em copiar as letras A, B, C, D, E, F e G 
até o final da linha e pintar o desenho de um barco. A professora pediu a atenção 
de todos, dirigiu-se ao quadro e escreveu a letra B. 
_Olhem para cá crianças, vamos aprender a letrinha B. Alguém sabe 
alguma coisa que comece com essa letra? 
16 
 
As crianças pareciam pensativas. Algumas recorreram ao mural de alfabetos 
onde tem algumas ilustrações e responderam: 
 _Bola! 
 A professora perguntou se alguém mais sabia oura palavra. Ajudei a 
professora pronunciando alguns itens que começam com a letra B como: banana, 
barco, boneca e etc. 
 Quando terminaram a cópia da letra B, a professora repetiu o mesmo 
processo para a letra C. Quando chegou na letra D, a maioria das crianças 
estavam desatentas e já não demonstravam interesse pela a atividade. Algumas 
já estavam pintando o desenho, que era para ser feito no final. A atividade se 
estendeu, não dando tempo para trabalhar todas as letras. Corremos para 
terminar, pois professora disse que todos deveriam encerrar naquele mesmo dia. 
Todas realizaram a atividade, porém muitas crianças tiveram dificuldades. Ajudei 
indo de mesa em mesa, segurando cada mãozinha, já que muitos não tinham 
coordenação motora e também estavam cansados. 
Análise Crítica: Não deu tempo de trabalhar todas as letras, aprender as relações 
entre fonemas e grafemas. As crianças seguiram copiando automaticamente. Se 
a criança não adquire a consciência fonêmica, ela pode pensar que as palavras 
são como desenhos, e passar a decorá-las. 
Fundamentação Teórica: Segundo Ferreiro (1999) “Ler não é decifrar; escrever 
não é copiar” (p. 283). Muitos educadores ainda utilizam a cópia de letras soltas 
como ferramenta para a alfabetização, apegados à concepção de que só se 
aprende algo por meio de repetição, memorização, cópia de modelos de escrita 
ou mecanização. Porém, refletir sobre esse processo, é ter consciência de que 
alfabetizar não é somente decorar símbolos, mas sim dar compreensão do que 
vê, lê e vive. Nessa perspectiva, a aprendizagem é percebida como o somatório 
desses elementos mínimos, onde a criança aprende através da repetição 
seguindo um modelo pré-estabelecido, privilegiando os aspectos perceptivo e 
motor. A aprendizagem torna-se, portanto, um processo mecânico, repetitivo, não 
levando em conta o contexto sócio-histórico e nem o desenvolvimento psicológico 
17 
 
da criança. Num processo de aprendizagem de leitura e escrita, a criança se 
depara com um mundo cheio de atrações, e será muito mais atraída se esse 
processo for transformado num ato lúdico. 
 
ATIVIDADES REALIZADAS PELO ESTAGIÁRIO 
 Nesse período em que estagiei, auxiliei a professora e os alunos sempre 
que necessário. Ajudei individualmente cada aluno nas atividades, levei as 
crianças ao recreio, auxiliei na confecção de vestimentas e acessório para o dia 
do circo e etc. 
 Para desenvolver o Projeto de Atividades decidi trabalhar o tema Identidade, 
sugerido pela orientadora pedagógica. O objetivo do projeto é valorizar a 
identidade do aluno, construir sua autonomia e respeitar os demais diante de 
suas escolhas e preferências. 
 Observei que as atividades que envolviam jogos, músicas e histórias faziam 
com que as crianças mostrassem maior interesse. Diante disso, busquei de forma 
planejada desenvolver atividades lúdicas, que não ficasse restrita apenas a lápis 
e papel, mas que pudesse possibilitar uma aprendizagem mais significativa, 
respeitando as singularidades de cada criança. 
Atividade 1: A caixa do tesouro 
Objetivo: Construção da identidade, baseada na autonomia do indivíduo e no 
desenvolvimento da sua auto-estima. 
Desenvolvimento: Levei para sala um baú enfeitado e encapado com papel 
dourado e coloquei um espelho dentro. Confeccionei um mapa do tesouro na 
cartolina e fixei-o no quadro para deixar um clima mais real. Comentei com as 
crianças que fiquei sabendo que haviam encontrado dentro da escola um baú do 
tesouro e perguntei a elas se sabiam o que era tesouro. Prontamente algumas 
responderam que eram jóias outras disseram que era ouro. Fui buscar o baú do 
tesouro e coloquei-o em cima da mesa de frente para a turma. Comentei que o 
18 
 
tesouro que estava ali dentro do baú era mais valioso do que as jóias e o ouro. 
Perguntei: _Vocês querem ver o tesouro? Elas prontamente responderam: Sim. 
 Combinei que cada um poderia ver, mas não podia comentar com o colega, 
tinha que manter segredo. Então chamamos um a um e quando eles abriam o 
baú e viam sua própria imagem eu comentava: _Olha que tesouro mais lindo e 
precioso! Elas tiveram as mais diversas reações ao verem sua imagem refletida. 
Sorriam e voltavam aos seus lugares. Quando todos participaram fiz alguns 
questionamentos: 
_ O que vocês viram dentro do baú? Perguntei 
_ Vi meu rosto. Alguns responderam. 
_ Vocês sabiam o quanto são especiais e de muito valor? Vocês são verdadeiros 
tesouros. Comentei o quanto eles eram amados e queridos e deixei que eles 
comentassem. 
_ A minha mãe já me disse isso - Uma criança comentou 
Outras comentaram sobre atitudes carinhosas no âmbito familiar. 
As crianças participaram com entusiasmo. 
Atividade 2: Caça ao tesouro 
Objetivo: Desenvolvimento psicomotor e Identificação da escrita do próprio nome 
em situações significativas. 
Desenvolvimento: Elaborei uma atividade possibilitasse o brincar como projeto 
educativo. Espalhei bombons com o nome impresso de cada criança pela parte 
externa da escola. Conduzimos as crianças à quadra e disse que iríamos brincar 
de caça ao tesouro. Separamos em grupos de quatro alunos e combinamos que 
eles deveriam procurar o tesouro que estava escondido em algum lugar, mas só 
poderiam pegar aquele que tivesse com o seu nome. As crianças estavam 
eufóricas e umas torciam pelas outras. Elas procuravam com muitas expectativas 
e quando encontravam o seu tesouro, voltavam com muita alegria. Auxiliamos de 
perto promovendo a segurança das crianças e orientando se estivesse perto. 
19 
 
Somente três alunos não conseguiram identificar a escrita do seu nome, sendo 
preciso ajudá-los. Foi uma atividade fantástica. Todos adoraram. 
Fundamentação Teórica: Brincar é a oportunidade de desenvolvimento 
psicomotor, assim a criança experimenta, descobre, inventa, exercita e 
confere suas habilidades. O brincar é portanto, uma atividade natural, 
espontânea e necessária para a criança, constituindo-se em uma peça 
importantíssima na sua formação. Para Santos (1995,p.4.) por meio dessas 
atividades, a criança constrói o seu próprio mundo. 
Atividade 3: Cada um é do seu jeito 
Objetivo: Trabalhar a autoestima. Possibilitar uma imagem positiva de si, 
ampliando sua autoconfiança. Respeitar as características de cada um. 
Reconhecer suas próprias características e do colega. 
Desenvolvimento: Seguindo a orientação da professora regente, chamei duas 
crianças à frente da turma. Pedi que cada uma olhasse sua imagem no espelho. 
Em seguida perguntei se elas eram iguais nos seguintes aspectos: cor dor olhos, 
estilo do cabelo e cor da pele. Chamei mais duas crianças e repeti as perguntas. 
As respostas eram sempre as mesmas: _Não somos iguais, somos diferentes. 
_ Tia, ela tem o cabelo enrolado – disse uma. 
_ Muito bem! Cada um é do seu jeito. Respondi 
 Expliquei que todos nós possuímos características diferentes e muito 
especiais. Logo após deixei que todos se olhassem no espelho. Distribuí lápis de 
cor e folha para cada um com o desenho de um rosto em branco e pedi que eles 
desenhassem em cada rosto o que estava faltando de acordo com as suas 
características como: estilo do cabelo, cor dos olhos e etc. Todos participaram e 
foram bastante criativos. Quando iam terminando me perguntavam: 
_Olha tia, o meu ficou bonito? Ficou lindo! Respondia sempre com um sorriso e 
um abraço. 
20 
 
Atividade 4: Roda de leitura - História “Meninos de todas as cores” 
Objetivo: Estimular o pensamento independente, a imaginação, a concentração e 
a socialização. Desenvolver o gosto pela leitura, envolvendo a criança num 
mundo de fantasia e imaginação. A história também proporcionou construir uma 
imagem positiva das diversidades étnicas culturais que existem em nossa 
sociedade, como sendo fundamentais para a formação da identidade. 
Desenvolvimento: Elaborei um cenário com vários meninos desenhados de mãos 
dadas, cada um de uma cor. Sentamos em roda e pus no meio um vasilhame 
com água e coloquei dentro um barquinho de papel pintado. Confeccionei quatro 
bonequinhos de papel, um de cada cor. Então contei a história de maneira lúdica 
que fala de um menino branco, que só brincava com meninos brancos e gostava 
de ser branco porque era a cor do leite saboroso e da neve que é linda. Esse 
menino resolveu fazer uma viagem, então eu coloquei o bonequinho branco 
dentro do barco e ele viajou até que encontrou um lugar onde todos os meninos 
eram amarelos. Esse menino amarelo também gostava de ser amarelo porque o 
sol era amarelo. Narrei toda a história e todas as crianças estavam muito atentas 
e todas as vezes que eu citava a cor de cada menino, algumas crianças 
participavam dizendo: 
_Olha tia, tem a cor amarelo na minha blusa. 
Após terminar a história, trabalhei os aspectos da diversidade racial existente na 
nossa sociedade, conscientizando a turma que todas as pessoas são iguais 
apesar das diferenças. Encerrei a atividade dizendo que a nossa turma é mais 
bonita por ser assim toda colorida! As crianças adoraram. Elas participaram e 
ficaram atentas no decorrer da história. A professora me pediu para repetir antes 
do finalizar o estágio. 
Fundamentação teórica: Através das histórias infantis a criança expressa seus 
sentimentos, intensifica sua capacidade de imaginação, cria e recria o seu 
universo e amplia seu relacionamento e compreensão com o mundo, um mundo 
do faz de conta. 
 
21 
 
Atividade 5: Minha família 
Objetivo: Desenvolvimento da linguagem oral e coordenação motora, bem como 
Identificar os componentes da sua família. Trabalhamos também com o 
pensamento lógico, associação de número e noção de quantidade. 
 
Desenvolvimento: Através do tema Identidade, é importante mencionar a família 
e sua importância. Distribuí folhas com um desenho de uma casa. Pedi que cada 
um desenhasse todos os membros que compõe sua família dentro do desenho. 
Todos desenharam e pintaram. Logos após recortamos a casa e dobramos as 
partes laterais de maneira que quando a casa fosse aberta podíamos ver a 
família na parte de dentro. Quando terminaram, Perguntei: 
 _Como é sua família? Será que ela é igual à do seu colega? Deixei que eles 
comentassem, pedindo que aguardassem sua vez. 
 Conversamos sobre a importância da família, que não existe somente a 
família tradicional composta por pai, mãe, filhos, avós e tios, às vezes só a mãe e 
filhos ou só avós e netos. Não foi um tema simples de discutir, mas as crianças 
participaram expondo suas idéias. 
 Ainda dentro dessa mesma atividade, pedi que sentassem em rodinha e 
coloquei uma caixa no centro contendo muitas tampinhas. Pedi que cada um 
pegasse a quantidade de tampinhas que representasse o número de pessoas da 
sua família. Mostrei o número referente à quantidade que representava cada 
família. Depois pedi que cada um observasse a quantidade das tampinhas dos 
colegas e perguntei: 
 _ Qual família possui mais pessoas? Perguntei 
 _ É a família do Davi - Responderam alguns. 
 _ Qual família possui menos pessoas? 
 _ É a família da Maryana – Respondeu uma criança. 
 _ Sim da Maryana e também da Maria Eduarda. Continuei. 
 _ Vamos ver agora quais são as famílias que possuem as mesmas 
quantidades de pessoas? Continuei. As crianças participaram com entusiasmo. 
Algumas possuem dificuldades de relacionar quantidade. Porém mesmo com 
dificuldades todas participaram. 
22 
 
 As atividades propostas por mim foram realizadas com êxito e o resultado foi 
satisfatório. Percebe-se que através de momentos lúdicos é possível estabelecer 
muito mais interação, aprendizado e socialização entre as crianças. Foi notável a 
participação delas através da brincadeira, dinâmicas, rodinhas de história. 
 As observações iniciais possibilitaram-me a elaboração de um planejamento 
lúdico voltado para o desenvolvimento integral da criança, a fim de construir seus 
próprios conhecimentos. O educador deve estar preparado para escutá-los, 
entendê-los e envolvê-los de maneira criativa, respeitando suas características 
dentro da realidade de cada um e suas capacidades. 
 Nesse sentido, o educador deve ser um pesquisador de suas próprias 
ações, viabilizando um planejamento pedagógico proporcionando as crianças 
situações de aprendizagens significativas, na qual o professor tem um papel de 
mediador, que observa e espera o desenvolvimento dos pequenos. 
 Portanto, é no estágio prático em sala de aula, que o futuro professor tem a 
oportunidade de se aprimorar, para exercer com êxito sua futura profissão 
pensando nos resultados, analisando como podemos melhorar. Essa reflexão 
deve ser constante ao professor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A prática do estágio foi uma experiência muito proveitosa que me 
possibilitou vivenciar o início do processo de construção da docência. Foi 
possível conhecer, experimentar e vivenciar as diversas situações das práticas 
pedagógicas inseridas dentro de sala de aula. 
 Essa experiência forneceu-me subsídios importantes para minha formação, 
pois permitiu um novo olhar acerca do ambiente escolar como um momento de 
descoberta da própria identidade do estagiário, mostrando-me a importância da 
formação continuada, do constante aprimoramento como professor pesquisador 
em constante busca de conteúdos atuais, investigando minhas próprias práticas 
visando sempre o desenvolvimento pleno dos educandos. 
 Esse contato foi desafiador, entretanto prazeroso e significativo. Confesso 
que me senti ansiosa no primeiro dia, mas as crianças foram muito receptivas e o 
corpo docente foi muito prestativo.Esses fatores me ajudaram a sentir mais 
integrada à escola. Durante as semanas de estágio tive a oportunidade de 
planejar atividades para serem propostas aos alunos, ver na prática como é estar 
à frente de uma classe e ser responsável pela mediação do conhecimento. Não 
só os alunos aprendem com o professor, mas sim aprendemos muito com eles 
também a cada situação vivida em sala de aula Segundo Silva: 
 
A primeira concepção que deve nortear o papel do professor é: 
“aprender e ensinar‟ e “ensinar e aprender‟. Ambas constituem 
um processo dinâmico, onde uma não existe sem a outra. 
Ensinar pressupõe um aprendizado.” (2007, p. 35) 
 
 Nas observações em sala de aula foram registradas as práticas docentes 
assim como do relacionamento entre professor-aluno. Não poderia deixar de 
destacar o laço de afetividade que envolve os alunos e a professora. As crianças 
são espontâneas em seus gestos. Abraçam-nos, e demonstram o quanto 
depositam confiança, segurança e carinho no professor. Como foi gratificante 
receber cada sorriso. 
 
24 
 
 Destaco também que a realidade escolar é bastante dinâmica, repleta de 
improvisos e como futuros professores precisamos estar preparados para 
mudanças no planejamento e atividades pedagógicas. 
 O estágio é indispensável para a formação docente, pois nos faz refletir 
sobre a nossa atuação enquanto futuros profissionais da educação. Foi um 
período de aprendizagens e descobertas, proporcionando-me levar de 
aprendizado para a vida profissional a reflexão sobre minha própria conduta 
como educadora, a flexibilidade e a necessidade de acolher a diversidade. É 
nesse contato que o futuro professor elabora um perfil que norteará sua prática, 
consciente da postura ética e interativa que deve assumir perante seus alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 
DAVIS, C. OLIVEIRA, Z. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1994. 
CAZAUX, Haydt. R. Curso de Didática Geral: O Planejamento da ação 
Didática. São Paulo, Ática. 2000. p, 105. 
MOREIRA, Ana Angélica Albano. O espaço do desenho: a educação do 
educador. 10. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 
ANDRADE, Maria Célia. Afetividade e aprendizagem: Relação 
Professor/aluno. Disponível em <http://www.administradores.com.br/informe-
se/artigos/afetividade-e-aprendizagem-relacao-professor-e-aluno/44105/> 
Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários a Prática 
Educativa. São Paulo: Paz e Terra. 
FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto 
Alegre: Artmed, 1999 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 1 
PROJETO PEDAGÓGICO 
TEMA: IDENTIDADE 
 
Atividade 1: CAIXA DO TESOURO 
Material Necessário: Baú enfeitado, um espelho para colocar dentro do baú, 
mapa do tesouro. 
Objetivos: Construção da identidade, baseada na autonomia do indivíduo e no 
desenvolvimento da sua auto-estima 
 
Desenvolvimento: Apresentar aos alunos uma caixa com uma tampa atraente. 
Dizer à eles que dentro dela existe algo muito precioso e de muito valor, um 
verdadeiro tesouro. Perguntar se eles querem ver esse tesouro. Criar um 
ambiente de interesse. Convidar cada aluno para olhar dentro da caixa, porém 
combinar que ninguém pode comentar o que tem dentro dela. No fundo da caixa 
deve ter um espelho de modo que ao olhar dentro o aluno veja refletida a sua 
própria imagem. Ficar atento às reações, pois elas poderão dizer como as 
crianças se vêem. Após todos participarem, perguntar o que era o tesouro, 
trabalhando a auto estima, dizendo o quanto eles são importantes e especiais. 
 
Atividade 2: Brincadeira Caça ao tesouro 
Material Necessário: Bombons identificados com nome de cada aluno impresso. 
Objetivo: Desenvolvimento psicomotor e Identificação da escrita do próprio nome 
em situações significativas. 
Desenvolvimento: Espalhar os bombons identificados na área externa da escola. 
Explicar as crianças que elas deverão procurar o tesouro e só poderiam pegar 
aquele identificado com seu nome. Orientá-los para que haja segurança durante a 
brincadeira. 
Atividade 3: Cada um é do seu jeito 
27 
 
Material Necessário: Espelho, atividade em folha, lápis de cor e giz de cera. 
Objetivo: Possibilitar uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança. 
Respeitar as características de cada um. Reconhecer suas próprias 
características e do colega. Coordenação motora. 
Desenvolvimento: Chamar duas crianças à frente. Pedir que cada uma se olhe 
no espelho. Perguntar se suas características físicas são iguais à do colega. 
Explicar a importância das diferenças existentes entre eu e meu amigo como cor 
da pele, cor dos olhos, estilo de cabelos, propondo o devido respeito a todas 
essas diferenças. Distribuir folha com rosto em branco onde deverão desenhar o 
que está faltando e pintar de acordo com suas próprias características. 
Atividade 4: Rodinha: História: “Os meninos de todas as cores”. 
Material Necessário: Cartaz com tema da história, vasilhame com água, 
barquinho feito de papel e bonequinhos coloridos de papel para ilustrar a história. 
Objetivo: Estimular o pensamento independente, a imaginação, a concentração 
e a socialização. Desenvolver o gosto pela leitura, envolvendo a criança num 
mundo de fantasia e imaginação. O tema da história também propõe a 
construção de uma imagem positiva das diversidades étnicas culturais que 
existem em nossa sociedade, como sendo fundamentais para a formação da 
identidade. 
Desenvolvimento: Com os alunos sentados em roda, contar a história de forma 
lúdica. Utilizar os bonequinhos coloridos simulando viagens de barco. Após o 
término, trabalhar os aspectos das diversidades raciais existentes em nossa 
sociedade. 
 
Atividade 5: Minha Família 
Material Necessário: Folha de atividade, lápis de cor e tesoura. 
Objetivo: Desenvolvimento da linguagem oral e coordenação motora. 
Identificação dos componentes da sua família. Pensamento lógico, associação de 
número e noção de quantidade. 
28 
 
Desenvolvimento: A atividade consiste em desenhar sua família dentro da 
casa já impressa em cada folha. Colorir, recortar a casa e dobrar. Após essa 
atividade, com os alunos sentados em círculo, Solicitar que as crianças 
peguem a quantidade de tampinhas correspondentes ao número de membros 
que moram na sua casa. Pedir para as crianças identificar qual família tem 
menos membros. Qual a família tem mais membros. Quais famílias têm a 
mesma quantidade de membros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
ANEXO 2 
FOTOS 
 
Foto 01: Atividade Caça ao tesouro 
 
Foto 02: Atividade Eu sou assim Foto 03: Atividade Eu sou assim 
30 
 
 
 Foto 04: Atividade Roda de História 
 
 
Foto 05: Atividade Roda de História 
 
 
31 
 
 
Foto 06: Atividade Minha família 
(Essa foto foi tirada após a atividade)

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