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Contabilidade Aula 9

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Anotações do Aluno
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Aula Nº 9 – Operações com 
Pessoal
Objetivos da aula:
Qualquer empresa, independente de seu porte, está obrigada a cumprir 
a legislação trabalhista, registrar seus funcionários e recolher os encargos 
sociais ao governo. Essas operações exigem boa organização e, quando 
o número de funcionários é maior, exige-se um sistema informatizado. O 
objetivo desta aula é mostrar as principais operações com pessoal, fazendo 
com que o aluno domine esse campo e acompanhe as mudanças na 
legislação para manter-se atualizado.
Ao final desta aula, você deverá saber elaborar uma folha de pagamento e 
contabilizar o pagamento aos funcionários, o recolhimento dos encargos 
ao governo e as provisões para férias e 13o salário. No entanto, no exercício 
de sua profissão, deverá ficar atento às alterações da legislação trabalhista.
Tenha uma ótima aula!
Introdução
A empresa precisa preparar a folha de pagamento de seus empregados, 
pois é um documento obrigatório para efeito de fiscalização trabalhista e 
previdenciária.
Para elaborá-la, não existe modelo oficial, podem ser adotados critérios 
que melhor atendam às necessidades de cada empresa. No mínimo, a 
folha de pagamento deve apresentar os seguintes elementos:
• Nome dos empregados (segurados), indicando cargo;
• Função ou serviço prestado;
• Valor bruto dos salários;
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94Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
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• Valor da contribuição de Previdência, descontado dos salários;
• Valor líquido que os empregados receberão.
Da folha de pagamento, é emitido o recibo de pagamento, que indica os 
dados que constaram da folha de cada um dos empregados e a estes é 
entregue.
1. Cálculo de folha de pagamento
1.1. Valor bruto dos salários
É o valor considerado, para a empresa, como despesa total de salários. 
Além dos salários, é, também, despesa, para a empresa, a contribuição 
de Previdência parte empresa e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço).
1.2. Previdência Social – INSS
De acordo com a legislação atual, todo empregado assalariado, regido 
pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), está obrigado a contribuir 
com a Previdência Social. Essa contribuição é descontada dele em folha 
de pagamento, e varia de acordo com a faixa salarial de cada empregado, 
sendo calculada mediante aplicação de um percentual sobre o salário de 
contribuição (é um valor fixado pela Previdência que serve de base para o 
cálculo das contribuições previdenciárias).
Atualmente, o cálculo é feito com base na seguinte tabela:
Tabela de Contribuição da Previdência Social
Salário de Contribuição R$
Alíquota para fins de
Recolhimento ao INSS (%)
Até 840,55 7,65
De 840,56 até 1.050,00 8,65
De 1.050,01 até 1.400,91 9,00
De 1.400,92 até 2.801,82 11,00
O valor limite para contribuição é de R$ 308,20 (teto de contribuição).
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A Contribuição de Previdência parte referente à empresa corresponde a 
26,8% sobre o valor bruto da folha de pagamento (Esses percentuais podem 
ser alterados pela Previdência. Portanto, o contabilista deve ficar atento a 
possíveis alterações).
O valor de 26,8% tem o seguinte destino:
Previdência Social.......................................................20,0 %
Seguro Acidente do Trabalho....................................1,0 a 3%
Terceiros........................................................................5,8 %
1.3. FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
Corresponde a 8% sobre o valor bruto da folha de pagamento, o qual 
será recolhido na Caixa Econômica Federal, em nome dos empregados, 
constituindo-se em despesa paga pela empresa aos empregados.
1.4. IRF – (Imposto de Renda na Fonte)
É um imposto variável de acordo com o valor do salário. Sobre o valor bruto 
do salário, aplica-se a tabela progressiva a seguir:
Base de cálculo mensal em 
R$
Alíquota (%)
Parcela a deduzir do 
imposto em R$
Até 1.313,69 Isento -
Acima de 1.313,70 até 2.625,12 15,0
R$ 197,05
Acima de R$ 2.625,12 27,5 R$ 525,19
Dedução por dependente: R$ 132,05
O valor retido do funcionário deverá ser repassado aos cofres públicos de 
acordo com os prazos estipulados pelo governo federal.
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1.5. Salário-Família
É um auxílio da Previdência Social aos trabalhadores de baixa renda que 
possuem filhos menores de 14 anos de idade. A empresa paga esse valor 
para o empregado e é reembolsada pela Previdência Social quando efetua 
os recolhimentos correspondentes à folha de pagamento.
Salário Valor unitário da quota (por filho)
Até R$ 435,56 R$ 22,34
De R$ 435,57 a R$ 654,67 R$ 15,74
Acima de R$ 654,67 Extinto
2. Contabilização da folha de pagamento
A contabilização da folha de pagamento é extremamente simples. Vamos 
acompanhar com um exemplo.
Dada a folha de pagamento abaixo, efetue a contabilização.
Nome Salário INSS IRRF Líquido a Receber
Carlos de Souza 1.000,00 86,50 -0- 913,50
Alberto Bernardini 2.500,00 275,00 177,95 2.047,05
Total 3.500,00 361,50 177,95 2.960,55
No último dia do mês:
1. Apropriação da folha de pagamento:
D – Salários
C – Salários a pagar R$ 3.500,00
2. Registro das retenções sobre os salários dos empregados:
D – Salários a pagar
C – INSS a recolher R$ 361,50
3. Contribuição da Previdência parte empresa:
D – Encargos sociais
C – INSS a recolher R$ 938,00
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Anotações do Aluno
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4. Apropriação do FGTS:
D – Encargo FGTS
C – FGTS a Recolher R$ 280,00
5. Retenção do IRRF 
D – Salários a Pagar
C – IRRF a Recolher R$ 177,95
No mês seguinte:
1. Pagamentos aos empregados em dinheiro:
D – Salários a pagar
C – Caixa R$ 2.960,55
2. Recolhimento dos encargos:
D – INSS a recolher R$ 1.299,50
D - FGTS a Recolher R$ 280,00
C – Caixa R$ 1.579,50
3. Recolhimento do IRRF
D – IRRF a Recolher R$ 177,95
C – Caixa R$ 177,95
3. Provisão para 13º salário
A contabilização mensal do 13º salário, que é facultativa, constitui-se em 
importante instrumento para efeito de análise e apuração do resultado 
efetivo das operações sociais da empresa. Além disso, tal prática atende ao 
Princípio Contábil da Competência, segundo o qual as despesas e receitas 
devem ser computadas à medida que vão sendo incorridas, independente 
do seu pagamento ou recebimento, respectivamente.
Deve ser ressaltado, ainda, que a contabilização mensal dessa provisão, 
além de extremamente recomendável, sob a ótica gerencial e contábil, 
pode vir a ser interessante, também, do ponto de vista fiscal, para efeito 
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Anotações do Aluno
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de redução ou suspensão da estimativa mensal ou de apuração do lucro 
real trimestral (conforme o caso), porque as bases de cálculo do Imposto 
de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro serão 
determinadas, partindo-sede um resultado contábil já influenciado pela 
despesa incorrida com o 13º salário.
3.1 Contabilização do 13º salário somente por ocasião do 
pagamento
Muitas empresas preferem contabilizar os encargos relativos ao 13º salário 
apenas por ocasião do pagamento, ou seja, nos meses de novembro 
e dezembro de cada ano, ou por ocasião do adiantamento nas férias do 
empregado ou, ainda, nas eventuais rescisões de contrato de trabalho.
Como já frisamos, no caso das empresas que efetuarem o pagamento do 
Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro 
com base nos resultados apurados em balanços/balancetes trimestrais e 
daquelas que reduzirem ou suspenderem a estimativa, esse procedimento, 
além de questionável, do ponto de vista técnico, resultará em antecipação 
do pagamento dos referidos tributos, em face da não-apropriação de uma 
despesa incorrida.
3.2 Procedimentos para Constituição da Provisão
A provisão para o 13º salário é calculada, tomando-se por base a remuneração 
do empregado no mês em que ela estiver sendo constituída, excluindo-
se, obviamente, os valores que não compõem a base de cálculo dessa 
remuneração. Assim, pode-se constituir tal provisão com base em 1/12 ao 
mês (completo) da remuneração mensal do empregado.
3.2.1. Encargos sociais sobre a provisão
Concomitantemente à constituição da provisão para o 13º salário, também 
devem ser provisionados os respectivos encargos sociais (contribuições 
previdenciárias e FGTS).
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3.2.2. Empresas optantes pelo balanço anual
Ainda que a pessoa jurídica efetue o pagamento do Imposto de Renda 
Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro por estimativa 
(balanço anual), nada obsta que contabilize a provisão para o pagamento 
do 13º salário e encargos sociais mensalmente, o que, aliás, afigura-se como 
o critério mais apropriado, como já comentado, inclusive para o caso de 
suspensão/redução da estimativa.
3.2.3. Exemplo
Exemplificaremos, a seguir, a constituição da provisão para o 13º salário 
e encargos sociais em 28/02/2005, por uma empresa que constitua essa 
provisão mensalmente e que apresente os seguintes dados (meramente 
ilustrativos):
Saldo (em 28/02/2005) da provisão para o 13º salário e encargos sociais 
constituídos em 31/01/2005
Contas
Saldo da provisão constituída em 
31/01/2005 - R$
Provisão para 13º salário
INSS sobre a provisão para o 13º salário: 
 -Contribuição previdenciária e terceiros 
 -Seguro de Acidentes do Trabalho (2%) 
FGTS sobre a provisão para o 13º salário
475,00 
 
122,55 
 9,50 
 38,00
Total 645,05
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Valores devidos a título de 13º salário até 28/02/2005
Empregado
Maria 
Aparecida 
da Silva
José 
Augusto de 
Souza
Cristiane de
 Almeida
Total
Data de admissão 01/02/2003 20/05/2003 05/02/2005
Salário em 28/02 3.600,00 2.100,00 1.200,00
Proporcionalidade 2/12 2/12 1/12
Valor R$ 600,00 R$ 350,00 R$ 100,00 R$ 1.050,00
Encargos 
previdenciários e 
terceiros (25,8%) R$ 154,80 R$ 90,30 R$ 25,80 R$ 270,90
Seguro de Acidentes 
do Trabalho (1%) R$ 12,00 R$ 7,00 R$ 2,00 R$ 21,00
FGTS (8%) R$ 48,00 R$ 28,00 R$ 8,00 R$ 84,00
Total dos Encargos R$ 214,80 R$ 125,30 R$ 35,80 R$ 375,90
Total geral da 
provisão R$ 814,80 R$ 475,30 R$ 135,80 R$ 1.425,90
Valores a serem provisionados em 28/02/2005
Contas
Valor 
devido até 
28/02/2005 
- R$
Saldo da 
provisão 
constituída em 
31/01/2005 - R$
Valor a ser 
provisionado 
em 28/02/2005 
- R$
Provisão para 13º salário 
INSS sobre a provisão para 
o 13º salário: 
 - Contribuição 
previdenciária e terceiros 
 - Seguro de Acidentes do 
Trabalho 
FGTS sobre a provisão para 
o 13º salário
1.050,00 
 
270,90 
21,00 
84,00
475,00 
 
122,55 
9,50 
38,00
575,00 
 
148,35 
11,50 
46,00
Total 1.425,90 645,05 780,85
Obs.: Estamos partindo do procedimento mais usual, que a empresa 
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complemente, em 28/02/2005, o saldo das contas de provisão. É também 
aceitável e tecnicamente correta a reversão, em 28/02/2005, do saldo não 
utilizado da provisão constituída em 31/01/2005 (que representará uma 
“receita” de reversão de provisão), constituindo-se uma nova provisão.
3.3Contabilização
Apuradas as despesas com o 13º salário e os respectivos encargos sociais, 
exemplificaremos a contabilização desses valores, complementando a 
provisão anterior constituída em 31/01/2005.
Lançamento nº 1
Complemento da provisão para 13º salário:
28/02/2005
D – Despesas Administrativas (13º. Salário) R$ 575,00
C – Provisão para 13º. Salário R$ 575,00
 Pela complementação do valor correspondente
 ao 13º salário devido, até essa data, aos 
 empregados do setor administrativo
Lançamento nº 2
Complemento dos encargos previdenciários (contribuição ao INSS, terceiros 
e Seguro de Acidentes do Trabalho):
28/02/2005
D – Despesas Administrativas – INSS R$ 159,85
C – INSS sobre Provisão para 13º. Salário R$ 159,85
 Pela complementação da provisão para a
 contribuição ao INSS, Terceiros e Seguro
 de Acidentes do Trabalho, incidentes sobre
 o 13º salário devido, até essa data, aos
 empregados do setor administrativo
Lançamento nº 3
Complemento do FGTS:
28/02/2005
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Anotações do Aluno
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D – Despesas Administrativas – FGTS R$ 46,00
C – FGTS sobre Provisão para 13º. Salário R$ 46,00
 Pela complementação da provisão para o FGTS
 incidente sobre o 13º salário devido, até essa 
 data, aos empregados do setor administrativo
4.Provisão para Férias
Mesmo que a empresa apure seus resultados trimestralmente (balanços / 
balancetes trimestrais), é muito importante que faça apropriação mensal 
das despesas com férias e respectivos encargos sociais.
Se a empresa for optante do lucro presumido, é aceitável o registro da 
referida provisão somente no final do ano-calendário ou por ocasião do 
levantamento do balanço.
No entanto, qualquer que seja a forma de tributação da empresa, é 
recomendável a apropriação mensal, dando uma visão mais clara das 
despesas.
4.1. Determinação dos Valores e Limite da Provisão
O limite do saldo da provisão para férias, no encerramento do período 
de apuração (trimestral ou anual), deve ser determinado com base na 
remuneração mensal do empregado e no número de dias de férias a que 
este já tiver direito na data do balanço, considerando-se a inclusão do 
adicional constitucional de 1/3 e os encargos sociais por conta da empresa.
É preciso estabelecer o critério de contagem de dias de férias com base no art. 
130 da CLT (com a redação dada pelo art. 1º do Decreto-lei nº 1.535/77).
4.1.1. Por períodos completos
Após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o 
empregado terá direito a férias na seguinte proporção:
a) até 5 faltas no período aquisitivo, 30 dias corridos;
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Anotações do Aluno
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b) de 6 a 14 faltas, 24 dias corridos;
c) de 15 a 23 faltas, 18 dias corridos; 
d) de 24 a 32 faltas, 12 dias corridos.
4.1.2. Por períodos incompletos
Os períodos inferiores a doze meses de serviço, na data do balanço, as férias 
serão calculadas com base na proporção de 1/12 (um doze avos) de 30 por 
mês de serviço ou fração superior a 14 dias à data do balanço (ou sejam 2,5 
dias por mês ou fração superior a 14 dias).
Exemplo:
Vamos considerar uma empresa comercial, optante pelo lucro presumido, 
que não tenha registrado a provisão mensalmente e que apresente, em 
31/12/2005, os seguintes saldos representativos da provisão constituída 
em 31/12/2004 (ou seja, no último balanço) menos os valores baixados no 
próprio ano-calendário de 2005:
Contas
Saldo da provisão 
constituída em 
31/12/2004 - R$
Provisão para Férias
INSS sobre a Provisão:
 - Contribuição previdenciária e terceiros 
 - Seguro de Acidente do Trabalho 
FGTS sobre a Provisão para o 13º Salário
1.000,00 
 
 258,00 
 20,00 
 80,00
Total 1.358,00
Obs.: Embora o exemplo aqui desenvolvido tome por base uma empresa 
que constitui a provisão apenas no encerramento do balanço anual, os 
procedimentos a seguir demonstrados aplicam-se, igualmente, para efeito 
de constituição da provisão mensalmente, trimestralmente ou nas datas 
em que a empresa levante balanço / balancete de suspensão / redução do 
Imposto de Renda por estimativa.
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Constituição da provisão para férias e encargos sociais em 
31/12/2005
Demonstrativo de férias e encargos sociais em 31/12/2005
Empregado
José da 
Silva
João dos 
Santos
José dos 
Santos
Fernando 
Torres
Norma 
Assunção
Salário em 
31/12/00 - R$
R$ 3.600,00 R$ 2.100,00 R$ 2.100,00 R$ 360,00 R$ 200,00
Início-Período 
Aquisitivo
02/01/05 09/08/04 09/08/05 30/03/05 08/09/05
Fim-Período 
Aquisitivo
01/01/06 08/08/05 08/08/06 29/03/06 07/09/06
Código FN FN FP FP FP
Dias 30,0 30,0 12,5 22,5 10,0
Férias R$ 3.600,00 R$ 2.100,00 R$ 875,00 R$ 270,00 R$ 66,67
Adicional 
Constitucional 
de 1/3
R$ 1.200,00 R$ 700,00 R$ 291,67 R$ 90,00 R$ 22,22
Total R$ R$ 4.800,00R$ 2.800,00 R$ 1.166,67 R$ 360,00 R$ 88,89
Encargos 
previdenciários 
e terceiros 
(25,8%)
R$ 1.238,40
R$ 722,40 R$ 301,00 R$ 92,88 R$ 22,93
Seguro de 
Acidente 
do Trabalho 
(2,0%)
R$ 96,00 R$ 56,00 R$ 23,33 R$ 7,20 R$ 1,78
FGTS (8,0%) R$ 384,00 R$ 224,00 R$ 93,33 R$ 28,80 R$ 7,11
Total dos 
Encargos
R$ 1.718,40 R$ 1.002,40 R$ 417,66 R$ 128,88 R$ 31,82
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105Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
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Valores a serem provisionados em 31/12/2005
Com base nos dados anteriores, teremos os seguintes valores a serem 
provisionados em 31/12/2005:
Contas
Valor 
devido até 
31/12/2005 
R$
Saldo não
 Utilizado 
da provisão 
constituída 
em 
31/12/2004 
R$
Valor a ser 
provisionado 
em 31/12/2005 
R$
Provisão para Férias 
INSS sobre a Provisão: 
 - Contribuição 
previdenciária e terceiros 
 - Seguro de Acidente do 
Trabalho 
FGTS sobre a Provisão para 
o 13º Salário
 9.215,56 
 
 
2.377,61 
 
 184,31 
 
737,24
1.000,00 
 
 
258,00 
 
20,00 
 
80,00
 8.215,56 
 
 
2.119,61 
 
164,31 
 
657,24
Total 12.514,72 1.358,00 11.156,72
Obs.: Estamos considerando que, em 31/12/2005, a empresa apenas 
complemente o saldo das contas de provisão (o mais usual, em face da sua 
praticidade.) No entanto, poderíamos ter adotado o critério da reversão, em 
31/12/2005, do saldo não utilizado da provisão constituída em 31/12/2004.
4.2. Contabilização das férias e encargos em 31/12/2005
Após apurar as importâncias relativas às férias (inclusive adicional de 1/3) e aos 
encargos sociais incidentes, vamos exemplificar a contabilização mediante 
complementação da provisão anterior, constituída em 31/12/2004.
Lançamento nº 1
Complemento da provisão para férias.
31/12/2005
D – Despesas Administrativas – Férias R$ 8.215,56
C – Provisão para Férias R$ 8.215,56
Co
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bil
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de
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09
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Op
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106Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
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 Complementação do valor das férias e
 adicional constitucional de 1/3 devidos.
Lançamento nº 2
Complemento dos encargos previdenciários (contribuição ao INSS, Terceiros 
e Seguro de Acidente do Trabalho) incidente sobre as férias.
31/12/2005
D – Despesas Administrativas – INSS R$ 2.283,92
C – INSS sobre Provisão de Férias R$ 2.283,92
 Complementação da provisão para a
 contribuição ao INSS, Terceiros e Seguro
 de Acidentes do Trabalho, incidente sobre
 férias e adicional constitucional de 1/3 devidos.
Lançamento nº 3
Complemento do FGTS.
31/12/2005
D – Despesas Administrativas – FGTS R$ 657,24
C – FGTS sobre Provisão para Férias R$ 657,24
 Complementação da provisão para o FGTS
 incidente sobre as férias e adicional
 constitucional de 1/3 devidos.
4.2.1. Reversão da provisão em face de perda do direito às férias
Suponhamos que o empregado Fernando Torres, contratado em 30/03/2005, 
peça demissão em 12/01/2006. Nessa hipótese, por não haver completado 
12 meses de serviço, não lhes serão devidas as férias proporcionais, e o valor 
provisionado, bem como os encargos sociais correspondentes, deverão ser 
revertidos, o que originará os seguintes lançamentos:
Lançamento nº 4
Reversão da provisão para férias.
12/01/2006
D – Provisão para Férias R$ 360,00
C – Recuperação de Despesas Administrativas – Férias R$ 360,00
Co
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107Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
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 Reversão do valor provisionado em 31/12/2005, 
 relativamente às férias e ao adicional constitucional
 de 1/3 do empregado Fernando Torres, por pedido de
 demissão, antes de completados 12 meses de serviço.
Lançamento nº 5
Reversão das contribuições previdenciárias.
12/01/2006
D – INSS sobre Provisão para Férias R$ 100,08
C – Recuperação de Despesas Administrativas – INSS R$ 100,08
 Reversão da provisão para a contribuição ao INSS,
 Terceiros e Seguro de Acidentes do Trabalho, incidente
 sobre as férias e adicional constitucional de 1/3 do 
 empregado Fernando Torres, por pedido de demissão,
 antes de completados 12 meses de serviço.
Lançamento nº 6
Reversão do FGTS provisionado.
12/01/06
D – FGTS sobre Provisão para Férias R$ 28,80
C – Recuperação de Despesas Administrativas – FGTS R$ 28,80
 Reversão da provisão para o FGTS incidente sobre
 as férias e adicional constitucional de 1/3 do empregado
 Fernando Torres, por pedido de demissão, antes de
 completados 12 meses de serviço.
4.3. Contabilização do pagamento das férias
No ano seguinte (no nosso exemplo, em 2006), as importâncias pagas a 
título de férias serão debitadas à provisão, até o valor provisionado.
O mesmo tratamento deverá ser dado aos encargos sociais incidentes sobre 
as férias pagas, cujo ônus cabe à empresa. Esses valores serão registrados 
nas respectivas contas a pagar mediante débito àscontas de provisão.
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Op
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108Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
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Síntese
Nesta aula, estudamos, com exemplos simples, a elaboração da folha 
de pagamento, cálculo de encargos sociais, pagamento de salários, 
recolhimento dos encargos sociais, provisão de férias e 13o salário, 
acompanhados da contabilização de todos os eventos.
Na próxima aula, veremos exercícios resolvidos e a resolver sobre as 
operações financeiras e operações com pessoal.
Não perca!
Referências
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 
4.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
JACINTHO, Roque. Contabilidade Comercial. 2. ed. São Paulo: Ática, 
1987.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresaria. 10.ed. São Paulo: Atlas, 
2003.

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