Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UCB – UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS EAD – POLO FAESC FACULDADE DA ESCADA – PE DIREITO EMPRESARIAL PORTIFÓLIO DE ATIVIDADES Escada, maio de 2010. UCB – UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS EAD – POLO FAESC FACULDADE DA ESCADA – PE DIREITO EMPRESARIAL TCD – SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Trabalho apresentado pelo aluno ANTONIO CARLOS SANTOS DE LIMA, Matricula nº 0248921 Turma 092 da disciplina Direito Empresarial ministrada pelo professor Marcia Carla Pereira Ribeiro, no Curso de Tecnologia em Processos Gerenciais da UCB – Universidade Castelo Branco – Polo FAESC – Faculdades da Escada. Escada, abril de 2010. Direito Econômico na Relação Empresarial Direito Econômico e Desenvolvimento Antonio Carlos S. de Lima1 Uma missão virtual constitui meu trabalho de conclusão de disciplina com estudo do Direito Econômico e Desenvolvimento na Sociedade do Conhecimento, para a gestão das organizações empresariais. No Direito Econômico, sempre o Estado usa do seu poder, para interferir por ação de prerrogativa de ser um órgão de ação da soberania de um povo, além de usar de instrumentos do direito privado. Desta forma o Estado exerce o direito de contratar, formalizar convênios, intercâmbios, etc., podendo também lançar mão de incentivos e subsídios fiscais para estimular as empresas que se destinam a um setor que venha preservar a cidadania, o trabalho e educação, a dignidade humana, os interesses ambientais e sociais do investimento. O poder exercido pelo Estado, no que se refere ao Direito Econômico, executa com bases constitucionais dois tipos de intervenção sócio-econômica, quais sejam, a institucional e a regulamentar. No entanto, no âmbito nacional, somente na Carta Magna de 1988 foi o Direito Econômico nominal e positivamente incluído, em seu art. 24, o qual declara, em seu inciso I, competir concorrentemente à União, Estados e Distrito Federal legislar sobre o mesmo. O Direito econômico é o conjunto de princípios, de regras e de instituições que visa à intervenção do Estado no domínio econômico. (Sergio Pinto Martins – 2006) Segundo Waldo Fazzio Júnior, O Direito sempre caminha atrás da realidade, apreendendo-a para conformá-la aos padrões éticos e sociais. De tal forma que, inevitavelmente, suporta modificações na mesma proporção em que os sucessivos quadros econômicos se transformam. 1 Profº. Licenciatura em Ciências – FAMASUL – Faculdade de Professores da Mata Sul, Profº. Graduação em Educação Religiosa STMR – Seminário Teológico Maranata do Recife, Estudante de Tecnologia em Processos Gerenciais UCB – Universidade Castelo Branco, Estudante de MBA em Gestão Corporativa –FAESC– Faculdade da Escada. O Direito comercial, coaduna com o direito econômico pois possuem uma mesma trajetória de atividades voltada ao liberalismo e a globalização dos mercados de capitais da sociedade primitiva à sociedade do conhecimento. O Direito Comercial reside num espaço onde interagem múltiplos fatores econômicos, políticos e jurídicos nem sempre identificados com a trajetória natural do universo negocial, como atividade privada, mas que interferem concretamente na formulação das normas orientadoras da atividade empresarial. Como forçosa decorrência da sofisticação das teorias econômicas neoliberais que, hoje, orientam a sociedade, e do crescente intervencionismo estatal, é patente a tendência no sentido da publicização do universo mercantil (naturalmente privado). A cogência invade as leis comerciais, disputando espaço, palmo a palmo, com a liberdade de contratar, tolhendo a criatividade natural do mercado.(FAZZIO, Júnior, Waldo – 2006). A ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa. Tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (art. 170 da Constituição). Esta ordem traz os benefícios de liberdade, para exercer à livre iniciativa, a liberdade econômica de poder livremente se estabelecer e desenvolver sua atividade. Assim sendo, a União é competente para o estabelecimento de normas gerais (art. 24, § 1º), cabendo aos Estados a competência suplementar em tais casos (art. 24, § 2º). Em não havendo normas gerais sobre determinado tema, os Estados exercerão competência legislativa plena sob suas peculiaridades (art. 24, § 3º), sendo a eficácia da lei estadual suspensa quando da superveniência da lei federal (art. 24, § 3). Esta livre iniciativa também se relaciona com o direito a propriedade privada, que lhes é garantida no inciso XXII do art. 5º da Constituição. A propriedade atenderá a sua função social (art. 5, XXIII, da Constituição), que é servir para a pessoa morar, viver e produzir com sua família. A soberania diz respeito à autogestão pelo Estado. Ela é exercida dentro do território brasileiro. A livre concorrência é inerente a um sistema capitalista, visando a um sistema regular do mercado. O Estado como regulador dos princípios de ordem econômica, torna-se defensor e provedor desta ordem que são: soberania; propriedade privada; função social da propriedade; livre concorrência; defesa do consumidor; defesa do meio ambiente; redução das desigualdades regionais e sociais; busca do pleno emprego; tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país. (Sergio Pinto Martins – 2006) A atividade econômica é explorada pelo particular. O Estado, em principio, não pode explorar atividade econômica. A exploração da atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevantes interesses coletivos, conforme definidos em lei (art. 173 da Constituição da República Federativa do Brasil). A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 1 – Sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; 2 – A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive, quando aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 3 – Licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; 4 – A constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; 5 – Os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não podem gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado, segundo a Constituição de 1988. Desta forma as organizações pertencentes à soberania do Estado, estão constitucionalmente impedidas de contar com um tratamento privilegiado e diferenciado em detrimento do setor terciário privado; pois são constituídas na forma da lei civil e como tais devem, primeiramente, orientar suas ações voltadas ao desenvolvimento econômico. A empresa pública e a sociedade de economia mista são instituições voltadas à trabalhos de atividade econômica. A empresa pública é definida por esse decreto-lei como sendo a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União. Estas entidades são criadas por lei para a exploraçãode atividade econômica que o governo seja levado a exercer por força de contingência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. A sociedade de economia mista é amparada legalmente como sendo a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao Município, Estado, União e/ou a entidade da administração indireta e passa a atuar institucionalmente no desempenho de atividades que venham gerar desenvolvimento, emprego e renda a sociedade envolvida no processo econômico setorial. Para as autarquias, a empresa pública, a sociedade de economia mista e a fundação pública como categoria de entidades, são dotadas de personalidade jurídica própria e que integram a administração indireta e são amparadas pelo decreto-lei nº 200, de 25-02-1967, que dispõe sobre a organização da Administração Federal que insere, no art. 4., II as entidades em foco neste parágrafo. Portanto vimos que o mais importante para o desenvolvimento sustentável de uma nação estar estritamente vinculado ao Direito Econômico, visto que o empresário que exerce atividade econômica organizada é o agente de mudanças para o progresso da sociedade que contribuirá com emprego, renda, educação, moradia, saúde, alimentação, transporte e responsabilidade social, que são os fins específicos para o desenvolvimento da sociedade. Para o desenvolvimento da nação a empresa tem o seu papel junto aos órgãos fiscalizadores contribuindo no fomento dos setores primários, secundários e terciários, incrementando o PIB - Produto Interno Bruto e a renda per capita, trazendo para o país dividendo e impostos além das obrigações sociais dos trabalhadores para os fundos de seguro, aposentadoria, previdência social, etc. Mas tudo isso com liberdade paz social e democracia. E todas as liberdades básicas do ser humano têm livre curso sob os auspícios da autonomia privada, contando com presença do Estado para resguardá-las. O encargo para a efetivação da igualdade de um povo é um atributo dos órgãos de poder do Estado. Contudo mesmo sob um olhar liberal é perfeitamente possível a atrelar liberdade-igualdade, da autonomia-soberania. “A liberdade e igualdade não são valores opostos. Eles condicionam-se mutuamente. A liberdade do indivíduo encontra os seus limites na liberdade do outro indivíduo, que é o seu próximo. Deste modo, o liberalismo não é anarquismo mas, sim, e também uma doutrina de ordem política. O liberalismo sabe que o homem não é possuidor de verdades absolutas. Ele apenas o considera na busca das mesmas. Ele reconhece ainda que o caminho do conhecimento está revestido de erros e que a verdade de hoje engloba o erro de amanhã” (FLACH, Karl Hermann – 1997) Com o surgimento de diversas problemáticas, o Direito Econômico assume uma importantíssima função peculiar. Afinal, como bem escreveu Manual R. Palácios Luna, o “Direito Econômico é o direito que aborda os grandes problemas da sociedade contemporânea, da regulamentação jurídica da macroeconomia” (PALACIOS LUNA, Manuel R. – 1993) “O Direito Econômico tem uma natureza predominantemente pública mas funciona também visivelmente como uma super-rodovia que oxigena o pulmão econômico para puxar uma correia de transmissão, que possibilite a interconexão do público com o privado e do político com o social”. (Lima, Antonio Carlos Santos de – Autor do TCD, 2010) Assim o Direito Econômico deve representar, em especial para as nações pobres e em processo de desenvolvimento, um compromisso do Direito com os grandes problemas da sociedade e por isso serve de instrumento propulsor da interconexão entre o político e o social. Em linhas gerais, segundo Marcia Carla Pereira Ribeiro (1999, p.15), o Estado poderá atuar de duas formas na condução pública do exercício da atividade econômica, quais sejam, por meio da normalização e da regulamentação, ou diretamente pelo exercício de atividades econômicas das empresas públicas e sociedades de economia mista. Em relação à atuação direta, adiante-se no atual estágio e conformação do Direito Constitucional brasileiro, é admitida apenas quando presentes certos pressupostos e situações de fato, de acordo com o princípio da subsidiariedade do artigo 173 da Constituição Federal (CF) de 1988. Há situações na macro-economia como em momento de crises que o Direito Econômico sofre intervenção do Estado. (Exemplo a Isenção do IPI para vencer a crise financeira internacional que poderia enfraquecer a Economia Nacional - Compra ou Venda de grandes quantias de Dólares nas Bolsas de valores pelo Estado). Toda a intervenção que o Estado venha fazer é vista como mediador para o equilíbrio financeiro do país. Podemos concluir que as organizações precisam continuar lutando pelos seus direitos, buscando alternativas que dêem capacidade competitiva a elas evitando-se o monopólio, o desperdício, a estagnação, os danos ambientais passando a pensar estrategicamente para a organização ser um modelo para o desenvolvimento da região, com sustentabilidade e participação da sociedade. E se em algum momento seus direitos forem lesados podem e devem ingressar na Justiça para assegurar os interesses da empresa e dos seus stakeholders. Referências Bibliográficas: MARTINS, Sergio Pinto, Instituições de Direito Público e Privado – 6.ed.-2reimpr. – São Paulo: Atlas, 2006.p.86 e 87. Flach, Karl Hermann. O futuro da liberdade, 1997, p. 17. RIBEIRO, Marcia Carla Pereira, Direito Empresarial – Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2009, p. 93. PALACIO LUNA, Manuel R. El derecho econômico em México, 1993, p.6 JUNIOR, Waldo Fazzio, Manual de direito comercial, 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006, p. 29 e 34.
Compartilhar