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Direito Penal I1

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Direito Penal IV - 1Bimestre
DIREITO PENAL IV
RODRIGO AMBRÓSIO
(Arts. 213 a 365 C.P.)
Pegadinha: Pode haver roubo sem violência ou grave ameaça, pelo fato de que utilizar-se de remédio para que a vítima adormeça, roubando-a depois, tal como o conhecido “boa noite, cinderela”, configura como roubo, art. 157.
Entendimentos STF
- A embriaguez por si só se gerar morte no transito, não configura dolo eventual, o sujeito responderá pelo art. 302 do CTB. Só configurará dolo eventual se houver outra ocorrência de perigo, como exemplo, alta velocidade, ultrapassagem de sinal vermelho.
- No aborto necessário em que está em risco a vida da mãe e da criança, o STF decidiu que seja salva a vida da mãe, pelo fato de ela ser autônoma, e não secundária, como a da criança, que depende de alguém para sobreviver. O aborto sentimental (vítima de estupro) precisa de decisão judicial. O aborto de anencefálicos, a anencefalia precisa ser total, ou seja, quando a criança não tem todo o cérebro, ou o mesmo não faz ligação com a coluna vertebral.
- Crime patrimonial. O STF decidiu que o furto ou roubo estará consumado com a apreensão da coisa do bem, ou seja, não precisa ter a posse mansa e pacífica, basta ter a posse.
- Agora, não exige mais o arquivamento implícito no inquérito policial.
- 08 de fevereiro de 2013 -
- Legislação antes da Lei 12015/09 (crimes sexuais)
- Estupro: relação sexual do homem para com a mulher de maneira forçada. Relação forçada, obrigada, coagida, tão somente relação sexual (conjunção carnal), não sendo isso, será atentado violento ao pudor. Art. 213
- Atentado violento ao pudor: constranger qualquer pessoa a praticar ato libidinoso contraria a conjunção carnal. No estupro, só o homem podia ser o sujeito ativo e a mulher a vítima.
Art. 214 – Ter ato libidinoso diverso da conjunção carnal
- O art. 224 era a presunção de violência, que era a relação sexual ou ato libidinoso com menores. Se a menor dissesse que não havia sido forçado, não haveria crime. A ação penal nesses crimes era privada. O legislador juntou os dois crimes em um só, não tendo abolitio criminis.
Crimes Contra A Dignidade Sexual
Art. 213: Estupro
Para ter crime de estupro é necessário ter violência ou grave ameaça (promessa de mau futuro), e antigamente, poderia ser presumida, no entanto, essa presunção de violência foi transformada em um tipo penal. Portando, hoje a violência só pode ser física.
A violência ou grave ameaça deve ser empregada antes ou durante o ato, não pode ser depois (síndrome da mulher de Potifar), mulher que falsamente diz que foi vítima de estupro.
Hoje, qualquer pessoa pode ser vítima de estupro (homem ou mulher). Conjunção carnal é apenas a introdução do pênis na vagina, não precisa ser total, pode ser parcial, não tem tempo de configuração, não precisa de ejaculação, não precisa estar sem camisinha. (1ª figura)
Ato libidinoso: Qualquer ato diverso de conjunção carnal, que satisfaça o desejo sexual da pessoa é considerado ato libidinoso. (2ª figura)
Problema prático: se o Tício pega a Ambrosina e tem relação sexual com ela e sexo anal.
1º posicionamento: responde apenas o 1º crime de estupro, já que houve a função de 2 condutas, mas somente 1 é figura típica.
2º posicionamento: responde por dois crimes de estupro, pois são duas condutas distintas.
Prevalece o 1º posicionamento.
- Objetividade jurídica: dignidade sexual, a escolha do parceiro (a), a integridade física e a vida.
- Sujeito ativo: qualquer pessoa;
- Sujeito passivo: em relação ao sexo pode ser tanto homem quanto mulher;
Obs.: mesmo que a pessoa não ofereça resistência física contra o estupro, não desconfigura o crime. Marido pode praticar estupro contra a esposa.
Sem consentimento:
Se a vítima for menor de 14 anos, a configuração típica é o art. 217-A. Se a vítima tiver entre 14 e 18 anos, art. 213 c/c 226, com o aumento de pena e a ação pública incondicionada. Caso a vítima seja maior de 18 anos, art. 213, ação penal pública condicionada à representação.
Com consentimento:
Para o menor de 14 anos, o consentimento é irrelevante, é estupro de vulnerável, art. 217-A. Entre 14 e 18 anos, não é conduta típica, não configura crime. Acima de 18 anos, também não há crime, conduta atípica. O consentimento deve ser livre e espontâneo, não pode haver nenhum tipo de limitação. Não pode existir vicio de consentimento.
- Tentativa: crime material cabe tentativa;
- Tipo subjetivo: dolo
- Ação penal: em regra, ação penal pública condicionada a representação; se houver lesão grave, morte ou for menor de 18 anos, a ação penal é pública incondicionada; havendo lesão leve, há o problema prático (súmula 608 STF), ação penal pública incondicionada.
- 15 de fevereiro de 2013 –
ART. 234-B: OS PROCESSOS EM QUE SE APURAM CRIMES DEFINIDOS NESTE TÍTULO CORRERÃO EM SEGREDO DE JUSTIÇA. (A partir do Art. 213 C.P., mesmo que a vítima seja maior de idade.)
Art. 213: estupro (continuação)
- Formas qualificadas:
§1º: a vítima ficará com lesão corporal grave; (Ação penal pública incondicionada)
§2º: a vítima vem a morrer. (Ação penal pública incondicionada)
No estupro somente será ação penal publica incondicionada quando for estupro de vulnerável ou menor de 14 anos.
Obs.2: essas duas formas são incompatíveis com a tentativa; não acontece o parágrafo 1º ou 2º na forma tentada, caso haja o dolo e a tentativa da morte, será o art. 213 consumado c/c o art. 69, concurso material de crimes.
Art. 215: violência sexual mediante fraude
Fraude: falsa noção da realidade.
- Entendimento: ter conjunção carnal ou ato libidinoso com alguém, mediante fraude, falsa noção da realidade.
Obs.: vítima o qualifica o art. 215, mas o art. 217-A, estupro de vulnerável, pelo fato de que a vítima não oferece capacidade de resistência.
- Objetividade: a dignidade sexual, liberdade sexual;
- Sujeito ativo: qualquer pessoa;
- Sujeito passivo: qualquer pessoa;
- Consumação: com a conjunção carnal ou com a prática do ato libidinoso;
- Tentativa: é possível a tentativa;
- Tipo subjetivo: dolo;
- Ação penal: pública condicionada a representação, em regra, tendo a vítima entre 14 a 18, ação penal pública incondicionada);
ART. 216 - REVOGADO
Art. 216-A: Assédio sexual
- Entendimento: constranger, obter favorecimento sexual (podendo ser a conjunção carnal, o ato libidinoso), prevalecendo o agente da sua condição superior, inerentes ao exercício de cargo, emprego ou função. O ato precisa ser praticado dentro das dependências da empresa, ou fora das dependências, mas que estejam a trabalho e configurada a relação de superior com o outro. Crime formal aplica-se com a simples tentativa, independente se consegue ou não o favorecimento sexual.
- Objetividade: a dignidade sexual, liberdade sexual;
- Sujeito ativo: superior hierárquico;
- Sujeito passivo: inferior hierárquico;
- Consumação: parte da doutrina diz ser este um crime habitual, tendo que haver a habitualidade da prática, não cabendo tentativa; contudo, a doutrina majoritária aplica este como um crime formal, onde se configura com o simples constrangimento, não precisando obter o favorecimento sexual.
Este crime não se encaixa na relação professor com o aluno.
- Tentativa: adotando a doutrina majoritária, crime formal, caberá tentativa;
- Tipo subjetivo: dolo;
- Ação penal: pública condicionada à representação, se a vítima for menor de 18 anos, a ação é pública incondicionada e a pena ainda será aumentada em 1/3.
Art. 217-A: Estupro de vulnerável
Obs.: qualquer menor de 14 anos configura o estupro de vulnerável.
- Entendimento: menores de 14 anos, deficientes físicos, não discernimento, ou qualquer que não possa oferecer resistência, são pessoas extremamente vulneráveis, sendo irrelevante o consentimento, qualquer tipo de conjunção carnal ou ato libidinoso com menor de 14 anos, é configura o 217-A, presumindo a violência. Obs. 1: art. 8069/90. Obs. 2: mesmo que se casem, não extingue a punibilidade.
- Hipóteses: quando o estupro se dá a uma pessoa que estádormindo, bêbada, configura o 217-A.

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