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Semiologia e Propedutica Geral Caso Clnico

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Turma, o caso clínico a seguir deve ser respondido e enviado de forma individual e conta como 
parte da avaliação de vocês. 
São dados subjetivos e objetivos e servirão como subsídio para que vocês construam uma ou 
mais hipóteses diagnósticas. Não se atenham ao que acreditam faltar, existem fatos suficientes 
para que em um primeiro momento vocês consigam formular possibilidades, lembrem-se que 
o processo de construção é constante e nesse momento, mais importante do que um 
diagnóstico pontual, são as possibilidades que existentes. Portanto, cheguem à uma ou mais 
hipóteses diagnósticas e justifiquem esses possíveis resultados. Utilizem o Raciocínio Clínico e 
mãos à obra!!! 
 
 Caso Clínico 
Sexo masculino, 60 anos, ex-tabagista por 25 anos, queixa-se de tosse há 3 meses. Conta que a 
tosse iniciou-se com uma gripe, sendo uma tosse rouca. Antes de ele conseguir se recuperar, 
houve uma queimada perto de sua casa, não havendo melhora desde então. Sua tosse agora é 
às vezes seca e às vezes produtiva, quase sempre irritativa, e relata que o catarro vem da 
garganta e que tem que ficar tossindo para limpá-la. Sua tosse piora no ar condicionado e 
quando deita para dormir, não há momento no dia em que melhora além dos momentos de 
banho quente e com uso de xarope e gengibre que alivia passageiramente seu incômodo. Ao 
interrogatório sintomatológico relata que a tosse vem acompanhada de rouquidão, às vezes 
sensação de gotejamento na garganta e falta de ar ao correr. Conta que possuía o costume de 
correr, porém depois da tosse passou a ter dificuldades na respiração, relata que faltava ar, no 
começo percebia um miado na respiração ao final da corrida, desde então ele não tem tido o 
mesmo fôlego. Paciente relata que tem gastrite crônica e vinha acompanhando-a a 10 anos, 
que evoluiu para linfoma gástrico sem metástase, e foi tratado com quimioterapia, havendo 
remissão quando checado há 4 anos. Todavia, paciente continua tendo gastrite. Relata 
também que não teve bronquite quando criança. Ao exame físico foi observado hiperemia de 
laringe/orofaringe e edema local, seios da face normais à percussão e palpação, rouquidão, 
edema e hiperemia de cavo, tórax limpo e sem alteração e pulmões livres. Aos exames 
complementares foi observado ao raio-x seios da face e tórax normal, à laringoscopia edema e 
hiperemia de cavo, edema de corneto, desvio de septo sem grandes comprometimentos, 
presença de muco, cordas vocais normais e móveis, pregas paralelas edemaciadas e um pouco 
endurecidas e ao hemograma hematócrito limítrofe (hemácias no limite). Foi solicitado pelo 
otorrinolaringologista uma endoscopia nasal, onde foi encontrado edema de trompa 
importante com comprometimento da função coclear. Ao voltar ao consultório, após dois 
meses da realização dos exames, foi relatado pelo paciente maior frequência da tosse, maior 
rouquidão e que não consegue mais cantar. 
 
 
Universidade Federal Do Sul Da Bahia 
Semiologia e Propedêutica Geral (AAP) 2017.3

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