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1/3 © Ao aluno é permitido fazer uma cópia do material didático disponibilizado para uso próprio. De acordo com a Lei n o . 9.610 de 19/02/1998, que trata de direitos autorais, todo aluno fica proibido de propagar, distribuir e vender o material de qualquer forma, sob pena de responder civil e criminalmente por violação da propriedade material e intelectual. Disciplina: Terapia Nutricional nos Distúrbios Nutricionais – Diabetes Mellitus Versão 1.4 Novas descobertas na patogênese do diabetes tipo 1: raízes comestíveis, leite de vaca, micróbios intestinais e outros fatores Fonte: European Association For The Study Of Diabetes – EASD 2010 Notícia publicada em: 05.01.2011 Autor: Dr. Mikael Knip, Hospital da Criança e do Adolescente, Universidade de Helsinki, Finlândia O Dr. Mikael Knip do Hospital da Criança e do Adolescente da Universidade de Helsinki na Finlândia está investigando as novas descobertas na patogenia do diabetes tipo 1, analisando dentre outras coisas, a razão pela qual somente 10% das crianças, geneticamente suscetíveis, acabam por desenvolver essa condição. O Diabetes Tipo 1 (DM1) se tornou uma doença muito mais comum na maioria dos países desenvolvidos após a 2ª Guerra Mundial. Na Finlândia, por exemplo, a taxa do diabetes multiplicou-se mais de 5 vezes desde 1953; enquanto a idade de diagnóstico para a doença diminuiu substancialmente. A proporção de crianças diagnosticadas DM1 com menos de 5 anos de idade aumentou mais rapidamente em termos relativos. “Isto sugere que o estilo de vida do mundo ocidental e as condições em que vivemos se tornaram mais favoráveis ao desenvolvimento do diabetes com o passar do tempo”, declarou o Dr. Mikael que citou um resumo apresentado no congresso da EASD, indicando que essas tendências se nivelaram na Suécia na última década. O diabetes tipo 1 se caracteriza pela perda seletiva das células produtoras de insulina nas ilhotas pancreáticas em indivíduos geneticamente predispostos. Os genes mais importantes que contribuem para a susceptibilidade da doença estão localizados no 2/3 © Ao aluno é permitido fazer uma cópia do material didático disponibilizado para uso próprio. De acordo com a Lei n o . 9.610 de 19/02/1998, que trata de direitos autorais, todo aluno fica proibido de propagar, distribuir e vender o material de qualquer forma, sob pena de responder civil e criminalmente por violação da propriedade material e intelectual. Disciplina: Terapia Nutricional nos Distúrbios Nutricionais – Diabetes Mellitus Versão 1.4 lócus HLA no braço curto do cromossomo 6, e esses genes de HLA explicam aproximadamente metade da predisposição genética. Esforços colaborativos recentes indicaram que há em torno de 40 outros genes que contribuem para a susceptibilidade ao DM1, cada um deles representando somente uma pequena proporção. O médico ainda destaca que somente uma proporção relativamente pequena, inferior a 10% dos indivíduos geneticamente suscetíveis progridem para a doença clínica. “Isto implica que fatores adicionais são necessários para desencadear e dirigir o processo da doença”. A hipótese de “gatilho-propulsão” implica que o processo da doença é disparado por um fator ambiental, mais provavelmente um agente infeccioso, que por sua vez, é impulsionado por outro fator que pode ser um antígeno nutricional, da mesma forma como o glúten age na doença celíaca. Ainda há uma série de fatores externos que modificam o processo da doença. “As interações “gene-gene” e “gene-meio- ambiente”, e as interações entre dois ou mais fatores ambientais, também são operacionais nas várias fases do processo, fazendo com que a identificação do papel de determinantes isolados seja desafiadora”, afirmou o professor Mikael. Evidências acumuladas sugerem que certos vírus pertencentes ao grupo dos enterovírus podem desencadear o processo da doença. A insulina bovina encontrada nos laticínios à base de leite de vaca foi implicada como força motriz do antígeno. Um estudo finlandês apresentado no congresso EASD (Resumo 140), relata que a introdução precoce de raízes comestíveis na infância é um fator de risco para o aparecimento de anticorpos associados ao diabetes, que são os primeiros sinais detectáveis do início de um processo, em andamento, da doença. 3/3 © Ao aluno é permitido fazer uma cópia do material didático disponibilizado para uso próprio. De acordo com a Lei n o . 9.610 de 19/02/1998, que trata de direitos autorais, todo aluno fica proibido de propagar, distribuir e vender o material de qualquer forma, sob pena de responder civil e criminalmente por violação da propriedade material e intelectual. Disciplina: Terapia Nutricional nos Distúrbios Nutricionais – Diabetes Mellitus Versão 1.4 Durante o período pré-clinico silencioso, as células produtoras de insulina são destruídas sem causar nenhum sintoma até que aproximadamente 80% das células serem colocadas fora de ação. “O progresso mais rápido dos primeiros anticorpos detectáveis da doença explícita que foi observado, durou apenas alguns meses; enquanto o período mais longo relatado teve a duração de mais de 20 anos”. “Em média o período assintomático que precede o diagnóstico é de aproximadamente 2 a 3 anos. Os primeiros autoanticorpos associados ao diabetes freqüentemente surgem na mais tenra idade, implicando que fatores ambientais que afetem o risco de DM1 devem ser operacionais na infância.” Observações recentes mostram que há alterações no perfil metabólico que precedem o aparecimento dos primeiros auto anticorpos associados à doença em jovens que mais tarde apresentaram diabetes clínica.“Também foi relatado recentemente que a diversidade da microflora bacteriana do intestino é reduzida em crianças com auto- anticorpo positivo, que progridem subsequentemente para o diabetes tipo 1. “Considerando- se que as bactérias são fortes modificadores de aminoácidos e lípides detectáveis na circulação periférica, ambas as recomendações indicam que as alterações no equilíbrio da microbiota do intestino, induzidos por um estilo de vida ocidentalizado, podem ser relacionadas à crescente taxa de DM1 entre as crianças”. “Outros trabalhos que incluem a aplicação de abordagens modernas como as metabolômicas e as epigenômicas, são necessários no discernimento da patogênese do processo da doença, que causa a manifestação do diabetes tipo 1”, conclui o Dr. Mikael Knip
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